Estado da nação

A bluegosfera portista anda ao rubro (má conotação colorida, peço desculpa) com discussões, controvérsia entre nomes de treinadores, jogadores mal-queridos e protegidos, exibições pobres e adeptos violentos. Como em todas as comunidades, há uma divisão entre os mais moderados e os mais radicais, sendo que os primeiros por vezes podem pecar por nem sempre colocar o dedo na ferida, ao passo que os últimos são sempre bem mais vincados nas suas posições, ainda que por vezes possam oscilar um pouco na coerência das mesmas. Considero que o Porta19 se inclui na primeira lista. Ainda assim, cá vai um pequeno resumo do que se tem vindo a dizer desde ontem:

Azular o Mundo (http://azularomundo.blogspot.com/2010/03/opiniao.html)
“como sobreviveu o Porto aos 19 anos?! Se parece que os adeptos não sabem como sobreviver ao desenlace de um jogo, ou de uma época, melhor dizendo, como sobreviveram os antigos?!”

Basculação (http://basculacao.blogspot.com/2010/03/mais-uma-humilhacao.html)
“A equipa até entrou bem e teve os primeiros lances de perigo mas, no estado em que estamos, perante aquele primeiro golo sofrido daquela forma, era óbvio que os portistas iam passar o resto do jogo a sofrer e terminou num humilhante 3-0.”
“começo a concordar com os que dizem que Bruno Alves anda de cabeça perdida. Só se destaca pelas picardias e cacetadas. “

Bibó Porto, carago! (http://bibo-porto-carago.blogspot.com/2010/03/futebol-21mar-1915-sl-benfica-vs-fc.html)
“Mais do que criar uma noite dos “facas-longas”, em que se procurem ajustes de contas, era bom que amanhã de manhã se começasse a trabalhar na Invicta. De forma séria. O Porto foi batido em toda a linha. Possuindo quatro títulos a adornar as camisolas, o que se pedia era tão pouco, comparado com o esforço hercúleo passado. Apenas vencer mais este. Não era apenas um campeonato. Era O campeonato. Aquele onde o Benfica apostou, desesperadamente, todas as fichas. Conseguindo uma espécie de hara-kiri, internamente o Porto implodiu. Aburguesados, com erros crassos e primários, a época está aí agora à vista de todos. De forma crua. Sem filtros.”
“O batemos no fundo é extensivo a quase toda a gente. Acho inadmissível o comportamento evidenciado pela habitual turba, lesta a desenvolver comportamentos dignos de primatas, enlameando o nome secular do clube ao não resistirem aos apelos mais básicos. Cada pedra lançada contra um adepto contrário constitui, não um acto de valentia ou de identificação com um ideal, mas um desvio comportamental que deve ser travado. A tempo, antes que isto acabe mal.”

Blog Super Porto (http://blogsuperporto.blogspot.com/2010/03/o-que-mais-sera-preciso.html)
“Sei que o Porto não pode ganhar sempre, é certo. Mas não pode perder assim como tem perdido, sem dar luta! Isto não é o Porto.”
“Um recado ainda para o Bruno Alves – o último dos jogadores à Porto: Eu também não gosto do benfica e perder com eles custa mais, mas entrar em campo a insultar tudo e todos e a bater em tudo o que mexe, não me parece ser a melhor solução, tanto mais quando se é o capitão. Que descontrolo.”

Carrega Porto! (http://carregaporto.blogspot.com/2010/03/maldicaos-dos-3-em-actualizacao.html)
“As contrariedades eram mais que muitas e verdade seja dita, o Slb vem semana após semana a demonstrar um futebol de elevada qualidade, e a vitória em Marselha apenas serviu para moralizar mais uma equipa já moralizada. Mas ainda assim o FCP esteve longe de ser inferior, lutou e mostrou valentia, mas no final o que conta são os golos, e como resposta aos três do adversário, nem um para a nossa conta.”

Dragalhadas (http://flthedragon.blogspot.com/2010/03/recomecar-gaharpara-o-ano.html)
“…Não vale a pena falar muito…os problemas do Porto estão a vista. E nós, quando perdemos, não precisamos de olhar para os outros ou atirar as culpas para arbitros, apitos dourados,…”
“O mais preocupante (para não falar nos erros de casting – aquele Belluschi…meu deus! – , nos erros tacticos, na condição fisica e psicologica dos jogadores – é ver como chegou o R. Micael…e como ele está! – …) é o discurso do Jesualdo! “Não há maior cego do que o que não quer ver”…e continuar a dizer – depois de uma final perdida por 3-0…sem ter criado 1 occasião de golo (nem nos cantos fomos perigosos) – que o Porto lutou de igual para igual, mereceu, etc…é ou burrice ou incompetência!”

Dragão até à Morte (http://dragaodoente.blogspot.com/2010/03/fcporto-0-sl-benfica-3-uma-equipa.html)
“Não era esta Taça que me acrescentava alguma coisa, que limpava a imagem de uma temporada para esquecer – melhor, para lembrar para que não volte a acontecer – mas se ganhar não acrescentava muito, perder desta maneira, sem honra nem glória e ter de aguentar a arrogância, o populismo bacoco e trauliteiro, dos vencedores, ainda piora as coisas e o amanhã não vai ser fácil…”
“Uma equipa nervosa, tensa, sem confiança, presa por arames, que desaba à primeira contrariedade, uma equipa muito disponível para reclamar, discutir e pouco, muito pouco, para jogar, para reagir quando as coisas correm mal. Enfim, ou alguém abana as tropas, dá um passo em frente, uma chicotada psicológica no grupo, ou então corremos sérios riscos de nem a Taça de Portugal ganharmos.”

Dragãopentacampeão (http://dragaopentacampeao.blogspot.com/2010/03/mais-um-suplicio.html)
“Se o futebol praticado pelos Tetracampeões nacionais, já não era de grande qualidade, esse golo fez acentuar o mau momento por que atravessa, caracterizado por falta de ligação, discernimento e capacidade técnica. Como consequência, o FC Porto só foi capaz de criar uma boa ocasião para marcar, num lance protagonizado por Falcao a que Belluschi não deu o melhor seguimento, aos 22′. Muito pouco para ambicionar a uma vitória!”

Estádio Dragão (http://www.estadiodragao.com/este-nao-e-o-meu-porto/)
“Em primeiro lugar apraz-me dizer que este não é o meu FC Porto. Isto é uma sombra muito ténue daquilo que o FC Porto jogou durante os últimos anos. Este FC Porto está ao nível do pior FC Porto dos últimos 10 anos. Relembro-me do pior futebol com Octávio, Fernandez e Couceiro no comando técnico da equipa. A equipa não tem fio de jogo. Não constrói jogadas de perigo, joga mal e parece que é um grupo de amigos que se juntou este fim de semana para dar uns chutos na bola. Mas isto não é de agora. Desde o início da época que o FC Porto joga mau futebol. Não sei se a culpa é do professor Jesualdo ou se é da falta de qualidade do plantel, a verdade é que esta época apenas fizemos um ou dois jogos bons.”
“Como é possível em 90m os jogadores P
ortistas fazerem uns dois ou 3 remates com perigo? Isso não será o que faz uma equipa da segunda liga quando joga para a taça no Dragão?”

