Guarín renova até 2014. Não é brincadeira.

Parece que é mesmo verdade.

Quem acompanha o blog conhece a minha opinião sobre dois dos elementos do actual plantel: Mariano e Guarín. São jogadores de extrema dedicação, lutadores e empenhados, que suam a camisola e que dão o litro em todos os minutos que estão em campo. Quando os vejo com a camisola vestida, mostram o que é um jogador à Porto, dois rapazes que se entregam ao jogo com uma determinação acima da média e que ajudam a equipa em detrimento do individual.

Só há um pequeno problema com ambos: o talento para a bola ficou na placenta das progenitoras.

A minha questão é simples: vale a pena manter no plantel dois marmanjos que não devem ganhar mal mas que me arrepia olhar para eles no banco e pensar: “Sim, mas tirando o Guarín e o Mariano, quem é que temos mais que possa ajudar a equipa?”, quando temos outras opções (assim de repente, Castro e Ukra) como aconteceu desde 2008?

Não sei. Sinceramente não sei. É melhor contarmos com a habitual incompetência conhecida que por vezes até funciona…ou apostar em outras competências já com provas dadas mas com pouca experiência no clube?

Link:

Ah grande Vítor!

“Com os actuais estatutos é impossível. O futebol vai continuar na ilegalidade. Enquanto não aprovarem os novos estatutos não há hipótese de mudar o que quer que seja ou de alguém poder fazer o que quer que seja pelo futebol português. Isto vai-se manter igual”
“Quem quer ser presidente de uma federação não o pode ser só porque lhe apetece. Há requisitos a preencher. Se fosse só pela opinião pública era uma história completamente diferente.”
“Com os actuais estatutos, quem tem preponderância são as associações. Depende das associações, e vendo como as associações estavam representadas ontem na Islândia, já quererá dizer algo importante, nomeadamente tendo em vista a recandidatura de Gilberto Madaíl.”
“Não me agrada, nem desagrada. É o cenário actual e segue a via actual. É o cenário escolhido por quem manda no futebol português. Mantém o mesmo sentido, a mesma orientação e a mesma gestão”

Perfeito.

Link:

A palavra aos novos

No próximo sábado começamos a defender a Taça. Um jogo que se prevê fácil, certo? Certo, nem podemos pensar noutra coisa, muito embora todos tenhamos na memória as eliminações contra Atlético e Torreense ou até frente ao Fátima a contar para a Carls…Bwi…para a Taça da Liga.

É nestes jogos que se experimentam onzes diferentes, que se dão minutos aos novos e aos jovens (não são propriamente a mesma coisa) e onde os poucos adeptos que se vão deslocar ao Dragão podem ver afinal o que valem os rapazes do resto do plantel, aqueles que se raramente se vêem nas listas de convocados e que, mesmo assim, ainda mais raramente entram em campo sem o fato-de-treino.

Este ano a equipa-base parece encontrada, com uma ou duas nuances. Souza, Ruben Micael, Cristian Rodriguez, Fucile e Otamendi têm tido oportunidade de jogar um pouco mais que os titularíssimos de Villas-Boas. As alterações que se prevêm são simples de equacionar:

– Helton tem estado seguro na baliza e cederá o lugar, como é hábito para a taça, ao suplente Beto;
– A defesa provavelmente receberá Emídio Rafael e Sereno para render Álvaro Pereira e um dos centrais;
– Fernando deve ceder lugar a Castro;
– Moutinho talvez dê o lugar a Guarín ou Souza;
– Ukra ou James Rodriguez poderão entrar para os lugares de Varela ou Hulk;
– Falcao será rendido por Walter.

Para todos os treinadores de bancada é fácil: trocam-se onze gajos e siga a rusga. No mundo real, onde os profissionais acabam por pensar um pouquinho mais nas coisas, pode não ser tanto assim. É evidente que há mudanças naturais para permitir mais tempo aos putos, mas acaba por ser um contra-senso incluí-los a todos numa equipa sem rotinas, sem entrosamento e sem ritmo de jogo.

Apostaria em duas mudanças por sector, mais o guarda-redes. Qualquer coisa como:

Beto; Sapunaru, Sereno, Otamendi, Emídio Rafael; Castro, Souza, Ruben Micael; James Rodriguez, Hulk, Walter.

Ou então que tal uma mudança radical? Uma experiência táctica? Um 3-4-3 louco? Assim:

Beto; Sapunaru, Otamendi, Emídio Rafael; Castro, Souza, Cristian Rodríguez, Belluschi; Ukra, Hulk, Walter.

Nunca se sabe. Eu estava cá na altura do Adriaanse e isto era o dia-a-dia…

Link:

Nothing to see here, move along

Todo este circo mediático que está a ser criado em torno do FC Porto vs Benfica é ridículo. Por vários motivos, nenhum dos quais pode ser mencionado por Rui Gomes da Silva, que ainda ontem conseguiu o feito quase inédito de fazer com que Guilherme Aguiar soasse como um rapaz normal, coerente e com argumentos para derrotar, diria até esmagar o pobre ex-ministro (vá-se lá saber como) até debaixo da pedra de onde surgiu. A tomada de posição de Dias Ferreira ontem no Dia Seguinte, exageradamente exaltado mas fiel à sua “persona”, foi perfeita para acalmar os ânimos e definir o que é de facto uma astuta estratégia montada de dentro para fora e que é, à falta de melhor termo, um win/win. Senão vejamos quais serão as prováveis reacções benfiquistas aos eventuais cenários:

  • O Benfica vence o jogo e há pedradas e violência gratuita antes e durante o jogo:
  • Luís Nazaré vem a terreiro afirmar a vitória do bem contra o mal, qual Aliança Rebelde contra o Império Galáctico do Mal, Frodo contra Sauron ou Jack contra Locke. Os bons triunfam e os maus, os violentos, os acintosos, os entes maléficos não conseguiram parar a cavalgada triunfal da luz, da esperança da Humanidade perante a vil, perniciosa influência da versão futebolística da negra Ceifeira. Jesus rejubila com a vitória, Villas-Boas é um menino malcriado e Pinto da Costa reuniu as tropas para gerar o Armagedão e vacilou perante a força do Bem e da irmandade entre os Homens.

  • O Benfica vence o jogo e não há pedradas nem nada do género:
  • A vitória dos grandes, da esperança do país em tempos de crise, do factor de união que é o Benfica. O melhor futebol dentro de campo imperou e o brilho das armaduras vermelhas que surgiram como um sinal de paz e que remeteram os vândalos do Norte para as suas covas, encolhidos de medo perante a demonstração de pujança dos ungidos pelo Cordeiro. Agora sim, a caminhada triunfal está estabelecida, o percurso será imaculado e o horizonte é brilhante. O Mal foi derrotado e o Bem está de volta.

  • O FC Porto vence o jogo, sem problemas cá fora:
  • Vieira, à saída do estádio, assume que a crise da verdade desportiva está no seu zénite e os problemas do país futebolísticos foram evidentes em campo. O senhor esteve condicionado pelo clima agreste criado pelos jogadores e pelo público, roubou descaradamente o Benfica e nunca se pensou chegar a este ponto. Jesus quase agride o flash-interviewer da SportTV mas depois admite que o Benfica não aguentou a pressão, que os jogadores deram boa réplica mas não conseguiram libertar-se das “algemas invisíveis” que o árbitro lhes colocou, inibindo o seu melhor futebol.

  • O FC Porto vence o jogo e há escaramuças à chegada:
  • A polícia entra em campo e impõe a ordem. Vieira reclama protecção individual para cada jogador no seu trajecto entre a sua casa e o centro de estágio e dirige-se mais uma vez a Rui Pereira para demolir o Estádio do Dragão para impedir que qualquer pessoa de bem possa ir lá e ser violado com paus com pregos na ponta. Clama-se pela implosão dos bairros sociais da urbe invicta e a violência e agressividade que se sentiam nas Antas são usados como case study para o Benfica pedir a perda de 45 pontos do FC Porto, arrecadados em todas as vitórias dos últimos anos. O Benfica admite não jogar em mais nenhum estádio acima do Carregado até que a situação esteja resolvida e sugere aos adeptos que não saiam de casa nem para comprar tabaco.

    Quando um gajo se olha ao espelho e não vê as evidências, das duas uma: ou é vampiro e deverá imediatamente deslocar-se a uma estação de televisão para ver se saca algum guito porque há-de haver mais uma novela prontinha para sair enquanto o estupor da moda durar; ou então é má pessoa.

    Por isso ficam dois apelos: em primeiro lugar façam como eu e a partir de hoje e até à semana do “clássico”, deixem de falar no FC Porto vs Benfica. Ainda temos de fazer 5 jogos até lá chegarmos (Taça, dois da Liga e dois da Europa League) e falta tempo demais para nos preocuparmos com fait-divers; e por favor deixem os rapazes chegar até ao Dragão sãos e salvos. Vamos fazer com que o ambiente seja hostil dentro do Estádio à custa não de pedras nem bolas de golf nem canivetes mas com as nossas vozes. E, acima de tudo, vamos ganhar o jogo em campo. Cá fora não interessa a ninguém.

    UPDATE: video do Dia Seguinte de ontem:

    Link:

    Technologie!!!

    E pronto, tinha de vir o cromo com as tecnologias…

    Aproveito para agradecer as vossas simpáticas palavras no anterior post, minha gente. Não escrevo para agradar a A ou a B e por isso é recompensante notar que a malta está a gostar. Vou levar em conta as sugestões que me fizeram nos comentários e assim sendo, ficam duas alterações que já estavam a pecar por tardias. Simples e directo, como se quer:

    Porta19 @ Facebook: está aqui, para quem é fã da pseudo-socialite. Aqui do lado direito do blog também está uma janelinha que faz o mesmo efeito.

    Porta19 @ Twitter: também pode ir por aqui, para os que preferem as coisas em 140 caracteres ou links minúsculos.

    Quem já me conhecia e seguia os posts pelo meu Facebook particular…é fácil mudar para esta página, é só ir lá e carregar no “Like”. Pronto. Limpinho. Os twittadeiros, é só fazer “follow” do novo endereço. É o melhor de dois mundos: as parvoíces de tom geek do autor associadas aos posts absurdos da Porta19. Eina.

    Até já, seja em que meio estiver a ler. Prometo que amanhã volto ao futebol que por agora já chega de tecnologias. Afinal o que interessa mesmo é o conteúdo, certo?

    Link: