Dezasseis

Hector Herrera vai usar uma camisola com um número que diz muito a todos os portistas que atravessaram a segunda metade dos anos 90. Aqui fica uma lista dos jogadores que usaram essa mesma camisola desde que a numeração é fixa. Vamos a isso:

 

1995/1996 Lino
1996/1997 Mário Jardel
1997/1998 Mário Jardel
1998/1999 Mário Jardel
1999/2000 Mário Jardel
2000/2001
2001/2002
2002/2003 Bruno
2003/2004 César Peixoto
2004/2005 Diego
2005/2006 Raul Meireles
2006/2007 Raul Meireles
2007/2008 Raul Meireles
2008/2009 Raul Meireles
2009/2010 Maicon
2010/2011 Sereno
2011/2012
2012/2013
2013/2014 Hector Herrera
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Dezanove

Liedson is in the house, e o número que escolheu (ou escolheram por ele) é um pouco diferente do trinta-e-um que usou durante vários anos de verde-e-branco. Dezanove é, como devem compreender, um número bastante próximo do meu coração, por isso continuo a saga das listas de jogadores do FC Porto que o usaram nas costas, com o sonho de um dia contratarmos um gajo chamado “Porta” que me dê uma publicidade que nunca mais acabe. Vamos a isso:

 

1995/1996 João Manuel Pinto
1996/1997 João Manuel Pinto
1997/1998 João Manuel Pinto
1998/1999 João Manuel Pinto
1999/2000
2000/2001 Juan Antonio Pizzi
2001/2002 Rafael
2002/2003
2003/2004 Carlos Alberto
2004/2005 Carlos Alberto
2005/2006 Tomislav Sokota
2006/2007 Tomislav Sokota
2007/2008 Ernesto Farías
2008/2009 Ernesto Farías
2009/2010 Ernesto Farías
2010/2011 James Rodríguez
2011/2012 James Rodríguez
2012/2013 Liedson
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Os nossos meninos no Mundial Sub-20

Depois de terminada a competição, com geniais toques de classe da RTP (com separadores durante o intervalo da final a anunciar…a final, depois de passarem um pano por toda a primeira fase e aparecer como a cavalaria americana, salvando a pátria e batendo no peito à grandes patriotas que dizem ser), aqui está um resumo do que consegui perceber do valor dos nossos jogadores para o futuro:

  • Juan Iturbe (Argentina)

Quase sempre inconstante nas exibições, mostrou talento nos primeiros minutos depois de entrar em campo (era normal começar o jogo no banco) com arrancadas muito rápidas e em drible largo e contínuo, e parece ser um rapaz que gosta de jogar solto e sem amarras. Não é alto mas tem boa capacidade de choque, não é forte mas tem remate fácil e prático, se bem que não estou a ver como é que pode entrar directamente na equipa do FC Porto. O talento está lá e percebe-se que pode ser muito útil especialmente em lances de contra-ataque ou em jogos onde a equipa tenha de defender mais atrás. Uma frente de ataque com dois jogadores formada por Hulk e Iturbe (talvez com James a jogar no meio atrás deles) seria um terror para uma linha defensiva alta e lenta. Alemães, portanto.

 

 

  • James Rodríguez (Colômbia)

Esteve quase sempre em bom plano, jogando como número 10 puro, sempre à procura de jogo e bem ajudado pelos outros médios de contenção da Colômbia, que procuravam sempre tapar os buracos que invariavelmente deixava quando saía com a bola controlada e pronto para fornecer Muriel, o (excelente) ponta-de-lança. Marcou alguns golos de penalty e foi um dos jogadores em maior evidência na construção ofensiva da equipa, o que acaba por mostrar que quando voltar talvez não se sinta tão bem a jogar na ala como aconteceu na larga maioria dos jogos em 2010/2011. Fez parte da lista dos melhores jogadores do torneio, com todo o mérito.

 

 

  • Alex Sandro (Brasil)

Lixou-se logo no primeiro jogo porque depois de uma corrida mais puxada acabou por sair antes da meia-hora e agravou a lesão que já tinha levado do Santos. Voltou à Invicta (e ao Twitter, raios te partam homem tu gostas mesmo daquilo!) e está a recuperar para ser opção para Vítor Pereira. Não consegui perceber o que vale.