“Bruno Alves é a imagem, do desespero deste jogo. O capitão do FC Porto está mais compenetrado em “encher a mala” aos jogadores do benfas do que propriamente jogar á bola. É a personificação deste Porto…”

Portistas de Bancada (http://portistasdebancada.blogspot.com/2010/03/momentos-em-que-podem-rever-se.html)
“Sejam novos ou velhos, reforços ou consagrados da casa, os médios benfiquistas fazem faltas cirúrgicas e todos dão no duro, nem é preciso que joguem a bola, como não jogam, basta metralhar desde a trincheira que os adversários caem como tordos.”
“Já o Sporting e o Arsenal não precisaram de jogar por aí além. O Benfica também não. E parece tão fácil golear o Porto, enquanto Meireles e Jesualdo falam do que ainda há para ganhar. Espero que tenham mesmo abdicado das medalhas de medrosos falhados…”

Paixão pelo Porto (http://paixaopeloporto.blogspot.com/2010/03/impotencia-do-nosso-fc-porto.html)
“Começa a ser cada vez mais difícil assistir ao final de época do FC Porto. E pensar que a equipa esteve mais de uma semana a preparar este jogo. Afinal, para quê tanto recolhimento (estágio num antigo Palácio), conforto (viagem num voo privado) e contenção nas palavras (ninguém falou à imprensa nas vésperas do jogo)? Assim torna-se difícil analisar o jogo, pois já nem sabemos a quem pedir responsabilidades: a jogadores, a treinadores ou à SAD? Estamos confusos!”
“Ontem, a época que as duas equipas estão a realizar acabou por ser determinante na forma como ambas abordaram o jogo. Foi com precipitação e ansiedade que o FC Porto respondeu à melhor desenvoltura e fluidez de jogo do Benfica. No final, e mesmo que Nuno não tivesse cometido aquele erro que deu origem ao primeiro golo do Benfica, ficámos com a sensação que o FC Porto não conseguiria discutir o jogo.”

Pobo do Norte: O Pobo Mais Forte (http://www.pobodonorte.com/2010/03/quanto-tempo-falta-para-acabar-epoca.html)
“em condições normais (com todos os jogadores disponíveis e sem o stress de uma sequência de resultados penalizadores), o Porto teria argumentos para vencer o Benfica. Sem alma, sem 2 dos nossos melhores e com um banco que é uma miséria, só por mero acaso venceríamos a taça da bejeca”
“o Bruno Alves é muitas vezes criticado somente por saltar mais alto, por ser mais forte, por se impor fisicamente; mas hoje teve uma actuação vergonhosamente desleal, ao nível dos grunhos que partem cadeiras e roubam nas estações de serviço – aquela sequência de agressões ao Kardec e ao Cardozo é inadmissível, inaceitável e só serve para criar uma péssima imagem dele e do Porto. É preciso ser digno na derrota para se poder ser magnânimo na vitória.”

Mística do Dragão (http://misticadodragao.blogspot.com/2010/03/bom-resultado.html)
“VAI-TE EMBORA JESUALDO
VAI-TE EMBORA VALERI
VAI-TE EMBORA BELLUSCHI
VAI-TE EMBORA BRUNO ALVES
VAI-TE EMBORA RAÚL MEIRELES
VAI-TE EMBORA GUARÍN
VAI-TE EMBORA TOMÁS COSTA
VAI-TE EMBORA FARÍAS
VAI-TE EMBORA MARIANO
PENDURA AS LUVAS NUNO”

Mais Portista (http://maisportista.blogspot.com/2010/03/ja-comeca-ter-efeitos-positivos-ter.html)
“Após jantar fui observar o que se escrevera na blogosfera portista, e como seria de esperar já ninguém gosta deste clube, destes jogadores, do presidente, do treinador, etc… É tão fácil dar o peito às balas quando ganhámos!!! Difícil e adulto é dar esse mesmo peito às balas nas derrotas, principalmente nas mais custosas. É por isso que eu digo no título deste post que existem efeitos positivos com esta derrota. Existem muitos portistas que precisam de aprender o que custa perder, de forma a depois poderem ganhar. Quando se entende o mais difícil, o resto é paisagem!”
“Para terminar quero apenas esclarecer o seguinte: Existem críticas justas que devem ser feitas ao treinador, aos jogadores e à SAD, mas não na praça pública, nunca neste momento. Deixemos a época terminar e aí sim, também eu cá estarei para dizer de minha justiça. Até lá continuo a dizer que não me importo de estar 1 ano sem vencer nada, se a seguir vierem 4 ou 5 de abundância! Quem preferir pode fazer uma liga privada só com um clube, assim ganha sempre…”

