Ouve lá ó Mister – Moreirense

Camarada Sérgio,

Here we go again! Isto de jogar quase de três em três dias durante umas semanas está a começar a pesar nas pernas dos jogadores e na mente dos adeptos e estamos a ficar mal habituados a isto. Especialmente se continuarmos a ganhar como temos vindo a fazer, porque as aspirações começam a concretizar-se em vontades que por sua vez resultam em possibilidades elevadas e depois ficamos todos à espera de ganhar coisas e..bem, isso já não estamos habituados por isso é mais complicado assumir uma proximidade intelectual com a vitória para um clube que anda afastado dela há anos. Todo este prélio para dizer: oupa lá ganhar uma coisa?

Hoje é um bom dia para continuares a preparar o gigantesco duelo azul/verde que aí vem nos próximos meses. Campeonato, Taça da Liga e potencialmente Taça de Portugal. Três competições em que vamos forçar o Sporting a abandonar. Não sei se nos podemos qualificar para outras finais mas tenho algum receio que possamos ser julgados em Genebra por violarmos os direitos humanos daquela malta. Mas é o que temos de fazer para sermos felizes e eu sei que hoje vais dar um bom passo para criar o setup certo para essa nossa felicidade a breve prazo, não é, Sérgio? Trata lá disso, fazes favor!

Sou quem sabes,
Jorge

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Jornada 24 – De Bino a Pogba

Depois da vitória fresquinha contra o…olha, contra o Vitória, botamos a nu a evolução da equipa durante o jogo, juntamente com algumas considerações sobre cansaços, inteligência organizacional, alguma arbitragem e um elogio (oh!) ao adversário. Olhamos também para a B, com a escala que o título caracteriza para avaliarmos a valia de Luizão e as potenciais alternativas que podemos ter ali ao nosso alcance. Com o próximo jogo já no horizonte, um olhar atento sobre a equipa a apresentar para tentarmos chegar às meias na Taça, já agora na quinta-feira em Moreira de Cónegos.

Mantemos a pergunta até ao próximo episódio: qual é o pior extremo-esquerdo que já passou pelo nosso clube? Respostas, fazem favor, por comentário, tweet ou pombo correio!!!


Quem quiser continuar a ouvir pelo site, tranquilo, é só usar o leitor que está embutido no post de cada episódio. Quem ouvir usando uma app, seja iTunes, Podcast Addict, Pocket Casts, Podcast Republic ou tantas outras que por aí andam, pode encontrar o Cavani aqui:

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A Culpa é do Cavani – Jornada 24 – De Bino a Pogba

Depois da vitória fresquinha contra o…olha, contra o Vitória, botamos a nu a evolução da equipa durante o jogo, juntamente com algumas considerações sobre cansaços, inteligência organizacional, alguma arbitragem e um elogio (oh!) ao adversário. Olhamos também para a B, com a escala que o título caracteriza para avaliarmos a valia de Luizão e as potenciais alternativas que podemos ter ali ao nosso alcance. Com o próximo jogo já no horizonte, um olhar atento sobre a equipa a apresentar para tentarmos chegar às meias na Taça, já agora na quinta-feira em Moreira de Cónegos.

Mantemos a pergunta até ao próximo episódio: qual é o pior extremo-esquerdo que já passou pelo nosso clube? Respostas, fazem favor, por comentário, tweet ou pombo correio!!!

Jornada 24 – De Bino a Pogba


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Baías e Baronis – FC Porto 4 vs 2 Guimarães

foto retirada do zerozero

Uma noite que podia ter acabado com uma neura do tamanho do rabo do Marega acabou por se transformar num estupendo espectáculo de simbiose entre uma equipa e um público que começam a dar sinal de nervosismo precoce como há algum tempo não se via. Há jogos que servem para isto mesmo, para as pessoas perceberem que nem sempre as coisas podem correr bem desde o arranque e que há alturas em que é preciso trabalhar não só mais mas melhor. Em que é preciso pensar antes de fazer as coisas e que se não sair bem à primeira, talvez seja melhor parar um bocadinho antes de tentar logo a segunda. Uma boa e importante lição a tirar da vitória indiscutível de hoje. Notas já aqui abaixo:

(+) Brahimi. Cada gota de suor que pinga daquela maravilhosa carequinha é composta por cerca de 73% de talento e o restante de esforço. Mas Brahimi tende a inclinar as mesas de qualquer jogo em que entre e tenho medo de um dia vir a sentar-me à mesa com ele e que o gajo me finte e saque a melhor coxa de frango, beba o vinho todo antes de eu tocar no copo e consiga traçar a empregada sem que eu consiga avaliar a prateleira da moçoila. Está um jogador melhor desde que Sérgio pegou na equipa, este nosso Yacine, que agora vem para o meio e não tenta fintar todo o mundo e o pai dele, mas consegue ainda brilhar ao nível de um Lockheed Blackbird SR-71 como fez naquela pequena obra de arte que foi o segundo golo do FC Porto hoje à noite. Que. Go. Lão!

(+) A vontade de Danilo, Telles e outros. Danilo é sempre o mais irrequieto quando está a perder, gritando para os colegas e hoje fazendo o papel deles quando estão mais distraídos ou cansados (aquele gesticular para Aboubakar subir no terreno é notável e vai ficar na minha mente muito tempo… apesar de ter uma vertente negativa – e se o Guimarães marcava golo aproveitando a ausência de Danilo no meio campo depois do homem disparar como uma gazela a anfetaminas para pressionar o guarda-redes?), mas há que dar o mérito a Alex Telles, Óliver ou Ricardo, que foram lutadores e que pareciam sentir no corpo uma injustiça que só o seria por sua própria culpa, pela primeira parte miserável que fizeram como colectivo. Mas mostram sempre este empenho, este cerrar de fileiras e morder de língua que os faz querer sempre mais e melhor e que dão garantias ao povo que não vai ser por falta de empenho que não vamos chegar ao título.

(+) O click para a segunda parte. Se havia dúvidas acerca da forma como um treinador pode motivar os jogadores, podemos perceber que a equipa que entrou para a segunda parte foi a mesma equipa que arrancou a primeira. E nos primeiros dez minutos já tinha criado oportunidades decentes de golo e acima de tudo tinha recuperado um flanco direito que esteve nervoso e inconsequente durante os primeiros quarenta e cinco minutos. Ricardo e Corona foram a imagem perfeita do que deverá ter sido o discurso ao intervalo, porque não sei se o Sérgio lhes gritou aos ouvidos enquanto brandia um ferro em brasa em pêndulo perto do escroto dos moços ou se, por outro lado, os sentou ao seu colo e lhes contou qualquer história Dickensiana sobre a vontade dos desfavorecidos em tempos Vitorianos. O que é certo é que funcionou e funcionou muito bem. Tão bem que deu para quatro golinhos, bom futebol e sorrisos na bancada.

(+) O público e as luzinhas Foi querido, não foi? Para quem não percebeu, aquela espécie de árvore de Natal generalizada foi exactamente o que os visitantes fizeram aquando da visita ao Dragão aqui há umas semanas, no jogo da Taça, algo que até foi bem recebido pelo nosso povo. Mas a resposta foi ainda melhor, com todo o estádio a associar-se organicamente à “revanche” iniciada pelos Super Dragões, à qual me juntei com um enorme sorriso, eu que nem sou muito dessas coisas. Foi fofinho e serviu mais uma vez para unir o povo. Como se precisássemos de mais motivos para nos unirmos, mas tudo serve para colocar a malta toda a cantar para o mesmo lado.

(-) Toda a primeira parte. A pior primeira parte da época, sem qualquer dúvida. Um flanco direito mais desligado que um telemóvel sem bateria, com Corona sem cabeça ou pernas ou ambos e Ricardo sem acertar um passe de cinco metros. Dois avançados sem conseguirem controlar uma bola, a perderem todos os ressaltos e bolas divididas. Brahimi e Óliver sem perceberem que zona ocupar no centro. Danilo fora de posição, sem rasgo de velocidade nem discernimento. Dois defesas centrais lentos a agir e a reagir. Um chorrilho de imbecilidades individuais, desde os passes sem nexo no centro à marcação na defesa, com um golo a aparecer fruto de mais um mau posicionamento – não contem comigo para discutir foras-de-jogo de milímetro…mas a não-expulsão do Rafael Miranda, isso…enfim, é “só” mais uma que perdoam aos outros – defensivo e que fez com que o resultado ao intervalo fosse merecido. O pior de tudo foi a tremideira e a noção que não podemos abanar tanto em Janeiro. Ainda há muitos jogos para ganhar e alguns, como este, não vão começar em grande, há que saber ultrapassar isso e continuar a viver e a trabalhar.

(-) A imbecilidade dos olés. Nunca gostei desta manifestação orgânica de gáudio e auto-elogio que a malta insiste em gritar nos jogos que estão mais ou menos resolvidos e em que dois ou três passes seguidos puxam logo um “OLÉ” das bancadas. Não gosto porque os jogadores, nessa altura já com os motores desligados, ainda os colocam a andar em contra-rotação e desligam os cérebros, o que normalmente não resulta lá muito bem. E mais uma vez, não resultou. Ou melhor, resultou num golo para a outra equipa. Para quê? Nobody fucking knows.


A equipa está com mais vontade de ser campeã do que o Marega de fazer finalmente um hat-trick. E com mais ou menos nervosismo, lá vamos aguentando a rusga…

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Ouve lá ó Mister – Guimarães

Camarada Sérgio,

Já botaste a mão à carteira? E ao telemóvel? Relógio? Cinto? Está tudo aí? Não te roubaram nada? É que à saída da Feira fiquei com sérias dúvidas que tu e os teus moços tinham conseguido sair do estádio com tudo que tinham levado para lá. Raios, eu que vi o jogo na televisão tive de pensar duas vezes para perceber se os meus bens não tinham sido palmados pelo árbitro e amigos limitados, tal foi o furacão de roubalheira que por lá passou! Felizmente ficou tudo direito depois da tempestade e só o desgraçado do Brandão apanhou uma multa. Ah, espera, o Felipe foi expulso. E o Herrera na semana passada. Ei, e o Danilo outro jogo antes! Porra, se não fosse o FC Porto podia pensar que era perseguição, mas como somos nós…bem, é a Liga portuguesa em 2017. Nada de novo, portanto.

Hoje prepara-te para mais um festival internacional de gamanço. Já sabes isto há que tempos mas eu confirmo: até ao final do ano vamos estar a jogar contra bem mais do que onze gajos em campo. Vais apanhar com mais quatro árbitros, outro video-árbitro e o peso de uns milhões que estimam que te rebentes todo na próxima curva. E vais fazer como o Brahimi, bater no peito e dizer bem alto: “VAMOS GANHAR!”. E segues a tua vida.

Sou quem sabes,
Jorge

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