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Com o épico final de época e os preparativos para a que aí está a caminho, ia-me esquecendo de bufar um pouco a minha própria corneta e anunciar que este blog chegou ao milhão de visitas. Não é muito, entenda-se, se considerarmos que já existe há quatro anos, mas devo dizer que é um número que me agrada. E foram quase 1700 posts totalizando cerca de 615 mil palavras escritas que receberam mais de 9700 comentários, muito vernáculo, alguma arrogância, temperadas com um misto de parvoíce e racionalidade que é, admito, uma espécie de imagem de marca.
Já chega de números. Obrigado, malta, por cá aparecerem e por me motivarem incessantemente a continuar. Mentiria se dissesse que não fico todo contente quando gostam do que escrevo, mas também não posso ser falso ao ponto de acreditar que concordam com tudo. Estive errado muitas vezes e acertado em diversas ocasiões, tantas quantas a hubris me permite afirmar. E os comentários discordantes são aceites e bem vindos, porque é da multiplicidade de ideias e opiniões que um blog vive, mesmo que seja escrito só por uma pessoa.
Continuarei ao meu ritmo. Com vitórias e derrotas, mas acima de tudo com vida e vontade de melhorar sempre o meu clube. Cá vos espero para me dizerem se estou a andar pelo caminho certo.
Equipamentos Oficiais 2013/2014
Gosto mais do principal que do secundário. Ambas me parecem throwbacks a 2002/2003, a primeira pelo número adicional de riscas ao contrário do que aconteceu no ano passado, mas principalmente do segundo, que é no fundo uma versão modernizada do “pijama azul céu/royal blue” de aqui há onze anos. Só vendo ao vivo, mas se for suficientemente escuro parece-me bem…mas por muito que tente, não consigo dissociar o “MOCHE” ali do meio. Sempre que houver um festejo mais quente depois de um golo, as piadas vão ser fáceis demais. Já o principal, apesar da caixa do patrocinador arruinar o estupor da camisola ali no centro, agrada-me porque sempre fui adepto de mais do que menos riscas. Fashionista, é o que eu sou, upa upa.
Já agora, quando é que acaba o contrato com a Nike? Estas são giras, mas noto uma intensa falta de ideias novas para os nossos equipamentos…
Se quiserem recordar e comparar…
Gone, blogger, gone?
Apaguei trinta e um blogs portistas da minha lista de links.
É curioso perceber que à medida que o tempo vai avançando, as modas vão mudando a um ritmo que me faz sentar numa qualquer cadeira, encostar as costas atrás e sentir as alterações no meu mundo de uma forma tão crua, tão dura, tão difícil de digerir. E sei, pela experiência que já vou tendo depois de mais de quatro anos desta brincadeira que é tão séria quanto a deixo ser, que há uma flutuação permanente na capacidade de escrita, na vontade de escrever e na própria forma como se escreve. E ao passo que quando arranquei havia pouco mais de vinte blogs portistas, a verdade é que já vi malta a aparecer e a desaparecer tão depressa que nem sequer cuidaram de deixar a sua marca numa comunidade que tem tanto de dinamismo como de frustração. E a chegada de meios tão tecnologicamente astutos e convidativos como o Facebook, juntamente com dezenas de outras redes sociais que copiam ideias uns dos outros tão facilmente como as anunciam como grandes inovações da humanidade, fizeram com que o mundo dos blogs começasse a definhar e a perder a vivacidade que outrora foi a imagem de marca do que é, foi e será o acto de opinar na internet.
Hoje olho para a lista e vejo cinquenta e um blogs listados.
No início de uma nova temporada, que arranca hoje para uma sequência de tantos meses de emoções, lutas titânicas, desilusões e festejos intrinsecamente ligados ao evoluir normal de uma competição desta natureza, assumo o papel de Velho do Restelo com todo o estigma que lhe está associado. Recuso-me a aceitar que a opinião fundamentada, pessoal e completamente transmissível pelos bítes e baites dos tubos interligados, se deixe cair num fosso que canalize para duas fontes apenas o “textbyte” absurdo do comentário rápido ou a longa análise em jornais e revistas da especialidade. E apelo ao resto dos bloggers que não cedam ao marasmo da “boca” e da tirada parva, dos loles e das insinuações de uma linha terminadas em insultos rápidos e torpes.
Continuem a dar a vossa opinião, mas tentem fazê-lo usando mais de um parágrafo.
Comecemos a pensar na próxima época
Olhando para a imagem acima, uma snapshot imaginativa do que pode vir a ser o plantel da próxima temporada, mais coisa menos muitas coisas, a primeira coisa que me salta à cabeça é: falta gente. Há algumas posições que são questionáveis, outras ainda mais, várias têm opções a menos e poucas têm opções a mais. Se os putos que aparecem nesta imagem estão colocados nas posições teoricamente “base”, a verdade é que nem todos ficarão no plantel e é preciso suprir as necessidades e estudar bem as potenciais trocas que poderão haver durante mais uma temporada que se adivinha complicada, como de costume.
Preocupa-me o meio-campo. Se Fernando ficar, o seu lugar está lá reservado para a camisola 25, com botas bem polidas e pitões bem afiados. A zona defensiva do centro do terreno está assegurada com o “polvo” (talvez “polbo” para adaptar ainda melhor o moço ao nosso sotaque) e a cobertura em caso de lesões e/ou castigos está ali bem tranquila com Castro ou Defour a poderem calçar bem para a mesma posição. Se sair…talvez tenhamos de ir ao mercado. Já para a posição de Moutinho, as coisas complicam-se. Enquanto não se confirma se Herrera a) vem e b) vale alguma coisa, estamos em falta. Defour pode ser um bom candidato pelo que já mostrou saber, mas vejo-o mais como um médio de rotação e menos de construção. Talvez esteja enganado, mas não o estou a ver a subir de produção criativa ao ponto de fazer esquecer o antigo oito. Carlos Eduardo é uma incógnita e ainda que Josué ou Marat consigam por lá andar, não os vejo a jogar em zonas recuadas. Tenho dúvidas se o russo aguenta das pernas e Josué é tipo para jogar mais perto da área. Uma posição a rever.
E Lucho. Terá o rapaz pernas para uma época ao nível desta que agora findou?
Muitas dúvidas. Muitas perguntas. Muitas questões. E outros sinónimos parecidos.