(+) Defesa do clube e do balneário. Deu a cara pelo clube quando mais ninguém o fez. Na época em que foi expulso duas vezes, quando nunca o tinha sido em toda a sua carreira, Jesualdo fez conferências de imprensa onde foi quase saco de areia para as investidas venenosas de muitos jornalistas, com perguntas perniciosas e cheias de segundas intenções, e quase sempre se saiu bem. Até quando pareceu mais nervoso e agitado esteve bem, mostrando que não é preciso ter sentido a camisola desde pequenino para ser profissional e mostrar indignação quando era necessário. Foi um defensor sempre presente dos seus jogadores (às vezes até demais) e notava-se que os jogadores sentiam isso, o que é sempre bom no seio de uma equipa de algumas pseudo-vedetas com egos inflamados.

(-) Indefinição táctica. Esta época começou bem definida a nível táctico, apoiada sobre castelos de areia em altura de maré cheia e continuou assim até ao fim. Falcao “fazia” de Lisandro mas raramente descaía para as alas sem baixar a produtividade; Hulk começou nas alas até que passou a jogar no meio, atrás de Falcao; Varela foi o extremo salvador da equipa em muitas ocasiões, até se lesionar; Mariano substituiu-o com o pouco que sabe, esforçado como sempre mas nunca chegando a ser indiscutível. No meio disto tudo houve uma mudança de filosofia táctica, obrigatória pelo castigo a Hulk e pelas lesões de Varela e Rodríguez, com o crescimento de forma de Guarín e Belluschi, mais bem adaptados à nova posição depois do 4-3-3 se transformar num 4-4-2 mais elástico e menos preso a movimentos laterais de pouca profundidade. O que tiro disto tudo? Uma salgalhada, onde os jogadores nunca pareciam à-vontade onde jogavam.
a-ataques os desgraçados Varela, Hulk e Falcao, que raramente tinham apoio dos centro-campistas. O jogo no Dragão frente ao Leiria é um exemplo evidente da forma como o FC Porto jogou durante boa parte da temporada, apoiando-se em inseguras vantagens por um golo para tentar aguentar o tempo restante até terminar a partida, levando os sócios ao bocejo e à indiferença.