La folie

As teorias de conspiração continuam a ser um leitmotif simples e acessível no mundo dos blogs de futebol. É fácil alegar o que quer que seja, nem sendo preciso fundamentar o que se diz porque se atira o barro à parede e o resultado segue inevitavelmente o mesmo processo. Reparemos:

Facto: “Árbitro não marca penalty evidente na repetição.”
Insinuação: “Ah e tal, vê-se logo que está tudo controlado por A ou B!”
Verdade: “O fulano não viu bem, não quis arriscar à Lucílio e conservadoramente mandou seguir.”

Esta situação ocorre dezenas de vezes por fim-de-semana e tornou-se já um habitual tema de conversa quando não se sabe mais o que se há-de dizer, e este comporamento existe tanto nos blogs afectos ao meu clube como nos outros, como é lógico. Mas este fim-de-semana, meus amigos, deparei-me com a maior das teorias da conspiração, que de tão rebuscada aposto que vai descobrir que foi o Pinto da Costa que mandou matar JFK, Olof Palme e Indira Gandhi, sendo ao mesmo tempo responsável pelo aquecimento global e a crise do sub-prime.

Assim sendo agarrem-se bem ao assento, ponham os cintos de segurança e preparem-se para uma montanha-russa de emoções. Mulder e Scully, saquem do bloco de notas, vem aí…”A cortina de fumo veio para ficar“!!!

Parabéns ao Blog Geração Benfica pelo texto. E cuidado ao entrarem em casa, nunca se sabe o que a Mossad anda a fazer nestes dias…

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Tototécnico

Deixei de ver o Rui Santos aqui há uns tempos largos devido ao vómito que se ia propiciando no meu esófago sempre que começava a ouvir a sua voz ao Domingo à noite. No entanto, ao dar uma vista de olhos pelos blogs da bola no final do dia de ontem, deparei-me com uma invenção genial e típicamente Ruisantiana de ver as coisas. Desta vez trata-se de um Tototécnico, onde Rui Santos brilhantemente (ou deverei dizer brilhantinamente) tenta cruzar os eventuais novos treinadores dos 4 principais clubes do nosso campeonato com os seus destinos.

Coloco a screenshot tirada pelo Cacifo do Paulinho, para o texto dêem lá um salto. É um blog sportinguista muito bem escrito, vale a pena.

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Baías e Baronis – Rio Ave vs FCP






(foto retirada do MaisFutebol)


Quando saí de casa ontem pelas 20h30, deixei o jogo a gravar para ver quando chegasse. A noite estava excelente, quente e convidativa, e quem tinnha planos extra-futebol decerto não lamentou a opção. Ainda assim, quando regressei ao conforto do lar pus-me a ver o jogo, já sabendo o resultado final. O sacrifício que fiz para aguentar 90 minutos da miséria futebolística que teve lugar ontem em Vila do Conde, meus amigos, foi grande. O FC Porto jogou mais uma vez sem grande discernimento, com empenho mas pouca inteligência, fruto de, creio, alguma desmotivação (incompreensível) e de um jogo extra-agressivo da parte dos jogadores do Rio Ave. Siga para notas:

BAÍAS
(+) Helton. E lá vai o terceiro Baía para Helton, o homem que ontem garantiu pontos para o FC Porto. Digo pontos porque o Rio Ave teve mais que uma oportunidade clara de golo que o brasileiro negou com classe e elasticidade, sempre mantendo a defesa segura e as redes invioláveis. Excelente numa defesa na relva, com uma estirada providencial.
(+) Farías. Entrou e, como de costume, marcou. A produtividade do Ernesto é qualquer coisa que devia ser estudada por teóricos estatísticos, tal é a marca que atinge em termos de rácio golo/minutos de jogo. Continuo com a minha opinião bem vincada: Farías é esforçado mas até pode marcar 8 golos ao Barcelona em Nou Camp…continuo a dizer que não podemos depender dele como avançado principal para o nosso clube e é caro demais para estar ao banco. Ainda assim o golo foi bom e deu muito jeito!
(+) Hulk. Não estando ao nível dos últimos dois jogos, provavelmente pela lesão que sofreu no aquecimento, louvo a capacidade de se manter calmo e não-confrontacional perante as entradas muito duras que ia sofrendo consecutivamente por parte dos jogadores do Rio Ave. Manteve a calma durante o jogo todo, quase que marcava na melhor jogada do encontro depois de se entender bem com Meireles (ou Ruben, lá está uma desvantagem de ver o jogo às quatro da manhã…) e foi de uma forma geral o melhor jogador do meio-campo para a frente.

BARONIS

(-) Laterais do FC Porto. Um jogo para esquecer tanto para Miguel Lopes, de regresso aos Arcos, e para Álvaro Pereira. Estiveram todo o jogo distraídos, com pouca concentração nas tarefas defensivas e pouco eficazes no ataque. Miguel Lopes continua a ser agressivo em demasia quando não tem necessidade de o fazer, e Álvaro podia ter originado dois golos depois de falhas defensivas intoleráveis.

(-) Cobertura do meio-campo defensivo. Mais uma vez conseguimos ver a equipa adversária a subir no terreno como quer sem encontrar problemas da nossa parte. Acho fantástico como é que os jogadores do FCP se “cravam” no terreno, fixando posição em vez de rodar numa cobertura zonal, fazendo pressão quando a bola entra na área que estão a tentar defender. É confrangedor.


(-) Agressividade exagerada. Hulk levou, sem exagero, 4 patadas nos pés, todas elas sem dúvida deliberadamente para acertar no avançado do FC Porto. Não me parece que as entradas fossem totalmente orientadas a lesionar o rapaz, mas que levavam um selo intimidatório do estilo “vê lá se não corres muito senão apanhas com o pitãozinho no ossinho”, lá isso levavam. O árbitro deu alguns amarelos mas houve lá algumas que mereciam um bocadinho mais.


Não há muito mais a dizer sobre este jogo, muito longe de ter sido memorável. Foi fraco demais, mal jogado, com trocas de bola desinteressantes, poucos lances de perigo e, no fundo, safou-se o resultado. São 3 pontos, sempre positivos quando o adversário directo ganhou os mesmos pontos, e a recuperação de Farías pode dar jeito no final da temporada, já que creio que o rapaz terá mais 5 jogos (a correr bem, 6) para mostrar serviço. Quarta-feira apanhamos o Rio Ave de novo, desta vez no Dragão. Cheira-me a poupança…

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Maquiavel azul-e-branco (II)

“Ocorre aqui como no caso do tuberculoso, segundo os médicos: no princípio é fácil a cura e difícil o diagnóstico, mas com o decorrer do tempo, se a enfermidade não foi conhecida nem tratada, torna-se fácil o diagnóstico e difícil a cura.”

Contexto original: O Príncipe, capítulo III

Contexto actual: Renovar contrato com Falcao depois do rapaz liderar a tabela dos melhores marcadores.

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Uma grande diferença

Salvaguardando o conceito que a auto-referência é sempre um exercício de onanismo desnecessário, gostava de lançar o repto ao caro leitor deste blog para visitar o seguinte post: Uma pequena diferença, parte II.

Mais que o próprio (curto) texto e o seu conteúdo, dêem uma vista de olhos pelos comentários. Peço-vos que comentem de vossa justiça, acreditem que vale a pena. E olhem que ainda vão ter algum texto que podem ler, rir, citar, julgar e, espero, comentar.

Cá estarei para ler as vossas opiniões.

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