Baías e Baronis – Época 2008/09 – Pedro Emanuel


PEDRO EMANUEL

Oficialmente, o capitão do FC Porto é o jogador há mais tempo no plantel, e aos 34 anos começa-se a notar o desgaste físico de uma carreira intensa. É sempre curioso ver os jogadores que vindos do Boavista se conseguiram afirmar com regularidade na equipa e que conquistaram a massa adepta, casos de Bosingwa e Raúl Meireles ou do próprio Pedro Emanuel. Serve em minha opinião quase exclusivamente como um elemento de ligação entre o balneário e a massa associativa, já que em campo começa a ser ultrapassado por outros elementos que tanto em força como em capacidade técnica se afirmam como alternativas mais credíveis. Preferiria mantê-lo por mais um ano mas temo que queira sair para terminar a carreira ainda a jogar, e não o censuro. Deu muito ao clube e merece lugar na estrutura azul-e-branca num futuro próximo, se tal o desejar.
VEREDICTO: BAÍA
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Baías e Baronis – Época 2008/09 – Bruno Alves


BRUNO ALVES

Uma evolução extraordinária de um jogador que começou a carreira a sério…na Grécia, emprestado pelo FCP ao AEK de Atenas. Cresceu imenso nos últimos anos, particularmente a nível físico, onde se revela um saltador fabuloso e que domina o jogo aéreo como poucos. Um verdadeiro mártir do clube em termos das relações tempestuosas com a imprensa, foi rotulado como violento, assassino, Bruno Alves the Ripper pelos jornais mais avermelhados, mas a etiqueta nunca o afectou. Protagonizou um dos momentos “Secretário” da época, quando em pleno Old Trafford, com o FCP à frente e em controlo total do jogo, passou a bola direitinha para Rooney marcar o golo do empate. Recuperou como um verdadeiro campeão e continuou a captivar o interesse de alguns grandes Europeus (diz-se) e terá chegado a hora de sair, o que se compreende perfeitamente. Ganhou a titularidade na Selecção Nacional nos últimos tempos e pode ser uma das forças que leva aquele grupo de ineptos liderados por um igualmente inepto a melhores tempos. Grande Bruno, os meus parabéns por tudo o que fizeste pelo clube, ganhaste lugar na galeria de honra do dragão.
VEREDICTO: BAÍA
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Baías e Baronis – Época 2008/09 – Benítez


BENÍTEZ

Pronto. Mal vi este a chegar pensei: “Cá vem o Mareque deste ano”. Não era titular no Lanús, essa potência do futebol argentino, e vem para o Porto por meia-dúzia de tostões e duas galinhas. Como sempre faço, dei o benefício da dúvida ao rapaz e esperei até que fizesse alguns jogos para me pronunciar. Nem foi preciso tanto. Inepto a atacar e ineficiente a defender, faz da agressividade excessiva a sua maior arma, e é um risco tê-lo em campo mais que 45 minutos, sob o risco de o vermos a ser expulso quando o árbitro tende a começar a sacar dos cartões. Não tem classe nem qualidade suficiente para a Liga Intercalar, quanto mais para a Liga Sagres. Rua com ele.
VEREDICTO: BARONI
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Baías e Baronis – Época 2008/09 – Cissokho


CISSOKHO

Ora cá estamos. O homem que faz salivar o Lyon, o Bayern, o Tottenham, o Bunyodkor e o FC QuintosDoCarago, chegou humilde ao clube em Janeiro como uma solução interna para um problema perene na defesa do Porto: o lateral-esquerdo. Desde Nuno Valente que não tínhamos alguém decente para o lugar, adaptando jogador atrás de jogador para a posição. Depois de meia-época jeitosa no Setúbal foi contratado por 300 mil euros e chegou, viu e ainda está a perceber como é que venceu. É novo, inexperiente e tacticamente pouco astuto. No entanto, revela capacidades físicas imponentes, faz a linha toda e é, acima de tudo, um puto simpático. Não o vejo neste momento como um indiscutível nas 34 equipas que se dizem interessadas, mas no Porto é de certeza. Especialmente porque o mais directo competidor ano passado se chamava Benítez e…bem, vocês viram-no a jogar. De qualquer forma, com a contratação de Álvaro Pereira para o mesmo lugar por um valor 15 vezes superior, será expectável que o uruguaio seja 15 vezes melhor? Duvido. Ainda assim, o francês tem uma margem de progressão imensa e deve ser mantido pelo menos mais um ano.
VEREDICTO: BAÍA
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Baías e Baronis – Época 2008/09 – Sapunaru


SAPUNARU

Todos os anos chega um lateral direito novo ao FCP. Seja Seitaridis, Butorovic, Ibarra, Paulo Ferreira, Sonkaya, Fucile, ou este ano Sapunaru, todos eles atravessam fases más, exceptuando Paulo Ferreira, que conseguimos vender sabe Deus como por 20 milhões de Euros. Sapunaru não foi excepção, e quando chegou notei nele um síndroma de Giourkas (em alusão ao nosso grego de curta estadia), em que parece central, mas é lateral; parece que ataca mal, mas quase nem chega a atacar; parece que se coloca mal, mas afinal dá muito espaço aos extremos e tem medo de tocar na bola. A meio da época, depois de vários jogos infelizes e hesitantes, lá começou a assentar um bocadinho e parecia ter alguma estaleca para jogar no FCP, especialmente quando Fucile se lesionou e permitiu ao romeno algum espaço para ser titular. Não fiquei muito convencido mas apostaria em dar-lhe mais algum tempo para se adaptar. No entanto, com a contratação de Miguel Lopes, resta saber se vai sair (em ano de Mundial deverá querer ganhar espaço na Selecção) em vez de continuar a luta por um lugar agora com dois concorrentes directos.
VEREDICTO: BAÍA (quando estava no Barça)
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