Resultados da pesquisa por: maicon

Ouve lá ó Mister – Benfica


Amigo Vítor,

Vai com toda a certeza haver muita gente a guinchar-te aos ouvidos logo à noite em Lisboa. A cidade é grande, o estádio também, e o povo vai correr para o estádio com sede de vingança e cheios da moral vermelha que invade sempre a capital nestas alturas. E tu sabes tão bem quanto eu que é nestes cenários que tu e os teus melhor sabem viver. E tens uma nação azul-e-branca atrás de ti, sempre a puxar, a apoiar, a vibrar contigo.

Mas mentia-te se te dissesse que não estou apreensivo, Vitor. Estamos todos, é um jogo grande e antes dos jogos grandes há quase sempre uma dose enorme de sentimentos contraditórios, a roçar aquela estúpida fronteira da elação e do pânico, onde fico num clima de bipolaridade de sensações e estados de alma que só intensas doses de álcool, tabaco e companheirismo dragão servem para ajudar a passar a toleima. Faltam gajos, uns mais importantes que outros, mas faltam-te opções válidas e não julgues que não sabemos disso. E todos percebem que o jogo é difícil, o adversário é guerreiro, lutador e deves encará-lo como honrado, por muito que possamos todos pensar que não o é. É um rival, é O rival, é aquele símbolo da vil dominação da capital, representante-mor da bota que nos calca e pisa e chuta e humilha sempre que pode. E não te faças valer do passado, Vitor, não chega. É hoje que se decide tudo, é essa a mensagem que tens de passar para dentro, é hoje que esta merda começa a inclinar para o nosso lado e nunca mais passará de hoje.

E hoje, meu caro Vitor, estimado e orgulhoso treinador do meu clube, vou estar no mesmo sítio em que aqui há uns largos meses pulei da cadeira onde estava sentado e, pontapeando acidentalmente outras duas cadeiras e urrei sei lá quantos decibéis acima do permitido por lei, na altura que o Maicon marcou o golo da vitória na Luz. Vou estar rodeado de portistas, pleno de esperança que me mudes o pessimismo natural que me invade o cérebro nestas alturas e proves que esta batalha é nossa.

Lutem, é tudo que vos pedimos, a ti e aos teus rapazes. Lutem, lutem muito, rasguem as camisolas, sujem os calções, amarrem os ombros ensanguentados com um torniquete, ponham talas nos perónios fracturados, façam trinta por uma linha, das tripas coração, qualquer metáfora que sirva. Mas lutem. É tudo o que vos pedimos.

Sou quem sabes,
Jorge

Link:

We may need to buy

Estou sentado no sofá na minha sala a ouvir Billie Holiday e a beberricar um copo de vinho. Do Douro, forte, com corpo suficiente para empurrar o Hulk e deixá-lo prostrado no chão. E enquanto sorvo mais um gole do néctar no copo com pé que pouso delicadamente na borda do encosto para o braço que não uso, vou pensando em futebol. Prosaico, não acham? Talvez, mas não dá nada de jeito na caixa e poucas coisas melhoram estes momentos de descanso e puro lazer idílico (para mim, que sou um maldito epicurista wanna-be) que dissertar um pedacinho sobre a bola e acima de tudo sobre a bola dos meus. Não sobre as minhas bolas, descansem, não terão prosa de índole testicular por estes lados nos próximos tempos a não ser que me surja um instinto incontrolável de pontapear alguns e descrever sensações alheias.

Olho para o plantel e concordo com o mister. Parece-me curto. Infelizmente curto. E se tirarmos os que estão de fora da equação porque nunca foram opção (Rafa e Rolando), somarmos os que não serão opção válida pela pressão que têm já em cima deles para apresentarem níveis de performance mínimos para impedirem vaias quando entrarem em campo (Kleber e Iturbe) e adicionarmos os que são segundas-escolhas por demérito próprio (Kelvin ou Castro), ficamos com…pouca gente. Se a baliza Helton não oferece contestação e mesmo com a alternativa Fabiano não estaríamos a arrancar cabelos, na defesa as coisas começam a tremer. Danilo e Alex Sandro estão seguros nas laterais e no centro Otamendi e Maicon estarão na mesma situação, com Mangala sempre pronto a entrar para o lugar de qualquer um dos…quatro. Alternativas? Algumas. Credíveis? Poucas. Miguel Lopes pode render Danilo, tudo bem, com mais coração e muito menos cabeça, mas safa o lugar. Abdoulaye teve alguns bons momentos mas espera mais uma vaga e de Quiñones ainda não vi nada. E nos bês há alguma qualidade mas dificilmente entrarão como opção para os ás. Diogo e Victor Luís são miúdos a defender, David é mais fraco do que parece e no centro talvez Tiago Ferreira seja opção daqui a uns anos. Falta alguém? Depende de quem sair, se alguém sair.

