Na estante da Porta19 – Nº17

Cinco Escudos Azuis: A História da Selecção Nacional de Futebol” traz-nos todo o percurso da nossa Selecção, desde os primeiros tempos da formação das Quinas, começando a representar o nosso país no longínquo ano de 1921 e atravessando mares e continentes levando a nossa bandeira a todo o mundo com o símbolo que nos é tão querido. De Cândido de Oliveira a Scolari em 2004, o livro é escrito pelo assessor de imprensa da Selecção na altura em que foi lançado, Afonso de Melo, notório benfiquista doente e que merece de mim todo o desrespeito pelas atitudes clubísticas que toma mas que louvo o trabalho feito em prol da Selecção que quase todos apoiamos. É uma história interessante para todos os portugueses, especialmente para percebermos que apesar de todos os problemas, chatices, casos Saltillo e outros que tais, continua a ser um elemento potencialmente agregador de nomes, factos e acima de tudo de um símbolo que é nosso e que devia pugnar por continuar a ser nosso, do povo, de todos nós.

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Na estante da Porta19 – Nº16

Dou a palavra ao Miguel Lourenço Pereira, citando directamente do seu artigo sobre as origens de Chapman no Huddersfield:

Foi a maior revolução táctica dos primeiros 50 anos do século XX. Manteve-se até aos anos 50 em muitos países como o principal sistema táctico. Caiu em desuso com a popularidade do 4-2-4 hungaro e brasileiro (que depois passariam ao formato 4-4-2 e 4-3-3 a partir dos anos 60). E resultou obra de uma mente privilegiada que resultou como peça chave na evolução táctica do jogo. Herbert Chapman morreu no zénite da sua carreira e não teve tempo para ver a real consequência da sua inovação. Quando, em 1934, caiu fulminado após uma pneumonia, o seu Arsenal era a melhor equipa britânica. E provavelmente do Mundo. Faltavam 20 anos para que nascesse a Taça dos Campeões Europeus mas se a prova tivesse sido realizada nessa década seria provavél que o clube londrino tivesse aplicado o mesmo monopólio que o Real Madrid. A aplicação do WM era a chave do sucesso gunner. Isso e a insistência de Chapman em rodear-se dos melhores. O técnico tardou alguns anos em fazer do seu modelo vencedor. Mas quando deu na tecla certa a equipa nunca mais o desiludiu. Contratou os melhores, montou uma geração de talentos únicos como Highbury Park não voltaria a conhecer. E dominou a First Division anos a fio. Para a história ficou o seu papel como treinador do Arsenal.

Herbert Chapman, Football Emperor: A Study in the Origins of Modern Soccer” retrata toda a história deste génio do futebol. Vale a pena.

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Na estante da Porta19 – Nº15

Posso dizer com algum grau de certeza que os adeptos deste grande clube são alguns dos mais exigentes do Mundo. A forma como vivem o clube da sua terra e a maneira como o clube sempre foi uma personificação das suas vontades e amores, representando a identificação de um povo com um ideal. “The Toon: The Complete History of Newcastle United Football Club” descreve a história do Newcastle United desde o século XIX, passando pelas vitórias nacionais e europeias nos anos 50, a glória dos anos 70 e a evolução até aos atribulados anos 90, terminando no arranque de um século XXI que levou o clube ao desespero da descida ao Championship. Nomes como Milburn, MacDonald, Keegan, Gascoigne, Beardsley, Shearer, Asprilla, Ginola, Lee e tantos outros que contribuiram com o seu suor para a história do clube que actualmente está de volta à Premier League, foram alguns dos que fizeram com que o clube nunca perdesse os seus adeptos, a malta que enche o St.James’ Park semana sim, semana não, para poder ter o prazer de ver o seu clube a jogar e participar em mais um pedaço da sua história. Excelente para fãs e adeptos não só do Newcastle mas também do futebol.

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Na estante da Porta19 – Nº14

Brilliant Orange: The Neurotic Genius of Dutch Football” é, como dá para perceber pelo subtítulo, um livro que nos traz de volta a imagética que ficou tão vincada nas décadas de 60 e 70, quando Cruyff, Rep, Neeskens, Rensenbrink e tantos outros rapazes da terra das tulipas trouxeram ao mundo pela mão de Rinus Michels aquele que ainda é considerado o melhor futebol de sempre. Audazes, imprevisíveis, geniais e brilhantes, para roubar os epítetos directamente do livro, foram a corporização de uma mentalidade sempre ofensiva que deixou memórias inolvidáveis a todos que os viram a jogar, ultrapassando gerações e marcando o caminho para equipas não holandesas como o Milan, o Chelsea ou o Barcelona. A comprar, para ler depois da vossa equipa fazer um bom jogo, já que depois de uma má partida não me responsabilizo pelo sentimento de frustração de perceberem que, afinal, “não jogamos nada comparados com aqueles gajos”…

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Na estante da Porta19 – Nº13

E cá está um bom exemplo de um livro que podia ser bem melhor mas que continua a valer pelas histórias que lá contém mas pouco mais. “The Manager: The Absurd Ascent of the Most Important Man in Football” é um passeio por anos de conversas intensas de treinador para jogador, a partir da evolução de um humilde empregado do clube que sobe pelos escalões da pirâmide até que consegue chegar, por mérito ou talvez não, ao mais alto patamar a que pode aspirar dentro de uma estrutura como a do clube que sempre serviu. É uma análise crítica, parva (talvez demais) e não particularmente aprofundada sobre o que de facto compõe um treinador de futebol. Não é o melhor livro que já recomendei aqui neste espaço. Diria que é o pior. Sim, é isso, talvez seja melhor nem recomendar o livro. Afinal, o facto de estar na estante não quer dizer que acerte em todos os livros que compre…

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