Ouve lá ó Mister – Feirense

Camarada Sérgio,

Ora então seja muito bem recebido neste ano de 2018 que é tão seu como meu e que queremos todos que seja nosso já ali em Maio, antes do proverbial Éder aparecer para nos levar ao campeonato do Mundo e proceder a despir-se em frente ao Marcelo, à lorde. Mas vamos lá colocar os holofotes naquilo que é importante porque o resto é, por definição, acessório.

Jogo tramadinho que vais ter hoje, Sérgio. Metade do povo ainda está a ressacar da festarola de Domingo à noite e já apanham com um jogo num campo apertadinho, contra uma equipa que até nem joga mal de todo e que veste de azul mas não nos vai facilitar em nada o trabalho. Ainda por cima estás privado do capitão que apanhou dois jogos de suspensão quando tantos outros, por crimes mais ou menos semelhantes, apanham um ou nem isso. É o que tens, Sérgio, por isso faz uso disso. Convence os gajos que estão a arrancar o ano mais importante das vidas deles e que têm aqui na Feira já uma oportunidade para aproveitar o que quer que saia do jogo dos outros fulanos lá de baixo. Daqui até ao fim do ano só há um resultado possível e não há maior motivação que garantir ganho pontual em relação a um dos outros rivais. Ou aos dois, com alguma sorte.

Força nas canetas e entremos no ano em grande!!!

Sou quem sabes,
Jorge

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Ouve lá ó Mister – Paços de Ferreira

Camarada Sérgio,

Como vai essa pança? Da maneira que te imagino, tu és gajo para alapares a peidola na cadeira, arrastares a dita para a mesa enquanto te acomodas para receber o repasto natalício e depois de mastigares o equivalente à dívida externa da Papua em forma de bacalhau ainda és menino para mamares mais uns quantos single malts ao mesmo tempo que gritas para a família “Oh Marega, oh Marega o caralho que se não fosse eu era oh marega vai pró caralho oh moço aí ao canto bota mais uma gotinha que ainda preciso de mais um digestivo!”. Pelo menos é isso que acontece na minha cabeça, se assim não for, as minhas desculpas e parabéns pela vida de asceta que levas, oh worthy one.

Começa a ser altura de te arranjarmos um título à futebol. Tem de ser qualquer coisa acabado em “one” porque…eh pá, porque vende e cola ao ouvido e porque sim. Proponho: “The Recycling One” tendo em conta a quantidade de gajos que foste re-buscar, os Abous e Maregas e Reyeses e afins, que ainda nos dão alegrias e podem (devem!) continuar a dar. E hoje é dia de regressar ao trabalho e nada melhor que um jogo decisivo que nos obriga a ganhar e a fazer pela vida para passar a fase de grupos desta coisa da Taça da Liga. Vê lá quem está em melhor estado, quem tem as perninhas cansadas e quem comeu como um Walter, escolhe bem o onze que eu vou acreditar que é possível jogar à Boxing Day em Portugal. Pá, deixa-me sonhar um bocadinho. Olha, sonhos…volto já!

Sou quem sabes,
Jorge

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Ouve lá ó Mister – Rio Ave

Camarada Sérgio,

Isto é que é um final de ano, rapaz! Jogos de três em três dias, uma batelada de competições ao barulho e um conjunto de jogos de trampa entremeados com confrontos magníficos de deixar a malta a salivar toda por mais, mais, MAIS! Mas há sempre um limite para estas coisas e quando temos um jogo a uma quinta-feira, três dias antes do Natal, às 21h15 da noute, a contar para uma competição que diz tanto ao adepto normal como uma leitura ao vivo de poesia birmanesa na língua original…é esse o limite que é traçado. Não terás uma grande assistência nas bancadas, uns porque não podem (como eu, infelizmente), outros porque andam às compras e outros ainda porque, francamente, não querem saber. Mas tu, como sempre, tens de querer não só saber como saber ganhar. E não vai ser fácil.