 

 

  • Danilo (Brasil)

Se alguma conclusão podemos tirar do que fez neste Mundial, é a de que não é certamente uma boa opção para lateral-direito. Apesar de ter a vontade ofensiva de um Bosingwa, dá a segurança defensiva de um Sonkaya, o que como devem perceber, é insuficiente quando comparado com os outros defesas direitos que temos no plantel. É verdade que já afirmou que não é lá que quer jogar e prefere jogar ao meio, o que é sinal que a adaptação não lhe agrada e definitivamente não correu muito bem. Devo dizer que fiquei decepcionado com Danilo, porque apesar de ser campeão do Mundo e de não ter culpa nenhuma do rótulo dos treze milhões que levou em cima, a verdade é que estava à espera de muito mais. Vi um jogador muito distraído e exageradamente descontraído, com imensos passes falhados e alguma inconsistência exibicional. É novo, claro, tem 20 anos e por isso parece-me que tem muito que trabalhar e aprender até poder ser titular no FC Porto.

 

  • Tiago Ferreira (Portugal)

Uma surpresa, admito. Olhar para ele é como ver um David Luíz com o cabelo mais escuro, mas consegui ultrapassar a natural dificuldade de entender o que raio faria o homem a jogar pela Selecção Sub-20 de Portugal e abstraindo-me do visual, reparei que o rapaz tem jeito. Rápido na marcação, sempre prático e simples na gestão dos lances, é um valor a ter em conta para o futuro. Como é um central do FC Porto, naturalmente há esperança que entre para o plantel daqui a uns anos…ou então vai andar como o André Pinto alguns anos a passear pelo Algarve.

 

 

  • Sérgio Oliveira (Portugal)

É complicado perceber se o talento que tem vai resultar nalguma coisa, mas estou certo que só depende dele. Parece que desanima depois de cada lance perdido, de cada bola dividida que não consegue recuperar, e vai-se abaixo. Exagerado na forma como simula faltas e o ritmo lento que impõe ao jogo não beneficiou muito a equipa, apesar de alguns bons pormenores exibidos quando avança de bola presa ao pé, mas dá sempre a ideia que vai perdê-la rapidamente quando começa um lance ofensivo. Mas o que mais me incomoda em Sérgio é reparar que tem talento e que está a desperdiçá-lo em lances inconsequentes. Tem de melhorar no ritmo de jogo mas acima de tudo tem de melhorar muito “aqui” (estou a apontar com os indicadores para as fontes).

 

Portugal não conseguiu vencer. Parabéns, rapazes, deram tudo o que tinham. Não chegou, foi pena.

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Leitura para um sábado tranquilo

No fim-de-semana que agora se apresenta há imensas actividades que podem fazer e aposto que poucas incluem ler textos em blogs mais ou menos obscuros. Ainda assim, insisto:

  • Simples, simples. Xavi e a importância do número 10, do pensador do jogo, no FutebolPortugal;
  • A frustração da compra de Carroll pelo Liverpool no genialmente titulado: “Why Andy Carroll is the new Emile Heskey and why I hate them both“. You got it, é do Surreal Football.
  • O olhar de Armando Pinto sobre o passado museológico do FC Porto na biblioteca online que é o Lôngara;
  • Jonathan Wilson revê a carreira vitoriosa do Uruguai na Copa América;
  • Os donos do jogo: Figger, Mendes et al, no Placar (obrigado pelo heads-up, reinemargot!);
  • Uma análise parecida com a minha (ver Pipos e Yeros) sobre a política de formação do Arsenal, no Arseblog;
  • Para quem nunca viu ou já não se lembra, uma compilação de Teófilo “El Nene” Cubillas, cortesia do Left Back in the Changing Room;
  • Uma entrevista do nosso jovem talento colombiano: James Rodríguez no ElEspectador;
  • O melhor onze da Copa América sob a análise táctica do Zonal Marking;
  • Extra-futebol…nada mais há a dizer: The Oatmeal.
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