No meio-campo é que a casa treme toda. Fernando vai batalhando com Defour, Lucho com Kelvin e Moutinho com Defour. Mas Defour já jogou mais vezes na posição de Fernando e Castro, a outra alternativa, também fez o mesmo. Lucho está sozinho e tem-lhe sido exigida uma carga de trabalho bem maior do que esperava que aguentasse. Lembro-me das quebras do argentino a meio da temporada e temo que o mesmo aconteça este ano, o que me deixa receoso que tenhamos de lá colocar um outro milieu-de-terrain com um nível parecido. Quem? Não há mais nenhum no plantel, A ou B, que se equipare. Podem pensar que qualquer um faz o papel dele mas quem vai lá ver os jogos sabe que não é verdade e isso é evidente quando Lucho sai de campo. Kelvin desposiciona-se com demasiada facilidade, James joga à frente demais, Defour atrás demais. Sérgio Oliveira, talvez? Não lhe reconheço consistência nem maturidade competitiva para tal. Pedro Moreira? Parece-me de futebol curto, pouco imaginativo e acima de tudo pouco líder. É preciso uma alternativa a Lucho. E se Moutinho sai? Mete-se lá o Tozé? Coitado do moço, até tem jeito mas precisa de continuar a jogar, a aprender, a crescer. Por isso vamos com calma, um passo de cada vez.

Chegamos ao ataque. Jackson tem raízes no lugar, James é indispensável. E do outro lado? Atsu começou bem a época, Varela é mais consistente, tacticamente mais astuto e mais experiente, mas a boa forma do início da época está a roçar o medíocre nos tempos que correm, e fazem-no mais que Varela. Kelvin, que pode fazer o lugar, não parece ter o sentido prático para decidir jogos. Se no meio Kleber perdeu confiança dos adeptos apesar do treinador o manter por perto, não vejo em Dellatorre uma solução eficiente e acima de tudo suficiente, muito menos o faço em relação a Vion. É preciso uma alternativa a Jackson. E na ala, quando vejo Sebá a jogar penso em tantos extremos que passaram por clubes menores em Portugal ou na estranja e que nem deram má conta de si nesses clubes…mas olho para os que cá chegaram e penso na pressão que recebem. E desconfio que o rapaz ainda não tenha o que é preciso. Estarei a ser pessimista? Não creio, olhem para os exemplos de Marco Ferreira, Alan, Djalma ou Mariano, para não falar nos putos que subiram como Candeias, Vieirinha, Bruno Gama ou Helder Barbosa, entre outros. Temo que Sebá tenha de progredir mais para não ser contestado. É preciso uma alternativa a Varela.

Assim sendo, vejo três posições que podem precisar de remendo. Médio organizador, extremo e ponta-de-lança. Ideas, anyone?

Link:

Baías e Baronis – Nacional 0 vs 2 FC Porto

foto retirada de record.pt

Ganhámos. Notas abaixo:

(+) Ao que parece não jogamos mal de todo.
(+) O Alex Sandro fez uma reviravolta à Zidane, disse o João Ricardo na TSF.
(+) O Lucho marcou de cabeça na pequena área.
(+) O Otamendi marcou um golo de primeira com o pé esquerdo
(+) Não houve nevoeiro.

(-) Consta que falhámos muitos golos.
(-) O Gottardi defendeu quase tudo.
(-) Há uma regra na Taça da Liga que obriga a jogar 45 minutos com dois portugueses. A sério.


O Defour foi titular. O Maicon não. Nem o Fernando. Nem o Atsu. Mas jogou o Fabiano. Pronto, acho que é isto.

