Dragão escondido – Nº21 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

Jorge António Pinto do Couto, campeão do Mundo em Riadh pela selecção nacional de sub-20, foi um produto das escolas do FC Porto que apareceu cedo na equipa sénior, estreando-se com dezanove anos num Penafiel vs FC Porto que vencemos por 2-0 (golos de André e Demol de penalty). Para quem se lembra dele, antes de ter viajado para a zona do Bessa, onde continuou a carreira até se retirar com apenas 33 anos, era um médio-ala direito muito rápido, de técnica individual acima da média, que alternava com Jaime Magalhães no mesmo flanco e que fazia da velocidade e do repentismo as suas imagens de marca. Depois de sete anos no plantel principal do FC Porto, rumou ao Boavista onde passou outros sete anos e onde nos lixou a cabeça juntamente com Martelinho, Litos e outros que tais daquela coisa com camisolas “esquisitas”.

Esta foto refere-se ao jogo que disputámos nas Antas frente ao Sporting, em 10 de Abril de 1993, que terminou empatado a zero golos.

Houve muita malta que atirou alguns nomes bem ao lado, entre os quais:

  • André– O nosso “velhinho” e pai do rapaz que usa o seu nome ao quadrado no Guimarães (e age como ele, porra) fazia parte do plantel mas não fez parte da convocatória para este jogo. Tínhamos pena do Sporting, só pode!;
  • Folha– Passou a época de 1992/1993 emprestado ao Braga;
  • Frasco– Depois de onze época de azulibranco ao peito…abandonou o futebol em 1988/1989;
  • João Pinto– Presumo que se tenha lesionado, já que não capitaneou a equipa a partir da jornada 25 desse ano…;
  • Roberto Mogrovejo– Sai um estupendo LOL para a mesa do canto! Esteve brevemente no clube mas apenas na temporada seguinte!;
  • Rui Barros– Em 1992/1993 ainda jogava no mesmo estádio a que Moutinho e James agora chamam casa…;
  • Rui Filipe– Estava lesionado há quase dois meses e por isso não entrou para a convocatória deste jogo;
  • Secretário– Tal como o seu colega Folha, passou esta época emprestado ao Braga;

O primeiro a adivinhar foi um anónimo (really, dude?), às 9h11 da manhã. E olhem só para aquela equipa…tanto talento, amigos…

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Dragão escondido – Nº20 (RESPOSTA)

E a resposta certa está abaixo:

Daniel Kenedy Pimentel Mateus dos Santos chegou ao FC Porto no verão de 1997 para um plantel que já tinha dois defesas esquerdos de raiz – Rui Jorge e Fernando Mendes – que iam oscilando entre eles como titulares da equipa de António Oliveira. Kenedy, talvez o primeiro de uma longa lista de “laterais” esquerdos que jogavam tanto na zona recuada como em áreas mais ofensivas, tradição que o FC Porto veio a recuperar com Rubens Júnior, Ezequias, Marek Cech e Álvaro Pereira, entre outros, nunca se conseguiu impôr como opção válida e consistente, jogando apenas quinze jogos e acabando cedido ao Estrela da Amadora na temporada seguinte. Acabou a carreira há duas épocas, no Peramaikos da Grécia, depois de por lá ter andado oito anos.

O jogo a que a foto se refere foi disputado no Estádio da Luz, onde o FC Porto já tetracampeão foi untado de cima a baixo com três golos sem resposta. Kenedy saiu aos 33′, juntamente com Rui Barros, para dar lugar a Zahovic e Drulovic…que estariam a jogar com a outra camisola daí a uns anos. Weird twists of fate indeed. Quem quiser rever os lances dos golos (vá-se lá saber porquê), pode fazê-lo aqui em baixo:

Benfica-3 FCPorto-0 de 1998 by MemoriaGloriosa

A (pouca) malta que não acertou tentou os seguintes nomes:

  • Aloísio– Titularíssimo durante a época, foi expulso na jornada anterior durante a vitória no derby contra o Boavista por 3-2 em pleno Estádio das Antas;
  • Barroso– Na segunda e última época feita pelo clube, não foi feliz e apenas disputou 19 jogos. Este também não foi um deles;
  • Domingos– Tinha saído para o Tenerife no final da época anterior;
  • Rui Jorge– Este foi o último ano em que fez parte do plantel do FC Porto, saindo para o Sporting no final da época. Não esteve presente neste jogo mas era uma boa aposta para o concurso;

O primeiro a adivinhar desta vez foi mais uma vez o Miguel, às 8h13. E justificou-me pessoalmente a escolha com a mestria de poucos! Grande!

