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Ouve lá ó Mister – Vitória Guimarães

André, hombre!

Correu bem aquela cena na Bulgária! Estive a ver o jogo num tasco e entre finos e duas de treta com o pessoal, quase que me distraía tanto como o Maicon a deixar passar a bola por cima dele. O jogo rambém era fácil e os gajos não jogavam grande coisa. o Tiero era titular, carago, acho que isso diz tudo.

O que interessa mesmo depois da mourada ter ganho ao Braga, é nós colocarmos o Minho todo a chorar. Rapaz, sei que não és dessas coisas, mas de vez em quando é preciso jogar feio, e acredita no que te digo, porque já sigo isto há uma batelada de anos e sei do que a casa gasta, hoje à noite é preciso jogar feio. Não é preciso ser violento nem agressivo demais, olha lá que o Xistra quando começa a puxar do cartão aquilo tem mais soltura que um caniche depois de comer três quilos de ameixas! É só jogar rijo, duro, prático e eficaz. Não me interessa se tens de mudar o esquema quando vires que as coisas não correm bem, este jogo não se pode perder!

Não sei se vou conseguir ver o jogo no estádio mas estou tentado a isso. Palavra que estou. E se ouvires um gajo a gritar “Ouve lá, ó mister! Põe-me o Souza em campo e tira o Varela que isto já só lá vai com pancada!”, já estás a ver quem é. Vamos lá equipa!!!!

Sou quem sabes,
Jorge

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Uma dupla forte?

Esta temporada, com a saída de Bruno Alves, o FC Porto atravessa uma fase de adaptação a uma nova realidade: a falta de um patrão na defesa. Desde que me lembro, uma das grandes forças do clube foi a dupla de centrais, sempre com um patrão e um subalterno, um mestre e um aprendiz, independentemente das suas características físicas. Já desde o tempo de Fernando Couto e Aloísio ou até Aloísio e José Carlos no meio dos anos 90, passando para Aloísio e Jorge Costa mais para o final dessa década, transformando-se em Jorge Costa e Jorge Andrade no arranque do século, evoluindo para Jorge Costa e Ricardo Carvalho nos Annus Mourinhus. Com o Co não vale a pena analisar, já que jogava um central (habitualmente Pepe) e Pedro Emanuel muitas vezes pela esquerda (ui. ui mesmo.), mas tudo normalizou com Jesualdo, que usando Pepe+Pedro Emanuel, Bruno Alves+Pedro Emanuel e Bruno Alves+Rolando, acabou por traçar uma recta descendente na solidez defensiva que era imagem de marca no nosso clube.

Este ano e excluindo as experiências tradicionais, apesar do excelente registo nas provas nacionais (dois golos sofridos em sete jogos, uma média de 0,29 por jogo sendo que ambos os golos foram sofridos no mesmo jogo) e simpático na Liga Europa (2 golos sofridos em 4 jogos, não é mau mas é pior, com 0,5 golos sofridos por jogo), é notório que Villas-Boas ainda não terá encontrado a melhor dupla possível. Não que tenha pecado por falta de experiência, como se pode ver pelo quadro abaixo, mas quem tem acompanhado a evolução da equipa pode ver que ainda não estamos lá. Parece ainda faltar entrosamento, o que é natural para alguns recém-chegados como Otamendi e Sereno, mas a baixa de forma de Rolando começou a preocupar os adeptos nos últimos tempos.

Com a chegada de Otamendi, as coisas podem mudar. Já ontem, frente ao CSKA, se viu a versatilidade do argentino que pode jogar em qualquer posição na zona central da defesa (jogou do lado esquerdo contra o Olhanense, ao lado de Rolando e do lado direito contra os búlgaros, emparelhado com Maicon). Ainda lhe falta muito jogo, muitos minutos nas pernas até poder ter uma opinião que não seja apenas uma bojarda do tipo “joga muito” ou “não vale nada”. Quando chegou cá o Argel também disse que o gajo me parecia um excelente central e depois foi o que se viu. Ingenuidade da juventude, esqueçam lá isso.

Gostei da aposta no Nico, e Maicon deverá ter perdido a esperança de ser a revelação da temporada azul-e-branca (por agora) porque o jogo que fez em Sófia fez-me ter saudades do Matias. Rolando e Otamendi para Guimarães, é a minha aposta. Se funcionar…não tens que agradecer, André!