Link:

Baías e Baronis – Paris Saint-Germain 2 vs 1 FC Porto

foto retirada de desporto.sapo.pt

Começo a ficar chateado com o que se tem vindo a passar com a equipa do FC Porto. Dois jogos, duas derrotas e duas enormes doses de azar em cada uma delas. Saímos de Paris com a cabeça enfiada numa camisola de gola alta, com a vergonha de uma derrota que surge depois de um lance que ninguém pode evitar a não ser o principal actor na tragicómica actuação que deu o segundo golo dos novos-ricos. Mas o FC Porto, com alguns problemas que foram pontuais e que de uma forma curiosa funcionaram como um espelho do jogo da primeira mão no Dragão, esteve no jogo para o vencer e não (sempre) para aguentar o empate. A não ser naqueles primeiros 15/20 minutos da segunda parte, quando se acomodaram tempo suficiente para permitir que a sorte sorrisse aos gajos lá do burgo. Não gosto de perder e custa-me ainda mais perder quando não é totalmente merecido. Mas neste tipo de competição contra uma equipa que está aproximadamente ao nosso nível…acontece. Segundo lugar, venham os primeiros! Notas abaixo:

 

(+) A dupla de centrais Estiveram ao mesmo nível que no jogo do Dragão, com a pequena nuance que Maicon deu o lugar a Mangala mas a qualidade da exibição não foi afectada. Otamendi esteve mais uma vez em grande, intercepções perfeitas, posicionamentos certíssimos, agressividade correcta, cortes milimétricos de carrinho e acima de tudo uma vontade inabalável de fazer explodir tudo o que fosse francês ou que lá pagasse impostos. Mangala esteve também muito acima da média contra a “sua” equipa, agressivo no contacto, forte no choque e agressivo no transporte da bola para a frente. Com estes centrais, Maicon e Abdoulaye na margem, não tenho problemas no centro.

(+) Alex Sandro Excelente na luta contra Lavezzi, é forte e resiste ao choque de uma forma firme, forte, com intensidade, com garra. Gosto de o ver nas diagonais para o centro com a bola controlada no pé direito, sempre com os olhos paralelos à relva, a ver Moutinho ou Lucho para funcionar na triangulação, Gosto de o ver a subir mas essa já é a parte conhecida. O que estou mesmo a gostar é o de ver a defender, com critério na intercepção, inteligência no posicionamento e cada vez menos displicência na saída com a bola. Esteve muito bem.

 

(-) Os melhores no Dragão foram os piores em Paris Fernando e Varela estiveram em baixo hoje no Parc des Princes. O médio complicou em demasia a posição que deve ser das mais práticas e simples em campo. Bola chega, bola sai. Rasteira na construção, rápida na recuperação. Não tem muito que saber se o jogador é bom (e como neste caso estou a falar de Fernando, não tenho dúvida quanto à valia do rapaz) mas hoje tudo pareceu sair com excessivas brincadeiras e pouco sentido prático. O homem tentou fazer TRÊS “cuecas” sem o conseguir. TRÊS! E Varela esteve ao nível de 2011, sem brilho, a escorregar nos momentos mais certos para os contra-ataques do PSG e sem qualquer produtividade visível no ataque da equipa. Ambos saíram de campo tarde demais.

(-) O frango de Helton Foda-se. É isso, só isso. Acontece aos melhores. Foda-se.

(-) As bolas paradas Mais um golo sofrido de bola parada e é impossível deixar de correlacionar o tipo de lances do género com os golos sofridos pelo FC Porto. Não consigo perceber como é que um dos melhores jogadores do adversário em termos de bolas impactadas com a cornadura se deixa andar solto, com uma marcação à zona tão fraca. Somos uma equipa pequena? É verdade. Ganhemos na antecipação, no choque, na luta, na movimentação na área. Estou farto de tremer quando a bola é flutuada para a nossa área.

(-) Esperar pelo infortúnio dá…em infortúnio O nosso primeiro golo depois do primeiro golo deles foi excelente. A reacção a quente, forte, com impacto, a empurrar o adversário durante meros quatro ou cinco minutos de uma forma tão insistente que bastou o lateral direito subir um pouco pelo flanco e cruzar para a área que o ponta-de-lança tratou do assunto num instante. Ponto. E no início da segunda parte, numa altura em que podíamos (e devíamos, porra!) ter imposto um ritmo de jogo com a bola por nós controlada, ao invés de ficar atrás da linha de acção à espera do que é que o adversário pudesse fazer, foi exactamente isso que fizemos. Esperamos, porque jogamos para o empate durante vinte minutos. Uma fraqueza que durou tempo demais, em que nos deixámos embalar pelo jogo mais pousado do PSG e cedemos a um recuo das linhas, a uma organização mais atrás do que deveria ser forçado a acontecer numa equipa como a nossa. Não tendo nada a temer do PSG, mostrámos em campo que não os temíamos. E eles, com alguma sorte, fizeram-nos engolir a arrogância. Que nos sirva de lição.