O Dragão (http://odragao.blogspot.com/2010/03/queriam-o-que.html)
“O Presidente só pensa em putas.- A SAD só pensa nos prémios.- O “treinador” só está à espera que o despeçam, para se abarbatar com a indemnização.- O capitão só pensa em sair.E QUEREM MILAGRES?”
“O meu Porto, o da entrega, o do trabalho, não é o do treinador Burrualdo… O meu Porto, é o Porto de Oliveira, por exemplo… Um Porto que, podia ter a pior equipa, mas que tinha atitude e em que cada derrota era vivida como se fosse a última e não com conformação…”
“Os jogadores em campo estão perdidos, nas posições, nas tácticas e no nervo – no nervo de ser jogador à FC Porto e no nervo de não ser arruaceiro. Bruno Alves ontem merecia ter sido expulso e o treinador devia estar à espera que isso acontecesse para ter mais uma desculpa para o jogo e a época de ontem, ao não o proteger com uma substituição.”

Conclusões? Creio que há alguma unidade nas críticas e nas análises, sejam elas mais agressivas ou mais brandas, onde os principais visados são em grande maioria a SAD e o treinador, sem esquecer alguns jogadores. Espero para ver o que vai acontecer até ao final da época…

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Há que saber perder, Bruno!

Bruno Alves teve mais uma noite de total desvario, reacendendo as conversas sobre a sua veia violenta que tanto tem dado que falar nos últimos anos. O capitão de equipa do FC Porto passou 90 minutos a distribuir pancada em tudo o que via, arranjando problemas com vários jogadores adversários, cotovelando e pontapeando Aimar, Cardozo, Kardec…e até os colegas de equipa e membros da equipa técnica, como o médico Nelson Puga que o tentou acalmar a caminho do balneário, onde Bruno estava entretido a mostrar aos adeptos benfiquistas (presumo) na bancada que tinha ganho quatro campeonatos, apontando para as quinas que ostenta ao peito, numa atitude que tem tanto de orgulhosa como de idiota.

Bruno sempre foi um jogador que mostrou garra, raça, vontade de vencer e que simbolizava o que são todas as qualidades que os adeptos portistas sempre procuraram nos profissionais que exibem em campo o emblema do clube. Depois dos primeiros anos de empréstimos sucessivos ao Farense, Guimarães e até na Grécia, onde jogou no AEK Atenas sob o comando de Fernando Santos, regressou ao clube onde tinha sido formado para vencer quatro campeonatos, várias taças e assumir-se como capitão. Durante todo esse tempo foi cimentando posição como um central reconhecido pela Europa fora até chegar a titular na selecção de Portugal, onde marcou vários golos e serviu como âncora de segurança para algumas exibições bastante consistentes.

Depois de quatro épocas onde a sua agressividade foi escalpelizada por todos, com a aprovação moderada dos portistas e a reprovação intensa dos adversários, Bruno Alves está a ter aquela que será provavelmente a pior temporada da sua carreira. Um verão em que o fica-sai-fica-sai-fica-sai foi transversal a todos os jornais desportivos, uma época com fracos resultados e uma noção que se vai recalcando nas mentes dos adeptos: é este o capitão que queremos para a nossa equipa?

Toda a gente que já jogou futebol já reparou que há sempre alguns rapazes que quando se vêem a perder começam a disparatar, desatam a calcar tornozelos e a cotovelar a malta pelas costas? Pois é isso que creio estar a acontecer com Bruno Alves, exactamente porque não sabe perder. A vencer há quatro anos consecutivos com louvores, prémios atrás de prémios e um nome criado por si à custa de trabalho e empenho, vê-se confrontado pela primeira vez com uma realidade que não é a que está habituado, a de ter de admitir a derrota porque, simplesmente, não é o melhor.

