Ouve lá ó Mister – Zenit

Mister Paulo,

Estás a perder os adeptos a cada jogo que disputas. Aqueles noventa minutos de futebol que jogámos no fim-de-semana em Lisboa foi uma bela duma trampa fumegante e ninguém te vai deixar esquecer o que a equipa (não) fez numa partida que devia ter sido nossa logo desde o início e que deitaram a perder mesmo antes do Mangalho ter tido aquele AVC que mais fazia lembrar o colega do lado. Foi mau e tu sabes que foi mau, por isso tenho ainda menos paciência para desculpabilizações com o relvado e as linhas que eram brancas e confundiam-se com o equipamento e os jogadores ficaram alérgicos às flores do Pepe. Ba. Le. Las.

Hoje, a meio da tarde em Portugal e já de noite e frio na mãe Rússia, vais ter de provar que estamos todos enganados quando começamos a pensar que estás com as unhacas cortadas muito rente e que é tão provável sacares de um solo à Steve Vai como de pescares um espadarte com um pacote de gomas. Vais para cima deles porque temos de ganhar. Vais ganhar porque foste para cima deles. Não quero saber de Hulk ou até do Witsel que afinal já pode jogar (era bonito se os nossos pudessem ter o mesmo tratamento quando são expulsos, não é?), ou do Mijinhas ou do resto da comandita.

Ganhar é imperativo. Um empate, como diz o Jesus, é (mais) uma derrota.

Sou quem sabes,
Jorge

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Dragão escondido – Nº19 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

Manuel Albino Morim Maçães escolheu o nome “Bino” para ser conhecido no mundo da bola, que o fez atravessar o país várias vezes, já que para lá de ser campeão por três vezes pelo FC Porto, jogou alguns anos emprestado no Marítimo e acabou por ser campeão no Sporting em 1999/2000, antes de sair para experimentar as praias de Tenerife. Regressou a Portugal de novo ao Marítimo e terminou a carreira no Moreirense. Quem o viu a jogar notava o talento, mas nunca conseguiu ser titular no FC Porto e acabou por estar envolvido numa transferência que na altura pôs meio-mundo aos berros, quando FC Porto e Sporting fizeram uma troca de dois jogadores por outros dois: Bino e Rui Jorge seguiram para Alvalade, enquanto que Costinha (o keeper) e Peixe subiram a A1. Era bom, mas era lento. Era talentoso, sem dúvida, mas acredito que muita malta nem se lembra que a uma dada altura foi jogador do FC Porto…ai, os de memória curta…

E neste jogo da época 1995/1996, que creio não ter sido oficial (à noite, nas Antas, com pouca gente nas bancadas…talvez um amigável de início de época), a malta andou ocupadíssima a tentar descobrir o Bino ali escondido. Entre os tiros ao lado estiveram:

  • Aloísio– Já estavam dois centrais na equipa titular e quem conhecia Robson sabia que o terceiro central normalmente entrava a cinco minutos do fim para o chuveirinho final e nunca antes…;
  • Artur– Não fazia ainda parte do plantel do FC Porto mas viria para o clube na temporada seguinte;
  • Domingos– Naquela que foi a sua melhor temporada pelo FC Porto (31 golos em 45 jogos), não foi titular nesta partida…talvez tenha entrado a meio, quem sabe?;
  • Emerson– Era uma das melhores opções, mas Bino foi titular em vez do guedelhudo brasileiro, pelo menos neste jogo. Não o repetiu muitas vezes.;
  • Kulkov – O russo já não fazia parte do plantel do FC Porto, tendo saído para o Spartak Moscovo no final da temporada 1994/1995;
  • Latapy – Tendo em conta que o Latapy está agachado na frente do Bino e não conhecendo ao tobaguenho o dom da omnipresença…;
  • Lipcsei– Mais um médio que seria uma boa opção, mas não era o húngaro naquela partida em particular;
  • Paulinho Santos– O mesmo que se pode ler na linha de cima, trocando a palavra húngaro e substituindo-a por “nosso grande treinador adjunto“…;
  • Semedo – Naquela que foi a última temporada da versão lusa do Mariano González dos anos 80/90 no FC Porto, não era (mais uma vez) escolha para o onze titular;

O primeiro a adivinhar desta vez foi o Miguel, às 11h05. Sim, era complicado, mas como vêem, para verdadeiros portistas acaba por se tornar simples!

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