Ouve lá ó Mister – Vitória Guimarães

André, hombre!

Correu bem aquela cena na Bulgária! Estive a ver o jogo num tasco e entre finos e duas de treta com o pessoal, quase que me distraía tanto como o Maicon a deixar passar a bola por cima dele. O jogo rambém era fácil e os gajos não jogavam grande coisa. o Tiero era titular, carago, acho que isso diz tudo.

O que interessa mesmo depois da mourada ter ganho ao Braga, é nós colocarmos o Minho todo a chorar. Rapaz, sei que não és dessas coisas, mas de vez em quando é preciso jogar feio, e acredita no que te digo, porque já sigo isto há uma batelada de anos e sei do que a casa gasta, hoje à noite é preciso jogar feio. Não é preciso ser violento nem agressivo demais, olha lá que o Xistra quando começa a puxar do cartão aquilo tem mais soltura que um caniche depois de comer três quilos de ameixas! É só jogar rijo, duro, prático e eficaz. Não me interessa se tens de mudar o esquema quando vires que as coisas não correm bem, este jogo não se pode perder!

Não sei se vou conseguir ver o jogo no estádio mas estou tentado a isso. Palavra que estou. E se ouvires um gajo a gritar “Ouve lá, ó mister! Põe-me o Souza em campo e tira o Varela que isto já só lá vai com pancada!”, já estás a ver quem é. Vamos lá equipa!!!!

Sou quem sabes,
Jorge

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Porta19 entrevista Carlos Ribeiro (ovimaranes.blogspot.com)

Continuando a rubrica que abri aqui com a entrevista a Wim Nijst e continuei aqui em conversa com João Paulo Meneses do Reis do Ave, hoje entrevisto Carlos Ribeiro, co-autor do Vimaranes (não tem acento, é mesmo o nome em latim da cidade de Guimarães), um dos melhores blogs nacionais sobre clubes de futebol. As respostas são longas mas vale a pena ler, por isso vamos à entrevista:

Porta19: O Guimarães estava em grande forma mas perdeu em Coimbra. O FC Porto será o adversário ideal para voltar às vitórias?

Carlos Ribeiro: Antes de responder directamente à questão, e mantendo uma cruzada que não nos cansamos de continuar a disputar, não gostamos nada de ser tratados por “Guimarães”. No nome oficial do clube nem sequer consta o nome Guimarães, apenas e só, Vitória Sport Clube. Isto, apesar de toda a comunicação social, usar o mesmo tratamento, ora com a desculpa da diferenciação com o outro Vitória, o de Setúbal, ora apenas por comodidade. Talvez seja um preciosismo, mas simplesmente Vitória ou no limite Vitória de Guimarães seja o tratamento que mais gostamos.

Agora, respondendo à questão. O Vitória está a fazer o melhor arranque da década, não só porque o arranque está a ser de facto positivo mas também porque a última década não foi repleta dos êxitos que os tempos idos de 80 e 90 nos deram. A derrota em Coimbra acaba por ser justa perante uma equipa que está a fazer também um grande campeonato, ainda que me pareça que o Vitória não foi inferior à Académica, mas apenas menos eficaz e menos feliz.

Sinceramente, acho sempre que o adversário ideal para se regressar aos triunfos é o próximo. Quis o calendário que fosse o FC Porto e assim sendo, sim é o adversário ideal. Não por ser um clube dito grande, com outros objectivos e outra qualidade, mas sim porque é o próximo a cruzar-se no caminho do Vitória. Sabemos no entanto que será muito complicado vencer. O Porto leva 6 vitórias em 6 jogos, uma vantagem já demasiado confortável para qualquer um dos pretensos candidatos ao título e, visto à distância, ainda que me pareça sensato que vocês não o queiram admitir, estamos perante um caso único que é o do campeonato estar praticamente decidido para as vossas cores com apenas um terço da temporada realizada. Como se toda a vossa qualidade demonstrada não bastasse, o Vitória leva 9 anos sem ganhar ao Porto no D. Afonso Henriques e 19 golos sofridos e apenas 3 marcados nas últimas 7 derrotas consecutivas.