Tal comportamento passa para o balneário, nota-se em campo, vê-se na forma como Bruno entra em fúria perante os adversários que ousam colocar uma barreira à ambição do nosso número 2. A atitude violenta que Bruno tem mostrado não é digna de um capitão de equipa e é algo que terá de ser revisto pelo treinador, psicólogo, presidente, coveiro, florista, sei lá, por alguém de direito dentro da estrutura portista que consiga tentar mudar a mentalidade do rapaz, porque o que se vê em campo é uma equipa perdida, sem liderança, que tenta tirar de esforço o que não consegue com mérito técnico e táctico, que prefere acertar no jogador em vez de acertar na bola e que não consegue colocar os adeptos do seu lado. Para além disso, Bruno passou mais que um ano a tentar limpar a imagem de assassino que a imprensa tão delicadamente lhe colocou (a mesma imprensa que louva Mozer pelo seu espírito combativo, numa bela mostra de critérios díspares), luta essa que cai agora estrondosamente por terra, dando mau nome ao clube, à equipa e a si próprio.

Bruno, puto, ainda vais a tempo. Lembra-te só disto: centrais caceteiros há muitos. Não sejas só mais um. És melhor que isso.

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Baías e Baronis – Benfica vs FCP




(foto retirada do MaisFutebol)


Se formos a analisar a performance do FC Porto durante toda a partida, acabamos por embarrar na mesma parede mental na qual temos vindo a constantemente cabecear durante toda a temporada: somos fracos. Mentalmente, tecnicamente, tacticamente, em todos os aspectos estamos abaixo do nível ao qual estávamos habituados desde que Jesualdo Ferreira tomou o leme. O jogo de hoje mostrou um FC Porto quezilento, com pouca capacidade de rotação da bola e de controlo da partida, sempre mais lento que o adversário, a perder duelos constantemente e a não conseguir de forma nenhuma contrariar a dinâmica muito mais agressiva (no bom sentido) e audaz da equipa que hoje enfrentamos, aquela que será muito provavelmente sagrada campeã nacional daqui a umas semanas. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Rodríguez. O rapaz não parou todo o jogo. Pode não ter sido muito eficaz (onde diz “muito”, leia-se “nada”), mas lutou, esforçou-se e foi dos poucos que tentou arrastar a equipa para a frente, no meio do marasmo que se via no resto da equipa. Faltou-lhe apoio, claramente, mas mesmo sem o ter, Cebola tentou sempre forçar jogadas ofensivas, tentando entender-se com Álvaro Pereira, jogando ao lado de Falcao e descaindo para as alas sempre que possível. Merecia um golo.
(+) Falcao. Mais uma vez, um dos mais esforçados, numa luta inglória entre os centrais, tentando dominar a bola (o que nem sempre lhe saiu bem) e esperar pelo apoio, que apareceu no máximo duas vezes durante o jogo.
(+) Fernando. Qualquer portista que acompanhe minimamente os jogos da equipa tem-se apercebido da falta que o brasileiro faz no meio-campo defensivo. Nem Tomás Costa nem o pobre Nuno André Coelho, atirado às feras no Emirates Stadium, conseguiram fazer esquecer a forma como Fernando domina a sua zona quando está em forma. Hoje, ainda que não tenha conseguido impedir a derrocada no resultado, tentou lutar com as forças que tinha contra a melhor organização do meio-campo benfiquista. Fica o bom esforço.
(+) Benfica. Quando se ganha dá gosto atirar uma ou duas boquinhas ao adversário, só para rejubilar no prazer de uma vitória. No entanto, quando se perde, há que saber perder com dignidade e humildade, particularmente quando o adversário prova ser melhor que nós em campo. Foi isso que aconteceu hoje no Algarve, onde o Benfica, a jogar a passo, chegou e sobrou para nos vencer por três a zero. Limpo. Parabéns, Ruben Amorim (melhor em campo) e Jorge Jesus, que me surpreendeu na flash interview, comovido e a dedicar a vitória ao pai. Espero que para o ano cá estejam para nos dar os parabéns a nós. Se merecermos, claro!
BARONIS
(-) Bruno Alves. No jogo contra a Académica, escrevi o seguinte: “Bruno Alves reclama com árbitros com uma atitude quase intimidatória e excessivamente agressiva; age impulsivamente e sempre com nervos em franja perante os adversários, arriscando inúmeros cartões vermelhos com pequenas quezílias que um dia destes, quando os árbitros perderem o medo, lhe vão mostrar; está a facilitar em demasia em zonas defensivas, raramente pressionando o avançado que lhe aparece na frente (lembram-se do Bruno Alves a fazer um carrinho em algum jogo este ano?) e acabando por fazer faltas em áreas recuadas que levam perigo para a própria baliza. Bruno parece instável e nervoso, e essas são qualidades que num capitão de equipa se acabam por transmitir para o resto dos jogadores.“. O jogo de hoje foi tirado a papel químico do jogo de semana passada. Analisarei o momento de Bruno Alves num post nos próximos dias, mas fica uma pequena frase que espelha a minha opinião sobre o que se passa com o nosso capitão: há que saber perder. Sobre o jogo e o comportamento de hoje não há muito mais a dizer, apenas o seguinte: um capitão de equipa, líder de homens e alguém que se quer que seja um modelo a seguir, não pode ter reacções absurdamente violentas e agressivas como as de hoje.
(-) Intranquilidade. A incapacidade técnica, juntamente com as lesões, os casos extra-relvado e a falta de motivação acabaram por transformar este final de época num pesadelo, o que se reflecte dentro de campo. Os jogadores reclamam uns com os outros, sem capacidade para fazer mais e melhor. Ninguém me convence que os rapazes de azul-e-branco são tão maus quanto o que mostram em campo.

