Aqui é que a suína dobra a vértebra flexível da rectaguarda. A aposta num ponta-de-lança com pouca experiência parece estar a rebentar na cara dos decisores e o risco que parecia evidente mas controlável aparenta estar a tornar-se num problema. É evidente que Hulk pode render ao meio, mas valerá a pena sacrificar um jogador que traz mais-valias tremendas quando joga na ala e transformá-lo num ponta-de-lança sem o apoio que necessita, depositando grande parte da esperança ofensiva nos seus ombros? É fácil dizer que não mas os númeors recentes tornam o sim numa prova irrefutável: o FC Porto tem rendido mais com Hulk ao meio. Nem Kleber nem Walter mostraram até agora ser soluções de curto prazo que garantam golos e por muito que tenham sofrido com o efeito “ai-que-falta-faz-o-Falcao”, a verdade é que os números não mentem. Será uma aposta a manter? Se não houver movimentações no mercado em Janeiro, presumo que sim.
Já em termos dos dois alas, tanto antes como depois de Hulk ser colocado numa posição mais central, para além do brasileiro houve uma aposta clara em James. Varela tem sido uma sombra dos anos anteriores (sem piadas racistas, atenção!) e Cristian Rodriguez é o costume: esforçado mas pouco produtivo. Iturbe teve o azar de se lesionar e só agora começa a regressar à competição e a grande surpresa tem mesmo sido Djalma, que poucos achariam ter hipótese sequer de calçar bota no banco, já vai no quarto jogo consecutivo como titular e tem servido como um elemento útil para acelerar o jogo pelo flanco. É um trapalhão, mas esforça-se, tal como o Rodriguez, com a vantagem de ganhar 140 vezes menos. No entanto, como em Janeiro deverá zarpar para o Gabão com a selecção de Angola para disputar a CAN, abre-se uma vaga para um extremo…será Hulk?