Não será fácil porque a motivação nunca é grande, mas ao menos podes tentar motivá-los pelas escolhas que fizeres. Tenta ganhar o jogo porque ninguém te perdoa se não tentares, mas relaxa. Dá minutos a quem faz por merecer mas não os tem porque outros fazem mais para receber o crédito. Aposta numa estratégia estável, sem grandes invenções, mas adequa o onze ao jogo, à competição e acima de tudo ao adversário, que vem aí com a moral em alta e vontade de nos limpar da competição já hoje, algo que podem conseguir se vencerem o jogo…acho eu…isto já esteve melhor em termos de números, por isso desculpa lá qualquer coisinha se me enganar. Mas funciona na mesma para motivar: “Rapazes, se estes camelos nos ganharem, passam e nós ficamos para trás! É isso que querem, seus montes de esterco tatuado?! Nunca! Vamos a isso!”. Deixo as palavras para ti, mas o sentimento é esse.

Força, homem. Lança-te para cima deles e saca os pontos. Depois relaxa por uns dias, come bem que tens jogo passada uma semana. É sempre a abrir!

Sou quem sabes,
Jorge

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Ouve lá ó Mister – Marítimo

Camarada Sérgio,

Na última jornada d’A Culpa é do Cavani estivemos a discutir este Marítimo e uma das coisas que concluímos foi: “Eh pá, o Marítimo todos os anos muda e continua sempre o mesmo!”. E é realmente curioso observar as paletes de gajos que chegam todos os anos e ver que a forma de jogar é semelhante e a equipa acaba quase sempre a lutar pela Europa e em posição estável na tabela. Goste-se ou não dos gajos e especialmente da maneira como nos foram tratando ao longo dos anos (dentro e fora de campo), é de louvar esta estabilidade numa era em que o mais constante é mesmo a mudança.

Ainda assim, não é razão suficiente para não lhes espetar um bufardo no focinho à primeira oportunidade que tivermos ou criarmos. É o último jogo da Liga até ao final de 2017 e é bastante provável que seja o último jogo que muitos adeptos vão ver até à Feira, já em 2018. É triste mas também com o Natal a criar entropia nas famílias, há muita malta que vai para fora ou regressa à terra e é mais complicado de aparecer no Dragão. Por isso, meu caro, dá uma prendinha ao teu povo e faz com que as pessoas vão para casa com um sorriso nos lábios. Sim, mais uma vez!

Sou quem sabes,
Jorge

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Ouve lá ó Mister – Guimarães

Camarada Sérgio,

Em primeiro lugar, as minhas desculpas mas não consigo usar Vitória para falar do Guimarães. Eu sei que é esse o nome e eu até tento ser um gajo mais ou menos consistente na nomenclatura de clubes e jogadores, mas o Guimarães será sempre o Guimarães, tanto como o Setúbal será sempre…isso tudo. E é um elogio que faço à gente louca daquela terra que adora o clube e que merece o meu respeito por isso. O facto de querer ganhar todos os jogos que faço contra eles, contem eles para o campeonato, a taça ou um torneio regional de levanta-o-piço-ao-vento, não interessa qual: é sempre para bater nesta malta.

E hoje ainda mais, porque é Taça. Se houvesse algum jogo do campeonato em que estivesses noventa e quatro pontos à frente do segundo classificado e pudesses poupar malta para descansar as tropas, meh, tudo bem. Afinal, ganhar noventa e quatro pontos de avanço deve cansar um bocado, por isso até compreendo. Mas assim, em Dezembro e com uma competição para ganhar, especialmente depois de termos ganho a última eliminatória da forma que o fizemos? Sarrabulho, toca a reunir e siga para bombo. Sim, o toque minhoto foi deliberado nesta frase, deal with it.

Ganhar. Gerir se possível, golear quando aplicável. Mai nada.

Sou quem sabes,
Jorge

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