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Neste Natal…

Que o Falcao continue humilde e a marcar golos como o Van Basten se jogasse na 3ª divisão búlgara…

Que o Hulk permaneça até ao fim da época…

Que o Fucile faça o mesmo…

Que o Helton se mantenha bem-disposto e confiante, que toque lá a música dele mas que não a passe para o campo…

Que o Sapunaru não se meta no álcool de novo…

Que o Álvaro trate bem das pernas porque vai precisar delas na segunda volta…

Que o Varela recupere rápido porque faz falta…

Que o Guarín não regrida um ano e continue a ser prático e objectivo a jogar…

Que o Walter passe a semana de Natal no ginásio do Biggest Loser…

Que o Maicon deixe de brincar na defesa…

Que o Otamendi continue a ver bem ao longe porque os carrinhos são bons mas arriscados…

Que o Villas-Boas consiga motivar os rapazes até ao fim em todas as provas e lhes mostre que a vitória só chega quando se levanta o troféu…

Que os adeptos voltem a encher o Dragão em 2011…

E acima de tudo…que sejamos campeões!

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Baías e Baronis – FC Porto vs CSKA Sofia

Foto retirada do MaisFutebol

Hoje o jogo pautou-se pela meia-dúzia. Meia-dúzia de graus de temperatura. Meia-dúzia de adeptos contrários. Meia-dúzia de vezes que gritei: “Oh Souza, passa a bola rápido!”. Meia-dúzia de oportunidades de golo bem criadas e ainda melhor falhadas. Meia-dúzia de lapadas no focinho que o Maicon devia apanhar. E por aí fora. Foi um jogo simpático, calmo e sem levantar grandes questões, onde Villas-Boas experimentou um sistema táctico novo e onde descobriu que pode jogar com a formação do costume, que tendo James em campo pode sempre adaptar o futebol para outro modelo sem precisar de mudar grande coisa. Gostei muito do puto mas acima de tudo gostei da forma como a equipa correu quando foi preciso e soube descansar nas alturas em que as coisas não correram tão bem. Acima de tudo foi mais uma vitória, um bom triunfo a fechar o ano no Dragão, onde se perspectivam bons confrontos nos primeiros meses de 2011. Venham de lá essas notas:

(+) James Rodriguez  Se dúvidas houvesse depois do jogo contra o Juventude de Évora, dissiparam-se hoje. James (ou Rámés, como quiserem) sabe jogar à bola e mostrou-o hoje mais uma vez. Versátil quanto baste, pode jogar encostado à esquerda ou no meio, e compreendi hoje porque lhe chamam “El Bandido”, tal foi a forma como aparecia e desaparecia do jogo quando lhe apetecia, surgindo pronto a receber a bola para criar jogadas de perigo para o adversário. Bom tecnicamente, sabe rematar e acima de tudo joga de cabeça levantada. Precisa de, como se diz aqui no Norte, “botar corpo” para poder lutar contra defesas mais rijos. Temos homem.

(+) Fucile  O melhor em campo a par de James. Com o 4-4-2 que Villas-Boas pôs em campo, os laterais teriam um papel ainda mais preponderante na criação de jogadas ofensivas, não fazendo o overlap do costume mas tomando eles próprios a iniciativa de romper pela defesa contrária. Fucile fê-lo durante todo o jogo e quase sempre bem, com a garra que todos lhe conhecemos e a mostrar-se mais parecido com o Fucile da selecção do Uruguai no Mundial’2010 do que o Fucile do FC Porto 2009/2010.

(+) Otamendi  Estou a gostar deste fulano. É rijo o suficiente e não se intimida com nenhum adversário que lhe calhe na rifa. Cortes milimétricos efectuados com precisão e muita técnica, foi o companheiro que Maicon precisava para suportar o chorrilho de disparates que o brasileiro hoje protagonizou. Marcou um golo com alguma sorte mas acima de tudo esteve sempre em bom nível na defesa.

(+) Ruben Micael  Melhor, muito melhor que no passado Sábado, mais solto, mais prático e mais confiante no que sabe e pode fazer. Mais um golo na Europa e principalmente a garantia que pode ser opção segura para o meio-campo. Infelizmente parece estar mais talhado para jogar no lugar de Moutinho do que como alternativa a Belluschi, tendo em conta a forma pausada como pensa o jogo, o que levaria a que o sistema pudesse mudar um pouco. Como Belluschi (jogo fraquinho) rompe mais pelas defesas e joga muito melhor com Moutinho ao lado do que com Ruben…vai ser difícil ao madeirense ser titular a curto prazo.

(+) M’Bolhi  Fez algumas defesas apertadas mas acima de tudo esteve sempre bastante seguro na baliza, bem posicionado e sem inventar. Foi por culpa dele (e da pouca força da maioria dos treze remates que fizemos) que o jogo acabou com apenas três golos na nossa conta. O penalty foi relativamente fácil de agarrar mas ainda assim é meritória a calma com que enfrentou o nosso Radamel.

(-) Mais um penalty falhado  Percebi que havia a intenção de permitir a Falcao marcar um golo por forma a consolidar a liderança nos melhores marcadores da Europa League. Ainda percebo mais porque a forma como sacou o penalty foi inteligente e Falcao merecia ser ele a marcar. O que não percebo é como é que ainda ninguém ensinou a Falcao como marcar um penalty em condições. O guarda-redes não defendeu: apenas se deixou cair. Já são muitos penalties falhados e se neste jogo não interessou muito, noutros pode ser a diferença entre qualificação e eliminação.

(-) Maicon  É uma frustração ver um rapaz com talento e que habitualmente transmite segurança aos colegas e aos adeptos a brincar desta maneira e a ter desconcentrações como as que Maicon teve hoje. Para lá do lance do golo onde foi inacreditavelmente displicente, esteve muito mal em mais alguns lances, perdendo a bola para o adversário directo ou pondo Helton em perigo com atrasos absurdos. Mais para o fim era notório o desconforto com o que tinha feito, quando nem sequer tentava controlar o lance, limitando-se a enviar a bola para fora sem pensar duas vezes. Custa fazer parvoíces e tomar noção do que se fez, não é, rapaz? Ao menos isso, que aprenda com os erros e deixe de os fazer de uma forma que parece deliberada, porque está a perder o estado de graça com os adeptos…e depois é uma chatice para o recuperar.

(-) Souza  Definitivamente não é trinco. Cometeu os mesmos erros que Guarín fez quando começou a jogar naquela posição (que agora parece ter corrigido), guardando a bola em demasia, procurando fintar os adversários que encontrava em vez de jogar simples e prático para o colega mais próximo. Perdeu várias bolas e pareceu totalmente fora do jogo em algumas alturas, falhando no tempo de salto, no posicionamento e na rotação de bola. Guarín está muito acima de Souza na luta pelo lugar com Fernando. Porra que isto até custa a dizer.

Só volto ao Dragão em 2011. É pena porque estou a gostar de ver este FC Porto a jogar. Alguns dos rapazes que ano passado andaram em muitos jogos como perfeitos imbecis a actuar com medo da própria sombra parecem ter recuperado a garra e a inteligência e estão com confiança para mostrarem o que valem. O FC Porto sabe quando acelerar, sabe travar, sabe romper e sabe descansar. Uma prova de fogo na Europa League precisa-se, porque podemos ser candidatos a vencer este troféu outra vez. Espero pelo sorteio na 6a feira para me decidir se estou a ser optimista em demasia…

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Baías e Baronis – FC Porto vs Juventude Évora

Sábado à tarde, tempo ameno, bom ambiente com muita malta que claramente nunca esteve num estádio de futebol e o FC Porto defrontou aquilo que foi o equivalente a onze embalagens de pão-de-forma Bimbo (tanto visualmente como em termos de talento, salvando-se a boa vontade com que tentaram jogar à bola naquilo que foi pouco mais que um treino com bola. O resultado foi suficiente para um jogo deste calibre e ainda bem, porque se o FC Porto tivesse acelerado um bocadinho, o resultado chegava a números superiores ao 9-1 de 1997. Acima de tudo foi um jogo tranquilo, bem-disposto e com poucos motivos para chatices. Vamos a notas:

(+) João Moutinho  Abriu a conta de golos com a nossa camisola e fê-lo através de uma jogada quase perfeita de entendimento com os colegas. É esta a evidência que faltava e que todos os adeptos ansiavam: Moutinho sabe marcar golos. Durante o jogo foi o jogador mais clarividente como já é seu hábito, com a consciência perfeita de quando passar a bola, quando a guardar, reservando para si o lugar de principal jogador na criação de jogadas ofensivas. É um deleite vê-lo a olhar para o jogo, a rodar a bola quando deve e a pensar o jogo como poucos vi a fazer até hoje. A forma como já conquistou os adeptos é sintomática da empatia que todos sentimos com ele.

(+) James Rodriguez  Boa exibição de um dos jogadores que maiores expectativas tem criado nos adeptos. Villas-Boas apostou no colombiano e não pode dizer que se tenha saído mal, porque esteve quase sempre em bom plano. Perfeito no cruzamento para Falcao no primeiro golo, bem no entendimento para o segundo, ainda somou mais um belo remate em banana e podia (devia) ter marcado em dois lances onde cabeceou fraco quando tinha a baliza vazia à frente. Não me parecendo ser um ala puro (não é rápido nem em velocidade nem em execução), pode ser um excelente “reforço” para a segunda parte do campeonato. É preciso é vê-lo a jogar contra uma equipa que dê mais luta que o Juventude de Évora.

(+) Álvaro Pereira  É completamente diferente ver Álvaro e Emídio Rafael naquele flanco. O uruguaio, apesar das pequenas loucuras que decorrem das subidas permanentes no terreno, é vital nas rotinas ofensivas do FC Porto, com as diagonais que faz para o meio e a forma simples como aparece sozinho, criando espaços e originando desiquilíbrios, tornam-no num homem muito importante para a equipa. Apareceu na altura certa para marcar (ligeiramente em fora-de-jogo) um golo que ainda lhe dará mais moral depois da fabulosa recuperação que teve da lesão que sofreu no jogo da selecção.

(+) Guarín  Mais um bom jogo de Guarín. A constante rotação do meio-campo de Villas-Boas é claramente benéfica para o colombiano, porque pode aparecer bem mais à frente do que lhe foi exigido quando chegou às mãos de Jesualdo que, como jogava com o trinco colado aos centrais, não deu espaço a Guarín para poder subir quando quer. Este Guarín que hoje vi, o Guarín prático e simples, é útil. O outro, nem por isso. Precisa que lhe ensinem a rematar uma bola em condições porque de cada vez que prepara um remate, dá ideia que está a treinar pontapés de baliza, tal é a forma como se inclina para trás e levanta a bola por baixo…

(+) Ambiente no Dragão  É verdade que há coisas que me enervam neste tipo de jogos, desde o pessoal que trata os stands de comes e bebes como os pacotes de amendoíns nos aviões (só por lá estarem não quer dizer que se tenham de comer!!!) até à malta que não se senta quando se deve. Só hoje apanhei um conjunto de meninas teenagers atrás de mim que decerto pensavam que o Falcao era a encarnação latina do Justin Bieber, um homem que perguntou: “Aquele número 4 quem é? Nunca o vi. É o Maicon? Ah, rapou o cabelo!”, ou a melhor pérola da noite: “Este jogo é para quê?”. Mas ao menos estiveram 26 mil pessoas a ver um jogo morno. Dessas todas, muitas podem voltar para jogos mais a sério e o clube só tem a ganhar com isso.

(-) Hulk  Foi notória desde o início do jogo a incapacidade de Hulk em jogar simples e directo. Não conseguiu nunca ser a tradicional locomotiva porque sempre que tentava “brincar”, saía torto. Ao lado do mexido James e do prático Falcao, Hulk pareceu sempre fora da maneira de jogar da equipa, que propositadamente lenta e sem intenção de imprimir velocidade ao jogo, acabou por retirar a Hulk a sua grande mais-valia. Hulk não sabe jogar lento, não sabe recrear-se calmamente com a bola e tende a ser trapalhão e a perder lance atrás de lance porque mais nenhum colega seu conseguia (nem queria) jogar ao ritmo dele. Não funcionou.

(-) Ruben Micael  Continua a desapontar-me esta temporada. Pouco incisivo nos movimentos e nos passes de ruptura, olha sempre para o mesmo lado quando precisa de passar a bola e não parece estar com o mesmo ritmo do ano transacto. Compreendo que a lesão o tenha afectado mas o toque de bola não parece ser o mesmo e a maneira triste como joga está a afectar a sua performance. Tem de melhorar para conseguir lutar pelo lugar com Belluschi.

(-) “Chutas tu ou chuto eu?”  Fui ao jogo com um bom amigo e a sua filhota de 7 anos (vês, Rita, cá estás tu!), e a uma dada altura a miúda disse: “Os jogadores do Porto hoje estão trapalhões e preguiçosos”. Concordo com a parte dos trapalhões com alguns jogadores, mas preguiçosos já nem por isso (desculpa, Rita!). A equipa teve sempre a consciência que se arrancasse para um ritmo intenso de jogo, rapidamente se resolvia a contenda e andávamos a procurar mais e mais golos, levando o adversário a uma humilhação imensa. Ainda assim, o problema esteve em grande parte na falta de sentido de eficácia na entrada da área, onde 3 ou 4 jogadores do FC Porto acabavam por trocar a bola entre si à procura de espaço para furar a defesa recuada dos alentejanos. Podiam ter apostado numa forma mais directa de jogar e com menos brincadeira, mas havia demasiada vontade de adornar lances que podiam ter sido resolvidos com maior sentido prático.

É perfeitamente natural que um grupo de jogadores talentosos como os do FC Porto, quando confrontados com uma equipa que apesar do esforço e do suor não conseguiriam nunca bater-se de igual para igual com os nossos rapazes, tendam a brincar um bocado. É humano e compreensível, todos nós quando jogamos futebol começamos a dar uns toques de calcanhar e a picar a bola por cima dos defesas, três ou quatro pontapés de
bicicleta e uns passes de ombro (não é, Hulk?) para se divertirem um pouco mais do que simplesmente a marcar golos. É tão português como uma boa sarrabulhada. O jogo tornou-se fácil demais e a malta conseguiu entreter-se com boa disposição e alguns golos porreiros. Ah, fosse sempre assim…

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Ouve lá ó Mister – Rapid Wien

André, kamerad!

Eu não te disse que o clássico ia dar problemas? Os gajos corriam que nem loucos e nós não devíamos ter deixado os rapazes a voar por ali fora, tanto com a bola como sem ela, que o Moutinho ainda deve ter as marcas bem fundas na coxa depois daquela bestinha enchouriçada lhe der carregado à pitonada. Enfim, já passou e agora vêm os austríacos.

A malta está à espera de uma vitória, homem. É que até podemos ter empatado em Alvalade, e sei que foi complicado e que acabou por ser porreiro para o jogo que fizemos, mas o povo não enche a barriga com empates. Eu até sou paciente e tu sabes disso, mas já falei com muita gente que quer é enfiar 3 ou 4 valsas nestes rapazolas para dizer: “Nózen estámuzen aquízen!” a todos, em bom alemão. Dóitche, como eles dizem.

Não tens Maicon. Não tens Rodríguez. Que tal experimentar o Otamendi e o James? O pessoal é que gostava de os ver jogar, carago, disso podes ter a certeza! Seja qual fôr a equipa, a naçom portista está contigo. Mas fica a nota: é preciso voltar com as boas exibições e resultados convincentes, senão corres o risco de começar a chatear alguns gajos que têm a mania que só com goleadas é que lá vamos…olha que quem te avisa…

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – Sporting vs FC Porto

Foto retirada do MaisFutebol

Vi o jogo em casa de amigos, com uma emissão via internet que soluçava tanto como Maicon na defesa portista. Depois de chegar a casa, revendo o jogo, fiquei com a mesma ideia: correu bem. Correu particularmente bem porque esta equipa do Sporting que jogou hoje não foi a mesma que tinha vindo a jogar nas partidas anteriores. Foi mais rija, mais agressiva e mais matreira, factos aos quais não serão alheios a presença de dois jogadores bem mais experientes no onze como Pedro Mendes e Liedson, que cada um à sua maneira trataram de dar cabecinha ao resto dos colegas. Ainda assim não posso dizer que jogamos bem, longe disso. Fomos uma equipa mais lenta, menos solta e incapaz de conseguir superar as falhas individuais que foram muitas e que quase davam a primeira derrota oficial da época. Ou seja, o FC Porto ganhou um ponto, não perdeu dois, por muito que queiram pintar o quadro desta forma. E nem o golo de Valdés em fora-de-jogo pode mudar isso. Vamos a notas:

(+) Falcao Foi o melhor jogador do FC Porto. Marcou mais um golo à ponta-de-lança, a aparecer no sítio certo na altura certa, e andou todo o jogo a recuar para vir buscar a bola e a lutar para a receber mais vezes e com mais espaço. Devia ter marcado logo no início do jogo.

(+) Hulk Não fez um grande jogo, longe disso, mas soube recuar quando era preciso, soube fortalecer o flanco defensivo ao aparecer perto do lateral que jogava por trás dele, por vezes bem perto do colega, o que ajudou a tapar a subida dos flanqueadores do Sporting. Fez mais uma assistência para golo e tentou sempre rasgar a defesa contrária, com pouca sorte.

(+) FC Porto com 10 jogadores Tal como tinha acontecido na Turquia, voltei a gostar de ver a equipa a jogar com menos um jogador. Continuo a achar que a maior parte dos Portistas exigem demais da equipa, mesmo quando era notório que o jogo não estava a correr bem, a outra equipa corria mais, mostrava uma determinação acima da média e as contrariedades do jogo obrigavam a que se estruturasse bem a equipa para evitar chatices. Esteve bem Villas-Boas, a retomar os quatro defesas e a fazer recuar as linhas. Um ponto é melhor que nenhum e o campeonato ainda é longo.

(+) Sporting Não via o Sporting a jogar com tanta garra há muito tempo. Superou o FC Porto em determinação e em vontade de jogar um futebol mais positivo, o que é obra tendo em conta o que tinha vindo a fazer há uns meses para cá. A isso não foi alheio a opção de Paulo Sérgio de colocar três caceteiros no meio-campo, prontos a acertar em tudo o que mexia que estivesse vestido de azul-e-branco. Se tivesse começado o campeonato assim, garanto que não estariam nesta posição.

(-) Fernando Não me importo que um jogador como o Fernando, que jogue na posição onde ele habitualmente alinha, acabe por falhar alguns passes. É natural tendo em conta que faz uma quantidade bem mais alta de passes que uma boa parte dos seus colegas. Ainda assim, hoje falhou demais. Perdeu muitas bolas em zonas perigosas e pôs várias vezes a defesa em risco com os buracos que abriu pelo centro do terreno com as distrações parvas que teve especialmente com Liedson por perto. Não pode continuar a falhar desta forma.

(-) Maicon Por muito que Valdés estivesse fora-de-jogo (e estava, se bem que me cheira que não vai ser dada a relevância que devia, como aconteceu com o golo de Saviola no ano passado na Luz), não pode nunca facilitar perante o adversário como fez hoje. A expulsão é na minha opinião um erro do árbitro graças à matreirice de Liedson, mas Maicon peca ainda pela lentidão quando enfrenta um adversário como aquele. E no ano passado tinha sido tão perfeito a marcá-lo no Dragão por isso desiludiu-me um pouco hoje.

(-) Belluschi Nunca conseguiu soltar-se da pressão do meio-campo do Sporting e consequentemente nunca apareceu em jogo. Com Moutinho permanentemente a levar calcadelas e pontapés mal se aproximava da bola, Belluschi teria o papel de aparecer surgir mais disponível que o colega para poder levar a bola onde pudesse. Não o fez. Era complicado contra um meio-campo de caceteiros, mas já o vi a fazer excelentes jogos contra estruturas similares que lhe apareceram à frente. Hoje não foi um deles.

(-) Maniche O que dizer acerca desta personagem? Do alto dos seus 173 centímetros de altura e 300 de largura andou a tentar atingir tudo o que via, acabando por dar uma bela duma patada JetLiana em Moutinho, culminando com um jogo inteiro de perseguição por parte do trio maravilha do meio-campo sportinguista. André Santos tentou, mas é puto e ainda não sabe acertar bem nos sítios certos; Pedro Mendes também varreu muita relva e perna à cacetada mas sem classe. Já o Gordiche, com a finesse que lhe é reconhecida, marcou a diferença da experiência…marcando os pitões na coxa de Moutinho. Expulsão? Nada disso. Comentário de Miguel Prates na SportTV: “É uma jogada de Maniche por trás, perigosa.”. E mais nada.

(-) Liedson É um grande jogador, não tenho dúvidas. Enerva-me vê-lo a correr a todos os lances, como um Derlei mais magro ou um Lisandro mais brasileiro, nunca dá uma bola como perdida e é vital na equipa do Sporting, nem que não marque golos. Parece que me falta alguma coisa aqui…ah, sim, é a inteligência de conseguir sacar faltas que o árbitro (seja este ou outro qualquer) consistentemente dá como a favor dele quando o máximo que aconteceu foi uma leve brisa que o abanou e da qual soube tirar partido. É ridículo que depois de tantos anos a criticarem os jogadores que pervertem a lei do jogo continuem a dar guarida a este mulato anorético e a permitirem que roubem jogadores a uma partida que, mais inocentes ou inexperientes, caiam na rede de Liedson. Não sou gajo de advogar à violência, mas se é para tirar faltas, então que se lhe acerte com força. Pode ser que para a próxima pense duas vezes antes de se lançar para o terreno sem ninguém lhe tocar com a força que simula ter sido exercida…

Um empate em Alvalade não é um mau resultado e custa-me ver que muita gente pensa assim. Neste tipo de jogos interessa não perder e esta foi mais uma batalha em que não saímos derrotados e que nos continua a suportar no caminho da vitória final. Podíamos ter jogado melhor e mais soltos, especialmente na primeira parte que acabou por ser aborrecida e sem chama, mas alguma inépcia indiv
idual somada a diversos erros de arbitragem em alturas chave do jogo acabaram por tornar a tarefa mais complicada. Não foi bom mas também não foi mau de todo.

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