Por isso, provavelmente se pudesse escolher um adversário nesta altura não escolheria o FC Porto. Mas jogando em casa, depois de já no D. Afonso Henriques termos acabado com a malapata em jogos com o SL Benfica, exige-se que o Vitória tente inverter estes dados negativos e consiga um triunfo, mantendo assim o 2º lugar na tabela. Difícil? Muito. Mas longe de ser impossível, ainda para mais atendendo ao crescimento que o Vitória tem evidenciado nas últimas jornadas.

Porta19: Quem são os jogadores de maior potencial no plantel do Vitória para 2010/2011?

Carlos Ribeiro: Acho que uma das mais-valias desta temporada é mesmo o colectivo e, mais do que isso, as vastas opções principalmente para o sector atacante de que Manuel Machado dispõe. Agora, claro que como em todas as equipas há sempre jogadores acima da média e capazes de desequilibrar. Marcelo Toscano, o avançado que o Vitória resgatou ao Paraná é um jogador que tem dado muito nas vistas, pela sua qualidade técnica; João Ribeiro, ex-Académica, é um miúdo de enorme potencial e provavelmente o jogador mais em foco esta temporada; Edgar é um jogador que vocês conhecem bem e um goleador de qualidade; Rui Miguel é o virtuoso de serviço e ainda que não tenha ainda singrado como titular, é normalmente decisivo quando salta do banco para decidir jogos, por ser um médio de grande qualidade técnica. Finalmente, há Nilson. O esteio da baliza há vários anos e que nas últimas épocas tantos pontos tem valido. Creio que passa por este núcleo de jogadores muito do eventual sucesso esta temporada.

Porta19: Manuel Machado é o treinador desejado pelos adeptos? Depois de uma pré-época tão atribulada, o ambiente está mais sereno?

Carlos Ribeiro: Guimarães costuma ter problemas com os filhos da casa. Daí que muitas vezes se diga que Guimarães é má mãe e boa madrasta. Manuel Machado é um vimaranense e acima de tudo um vitoriano e por isso a sua última passagem pelo Vitória não foi fácil, mas foi ao mesmo tempo umas das melhores temporadas dos últimos anos porque resultou numa qualificação europeia. Apesar disso, creio que Machado era o desejado pela larga maioria dos vitorianos. Porque sendo um homem da casa, percebe como ninguém o Vitória e, num clube que nos últimos anos tem revelado uma enorme falta de pensamento estratégico no futebol profissional, o homem certo, no lugar certo. A pré-época foi algo atribulada muito porque é extremamente complicado construir uma equipa com um plantel totalmente renovado e com tantas entradas e saídas. Mais ainda, quando essas mudanças se prolongam até depois do próprio campeonato se iniciar. Mas, depois de um período mais conturbado e de alguma desilusão porque o Vitória não alcançava o patamar exibicional que os vitorianos – exigentes como o são – pedem, acredito que agora estejamos mais satisfeitos. Claro que a equipa ainda pode dar muito mais e tem de dar muito mais, mas já é notório o seu crescimento gradual e, como este tem vindo acompanhado com bons resultados, não há razão para não estarmos confiantes. Não deslumbrados. Apenas confiantes.

Porta19: Com a imprensa tão tri-polarizada em Portugal, como é que vê o desprezo a que são votadas as equipas de dimensão mais pequena?

Carlos Ribeiro: Esse é, seguramente, um dos grandes problemas de que padecem as equipas de pequena e média dimensão. Mesmo quando alcançam resultados dignos de registo, quer dentro, quer fora do país. Invariavelmente são esquecidas, principalmente por aqueles que têm o dever de manter o dever de isenção hipotecando até, no caso por exemplo da estação pública os princípios da «diversificação» e, sobretudo, do «p
luralismo» que estão previstos na Lei da Televisão. Este mesmo assunto, levou inclusive ao lançamento de uma petição no meu blogue em conjunto com um blogue bracarense e que teve na altura algum mediatismo dado pela comunicação social. Mas este é um problema conjuntural que não vai lá apenas com petições e protestos apenas por parte de um clube ou outro, terá de ser uma batalha necessariamente levada a cabo por todos os clubes de média e pequena dimensão que se sentem desprezados, mas terá também de passar por uma revolução no futebol português que infelizmente creio vir ainda demasiado longe, porque quem tem o poder de mudar, não tem naturalmente razões para o fazer, porque não é alvo dessas discriminações. E não falo apenas de discriminações pela comunicação social, mas principalmente por aqueles que surge dentro das estruturas do futebol português e que fazem com que quase sempre estes clubes sejam prejudicados em detrimento dos ditos grandes.

