E o exemplar do "Lá em casa mando eu" vai para…

Paulo Bizarro, que curiosamente é o autor e gestor do site “Os Filhos do Dragão“, um estupendo repositório da nossa história e que lhe dá o arcaboiço necessário para responder sem problemas e na mouche!!! O Paulo acertou nas três respostas…as duas primeiras eram as que contavam, mas na terceira o Paulo também acertou na resposta correctíssima porque é claramente uma pessoa de bom gosto. Segue a explicação em baixo:

Primeira:
Desde a temporada 1991/1992 (inclusive), quantos jogadores tiveram a honra de vestir as camisolas de FC Porto e Benfica durante as suas carreiras? (Apenas são válidos jogadores que tenham jogado oficialmente no escalão sénior e em ambos os clubes *a partir* de 1991/1992.)
Resposta: 25 jogadores, que podem confirmar nesta spreadsheet compilada por mim e que explica os meus critérios. Houve bastante dispersão de votos, com números entre os 7 e os 30!

Segunda:
Nesse mesmo período de tempo, quem é o principal goleador do FC Porto em todos os jogos oficiais disputados contra o Benfica?
Resposta: Mário Jardel, com seis golos apontados:

podem confirmar aqui, no zerozero

Curiosamente, houve muita malta a apostar no Hulk e três votos…no Deco.

Terceira:
Sinceramente, sem contar para sorteios, quem é que manda lá em casa?
Resposta: C. Claro. Com certeza. Campeã!

De entre as várias dezenas de participantes, apenas dois (!) acertaram correctamente nas respostas às duas perguntas:

4/23/2014 11:14:56 25 Jardel C.
4/24/2014 19:49:15 25 Jardel C.

Tenho muita pena que o outro participante não tenha direito a um dos livros, mas a aleatoriedade da ferramenta que seleccionei (http://textmechanic.com/Random-Line-Picker.html) levou a isto. Bastou um click, meu caro!

Obrigado pela participação, malta. O vencedor, que ficará a aguardar o meu contacto, irá receber o livro no conforto de sua casa e deliciar-se com as excelentes narrativas deste casal clubisticamente pouco ortodoxo. Oh se vai.

Link:

Dragão escondido – Nº25 (RESPOSTA)

A resposta está abaixo:

Na imagem podemos ver que quem estava escondido era de facto Eduardo Luís Marques Kruss Gomes. O truque foi enganar o povo (muahahahahahah!) a pensar que era um jogador com tez mais escura, daí a quantidade de apostas em Juary ou Geraldão. Eduardo Luís teve uma temporada menos activa que a anterior, mas ainda assim ajudando a equipa comandada por Tomislav Ivic no percurso de mais uma época extraordinária, conquistando o Campeonato e a Taça, bem como a Taça Intercontinental e a Supertaça Europeia. Eduardo Luís era um defesa central inteligente mas era suficientemente polivante para que pudesse jogar como lateral esquerdo durante muito tempo, incluindo em 1984/1985 onde jogou várias vezes nessa posição durante a caminhada até à final de Basileia. Usava o interior da cabeça em vez do exterior das botas na grande maioria dos lances em que era interveniente.

Entre as apostas da malta:

  • André – Então acham que com Semedo, Magalhães, Sousa e Pacheco em campo, Ivic era capaz de meter mais um médio defensivo?! Era, claro que era…mas felizmente não o fez neste jogo!;
  • Bandeirinha – Fez alguns jogos, especialmente como lateral direito em substituição de João Pinto. Como o grande capitão está ali ao canto e Inácio também estava presente…o mais provável é Bandeirinha estar no banco. Acabou a época com 14 jogos disputados.;
  • Folha– Nesta altura andava o rapaz pelos juvenis, com os seus humildes dezasseis anos…;
  • Geraldão– Tinha acabado de chegar ao clube mas acabou a temporada com mais onze jogos (33) do que Eduardo Luís (22). Este, pelo menos no arranque, não foi um deles;
  • Jorge Plácido– Fazia parte do plantel 1987/1988, mas o truque das sombras lixou a aposta mais uma vez…;
  • Juary – Fez apenas cinco jogos na época seguinte à grande coroa de glória da sua carreira e apenas dois a titular;
  • Lima Pereira – Perdeu muito do protagonismo que teve em anos anteriores com a chegada de Geraldão e fez menos jogos como titular. Foi, no entanto, importante nas conquistas desta temporada…mas não era ele ao lado de Celso;

O regresso em força do Dragão de Sesimbra às vitórias, com a resposta certa a ser dada às 7h35 da manhã. Welcome back, dude!

