É tão difícil ser útil aos adeptos, não é?

Volto ao site oficial. É natural ver em sites de outros clubes europeus algumas indicações para que os adeptos possam viajar para apoiar a equipa nas deslocações a campos adversários. Uma espécie de curto guia turístico do local, com informações de condições para a viagem, estadia e sobre a cidade e a região onde o estádio se localiza.

Numa deslocação à Madeira que tem um misto de excelente comida, belos cenários naturais, boa gente e uma vibrante vida nocturna, seria natural que os adeptos portistas recebessem informação do seu clube acerca da deslocação para fora do Continente por forma a acompanharem a sua equipa e ao mesmo tempo aproveitar o que de melhor há para gozar na ilha.

Qualquer coisa que demora dez minutos a fazer, como uma rápida busca por voos:

 

…talvez explorar duas das agências low-cost que viajam regularmente para o Funchal…

…quiçá apresentar oportunidades para uma curta mas agradável estadia…

 

Mas a opção escolhida pelos nossos rapazes que gerem o site é bem mais agradável, ainda por cima com o Swiffer (PUB) no topo:

É o que temos. Porreiro, não é?

Link:

Portistas em África, com Madjer

Como não podia deixar de ser, o destaque dado no site oficial é nulo. Na imprensa portuguesa, pelo que tenho visto, nulo é.
Trazendo novas do maravilhoso mundo argelino onde o Porta19 tem um enviado especial em permanência, segue a notícia da presença dos nossos rapazes em terras magrebinas como embaixadores da boa-vontade do futebol numa angariação de fundos para ajudar crianças africanas.

“Quelque 150.000 euros ont été récoltés au profit des enfants d’Afrique, lundi, à Alger, lors d’un match de gala initié par Rabah Madjer, ancienne star du football algérien aujourd’hui ambassadeur de l’Unesco. Le Français Christian Karembeu, le Belge Jean-Marie Pfaff, l’Italien Alessandro Altobelli, les Portugais Vitor Baia, Rui Barros, Fernando Couto et le Tunisien Adel Sellimi faisaient partie d’une sélection mondiale, qui s’est imposée 4-2 contre d’anciennes gloires algériennes.”

Não será uma novidade digna de primeira página como a lingerie da cabrita do Ronaldo ou do novo penteado do Neymar, obviamente.

Ver a notícia completa aqui, no Algerie360.

Link:

O sofista

foto retirada de relvado.sapo.pt

“Isto significa que, sem escrutínio, pode não haver a respeito das assistências. Não queria acreditar quando me disseram isto, mas fui verificar e é mesmo verdade. O Hulk marcou neste último jogo e a assistência foi 33.412 espetadores. O FC Porto-Gil Vicente teve 33412, o autor do primeiro golo foi o Hulk… Na jornada 15 voltou a marcar o Hulk e a assistência terminou em 12, noutro jogo, o primeiro golo foi do James, que tem o número 19. A assistência? 24919! No FC Porto-União de Leiria, marcou Janko, com o número 29 e a lotação foi de 27829. Faz-se isto porquê? É uma espécie de bruxaria?”, questiona.

Rui Santos faz o alerta. “A Liga tem de olhar para isto. Espero que ao menos só alterem a lotação ao nível das dezenas. Por outro lado, também me dizem que assistências na Luz são inferiores ao que é divulgado pelo clube. Isto não fica bem, para quem quer um futebol transparente”, sublinha.

in relvado.sapo.pt

Neste mundo há dois tipos de pessoas:

  • os que entendem que há valores de assistência que são calculados mediante as entradas que são contabilizadas nos torniquetes às quais se somam os convites, as presenças nas bancadas vip, os jornalistas, os stewards e os paramédicos, os que trabalham nos bares e os miúdos que apanham as bolas…e que com esta treta toda houve um iluminado do marketing Portista que se lembrou de em vez de termos um valor aproximado que nunca será 100% correcto, criar uma “ilusão” com a variação de menos de 100 espectadores (ou seja, cerca de um terço de um por cento do número habitual de espectadores no Estádio do Dragão) e homenagear o marcador do primeiro golo do jogo de uma forma engraçada e inócua, acto esse que acontece há vários anos…
  • …e depois há o Rui Santos, que sabe perfeitamente que tal acontece mas decidiu, à míngua de tema contra o qual barafustar numa semana onde as equipas grandes (menos o Braga) todas venceram tanto na Liga como na Europa, e decidiu insurgir-se contra este não-tópico de discórdia.