Claro que este desprezo de que falas, é ainda mais acentuado quando nas lideranças dos clubes estão dirigentes sem voz e sem capacidade de liderança e que não são por isso capazes de encarar de frente os poderes instalados, quer no futebol quer nos media e de se fazerem ouvir. O Vitória padece também desse problema, desde que Pimenta Machado saiu da liderança do clube. E não estou com isso a defender a sua presidência de quem fui muito crítico, mas a verdade é que nesse aspecto, não havia nada a atacar-lhe. O Vitória fazia-se ouvir. Pelo menos, isso.

Porta19: O Vimaranes é, reconhecidamente, um dos blogs mais importantes de clubes portugueses. De onde vem a motivação para escrever depois de um dia de trabalho?

Carlos Ribeiro: Acho que a resposta será idêntica à grande maioria dos bloggers. Há sempre motivação para escrever sobre quem gostamos e em prol do clube que amamos. No meu caso não é diferente. Apesar de a minha profissão nada ter a ver com a comunicação social, tive sempre uma paixão imensa pela escrita e, se a isto juntarmos o facto de ser sócio do Vitória praticamente desde que nasci (perto de completar 25 anos) é fácil de perceber como se juntam duas paixões. E sempre o fiz quer em jornais da terra, quer na rádio ou nos blogues. Nem sempre é fácil arranjar um tempo para o fazer, mas tenta-se sempre. Obviamente que prefiro escrever com o Vitória em alta, mas curiosamente o blogue até nasceu numa altura em que o meu clube lutava para não descer, não o tendo conseguido evitar. Na altura, precisava de um espaço pessoal para escrever o que pensava sobre tudo o que estava a acontecer no clube. Depois, o projecto foi crescendo e atingindo dimensões que nunca esperei e aqui a principal responsabilidade é dos leitores, que foram gradualmente aumentando e também por isso, aumentando a nossa responsabilidade. E agora o VIMARANES é de facto o blogue mais visitado e mais mediático do universo vitoriano e um blogue de destaque dentro da blogosfera desportiva e isso enche-nos de orgulho. Não que, como costumo dizer, trabalhemos para números, mas porque estamos certos que também deste modo ajudamos o clube. Nunca fugindo a polémicas ou às opiniões pessoais de que se moldam os blogues, mas contribuindo modestamente para a projecção do clube e o seu crescimento sustentado, através do lançamento de debates de ideias e da divulgação de conteúdos que interessam aos vitorianos. Haverá maior motivação do que essa?

Porta19: Ainda há esperança para a maioria dos blogs Portugueses de futebol ou a inspiração está a definhar em função das redes sociais e dos fóruns de discussão?

Carlos Ribeiro: Acredito que sim. Acho que nenhuma dessas plataformas é concorrente dos blogues e na minha opinião toda elas contribuem, cada uma à sua maneira, para o crescimento da consciência pública e do debate de ideias. Claro que há sempre blogues a acabar, mas também há sempre outros espaços a nascer. A blogosfera vitoriana, por exemplo, é repleta de bons exemplos. De blogues que assumiram numa dada altura uma importância crucial e outros que hoje em dia continuam, pela sua qualidade, a ser visita diária obrigatória, porque muita da discussão do nosso clube passa por lá. Tudo isto num clube que tem um fórum de discussão de grande mediatismo também e onde também as redes sociais assumem agora particular importância. Mas creio que há espaço para todos e, quantos mais forem, melhor se torna para a divulgação e o crescimento do clube. Nesse aspecto creio que os vitorianos se devem sentir satisfeitos. Há muitos espaços e de grande qualidade pela Web vitoriana, muitos dos quais sempre estiveram à frente do próprio veículo de informação oficial do clube na internet.

Não quero terminar sem felicitar este blogue (e naturalmente o seu responsável) pela qualidade que patenteia e que faz com que, não sendo um blogue afecto ao meu clube, o visite com regularidade. Saudações vitorianas.