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Dragão escondido – Nº19 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

Manuel Albino Morim Maçães escolheu o nome “Bino” para ser conhecido no mundo da bola, que o fez atravessar o país várias vezes, já que para lá de ser campeão por três vezes pelo FC Porto, jogou alguns anos emprestado no Marítimo e acabou por ser campeão no Sporting em 1999/2000, antes de sair para experimentar as praias de Tenerife. Regressou a Portugal de novo ao Marítimo e terminou a carreira no Moreirense. Quem o viu a jogar notava o talento, mas nunca conseguiu ser titular no FC Porto e acabou por estar envolvido numa transferência que na altura pôs meio-mundo aos berros, quando FC Porto e Sporting fizeram uma troca de dois jogadores por outros dois: Bino e Rui Jorge seguiram para Alvalade, enquanto que Costinha (o keeper) e Peixe subiram a A1. Era bom, mas era lento. Era talentoso, sem dúvida, mas acredito que muita malta nem se lembra que a uma dada altura foi jogador do FC Porto…ai, os de memória curta…

E neste jogo da época 1995/1996, que creio não ter sido oficial (à noite, nas Antas, com pouca gente nas bancadas…talvez um amigável de início de época), a malta andou ocupadíssima a tentar descobrir o Bino ali escondido. Entre os tiros ao lado estiveram:

  • Aloísio– Já estavam dois centrais na equipa titular e quem conhecia Robson sabia que o terceiro central normalmente entrava a cinco minutos do fim para o chuveirinho final e nunca antes…;
  • Artur– Não fazia ainda parte do plantel do FC Porto mas viria para o clube na temporada seguinte;
  • Domingos– Naquela que foi a sua melhor temporada pelo FC Porto (31 golos em 45 jogos), não foi titular nesta partida…talvez tenha entrado a meio, quem sabe?;
  • Emerson– Era uma das melhores opções, mas Bino foi titular em vez do guedelhudo brasileiro, pelo menos neste jogo. Não o repetiu muitas vezes.;
  • Kulkov – O russo já não fazia parte do plantel do FC Porto, tendo saído para o Spartak Moscovo no final da temporada 1994/1995;
  • Latapy – Tendo em conta que o Latapy está agachado na frente do Bino e não conhecendo ao tobaguenho o dom da omnipresença…;
  • Lipcsei– Mais um médio que seria uma boa opção, mas não era o húngaro naquela partida em particular;
  • Paulinho Santos– O mesmo que se pode ler na linha de cima, trocando a palavra húngaro e substituindo-a por “nosso grande treinador adjunto“…;
  • Semedo – Naquela que foi a última temporada da versão lusa do Mariano González dos anos 80/90 no FC Porto, não era (mais uma vez) escolha para o onze titular;

O primeiro a adivinhar desta vez foi o Miguel, às 11h05. Sim, era complicado, mas como vêem, para verdadeiros portistas acaba por se tornar simples!

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Os meus quatro Onzes – Parte II

Começo a segunda era dos meus quatro onzes, a que chamei “CAS, Robson e Penta – De 1991/1992 a 1998/1999“, com uma pequena viagem pelos meus inícios de vida portista. Foi nesta altura, mais precisamente na primeira temporada a que esta era diz respeito, que comecei a ir com alguma regularidade ver o FC Porto a jogar nas Antas (e alguns jogos fora), servindo como intronização para o que é agora um hábito de tantos anos. Aqui está aquele que considero o melhor onze deste período, incluindo os actores nada secundários nos diversos plantéis que compuseram as equipas do FC Porto:

Baía na baliza, com Silvino (que foi o único outro guarda-redes deste período que me deu alguma segurança na baliza. Nem Rui Correia nem Hilário (ambos fizeram mais jogos e seriam escolhas mais naturais, mas o “velhote” era mais seguro), muito menos Wozniak, Costinha ou Kralj. O quarteto defensivo pode criar alguma  contestação. João Pinto é a escolha natural e meritória para lateral direito com Secretário a ficar longe e Rui Jorge foi o defesa esquerdo titularíssimo até Fernando Mendes chegar. Os centrais, Aloísio e Jorge Costa, eram garantia de segurança, de força, de coesão e de complementaridade. Foram grandes e nem José Carlos e Fernando Couto, ambos com valor suficiente para fazer parte de tantos “onzes-tipo”, não conseguem, na minha opinião, destronar esses nomes.

Nos médios, as escolhas de Paulinho Santos e Rui Barros eram óbvias, já Zahovic bateu Timofte por muito pouco, apenas pela influência que teve na equipa durante mais tempo. Semedo e Sérgio Conceição, elementos de muitos anos de portismo em cima, foram muito importantes em diversas conquistas mas não os conseguia colocar na frente de qualquer um dos outros três nomes.

Na frente, não tenho dúvidas. Apesar da injustiça feita para com Domingos, que não figura no onze-base de nenhuma das eras que seleccionei, a verdade é que Jardel não dá hipótese a ninguém pela importância que teve desde que chegou ao clube em 1996/1997. Foi um dos melhores avançados que vi a jogar, sempre ajudado por Drulovic e Capucho, sem os quais não teria marcado metade dos golos que apontou. Folha e Artur, também com nome gravado no hall of fame portista, ficam de fora quando comparados com os dois nomes que formaram um dos melhores tridentes ofensivos da história do FC Porto.

Como na edição anterior, há muitos pontos de discordância, por isso venham de lá os comentários.

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