(-) Claques. Desta vez não pode haver atenuantes. O clube tem de reagir perante as atitudes animalescas que se viram a caminho do Algarve. Sim, incluo tudo no mesmo lote, aquela malta tem atitudes de gado e tem de ser tratado como gado. Quanto às bastonadas da Polícia que deixaram alguns hematomas pelo caminho, é simples perceber que quem vai misturado com gado tem de se aperceber que arrisca ser tratado como gado. E já tendo trabalhado num matadouro, sei bem como se deve tratar gado.



E cá vai mais uma frase que já me começa a cansar ter de proferir no final dos jogos: perdemos bem. É triste admiti-lo mas estamos num mau momento do qual este ano creio ser muito pouco provável conseguirmos sair. O campeonato ainda não acabou e ainda temos a Taça de Portugal para tentar vencer, mas ainda que o consigamos, servirá de pouco consolo às fraquíssimas exibições e à falta de garra e organização que consecutivamente mostramos em campo. Mas levantemos a cabeça, am
igos! Temos de saber perder, dar os parabéns ao adversário por uma vitória limpinha, por merecer e por fazer por merecer. E venha a próxima manhã, que há treino…
Link:

Aguenta, Varela!!!

(foto retirada do Telegraph)

Um dos melhores jogadores do FC Porto 2009/10 lesionou-se hoje de manhã. Já temos pouca mão-de-obra qualificada para se safar frente a uma equipa motivada e que joga bem…e ainda nos cai esta dos céus. É mau para o rapaz, mau para o clube e mau para a Selecção…

Silvestre, puto, não desanimes! O próximo ano traz novas oportunidades para brilhares, e caso não consigas ir ao Mundial…há sempre o próximo europeu!

PS: palavra de honra que eu tento…todos sabem que tento e os portistas que me perdoem…mas começa a ser complicado não gostar deste gajo

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