Aproveito para agradecer ao Carlos pela disponibilidade. É um gosto trocar ideias com pessoas que vibram e sentem o seu clube por dentro e por fora. Espero que seja um excelente jogo e que consigamos vencer e continuar a carreira à imagem da nossa cidade. Invicta.

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Uma dupla forte?

Esta temporada, com a saída de Bruno Alves, o FC Porto atravessa uma fase de adaptação a uma nova realidade: a falta de um patrão na defesa. Desde que me lembro, uma das grandes forças do clube foi a dupla de centrais, sempre com um patrão e um subalterno, um mestre e um aprendiz, independentemente das suas características físicas. Já desde o tempo de Fernando Couto e Aloísio ou até Aloísio e José Carlos no meio dos anos 90, passando para Aloísio e Jorge Costa mais para o final dessa década, transformando-se em Jorge Costa e Jorge Andrade no arranque do século, evoluindo para Jorge Costa e Ricardo Carvalho nos Annus Mourinhus. Com o Co não vale a pena analisar, já que jogava um central (habitualmente Pepe) e Pedro Emanuel muitas vezes pela esquerda (ui. ui mesmo.), mas tudo normalizou com Jesualdo, que usando Pepe+Pedro Emanuel, Bruno Alves+Pedro Emanuel e Bruno Alves+Rolando, acabou por traçar uma recta descendente na solidez defensiva que era imagem de marca no nosso clube.

Este ano e excluindo as experiências tradicionais, apesar do excelente registo nas provas nacionais (dois golos sofridos em sete jogos, uma média de 0,29 por jogo sendo que ambos os golos foram sofridos no mesmo jogo) e simpático na Liga Europa (2 golos sofridos em 4 jogos, não é mau mas é pior, com 0,5 golos sofridos por jogo), é notório que Villas-Boas ainda não terá encontrado a melhor dupla possível. Não que tenha pecado por falta de experiência, como se pode ver pelo quadro abaixo, mas quem tem acompanhado a evolução da equipa pode ver que ainda não estamos lá. Parece ainda faltar entrosamento, o que é natural para alguns recém-chegados como Otamendi e Sereno, mas a baixa de forma de Rolando começou a preocupar os adeptos nos últimos tempos.

Com a chegada de Otamendi, as coisas podem mudar. Já ontem, frente ao CSKA, se viu a versatilidade do argentino que pode jogar em qualquer posição na zona central da defesa (jogou do lado esquerdo contra o Olhanense, ao lado de Rolando e do lado direito contra os búlgaros, emparelhado com Maicon). Ainda lhe falta muito jogo, muitos minutos nas pernas até poder ter uma opinião que não seja apenas uma bojarda do tipo “joga muito” ou “não vale nada”. Quando chegou cá o Argel também disse que o gajo me parecia um excelente central e depois foi o que se viu. Ingenuidade da juventude, esqueçam lá isso.

Gostei da aposta no Nico, e Maicon deverá ter perdido a esperança de ser a revelação da temporada azul-e-branca (por agora) porque o jogo que fez em Sófia fez-me ter saudades do Matias. Rolando e Otamendi para Guimarães, é a minha aposta. Se funcionar…não tens que agradecer, André!

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Baías e Baronis – CSKA Sófia vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

A primeira ideia que me surgiu depois do jogo foi que tínhamos tido mesmo muita sorte no sorteio da Europa League. Esta equipa do CSKA é exemplo disso, muito à imagem do que tínhamos visto aqui há umas semanas contra o Rapid Viena, um conjunto fraquinho com pouco saber e bastante agressividade, que acabou por nos causar alguns problemas graças ao inexplicável abrandamento do ritmo da primeira para a segunda parte. Villas-Boas tirou as razões aos críticos que lhe apontaram o dedo quando deu a Otamenti a titularidade retirando Maicon no jogo frente ao Olhanense e tivemos sorte em não sofrer um empate que, convenhamos, seria pouco menos que escandaloso. To the notes:

(+) Hulk Apanhou pancada toda a primeira parte. Uma assistência (Hossana! Hossana! O Hulk no ano passado não era capaz de nada disto! Hossana!) e um remate perigoso não parecem muito, mas foi enquanto esteve em campo que a equipa mais produziu, mais atacou e foi mais perigosa. Varela entrou e quase não se viu…

(+) Falcao Marcou um golo à ponta-de-lança e merecia ter marcado pelo menos mais um. Algo desapoiado no centro do ataque porque as bolas chegavam tão depressa às alas que quando os extremos queriam colocar no meio, apanhavam o colombiano com 3 ou 4 búlgaros à volta dele e o meio-campo estava ainda 20 ou 30 metros atrás.

