Acabei há pouco de jantar, sentei-me no sofá, estiquei-me para pegar no portátil e, ligando-o, abri o meu fiel leitor de RSS para ler as mais recentes notícias. Olhando de relance para um dos artigos que me surgiram à frente, fiquei a ler. Escrito por Luís Avelãs, jornalista (?) do Record, era uma genial tirada contra o nervosismo de Jesualdo, que saiu da conferência de imprensa do jogo de ontem depois de lhe ser perguntado qual seria o seu futuro à frente do FC Porto.
Fiquei convencido, enquanto continuava a ler, que todos os Luíses que escrevem para o Record partilham, para além do mesmo cérebro, algum tipo de incapacidade genética de tolerar Jesualdo. Já há uns tempos tinha escrito sobre Luís Óscar, também do Record, onde a sua mentecapta imaginação para parangonas falaciosas e enganadoras me chamou a atenção. Hoje foi pior.
Luís Avelãs, este garboso cavalheiro que se encontra aqui à direita, tece considerações insultuosas para com Jesualdo Ferreira, considerando que é indigno da formação académica que possui, que ferve em pouca água e que está enervado, entre outras parvoíces dignas do jornal que lhe paga o ordenado. Leiam aqui para tirarem as vossas conclusões.
Jesualdo tem o futuro em risco? Talvez. Já lhe fizeram alguma pergunta sobre isso? Já. Há meses, diria anos, que lhe fazem a mesma pergunta constantemente, tanto nos momentos de vitória como nas alturas mais infelizes, quando a equipa e o homem estão moralmente mais em baixo. Jesualdo sempre agiu com correcção e boas maneiras, tendo defendido a sua posição até ao limite, quer se goste do estilo quer não. Estes ataques constantes à figura do treinador Jesualdo que agora se transformaram em ataques ao homem Jesualdo são indignos e devem ser contrariados com a indiferença que nos devem merecer esses vermes. E para nós, portistas, o Record é pródigo neste tipo de jornalistas (Óscar, Avelãs, Gobern, Santos) que, virando o bico ao prego, se sentem tão ofendidos com atitudes mais ríspidas de figuras ligadas ao nosso clube, ao mesmo tempo que aparentam possuir carte blanche para fazer acusações sem nexo e pressão sem quartel sobre as personalidades que entrevistam.
Por isso sempre que passarem por este gajo na rua, interpelem-no cordialmente e perguntem-lhe: “Crê que vai cortar essa barbicha algures no futuro?”. Quando ele responder que não sabe, voltem a indagar: “Mas não falou com ninguém acerca da melhor forma de se despedir da barbaroca?”. Enquanto o senhor fôr fervendo e sair apressado em direcção ao seu coche, persistam: “Acha que chegou ao fim o ciclo desse matagal que tem no queixo?”, entre outras. Deixo-vos a liberdade de pensarem noutras hipóteses para inquirir o rapaz.
É contra este tipo de gente que temos que lutar, meus amigos. No campo, entenda-se, que eu não me chamo Pragal Colaço.