Link:

Dragão escondido – Nº25

Uma equipa clássica, com um equipamento clássico…e quem é o jogador não-menos-clássico, com as feições obscurecidas pelo Captain America, que ali está naquele estádio…guess what…clássico?

 

Força na caixa de comentários! E não vale andar a procurar a imagem na internet, todos o podem fazer e tira a pica à brincadeira toda…torna-se fácil demais, não acham? Batota não entra!

Link:

Baías e Baronis – FC Porto 3 vs 0 Rio Ave

Pouca gente, pouco futebol, pouca alma. Foi assim a história de um jogo que termina com um resultado muito acima da exibição e que marca mais um degrau na escada que vai levar a que esta época termine sem honra e com pouca glória. Os três golos nascem na segunda parte, depois de quarenta e cinco minutos do futebol mais desgarrado, inconsequente e tristonho que me lembro de ver nos últimos tempos, o que até parece hiperbólico tendo em conta a qualidade de jogo que temos vindo a colocar em campo mas que para os dezassete mil e tal que hoje estiveram no Dragão foi a confirmação que estes rapazes precisam de um homem forte que os ponha na linha. Enfim, valeram Jackson, Quintero e as claques. A notas:

(+) Jackson. Marcou o 19º golo no campeonato 2013/2014 e salvo qualquer tipo de enxurrada de golos de Derley (15) ou Lima (14) nos dois jogos que faltam, confirmou-se como goleador máximo da Liga pelo segundo ano consecutivo. E esforçou-se por isso, para lá do penalty que me parece evidente, porque veio atrás construir jogo, correu para salvar colegas de lances desperdiçados e roubou a bola com vários “carrinhos” que fariam Otamendi ficar orgulhoso.

(+) Quintero. Só entrou ao intervalo mas teve tempo para fazer uma assistência que deu em penalty, uma assistência para o segundo golo e sofreu a falta que originou o terceiro. Não é mau mas podia ser ainda melhor, bastava que alguém começasse a apostar nele como titular em vez dos apagados Josué ou Carlos Eduardo, que não mostram (longe disso!) o mesmo talento e capacidade de jogar de frente para a baliza e para os adversários. Espero muito dele para 2014/2015.

(+) As claques do FC Porto. Sempre a apoiar, os loucos dos Super com um grupo enorme em tronco nu (não estava frio mas também não era tempo para veranear) em louvor contínuo ao clube, notando-se o cuidado de não individualizar os cânticos mas de unificar em torno de um ideal que todos queremos ver sempre mais alto: o FC Porto. Obrigado, malta, pela estupenda manifestação de querer e de portismo. Pelo ano que fizeram, mereciam mais retorno dentro de campo.

(-) Uma equipa derrotada. A imagem do Dragão com menos de metade da assistência, com a celebração de um golo a ser feita com alguns fugazes gritos de euforia de nível subjugado a uma realidade que é bem mais dura, bem mais cruel e oh tão autêntica. Como é triste ver um jogo do FC Porto em que a equipa entra em campo derrotada mentalmente, com o peso de uma época a carregar nos ombros, a frustração que nunca se converte em convicção ou na tentativa de fazer um melhor trabalho mas que explode em lances físicos ou na enervante indolência de quem caminha em passo arrastado para o cadafalso. Josué, Herrera e Defour fizeram exactamente o que um meio-campo não deve nunca fazer, jogando demasiado próximos, sem amplitude de movimentos, fracos no desdobramento e lentos no passe. Os centrais organizavam o jogo (ah, Sir Bobby, se visses isto pensarias que era uma homenagem…) tão mal, obrigados a enviar a bola pelo ar para os colegas que, incapazes de se anteciparem e de levantarem os pés do chão, esse hercúleo esforço só ao alcance de titãs, perdiam a bola e o Rio Ave partia no contra-ataque. Ver Alex Sandro, o melhor exemplo do total desinteresse pelo jogo na primeira parte, a falhar passe após passe a distâncias consistentemente reduzidas (cinco metros, meus amigos, é como acertar no túnel da Ribeira a partir dos azulejos do mestre Resente!), a sair para o ataque e a perder a bola porque nem se dava ao trabalho de a proteger…ou Herrera, que desliga quando tem a bola nos pés e a perde, vez após frustrante vez, para o adversário. Foram tantas as parvoíces e a explicação é tão simples: quando se entra em campo sem nada para ganhar e ninguém para nos corrigir…dá nisto.


E o terceiro lugar está garantido! Huzzah! E a época começa mais cedo mesmo que não joguemos a Supertaça! Huzzah! E os gajos que chegam tarde do Mundial vão fazer com que tenhamos de inventar outra vez para a pré-eliminatória da Champions! Huzzah! Foda-se! Huzzah!

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