(+) Cristian Rodriguez Pouco produtivo mas esforçadíssimo. Correu todo o jogo a pressionar os adversários, a tentar procurar espaços que raramente encontrou e a cruzar para a entrada da área em diagonais simples mas que baralharam o adversário. Gostei, e teria gostado mais se conseguisse passar por um adversário em drible. Por favor, Cebola, prova que estou errado quando digo que és um dos únicos extremos do mundo que não consegue fintar o adversário directo!

(-) Defesa. Toda a defesa. Não sofremos golos. Quem não viu o jogo e olhar para o resultado, é essa a conclusão que tira. Mas quem assistiu ao jogo pela TV, como eu, apanhou vários sustos durante o jogo. A fraca coordenação é compreensível para o primeiro jogo no caso de Otamendi e Maicon, mas é indesculpável para Álvaro Pereira que é claramente o jogador em pior forma na equipa titular. Maicon teve pelo menos 3 falhas graves no centro da defesa e desconfio se a sua confiança não terá abanado por ter sido preterido em função de Rolando no passado sábado. Espero que não, mas não gostei. Sapunaru e Álvaro continuam a jogar muito por dentro, demasiado perto dos centrais, perdendo largura e dando muito espaço aos extremos contrários.

(-) Jogo directo O que me custou mais neste jogo, particularmente na penosa segunda-parte, foi a forma como jogamos de uma forma quase directa da defesa para a frente durante boa parte do jogo. Com o meio-campo talentoso que temos, Moutinho e Belluschi quase que se apagaram perante as contínuas parvoíces de Álvaro e Sapunaru que insistiam em enviar a bola ao longo da linha para Hulk ou Rodríguez, passando por cima em vez de o fazer com a bola na relva. No início da segunda parte, quando o CSKA começou a tentar subir…nós descemos, inexplicavelmente. Com um futebol que não metia medo a ninguém, o FC Porto começou lentamente a recuar e a abrir espaços que não são admissíveis. No final do jogo voltamos ao futebol de toque curto, de posse de bola, de rotação do meio-campo e a manter o adversário a correr atrás da bichinha. Custava muito terem feito isso o resto do tempo?!

Mais que a vitória, ao ver o que de facto valia a equipa do CSKA, exigia-se uma vitória com mais golos. Acabou por não aparecer mais que um e sinto que ficou uma oportunidade perdida para facturar mais alguns e, dando descanso à equipa, experimentar mais uma ou duas nuances tácticas para adepto e treinador verem. Gostei de ver Walter a entrar de novo, a ganhar forma e entrosamento, mas gostava de ter visto James. Some other time, right?

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Ouve lá ó Mister – CSKA Sófia

André, mister!

Cá estamos de novo. Hoje cheguei ao trabalho e anda tudo de pito aos saltos por causa do Benfica ter perdido e o Braga ter levado no lombo e parece que estão todos convencidos que vamos ganhar aos búlgaros por sete a zero ou qualquer coisa do género. Se me perguntares a opinião, nem nós somos o Celta de Vigo nem eles são o Benfica do Iúpe Ainques. Desconfio sempre de equipinhas “paradas no tempo” ou que depois de perder o apoio do regime acabam por ficar naquele marasmo de quero-e-não-posso. Num me enganam!

Para além disso, o problema está nos nomes. A quantidade de ovs e evs que eles têm confundem qualquer um. Valha haver um Marquinhos para ver se conseguimos chamar os bois pelos nomes, senão imagina o Álvaro a dizer ao Cebola para ajudar a defender o “Vergalhev” ou o “Xiripitov”! Assim é mais fácil: “me ayuda a difiendier el cabrito!”. E já está.

Preferia que pusesses o Castro em vez do Souza. Palavra que preferia. Não estou a ver o Souza a ficar no sítio dele, parece-me bem mais tolo que o Fernando, assim um Guarín com mais sinapses, mas espero para ver. Confio em ti, rapaz!

Sou quem sabes,
Jorge

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