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Foto retirada do Maisfutebol |
Hoje foi talvez o pior jogo da época do FC Porto. Podemos dizer que a equipa estava cansada depois da exibição de snowboard em Viena, mas não é suficiente para explicar o que não fizemos hoje. Não fomos práticos, não fomos eficazes, não fomos capazes de ultrapassar a ansiedade que levou a que o Setúbal, sem saber como, quase conseguisse sair da Invicta com um pontinho. Um penalty (que admito não existir) decidiu o resultado, outro penalty (menos duvidoso mas ainda assim…duvidoso) podia ter resolvido, se não tivesse havido um pequeno milagre que limpou a consciência dos jogadores. Foi mau e espera-se mais. Vamos a notas:
(+) Cristian Rodriguez Já aqui falei muito mal deste rapaz, acima de tudo pela ineficácia das suas exibições. Hoje não foi muito diferente, mas notei alguma vontade extra de mostrar serviço, talvez pela ausência forçada de Varela, o Cebola hoje foi mais Cebola do que tinha vindo a ser. Lutou imenso e a lesão vem lixar-lhe a vida novamente, numa altura em que parece haver uma praga do lado esquerdo do FC Porto.
(+) Hulk Pelo penalty que marcou e pela constante tentativa de furar a recuadíssima defesa contrária. Não está no melhor momento de forma e continua a ser eleito o melhor jogador da Liga. Imaginem se estivesse a jogar ao nível do início da temporada…
(+) Guarín Simples, rijo, prático. Recuperou bastantes bolas no meio-campo ofensivo e na segunda parte caiu em produção como o resto da equipa mas manteve-se forte contra uma equipa que não tinha um meio-campo fisicamente imponente, o que fez com que Guarín se destacasse pela positiva. Bons remates na primeira parte.
(+) Diego (guarda-redes do Setúbal) A história do jogo podia ter sido completamente diferente se um dos 4 ou 5 excelentes remates do FC Porto nos primeiros 20 minutos tivesse entrado na baliza do Setúbal, mas Diego encarregou-se de desviar todas as bolas que lá foram parar. Muito seguro.
(-) Ritmo de jogo Infelizmente não pude ir ao Dragão esta noite, mas ao ver o jogo pela ridícula emissão da TVI, que tinha deixado a gravar e que vi depois de chegar a casa, o sono quase se apoderava de mim. A primeira parte foi má e a segunda parte então foi má demais. É verdade que os rapazes estavam cansados, mas a forma como se deixavam antecipar por um adversário mais rápido e mais agressivo era marca de um jogo que todos queríamos que mudasse mas que ninguém quis pegar no facho. O ataque ineficaz e o meio-campo pouco móvel obrigaram a que os defesas subissem muito, e se Fucile adora fazê-lo, Emídio Rafael sofreu mais com a inépcia no passe que apresentou e a equipa perdeu bolas demais para o lugar que ocupa. Tem de fazer melhor.
(-) Assobios Não se pode enfiar esta malta toda num daqueles “cones de silêncio” que o Maxwell Smart tinha para falar com o chefe? É que até parece mal ouvir estes portistas de algibeira a assobiar os jogadores que deveriam incentivar, que apoiam e que são os primeiros a aplaudir e a bater no peito em júbilo quando marcam um golo ou brilham com a nossa camisola…e que são também os primeiros a insultá-los e a considerar que não são merecedores de a ostentar. Lixo, meus amigos, lixo humano, e se algum desses estiver a ler as minhas palavras, que pense numa coisa: se é para isto que lá vão, deixem de o fazer. Prefiro ver cadeiras vazias a saber que está lá gente que não merece ser portista.
Foi mau, lento e muito diferente do que se tem vindo a assistir do FC Porto 2010/2011. O cansaço que começou a ser evidente na segunda parte não pode ser explicação para tudo e não fosse a falta de calma de Jaílson e podíamos estar a lamentar a perda de dois pontos que tanta gente no Dragão já começava a prever. Continuo a afirmar que estamos no bom caminho, mas é preciso manter o ritmo sempre de princípio a fim e apenas aqueles 5 minutos no início do jogo deram mostra do que podemos e devemos fazer. Ainda assim mais três pontinhos, vantagem de 8 pontos reassumida e candidatura ao título não beliscada. Avante!
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