Há quem diga que a epistemologia está ao alcance de todos que a queiram estudar. Assim sendo dou o meu contributo, referindo-vos para o famoso pensamento do sofista Górgias, com as devidas alterações de forma e conteúdo:

  • Nada existe;

A não ser que o Rui Santos diga que existe;

  • Mesmo se algo existisse, sobre isso nada poderia ser sabido;

Tirando o Rui Santos que mesmo sabendo finge que não sabe para agir com a consciência tranquila;

  • Mesmo se se pudesse saber algo, o conhecimento acerca disso não poderia ser comunicado a outros.

Exceptuando o Rui Santos que tem um programa na televisão onde pode dizer o que lhe apetece que ninguém o contradiz em directo. O que dá um jeito tremendo, aposto.

  • Mesmo que pudesse ser comunicado, não poderia ser compreendido.

A não ser pelo Rui Santos que continua a sua luta quixotesca contra os moínhos que só ele vê. E quer que todos vejam para que não achem que é tolinho e abanarem a cabeça em concordância.

 

Too late, Rui. Já todos perdemos a pachorra para te aturar.

Link:

Baías e Baronis – FC Porto 3 vs 0 Beira-Mar

Depois do jogo contra o Braga, disse: “são estes jogos, nas circunstâncias em que são disputados, com a relva nos dentes e os olhos raiados de vermelho-sangue, que fazem ou desfazem campeonatos”. Mas também são importantes os jogos em que o adversário é matreiro, agressivo sem a bola e rápido com ela. E a imagem que fica da primeira parte é de um FC Porto forte mas sem objectividade, com pouca rotação no meio-campo e aquela exasperante lentidão na troca de bola. Moutinho a falhar muitos passes, Otamendi…a ser fiel à imagem que tem de “louco”, Hulk a perder a bola, Janko trapalhão e James desparecido. Mas, pela enervésima vez, a segunda parte foi bem melhor e os primeiros vinte minutos foram de um nível completamente diferente, com a equipa solta, viva, dinâmica, com excelentes combinações, os laterais a brilhar, Hulk prático, Janko a marcar e até James a jogar e a criar jogo. Foi uma boa noite no Dragão. Vamos a notas:

 

(+) Hulk Dois golos e uma assistência não deixam margem para dúvidas: foi o jogador mais importante da partida. E para além do que produziu e será deixado para a posteridade em bases-de-dados por esse mundo fora, é a forma como é visto e continua a ser visto dentro da equipa e até pelos adeptos. Porque é o “go-to guy” da equipa e assume esse fardo como vi poucos a fazer. Talvez Quaresma, nas alturas em que lhe apetecia, mas nem sempre. Hulk perdeu pelo menos quatro bolas em tentativas de fintas e arranques pelas laterais. Perdeu as bolas limpas para o adversário directo, que saiu com a bola para a frente. Hulk, dessas quatro que me lembro, recuperou-as todas porque assumiu a culpa da jogada perdida, perseguiu o malandro que lhe tinha roubado o esférico e usando força e velocidade transformou uma jogada defensiva noutro ataque do FC Porto. Gostei ainda mais dessas quatro jogadas que dos dois golos.

(+) Sapunaru Mais um excelente jogo de Sapunaru, ele que está a ser um dos grandes nomes da segunda volta do FC Porto. Seguro a defender, afoito a atacar, parece andar em campo como um miúdo de vinte anos a tentar garantir um lugar na equipa principal, tal é o entusiasmo com que faz todo o flanco, apoiando Hulk ou James no ataque e aparecendo na área com uma vontade de marcar que raramente se vê num homem que já está estabelecido no plantel há anos. Está a ser um prazer vê-lo a jogar desta forma, tão diferente do que vimos dele no início da temporada. Se calhar anda a beber menos. Ou mais. De qualquer forma, o romeno é um jogador fundamental para o resto da temporada e nem o regresso de Danilo lhe deveria tirar o lugar.

(+) Alex Sandro Foi o primeiro “jogo” que vi de Alex Sandro e gostei muito do que vi. Não parecia o tolinho distraído que fez vários cameos esta temporada, mas mostrou concentração, inteligência com a bola, agressividade no corte pela relva e pelo ar, para além de ser eminentemente prático em situações complicadas de pressão adversária. Várias vezes recuou a bola para Helton quanto viu a vida a dificultar-se pelo flanco, que revela um sentido prático que por vezes parece faltar a alguns dos outros jogadores da zona recuada (ouviste, Otamendi?). Nota-se que é um jogador mais “verde” que Danilo (se bem que no nosso caso talvez seja adequado usar a expressão “azul-céu”) e ao passo que Danilo parece um jogador mais completo e maduro, Alex Sandro ainda terá bastante para aprender e crescer. Mas estou a começar a ver o futuro do nosso flanco esquerdo com algum optimismo.

 

(-) A displicência do costume É o Beira-Mar, está certo que não mete medo como um Manchester City. Aliás, nem este devia meter medo, mas enfim, foi a fibra que tivemos durante longos períodos este ano. Ainda assim incomodam-me algumas parvoíces de Otamendi com cortes falhados por displicência na aproximação ao lance, os falhanços de Janko em golos quase feitos (aquela cabeçada por cima da trave…du spinnst, Marc!) ou a quantidade inusitada de passes falhados de Lucho e Moutinho quando tentavam a todo o custo furar a barreira adiantada do adversário com passes que toda a gente via que não iam chegar ao destino, todos estes são factores que me enervaram um bocadinho. Não deu para me chatear, mas enervou-me. E apesar de compreender que a partir do terceiro golo houve um abrandamento notório do ritmo de jogo, não me tinha aborrecido mesmo nada se em vez da “onda” nas bancadas que só serve para animar gente que vai à bola sem gostar de futebol, tivesse havido aplausos para mais um ou outro golito. Perderam mais uma oportunidade de dar uma alegria aos adeptos à saída do Dragão, nós que temos saído tão poucas vezes do estádio plenamente satisfeitos com o que vimos. Porque queremos sempre mais, porque somos exigentes, apesar de sabermos todos que o que interessa mesmo é ser campeão. Mas gostava de ser campeão e ver uma ou outra goleada, especialmente quando há condições para isso.

 

Faltam duas vitórias. Ou uma vitória e dois empates. Isto se o Benfica não perder pontos, porque se vencermos o Marítimo na próxima jornada e o Rio Ave se lembrar de fazer uma brincadeira e roubar pontos ao segundo classificado…então já podemos fazer a festa. Continuo sem perceber como é que vamos conseguir ser campeões com um futebol aos empurrões mas parece-me cada vez mais provável que consigamos chegar ao fim em primeiro lugar. Ainda bem. Mas é preciso continuar a ser sério e o jogo da próxima semana, na Madeira, é muito importante para podermos chegar ao final e abrirmos as botelhas de espumante com toda a alegria. Faltam três jogos. Três. Míseros. Jogos. Nunca mais é Sábado.

Link:

Ouve lá ó Mister – Beira-Mar


Amigo Vítor,

Estou a salivar, Vitor. Estou aqui a salivar por ver o FC Porto a jogar e como sabes não será propriamente pela estratosférica qualidade das nossas exibições. Mas também já sabes que podemos estar a jogar o equivalente a um fumegante monte de esterco e eu vou sempre querer ver o meu clube a jogar. São duas semanas sem ver gajos de azul-e-branco vestidos a correr atrás de uma bola. É o suficiente para levar qualquer portista a ler a Maria ou a comer farinha-de-pau, se alguém nos dissesse que isso ajudava a passar os dias.

E hoje, ao contrário do que já ouvi tanta gente a dizer, não é “uma” final. Essa treta das “finais” já enjoa e como começou tão cedo (aí há quatro “finais” que o próximo jogo é uma “final” e estes próximos quatro também são “finais” e nunca vi tantas repetições de jogos na minha vida, esse que seria o único motivo para que houvesse tanto estupor de tanta finalização) já ninguém suporta ouvir falar nisso. Temos mais um jogo. E para o FC Porto, como sabes, todos os jogos têm esse estigma que nós, os adeptos, colocamos sempre na partida: é para ganhar. São todas para ganhar, mesmo aquelas que nos podemos dar ao luxo de não o fazer. E o que interessa mesmo é que faltam quatro jogos para acabar e todos eles são para ganhar. Pronto, pelo menos os três primeiros, vá.

Já reparei que o Danilo está de volta. Good. Mas não o ponhas logo de início, deixa que o romeno canse os gajos ou que o Lucho se canse a ele próprio e depois podes inventar. E o Nando também está de volta? Ora pintem-me de verde e chamem-me Godinho! Tens a equipa quase no máximo das suas potencialidades, se excluirmos o Rafa e El Cebolla Gorda. E o Álvaro, que está castigado. E o Kleber, que é louco. Ah, e o Iturbe, que é…sei lá, não é, pronto.

É para ganhar, mais uma vez. Não há espaço para fraquejar, muito menos agora. Lembra-te que vais entrar em campo sabendo que o Braga empatou e o Benfica também já terá jogado. Esse não te digo quanto vai ficar porque não sei. Mas uma coisa sei eu: não os deixes ver o Barça vs Real. O Maicon ainda fica com ideias que pode jogar ao mesmo nível que um Puyol e fica desmoralizado quando vir que não consegue. Não faças isso ao moço.

Sou quem sabes,
Jorge

 

APOSTAS PARA HOJE NA DHOZE:

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