(-) TVI Tenho algum respeito por Fernando Correia, muito mais do que tenho pelo Manha. Mas ou o homem está a perder as suas faculdades mais depressa que a direcção de Desporto da TVI quer admitir, ou está a perder o contacto com o futebol moderno e/ou com o seu oftalmologista. Foram dezenas as vezes que se enganou durante o jogo, com Manha a ser incapaz de o corrigir de uma forma adequada todas as vezes, se bem que acredito que o próprio Manha estava a achar curioso que o colega estivesse a ver o jogo de uma forma tão consistemente errada. Para lá das falhas nos nomes, nos lances, nas direcções do vento e na previsão metereológica, o relato é mau. É muito mau. É fraquíssimo, gramatical e semanticamente. É como se Ray Charles relatasse lacrosse na Mongólia. Às vezes, e não me levem a mal, acho que eles bebem vinho em directo. Muito vinho.


Sempre disse que não me preocupa nada ficar em primeiro ou segundo na fase de grupos da Champions. O que me interessa mesmo é passar à próxima fase e quem vier a caminho, que venha. E se me chamarem “menino” e “pessimista”, so be it. Não sou um optimista, nunca o fui, e continuo a achar que o FC Porto é um clube que deve tentar sempre estar presente nos dezasseis melhores da Europa. Para ultrapassar essa fase, o que me preocupa é mesmo a qualidade do plantel e acho que temos o suficiente para enfrentar qualquer adversário com os olhos firmes nos olhos deles. Seja o Barça, o Unaite ou o Baierne. Fuck’em. Venham eles.

Link:

Baías e Baronis – SC Braga 0 vs 2 FC Porto

foto retirada de publico.pt

Aparentemente, tivemos sorte. O golo de James apareceu vindo do nada, quando quase todos os portistas já estavam a contar com dois pontinhos perdidos e lamentados, porque tínhamos feito o suficiente para os sacar, mais o do empate. Mas o Braga esteve bem, altivo, pressionante e mostrou que é um clube grande. Mas tivemos sorte, é verdade. O remate de James bateu num dos melhores jogadores em campo e Jackson aproveitou bem a falha do Salino (que poético ter acontecido a um homem que já não devia estar em campo, várias foram as patadas que Xistra, como de costume, ignorou). Foi sorte. Até houve um penalti contra nós que não foi marcado (e devia). Foi muita sorte. E também foi sorte, mas para o Braga, não termos enfiado logo duas pazadas à Dona Brites mesmo nas nalgas dos de Braga logo no início do jogo. E também foi sorte para o Braga terem ficado com onze gajos em campo durante todo o jogo. Mas a sorte, aquela que dá frutos, também se trabalha. E o jogo foi rijo, bem disputado, com (ou contra?) um árbitro que tomou muitas decisões no mínimo não-salomónicas e com um adversário que deu a luta esperada e caiu quando já não merecia. Tivemos sorte. Fizemos por isso. Vamos a notas:

 

(+) Otamendi e Mangala Não gosto de ver Otamendi a jogar do lado direito da defesa, acho-o lento demais para compensar as ausências de Danilo e prefiro vê-lo do outro lado. Mas hoje, para me contrariar, esteve impecável na intercepção e continua a saber pegar na bola e arrastar o jogo para a frente pela relva. Serve como ponto de contacto com o meio-campo (Fernando e/ou Moutinho) e é o homem com cabeça mais tranquila na nossa zona defensiva. Vou repetir: é o homem com cabeça mais tranquila lá atrás. É estranho dizer isto, mas é a verdade. E ao lado dele, a aproveitar o pé esquerdo para jogar nessa mesma zona, Mangala. Mangalhador. Mangaleiro. Mangalão. Excelente na antecipação, no corte rápido pelo chão e pelo ar, está muito melhor no posicionamento e acima de tudo na agressividade, que temi pudesse ultrapassar o seu talento. Nada disso, pelo menos por agora. Maicon vai ter trabalho a meter-se entre estes dois…

