Desilusão


Não foi uma grande final. Nem foi um jogo particularmente bom. Foi controlado desde o 1º golo pelo Barça, a jogar a passo, trocando a bola simples e sem inventar muito. Não deu hipótese. Não daria a ninguém. Nem ao grande Manchester United. O que custa mais é vermos uma equipa desanimada, sem alma, sem força moral para dar a volta ao resultado, e pensar cá dentro: “Podíamos ter sido nós ali, e com mil Sonkayas, tínhamos dado mais réplica! Se calhar encaixávamos mais, mas havia mais garra!”

Link:

Antas vs Dragão

Sou um saudosista. Não tem nada a ver com cabedal e correntes nem com o reino da Arábia. Até sou de uma família simpática e nunca me meti nessas coisas (nem na pancada nem em arabescos, até porque não tenho jeito para desenhar), mas a saudade é algo que me toca bem cá no fundo, como Pink Floyd num quarto escuro ou Quim Barreiros em noites de Queima.
Quando em 2004 foi anunciado que a mudança para o Dragão era uma realidade, fiquei ansioso. Como abandonar o velhinho Estádio das Antas, que tanta alegria nos tinha trazido, juntamente com granizo, chuva intensa, WCs imundos, brechas no cimento e problemas nas infraestruturas de electricidade? Seria um novo mundo, uma misericordiosa palmadinha nas costas dos reumáticos, dos artríticos (esta custou) e das mulheres em geral, que iria permitir melhores condições, com modernas instalações e um carácter acentuado de conforto no espectáculo do futuro.
No entanto, mantive-me céptico. Não sou daqueles que diz que desta água não aspirarei por uma palhinha, mas perto. Não fico nada a dever a São Tomé em termos de incredulidade, tenho de mexer para ver se é verdade. É como um marido quando a mulher põe mamas novas, pronto.
Nas Antas tinha passado por muito. Grandes chuvadas, saraivadas (granizadas para os mais elitistas) e tardes de Verão tremendamente quentes. Vi grandes jogos e tive grandes tristezas. Foi lá que vi o Latapy falhar o penalty contra a Sampdoria. Foi lá que vi a Lazio atropelada com 4 no bucho. Foi lá que vi o Domingos a marcar dois ao Sporting num arranque de campeonato. Vi golos de Jardel, Kostadinov, McCarthy, Domingos, até Vinha e Quinzinho. Vi Baía e Kralj no topo da sua forma (em sentidos opostos). E acima de tudo vi futebol, muito futebol.
No Dragão as coisas são diferentes. As pessoas são diferentes, a alma mudou. Não me sinto com vontade para discorrer mais sobre o assunto, por isso fiz um pequeno apontamento gráfico que ilustra o que considero ser a utilização do tempo que os adeptos passam dentro do estádio. Tanto no antigo como no novo.

Gostava muito de saber a vossa opinião. Força aí nos comentários!!!
Link:

Quaresma no Génova?


Apesar da fonte não ser particularmente credível, cita uma declaração do Presidente do Génova, Enrico Preziosi, que afirma que Quaresma será jogador do Génova na próxima temporada (ver aqui).

Pode ser um novo início para o nosso ex-jogador. Terá de trabalhar mais e melhor para confirmar o potencial. Continuo a não acreditar que tal seja possível, mas desde que vi o Romeu a jogar na Selecção Nacional já acredito em tudo.
Link:

Baías e Baronis – FCP vs Braga

Penúltima edição da época. Se não concordarem, são livres de comentar, obviamente!

BAÍAS
(+) Muito entusiasmo do público, estádio cheio e malta animada
(+) Entrega do troféu a tempo e horas. É esteticamente bonito e ainda é mais bonito estar deste lado
(+) Farías. Outra vez. Mesmo sem querer, marcou mais um.
BARONIS
(-) Se havia jogo para desleixo e relaxamento era este. Mas aquela primeira parte foi um exagero. Valeu o público estar indiferente à passividade de TODA a equipa
(-) Alguma agressividade pontual em demasia. Houve alturas em que pareciam aqueles meninos do Pacheco quando ficavam sem a bola aqui há uns anos
(-) Nuno esteve grande parte da 2ª metade a aquecer para depois não entrar. É certo que vai jogar na final da Taça mas não me pareceu correcto para com o rapaz.

Link:

Campeonato? Check. Taça?…

O jogo foi chato, como se esperava. Valeu a festa, dentro e fora do Dragão. Venha daí Julho para termos sol, praia e treinos físicos. O resto é conversa.

Admito que não ligo muito à Taça. Tento não ser hipócrita quando as televisões ampliam uma competição quando os intervenientes são Sporting ou Benfica e que inevitavelmente olham para o caneco como a salvação da época. Já não é a primeira vez e não será a última. No entanto, este ano o figurino é diferente. De um lado o grande Dragão que vence tudo, arrasa tudo e consta que já violou várias velhinhas e é o culpado dos 11 anos que Vale e Azevedo, o ídolo das massas, apanhou hoje no lombo. Do outro, os pobres castores. Os humildes madeireiros. Os rapazes que não tinham dinheiro para azul ou vermelho na camisola e então usam um inenarrável amarelo e verde que mais parece a selecção do Togo.

Aconselho a que vão ouvindo os comentários nas TVs. O Porto já ganhou. Já está, a dobradinha está cá, mais um autocarro descapotável e mais um troço de prata para o não-museu.
Espero por domingo. Aí sim, vamos ter de ganhar. Na imprensa já mataram os rapazes de Paços de Ferreira, só falta morrerem em campo. Não, Dr.Bettencourt, não é a mesma coisa.
Link: