Basta-me pensar um bocadinho e lembro-me logo que sempre que saímos de Alvalade me sinto como uma ourivesaria na Almirante Reis

  • Basta-me lembrar as patadas do Maniche e do João Pereira.
  • Basta-me voltar à perseguição ao Moutinho no ano passado. Não falo do que se passou fora do campo mas dentro, onde há gente que leva um apito ao peito e que pode acabar com as tretas vingativas com uma assobiadela.
  • Basta-me recordar os vários golos em fora-de-jogo, do Valdés ao Vukcevic.
  • Basta-me trazer à memória as expulsões erradas de Maicon, Emerson ou Costinha e as facilitadas de Rui Filipe, Kostadinov, McCarthy, Mielcarski, Seitaridis…e Domingos.

E podia-me lembrar de muitos mais destes. Era só ir aquele site dos videos que tem nome de canalização e procurar um ou dois. Mas estas chegam-me para ter na minha cabeça o perene prejuízo que me fica atravessado na garganta e com que invariavelmente saímos de Alvalade. Temos de nos conformar com isso e partir para a luta. Não sei quem vai ser o árbitro, nem quero saber. Na nossa cabeça só pode estar a vitória.

Como esteve na cabeça destes moços, aqui há uns quinze anos. Especialmente daquele moço com o número nove que vai estar agora do outro lado com a outra côr.

PS: as hostilidades foram abertas tarde demais. As minhas desculpas.

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Não ponham mais pressão no rapaz, carago!


2. É este número que vai envergar nas costas o novo reforço do plantel azul-e-branco. Depois do 22 que ostentava pelo Santos, Danilo escolheu (ou foi escolhido para ele) o número mais importante de todas as camisolas do FC Porto, o eterno dois, o nosso equivalente ao 23 dos Chicago Bulls, o 5 dos New York Yankees ou o 99 de todas as equipas da NHL. Aquele que tanto me fez rir quando um dia perguntaram a Pinto da Costa quem era o número dois do FC Porto, com o intuito de falar do seu sucessor e/ou coadjuvante principal, e o nosso Presidente, ao seu estilo, respondeu: “É o João Pinto!”. Clássico.

Numa rápida visita pelos números “2” que já passaram pelos nossos diversos plantéis desde que há numeração fixa, temos três nomes que saltam à vista:
  • João Pinto (1995/1996 a 1996/1997)
  • Jorge Costa (1997/1998 a 2005/2006)
  • Ricardo Costa (2006/2007)
  • Bruno Alves (2007/2008 a 2009/2010)
O rapaz já percebeu, pela entrevista dada ao site oficial, que a camisola tem algum peso, mas estou certo que nem a vai notar. Nós, na bancada, é que vamos estranhar ver um número dois…estrangeiro. Nada contra, mas que vai ser estranho, lá isso vai.
Bem-vindo, Danilo!
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Prezzy speaky time – a não-análise

 

Do mal o menos, já que não se viu a fronha do Nuno Luz durante todos os 3 minutos de “ENTREVISTA EXCLUSIVA A PINTO DA COSTA, NEM PENSE EM PERDER ESTE FURO JORNALÍSTICO, CONTRATE UMA BABYSITTER, ROUBE A TELEVISÃO DO VIZINHO E HIPOTEQUE O SEU BARCO A REMOS, MAS ESTEJA EM FRENTE À CAIXA PARA NEM PENSAR EM ABDICAR DESTA FABULOSA OPORTUNIDADE QUE VAI FAZER HISTÓRIA NA TELEVISÂO PORTUGUESA!”

O resto…foi Pinto da Costa a ser honesto. Vitor fica até deixar de ter condições para ficar. Vamos ser campeões se conseguirmos ser campeões. Perdemos, portanto, a oportunidade de ver Nuno Luz a ser humilhado na televisão. Uma quarta-feira, como ele chama.

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É por estas e por outras do género que a imprensa desportiva em Portugal está mais no fundo que o Bolama

Faço um pequeno intervalo no meu ostensivo alheamento da es(tupida)peculação sobre o mercado de inverno para me referir brevemente a esta pérola.

Ora deitem os olhos nesta pseudo-notícia que surgiu de pseudo-redacção de um pseudo-jornal:

Quando pararem de rir, posso continuar? Obrigado. Várias frases soltas surgem-me em frente das vistinhas:

  • Se um jogador tem uma cláusula de rescisão de vinte milhões de euros e esse valor é atingido, em que medida é que o clube pode recusar? “Ah, não, mas vocês são vermelhos e assim não vale?” parece-me uma razão tão boa como qualquer outra.
  • Se alguma vez esse valor estratosférico tivesse sido oferecido ao FC Porto por Fucile, alguém que jogue com o baralho completo crê que o rapaz não estava a correr na relva de Anfield desde Agosto?
  • Presmiership. Na Presmiership. Deve ser onde joga o Menchester. Ou o Enberton. Talvez o Stoike.
  • “Contratado em na reabertura”. Escrita à pressa. “É preciso dizer mal de mais um dos de lá de cima, minha gente, toca a romper essas teclas, removam por favor os dedos do esfíncter e procedam a desbravar caminho. Escolham qualquer um, tanto me faz.”

A pressão do online e a demanda pela notícia rápida e bombástica leva a parvoíces deste nível. E eu, sinceramente, nem sei porque é que ainda me aborreço com estas coisas.

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