Modo de manutenção forçada

Andei para aqui a inventar um bocadinho e dei cabo do back-office aqui do tasco. Por isso, o Porta19 vai entrar em modo de manutenção durante o que espero seja um período que venha a durar apenas algumas horas. Se correr mal, vai durar mais.

Se virem coisas estranhas a acontecer aqui na página principal ou em qualquer uma das internas, não se preocupem, está tudo bem. Computadores, pá.

Seja como for, até já!

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O putativo regresso do filho que é assim mais ou menos pródigo

Nunca escondi que gosto do moço. Sempre gostei, mesmo naquelas alturas em que me apetecia sair da minha cadeira, descer ao relvado e espetar-lhe quatro lapadas nas trombas para ver se lhe punha algum sinapse a disparar desenfreada pelo cérebro que na altura estava mais parado que o Jesus quando caiu de joelhos depois do golo do Kelvin. E passei anos a apoiá-lo quase desde que chegou ao FC Porto no inverno de 2007, porque gostei do puto. Cara de reguila, de quem acabou sempre de fazer qualquer borrada em casa e está a ver se a mãe não descobre. Dos que diz: “Sim, senhora professora, garanto-lhe que foi o cão que me comeu os deveres!” com uma expressão de gozo na fronha, que dá vontade de esbofetear ao mesmo tempo que se tem de admirar a frontalidade e o descaramento. Era um postal, este meu homónimo, e tenho saudades dele. Via-lhe qualidades que outros deixavam passar ao lado, reconhecia nele uma capacidade de liderança para um futuro próximo que podia fazer dele um capitão do FC Porto, para assim vermos a braçadeira de capitão regressar ao braço de um lateral-direito, ainda que tantas vezes alinhasse no lado contrário.

E fiquei chateado com um F grande quando este cromo se lembrou de se chatear com o treinador. É a irreverência do reguila, pensei eu, isto passa-lhe e passa a todos. Mas não passou. Não sabendo exactamente o que aconteceu, forço-me sempre à desilusão dos habituais não-comunicados e das notícias que se fecham em formação romana e impedem que um minúsculo fiúnculo de notícias possa passar cá para fora. E fiquei sem saber o que aconteceu, só que Fucile tinha desaparecido do meu horizonte. Um dos poucos rapazes que me pareciam poder ficar cá uns anos bem largos, como Helton ou Lucho – até Sapunaru e Lisandro, a outro nível – e ao mesmo tempo assumir uma posição de senioridade para que os adeptos lhe reconhecessem, como eu, que este é “um dos nossos”…estava longe do meu clube. Burro. Sacaninha.

Não perdi a esperança, Jorge. Neste ano e meio sabático desde que me levantei no meio de um tasco onde vi o jogo do Zenit e gritei algumas obscenidades na tua direcção depois de pores a manápula na bola, acho que estou mais calmo. Já me passou a chatice contigo e espero que possamos por os meus momentos para trás e começar um mundo novo. Tens ainda muito para dar, miúdo, e desde já me ofereço para te pagar uma bela francesinha e um fininho para pormos a conversa em dia. Volta o mesmo Fucile que me deixava um sorriso sempre que o via a jogar.

Bem vindo de volta, rapaz.

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Olhá pechincha!

Acontece quase sempre a mesma treta por estas alturas (e noutras semelhantes) e já sabemos ao que nos leva esta diatribe de vómito intelectual que nos é arremessado nos dentes por tudo que tem carteira de jornalista, mesmo que só ande pelos periódicos para sacar umas massas ao abrigo de qualquer instituição de caridade que lhes vai atirando com dinheiro para o bolso. E os nomes que dão para encher enciclopédias logo começam a surgir vindos de todos os lados, como setas disparadas por bestiais bestas com bestas. Apostar online nestas parvoíces ainda parece ser mais ridículo, especialmente no mercado inglês onde a malta fica à porta dos centros de estágio à espera de uma cara conhecida ou um carro mais familiar. É deprimente ver a forma como as odds de futebol mudam radicalmente quando um treinador é contratado ou um jogador amanda um tweet cá para fora. É deprimente, repito.

Mas a verdade é que se me alhear do desterro da venda do papel que tanto custa e a tantos custa ainda mais, regresso ao passado e vejo Iturbe a pedir para sair por pouco, Rolando a pedir para sair por mais, Miguel Lopes a pedir para não sair, Walter a talvez voltar, Fucile a voltar de certeza para nunca jogar, Kleber com meio mundo a pedir que saia e Atsu a amedrontar todos pela saída. A somar a isso, todos falam de Izmailov e de Ricky Alvarez e de Vrsaljko e de mais trinta nomes que nunca ouvi falar a somar a quarenta que já me passaram pela mona, todos de posições diferentes e qualidades variáveis. E eu não consigo ter uma ideia limpinha do que quero para o plantel do FC Porto na segunda metade da época. Não sei se precisamos de mais um lateral-esquerdo de raíz ou talvez de um médio criativo, para não falar de um ponta-de-lança alternativo. Não faço ideia se aguento mais um jogo com o Kleber sem acertar na bola nem na baliza ou se me entusiasmo com um passe a rasgar do James…ou agora do Josué e nem penso que podemos ficar sem ele já ou só em Janeiro. Só sei que se vamos às compras com ou sem descontos, ao menos que compremos em condições.

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