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Baías e Baronis – CSKA Sófia vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

A primeira ideia que me surgiu depois do jogo foi que tínhamos tido mesmo muita sorte no sorteio da Europa League. Esta equipa do CSKA é exemplo disso, muito à imagem do que tínhamos visto aqui há umas semanas contra o Rapid Viena, um conjunto fraquinho com pouco saber e bastante agressividade, que acabou por nos causar alguns problemas graças ao inexplicável abrandamento do ritmo da primeira para a segunda parte. Villas-Boas tirou as razões aos críticos que lhe apontaram o dedo quando deu a Otamenti a titularidade retirando Maicon no jogo frente ao Olhanense e tivemos sorte em não sofrer um empate que, convenhamos, seria pouco menos que escandaloso. To the notes:

(+) Hulk Apanhou pancada toda a primeira parte. Uma assistência (Hossana! Hossana! O Hulk no ano passado não era capaz de nada disto! Hossana!) e um remate perigoso não parecem muito, mas foi enquanto esteve em campo que a equipa mais produziu, mais atacou e foi mais perigosa. Varela entrou e quase não se viu…

(+) Falcao Marcou um golo à ponta-de-lança e merecia ter marcado pelo menos mais um. Algo desapoiado no centro do ataque porque as bolas chegavam tão depressa às alas que quando os extremos queriam colocar no meio, apanhavam o colombiano com 3 ou 4 búlgaros à volta dele e o meio-campo estava ainda 20 ou 30 metros atrás.

(+) Cristian Rodriguez Pouco produtivo mas esforçadíssimo. Correu todo o jogo a pressionar os adversários, a tentar procurar espaços que raramente encontrou e a cruzar para a entrada da área em diagonais simples mas que baralharam o adversário. Gostei, e teria gostado mais se conseguisse passar por um adversário em drible. Por favor, Cebola, prova que estou errado quando digo que és um dos únicos extremos do mundo que não consegue fintar o adversário directo!

(-) Defesa. Toda a defesa. Não sofremos golos. Quem não viu o jogo e olhar para o resultado, é essa a conclusão que tira. Mas quem assistiu ao jogo pela TV, como eu, apanhou vários sustos durante o jogo. A fraca coordenação é compreensível para o primeiro jogo no caso de Otamendi e Maicon, mas é indesculpável para Álvaro Pereira que é claramente o jogador em pior forma na equipa titular. Maicon teve pelo menos 3 falhas graves no centro da defesa e desconfio se a sua confiança não terá abanado por ter sido preterido em função de Rolando no passado sábado. Espero que não, mas não gostei. Sapunaru e Álvaro continuam a jogar muito por dentro, demasiado perto dos centrais, perdendo largura e dando muito espaço aos extremos contrários.

(-) Jogo directo O que me custou mais neste jogo, particularmente na penosa segunda-parte, foi a forma como jogamos de uma forma quase directa da defesa para a frente durante boa parte do jogo. Com o meio-campo talentoso que temos, Moutinho e Belluschi quase que se apagaram perante as contínuas parvoíces de Álvaro e Sapunaru que insistiam em enviar a bola ao longo da linha para Hulk ou Rodríguez, passando por cima em vez de o fazer com a bola na relva. No início da segunda parte, quando o CSKA começou a tentar subir…nós descemos, inexplicavelmente. Com um futebol que não metia medo a ninguém, o FC Porto começou lentamente a recuar e a abrir espaços que não são admissíveis. No final do jogo voltamos ao futebol de toque curto, de posse de bola, de rotação do meio-campo e a manter o adversário a correr atrás da bichinha. Custava muito terem feito isso o resto do tempo?!

Mais que a vitória, ao ver o que de facto valia a equipa do CSKA, exigia-se uma vitória com mais golos. Acabou por não aparecer mais que um e sinto que ficou uma oportunidade perdida para facturar mais alguns e, dando descanso à equipa, experimentar mais uma ou duas nuances tácticas para adepto e treinador verem. Gostei de ver Walter a entrar de novo, a ganhar forma e entrosamento, mas gostava de ter visto James. Some other time, right?

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Seis jogos, seis arbitragens

Benfica 0-2 FC Porto (Supertaça) – vermelho por mostrar a Cardozo, Martins, Peixoto e David Luíz.

Naval 0-1 FC Porto – João Pedro cai na área do Porto sem motivo aparente para assinalar grande-penalidade; dois vermelhos por mostrar a jogadores da Naval, um por patada na cabeça no Moutinho e outro por entrada assassina no tornozelo do Guarín que o lesionou umas boas semanas; grande-penalidade assinalada a favor do FC Porto por mão na bola do defensor da Naval.

FC Porto 3-0 Beira-Mar – falta inexistente no livre que origina o segundo golo do Porto; grande-penalidade por marcar sobre Varela na segunda parte.

Rio Ave 0-2 FC Porto – grande-penalidade por marcar contra o FC Porto por falta de Álvaro Pereira na área; esse mesmo lance é precedido de várias irregularidades: puxão a Moutinho, fora-de-jogo de João Tomás na altura do cruzamento e falta sobre Maicon; vermelho por mostrar a Fábio Felício e Milhazes, o primeiro por pisar o Hulk sem bola e o outro por patada no joelho do mesmo jogador, novamente sem tentar jogar a bola.

FC Porto 3-2 Braga – nada de relevante.

Nacional 0-2 FC Porto – grande-penalidade por marcar a favor do Nacional por mão na bola de Rolando; grande-penalidade bem assinalada a favor do Porto por “agarrão” a Varela; grande-penalidade por assinalar a favor do Porto por derrube a Hulk momentos antes deste ser substituído.

retirado do blog Portistas Anónimos

Perfeito. Vitor Pereira não faria melhor. Aliás, não fez.

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Baías e Baronis – Nacional vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

A ideia que fica, de acordo com os sempre geniais e imaginativos comentários da TVI, é que o Nacional é a pior equipa do mundo e o FC Porto ganhou com algum mérito mas em grande parte graças à inépcia do adversário. Não está mal para neuróticos, mas o adepto normal, aquele que viu o jogo, apercebeu-se da solidez defensiva do FC Porto que não deixou o Nacional progredir no terreno como é hábito e marcou dois golos quando podia ter marcado pelo menos onze. Vamos a notas:

(+) João Moutinho Depois do jogo de quinta-feira, Moutinho hoje fez mais um excelente jogo. Mais audacioso do que tinha feito contra o Rapid, esteve nos principais lances de ataque do FC Porto e acima de tudo continua a jogar com inteligência muito acima da média e a ser o pêndulo da balança que é o nosso meio-campo. Entre a força e solidez de Fernando e o desaparecimento deliberado de Belluschi, Moutinho equilibra, joga e faz jogar. Merecia o golo naquela jogada individual de drible, tão rara quanto meritória no jogo do nosso novo playmaker.

(+) Maicon Parecia que Rolando era o menos traquejado e Maicon era o mais experiente. Raramente perdeu a noção do jogo e das trajectórias que teria de cobrir, esteve mais uma vez em excelente nível. Ainda lhe falta encontrar um adversário muito bom (o jogo contra o Benfica não conta porque ambos os avançados estavam em muito baixa rotação) para provar o seu valor mas estou a gostar cada vez mais. Não estragues a imagem, rapaz!

(+) Varela Mais um jogo, mais um golo. Mais rápido e mais decidido que Hulk, arrastou muito bem o jogo para a frente pelo seu flanco e apareceu muitas vezes desmarcado na perfeição, pecando, como de costume, no controlo de bola. Se não tivesse tijolos em vez de pés…já não estava no FC Porto.

(+) Sapunaru Olha que rico jogo me fez este gajo. Simples, prático e…até passou o meio-campo, o que dá para perceber a pouca capacidade do Nacional criar perigo nas alas. Falhou um golo em frente a Bracalli mas conseguiu um excelente jogo e apesar de continuar a perder para Fucile na agressividade ofensiva, esteve bem melhor a subir no terreno do que é costume.

(+) Fernando Quase perfeito na rotação de bola no meio-campo, apareceu várias vezes a levar a bola para a frente (vertical, meus amigos, nunca pensei ver o rapaz a fazer isto!!!) e só por inadaptação e alguma falta de espontaneidade não conseguiu marcar um golo ou fazer uma assistência de morte. Muito bem defensivamente, sempre a roubar as bolas aos médios contrários em força, com a garra que já nos habituamos. Muito bem.

(-) Rolando Quem era o rapaz a jogar ao lado do Maicon? Sim, aquele que parecia um júnior a dominar a bola e a deixá-la bater 43 vezes antes de lá ir, com pouca segurança e atabalhoado? O que fez (mais) um penalty tão infantil quanto desnecessário? Ah…é internacional A? Português? Não parece.

(-) A ousadia da patinagem Não percebi o porquê de ver os jogadores do FC Porto a deslizar pelo campo como qualquer Evgeny Pluschenko. Desde o início que vi Falcao a perder aderência e Hulk a fazer três ou quatro triplos-mortais que até fazia confusão. Não terão percebido que o relvado estava tão escorregadio que parecia musgo?!

(-) As claques do Nacional Começaram com os bombos. Se não havia força para tocar nos bombos, havia cornetas. Se as cornetas estavam em surdina, lá vinha a sirene de nevoeiro. Caso a sirene falhasse, siga para os guinchos intoleráveis da claque feminina do Nacional, que emanam o som mais irritante que ouvi desde que vi o Exorcista com auscultadores que cancelam o ruído. E aposto que o Jardim proibiu as vuvuzelas, senão ainda tínhamos de as aturar. Ainda se queixam que há pouca gente nos estádios? Pudera.

Cinco jogos, cinco vitórias. Não se podia pedir mais a Villas-Boas, e a gestão do plantel está a ser feita com alguma contenção mas com regra e com equilíbrio. Ainda estou à espera de ver jogar Otamendi, James e Walter. O problema é que os 15/16 que têm jogado não estão a dar hipótese ao resto do pessoal, por isso vão ter de esperar o seu momento. Com tranquilidade, em homenagem ao nosso novo seleccionador.

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