Qual Putin da bola, vou a votos outra vez!

Mais uma moeda, mais uma voltinha. Desta vez, o Cabelo do Aimar, blog benficosportinguistocoiso que anuncia ao mundo: “Aquele coño é bom, mas com aquela trunfa ainda é melhor!”, decidiu incluir-me numa lista de blogs que mais uma vez vão a votos.

Requisito por isso a vossa penosa deslocação ao estaminé dos moços para picarem a urna onde diz “Porta19”. Pretty please?

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Até Pedro que O negou três vezes foi mais discreto

Going once…going twice…not going.

Nada de novo, portanto. Ser treinador do Benfica dá carta branca para dizer o que se quiser sobre quem se quiser. E nem precisa de ser verdade.

PS: As questiúnculas sobre a arbitragem de Proença não me interessam particularmente, apesar de louvar o trabalho de pesquisa feita por alguns bloggers portistas. Bem hajam. Mas este é o único post sobre o fallout do clássico que faço. Amanhã voltarei a focar as atenções no meu clube e não no dos outros. Business as usual.

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Dragão escondido – Nº10 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

 

Em luta directa com Rui Jorge, protegendo a bola das tentativas infrutíferas de recuperação do lateral esquerdo, o nosso Ricardo Quaresma esteve presente neste jogo realizado no Estádio do Restelo a 11 de Fevereiro de 2006, que vencemos por dois a zero com o “macaco” Adriano a bisar. De notar que uma boa parte da malta que adivinhou fê-lo…pela cor das botas que o rapaz usava. Vocês reparam em cada coisa, palavra de honra.

Já agora, para terem uma ideia do índice de renovação do plantel do FC Porto, basta ver que da equipa que então entrou no relvado de Belém sobram apenas Helton…e Lucho.

Entre as diversas tentativas sem sucesso que o povo fez para acertar no nome do moço:

  • Alan – A nova incarnação do Predator jogava de facto no FC Porto e tinha na altura uma cabeleira bem mais discreta mas essa mesma trunfa não esteve presente no Restelo;
  • Alenitchev – O russo já tinha sido vendido em 2004 para o Spartak Moscovo depois de ganhar a Taça UEFA e a Champions. Pediu para sair e saiu, sem mágoa mas com muitas saudades;
  • Derlei – Ui, o Ninja já ia longe nesta altura e graçava os relvados da liga russa com a camisola do Dínamo de Moscovo;
  • Diego – Nunca chegou a confirmar as credenciais de mega-wunderkind que trazia do Brasil e foi mais uma vítima do troika centro-campista de Adriaanse. Jogou nesta partida, entrando aos 82 minutos para o lugar de Ivanildo;
  • Ibson – Esteve no Restelo mas não chegou a entrar em campo e viu o jogo todo do banco de suplentes. Tinha começado bem a época mas foi progressivamente perdendo espaço para a tripla Assunção/Meireles/Lucho;
  • Jorginho – Actualmente no Rio Ave e recentemente aplaudido quando veio jogar ao Dragão, o menino bonito de Adriaanse esteve ausente deste jogo, ele que fez parte integral da equipa que venceu o campeonato 2005/2006 tendo marcado o golo que nos deu o título em Alvalade;
  • Paulo Assunção – Figura quase omnipresente no centro do terreno, era muitas vezes o único elemento defensivo do meio-campo para a frente. Fez parte do onze titular deste jogo, tal como Quaresma;
  • Rubens Júnior – O DJ que não tinha posição fixa no terreno (algures entre o flanco esquerdo e o Batô, presumo) saiu do plantel no final da época 2001/2002 e andou a fazer o circuito dos empréstimos e neste ano estava a jogar pelo Corinthians.

O primeiro a apostar correctamente foi o Nuno, às 9h10. O prémio? A satisfação de ser um dragão conhecedor do seu passado! Eina! Talvez para a próxima vez apenas publique os comentários para não influenciar a malta, que acham? Este foi fácil, mas depois do último em que se queixaram de ser muito difícil…foi para amaciar as massas. O próximo é mais tramado, garanto. Mas não muito.

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Maicon ou como conquistar os adeptos pelo trabalho

Estas foram as duas últimas análises ao trabalho de Maicon que mereceram destaque aqui no Porta19:

 

“Simples. Prático. Eficaz. Dominador. Controlador. Marcador. Vitorioso. Nosso. Maicon está a ser uma excelente surpresa não só pela qualidade de passe e pelo controlo emocional durante o jogo (juro que se fosse eu que tivesse tido o Gaitan com a cabeça colada à minha tinha-lhe dado uma cornada de tal força que o mandava procurar o nariz na nuca), mas principalmente pela evolução que tem vindo a mostrar. “É o próximo senhor trinta milhões”, disse-me o meu amigo ao lado. Não sei. Mas que está nitidamente a crescer como jogador, não tenho dúvida.”

Baías e Baronis – SL Benfica 2 vs 3 FC Porto, 2/Março/2012

“Foi o melhor em campo com alguma margem de distância para os colegas. Sóbrio na defesa, rápido na intercepção e forte no contacto físico com a bisarma que veio da Feira para a relva do Dragão. Acaba por ser notável perceber que Maicon parece mais inteligente que Rolando quando tem a bola nos pés, é mais preciso nos passes longos e joga com uma aparente calma que deveria contagiar os colegas e impedir a estupidez em que muitos insistem em mostrar a toda a gente. O golo (que eu adivinhei num momento de raríssima presciência) acabou por mostrar que Maicon é sem dúvida o homem mais perigoso do FC Porto nas bolas aéreas, mais até que Janko.”

Baías e Baronis – FC Porto 2 vs 0 Feirense, 27/Fevereiro/2012

 

Agora reparem o que o mesmo cronista (eu) falou sobre Maicon há dois anos:

 

“Meu Deus. Como é possível aquela falha no segundo golo?! Como disse no jogo contra o Estoril, Maicon é lento demais e acaba por ser ainda pior vê-lo a correr ao lado de um avançado qualquer que lhe passa à frente. Fraco.”

Baías e Baronis – FC Porto 2 vs 2 Olhanense, 6/Março/2010

“É lento demais, passa a bola com força a mais e é sempre um susto quando a bola vai para perto dele e tem um adversário a pressionar. Eu que sou do tempo de ver jogar o Alejandro Díaz, digo: não serve.”

Baías e Baronis – Estoril 0 vs 2 FC Porto, 25/Janeiro/2010

“Maicon é muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito leeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeento…em demasia para uma equipa como a nossa, que já não tem jogadores muito rápidos no centro do terreno. Ou ganha ritmo e velocidade ou não pode ser opção.”

Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 0 Leixões, 5/Janeiro/2010

 

Apesar de gostar de acreditar que a forma de ver as coisas vai mudando ao longo do tempo e eu como frequente visitante do Estádio do Dragão e habituado a ver os jogadores em campo já tenho alguma bagagem que me permite ser correcto nas análises e tento sempre manter uma visão fria e analítica no que escrevo. Mas é inegável que no caso deste rapaz as circunstâncias foram-se alterando ao longo do tempo de uma forma notória e inesperada. Maicon é hoje em dia melhor jogador que era quando cá chegou.

Não sou capaz de apostar em qual dos treinadores terá tido o maior efeito na evolução de Maicon. Em três épocas e três treinadores diferentes, Maicon passou por diversas situações de treino e preparação física e táctica, arrancando com Jesualdo, passando por Villas-Boas e continuando agora com Vitor Pereira, o brasileiro foi continuamente escolhido como alternativa a Bruno Alves ao lado de Rolando, titularizado ao lado de Otamendi e Rolando no ano passado e este ano como titular no centro da defesa e com uma passagem longa pela lateral direita. Nunca o ouvi a reclamar mais oportunidades, a protestar por ser utilizado numa posição fora do habitual, levou continuamente com pancadas morais intensas, assobiadelas monumentais dos próprios adeptos, críticas e mais críticas por tantos oh tantos colunistas notáveis que fizeram dele um dos alvos da injúria pública. Também eu o critiquei bastante pelas exibições menos conseguidas, tanto no passado como na actualidade, pela aparente inadaptação ao flanco. De Maicon, nem um pio.

Nesta temporada têm-se verificado um crescimento no jogador que tanto gostamos de detestar. Maicon continua a não ser um lateral-direito e nunca vai render o que esperamos de um “natural” naquela posição, mas faz o que lhe pedem com o máximo de afinco e o mínimo de estardalhaço. Seguro na defesa e trabalhador na construção de jogo, é evidente que rende mais no centro mas o que é ainda mais óbvio acaba por ser a evolução na forma de jogar. Está mais prático, inventa menos e cria menos problemas aos colegas. É jogador de “chuta pró ar”, um pouco à imagem de Jorge Costa, mas sabe quando pode controlar a bola e quando a deve enviar para a frente. Tecnicamente superior a Rolando, largamente superior nos passes longos e responsável já por vários golos este ano, alguns deles vitais – e nenhum mais que este último na Luz. Fora-de-jogo, é um facto, mas ainda assim apareceu lá para cabecear e dar a vitória ao FC Porto depois de mais uma excelente exibição – Maicon é hoje em dia titular de pleno direito no FC Porto, especialmente numa altura em que Danilo está lesionado e Sapunaru continua sem merecer a confiança plena de Vitor Pereira. Numa altura em que pedimos esforço dos jogadores, ambição e espírito de sacrifício, poucos como Maicon estão a dar tudo o que tem em campo para que a equipa saia vitoriosa de todos os terrenos. Não é brilhante, talvez nunca o será, mas é um jogador importante em várias situações de jogo quando precisamos de alma e de força na zona recuada.

É também uma lição para todos os adeptos: nem sempre o que parece mau o é. Às vezes temos de reconhecer o mérito naqueles que acreditam nas qualidades de um jogador porque trabalham com ele todos os dias ao contrário de nós que só os vemos uma vez por semana.

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