(+) Helton Nas alturas certas, nos momentos adequados, qualquer bola que veio na direcção da nossa baliza foi interceptada pelas luvas de Helton, que salvou tudo o que tinha a salvar. Pelo ar, pelo chão, fora da baliza, em cima da linha de baliza, quase dentro da baliza (!), Helton esteve em todo o lado e mais uma vez foi o guarda-redes que o FC Porto precisava num tipo de jogo que é tão importante ter um guarda-redes que possa safar eventuais falhas dos defesas. Helton hoje defendeu tudo. Nada mais há a dizer.

(+) Os golos de James e Jackson Um orgasmo, foi o que foi. Porque é nestas alturas, em que o jogo que está empatado a zero está a entrar nos “golden years” e a luz já se começa a ver ao fundo, quando os suplentes já entram depois de aquecerem tempo demais e só servem para queimar tempo…e nestas mesmas alturas, quando um puto colombiano com primeiro nome inglês se lembra de mandar um tiraço à entrada da área e faz um rapaz exultar num apartamento bem longe de Braga. E o golo de Jackson, curiosamente outro colombiano com primeiro nome inglês, pôs-me a saltar e a ganir para o ar em festejos enormes, exactamente por ter feito o contrário do que tinha vindo a fazer até aí: mudou de direcção e rematou em vez de continuar a correr no mesmo sentido. Excelente.

 

(-) A definição de loucura Einstein disse que a definição de loucura é tentar fazer a mesma coisa vezes consecutivas e esperar resultados diferentes. E tomemos como exemplo as atitudes de Atsu e Jackson durante o jogo, em que tentaram passar por Salino e Douglão respectivamente, usando sempre as mesmas artimanhas que não tiveram grande arte e quase nenhuma manha. Tanto um como outro simbolizaram os principais problemas do FC Porto neste jogo e em vários outros que não conseguiu ter a capacidade física e mental para furar as barreiras adversárias de uma forma individual. E temi que voltássemos a esse paradigma da arrogância ali em alguns momentos durante o jogo porque vi alguma atrapalhação e demasiadas bolas perdidas. Há que continuar a manter os jogadores focados no jogo de equipa e abdicar de jogadas individuais quando não há condições de sucesso provável.

(-) Xistra Já cá faltavas, Carlos. Uma arbitragem absurda, com inúmeras decisões a serem tomadas em sentido contrário perante situações idênticas, que só serve para enervar os jogadores e para confirmar que até pode ser bom rapaz, mas como árbitro é uma nódoa. O penalty até acaba por ser dos lances mais perdoáveis porque é quase impossível de ver sem ser em câmara lenta (mas não tragam a merda das novas tecnologias, Deus me perdoe se eu não estou de acordo com o Rui Santos…), mas veja-se o caso do final da primeira parte, em que depois de Alan ter tentado pregar o pé de Varela à relva, elevando o banco portista em protestos e queimando-se ali pelo menos 40 ou 50 segundos, Xistra decide não só não dar amarelo ao pseudo-Predator, mas permitir que Moutinho coloque a bola no local para marcar o livre…e mandar toda a gente para o balneário. Ismaily mas principalmente Salino e Alan, abusaram de belos momentos de pancada durante o jogo todo e Salino então com várias entradas a pé juntos, acabou por levar amarelo…aos 87 minutos. Xistra consegue reunir consenso entre quase todos os adeptos: é mau para todos.


A primeira (e mais importante) barreira de Braga está ultrapassada e um dos jogos mais difíceis de todo o campeonato foi ganho com todo o mérito, contra onze fulanos de vermelho e um de amarelo. Custou-me ver o jogo todo e recebi várias repreensões da zona do sofá no meu lado direito onde a benfiquista residente assistia ao jogo. Aparentemente o vernáculo que saía da minha boca era um tanto ou quanto exagerado para um Domingo à noite, ainda mais com o Natal tão próximo: “A culpa é daquele filho da puta!”, e percebia o que estava a fazer. Não quis saber. E garanto que não houve vernáculo em nenhuma das bolas que entraram na baliza do Beto, só um grito de “GOLO!” como que a reproduzir o que um amigo me enviava por SMS. Soube bem. Sabe sempre bem.

Link: