Ouve lá ó Mister – Marítimo

Mister Paulo,

Finalmente vou ao Dragão ver a bola. Já estou há meses sem ver os moços a jogar e devo admitir que me começa a fazer uma falta que nem te conto. E estou todo contente porque está bom tempo, sol brilhante e calor suficiente para que possa sair de casa com a minha camisola azul-e-branca vestida e dirigir-me para o estádio em boa companhia e com vontade de ver a minha equipa a jogar e, com a tua ajuda, a ganhar.

Já sei que não vai ser um jogo fácil. Por muito que o teu rival venha “dar mérito” ao que o Marítimo fez na semana passada bem à sua maneira, com aquela cagança muito mal disfarçada a que já todos nos habituamos, a verdade é que tiveram mesmo mérito. Vi um pouco do jogo e reparei na forma como os gajos saem para a frente disparados com perigo, boa troca de bola e acima de tudo com aquela acutilância ofensiva de quem não tem nada a perder e tudo a ganhar. E é exactamente este tipo de problemas que vais encarar, uma equipa que aparece no Dragão com uma vitória muito saborosa no bucho e que nos vai tentar fazer a vida negra para sacar a segunda que, admita-se, seria ainda mais fantástica que a da primeira jornada.

Conto contigo para escolheres os gajos certos. Já sei que só podes levar dezoito dos aparentemente quarenta e doze que tens à tua disposição, mas é nestas alturas que tens de fazer os cortes no orçamento de mão-de-obra para a época que já começou, porque o grupo é grande e só ficas limitado pelo final do mercado, mas não duvido que já tenhas as tuas ideias. É altura de os convenceres que agora é que têm de te provar que o futuro só depende deles. E já vi que convocaste o Maicon e o Iturbe, o que me parece uma excelente maneira de dar oportunidades a todos por igual. Vai para cima deles, Paulo. E ganha o jogo.

Sou quem sabes,
Jorge

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Os meus quatro Onzes – Parte I

Toda a gente e os irmãos deles andam a dizer quais são os seus onze jogadores preferidos da história do FC Porto. Também me vou juntar ao povo e fazer o mesmo. Mas como não podia deixar de ser, tendo em conta o pedantismo dos meus habituais comentários, vou dar um pequeno twist à selecção e escolher não um, não dois, não três, mas quatro onzes! Sim! Quatro! Serão quarenta e quatro jogadores, com outras quarenta e quatro notáveis omissões que me sentiria mal se não mencionasse. Porque esta escolha de apenas onze não bate com a minha maneira de pensar e não me consigo limitar a apenas uma equipa, tantas foram as que me deram alegrias durante a minha vida. E como a minha experiência de FC Porto só vai até aos anos 80, decidi seccionar os últimos 30 anos em quatro partes assimétricas, que vou divulgando à medida que for publicando os onzes de cada uma dessas partes. Os critérios são meus e como tal serão totalmente questionáveis, mas foram os que me pareceram melhor em termos da divisão equitativa de eras que o FC Porto atravessou nos últimos trinta anos. Assim sendo, começo pelo primeiro onze que engloba a era “Basileia, Viena e Pré-90s – De 1983/1984 a 1990/1991“:

 

Os mais perspicazes notarão que a equipa é quase idêntica à que venceu a Taça dos Campeões em Viena, com três diferenças: entram Gomes e Lima Pereira, que lesionados falharam a final, para os lugares de Eduardo Luís e Quim que a disputaram na sua vez, para lá da entrada de Branco para o lugar de Inácio, porque a classe do brasileiro era difícil de igualar, quanto mais ultrapassar. E o resto dos jogadores seleccionados como “omissões” foram todos importantes nesses anos que marcaram o arranque da nossa hegemonia nacional no futebol, desde o futebol inteligente de Frasco e Jaime Pacheco, à juventude de Jorge Couto e Domingos, a alma de Bandeirinha e Inácio e a segurança de Zé Beto e Geraldão. E só faltava Juary, o homem que nos deu esse troféu que definiu de vez a minha entrada de alma e coração para o interior do mundo portista.

Muitos podem discordar, por isso fico à espera dos vossos comentários.

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Onze onzes de onze portistas

Com a sondagem que o FC Porto lançou para os adeptos elegerem o melhor onze de sempre do FC Porto (no site oficial, no Facebook oficial ou via email para [email protected]), decidi recolher alguns onzes ideais de vários portistas, entre bloggers, ex-bloggers…e Pinto da Costa.

Os nomes que estão com fundo azul são os que reuniram maior consenso e que estarão então em bom caminho para figurarem na lista do melhor onze de sempre. A melhor equipa do FC Porto seria então:

Vítor Baía, João Pinto, Aloísio, Ricardo Carvalho, Branco, André, Deco, Lucho González, Madjer, Futre, Gomes

Reparem que ninguém se limitou aos nomes propostos pelo clube e usaram os próprios critérios para selecção dos jogadores, atitude que aprovo a 100%. Eu próprio, aqui há uns anos, fiz o mesmo num exercício curioso que agora revejo. Olho para o onze que escolhi e percebo que devia estar semi-alcoolizado na altura. É injusto escolher apenas onze jogadores e há tantas formas diferentes de abordar uma questão deste género (Como é que se diferencia entre Rodolfo e André ou Paulinho Santos? E Jardel, Gomes e Falcao? Quantos é que ainda viram o Virgílio, o Hernâni ou o Barrigana a jogar? E temos de escolher só onze?!) que seguindo o mesmo critério (em 2013, pelo menos), equilibrar o talento bem como o contributo para a história do clube torna-se quase impossível.

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