Baías e Baronis – FC Porto 3 vs 2 Moreirense

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I’m getting too old for this shit, dizia Murtaugh sobre as parvoíces de Riggs. E eu, que vou ao estádio dezenas de vezes por ano, começo a sentir o mesmo. Não nasci para reviravoltas de 0-2 para 3-2, não estou habituado a estas montanhas-russas e muito menos estou acostumado a ver uma equipa tão pouco pressionante e que se deixa enervar ao mínimo abanão do adversário. Mas a vantagem obtida pelo Moreirense foi inteligente e poderia ter sido letal se não tivesse encontrado um FC Porto que lutou quando foi espicaçada e que procurou sempre o golo apesar de mostrar o discernimento de um naco de quartzo e a capacidade física de uma preguiça a Valium. Ganhámos, mas com muito mais sofrimento do que seria expectável. Ou talvez não, infelizmente. Notas aqui em baixo:

(+) Suk. O que luta este rapaz, sempre de frente para a bola e com vontade de fazer sempre mais e melhor. Trapalhão em vários lances mas constantemente de olho na baliza e no que poderia fazer se o guarda-redes do Moreirense não estivesse a ter uma grande noite. Marcou um, quase que marcava mais três ou quatro e não sei se não conseguiu tirar o lugar a Aboubakar para os próximos jogos. Talvez não, mas foi um ponta-de-lança à altura de um Falcao em dias bons. Hoje, pelo menos.

(+) Layún. Há um lance de contra-ataque conduzido por Herrera (ou Evandro, já não tenho a certeza) onde toda a equipa está desfeita e recuada, a respirar pela boca já há vários minutos, onde quem zarpa com uma absurda velocidade é o mexicano, que ultrapassa todo o meio-campo a pedir a bola em apoio ao ataque. É estupenda a vontade deste rapaz, que contagia as bancadas e dá incentivo à equipa para seguir o seu exemplo. Mais um golo e mais uma assistência para somar ao rol de razões para que o FC Porto compre já este fulano e o ponha como exemplo de esforço e dedicação com a nossa camisola.

(+) A reviravolta. Meia-hora de jogo e já estávamos a perder por dois golos. No Dragão. Contra o Moreirense. A malta na bancada estava já mais que apreensiva mas não se ouviram muitos assobios, apenas o incentivo vocal (por vezes bem sonoro e ainda bem) para que os tipos de azul e branco conseguissem subir a produção e sacar os três pontos que cada vez pareciam mais longe. O público puxava por eles, à antiga, a avisar os jogadores da presença de adversários, a incentivar ao ataque, a indicar com o conhecimento de treinadores de sofá qual a melhor avenida para avançarem, qual o flanco para onde a bola deveria seguir, para onde os cantos tinham de ser batidos e quando rematar à baliza. A equipa respondeu, ao seu ritmo, com muitos dos jogadores nervosos e cansados, a sacaram das últimas bolsas de ar dos vazios pulmões para marcarem mais um. Só mais um. Até que Herrera se lembrou de voar para assistir Evandro e a equipa respirou de alívio, o público também e juntou-se a eles em aplauso. Foi bonito de ver e talvez se tenha devido a estar pouca gente no Dragão, mas houve alguma simbiose entre bancadas e equipa, o que não tem sido nada comum por estas bandas.

(-) Pouca ratice. O segundo golo é um exemplo paradigmático da falta de pressão e sentido prático dos jogadores. Iuri pode fazer o que quer, até um passe de trinta e tal metros (muito bom, isso não está em questão) que rasga o centro do terreno até chegar ao destino, com Chidozie a atrapalhar-se todo para não fazer falta e ser expulso. Tudo podia ser evitado com uma simples acção: falta. Faltaram, como tem faltado em muitos jogos, faltas. Passe a redundância do vocabulário, é preciso meter na cabeça dos rapazes que a melhor maneira de parar um contra-ataque é fazê-lo antes sequer dele poder começar, normalmente no meio-campo adversário por obra e graça de um qualquer jogador que se lembre de atirar o adversário ao chão. Não preciso de pontapés no ar, loucuras com os braços ou um tiro nas têmporas. Só preciso de faltas mais inteligentes que combatam a nossa actual desorganização no meio-campo defensivo. Até os rapazes perceberem isso, vamos continuar a sofrer golos destes. E se o penalty sobre Maxi pode ser em grande parte fruto dessa mesma ratice (o gajo do Moreirense já vai a deslizar, quer lhe toque quer não, e o nosso lateral percebeu isso e caiu na altura certa), não se pode dizer que muitas das outras jogadas sejam feitas com essa inteligência.

(-) A condição física. Está tudo amarrado com serpentinas que sobraram do Carnaval. Os músculos não reagem e a velocidade de execução de Herrera equipara-se à rapidez das corridas de André, ambos prestes a implodir se por algum motivo os jogos tiverem mais de dois ou três minutos de descontos. Atrás das pernas foi a cabeça, como de costume, mas a incapacidade física de vários jogadores só contrastou com a força de outros que têm descansado mais, como Suk ou Maxi (excluo Layún porque deve ter umas bebidas energéticas diferentes dos outros…ou tem mais vontade, só pode). E no final da época há Europeu…resta saber para quantos.


Depois do jogo contra o Arouca, escrevi: “O campeonato terá ido de vez com esta derrota”. Já não sei se foi ou se ainda estamos na corrida. O que sei e o que me fica deste jogo é que a equipa está num estado físico deplorável em virtude da pré-época em Janeiro e que a seguir às pernas, a cabeça vai muito depressa. E quinta-feira…quinta-feira há um jogo enorme. Tremo de pensar no que podemos fazer contra o Dortmund a jogar (e a defender) desta forma…

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Ouve lá ó Mister – Moreirense

Camarada José,

A facilidade com que se critica um treinador é por estes dias tão notável que depende mais do momento do que de qualquer racionalização da complexidade do seu trabalho. Especialmente quando nos focamos no que tem vindo a acontecer à equipa nos últimos tempos e na quantidade absurda de jogos, lesões e infelicidades gerais que se tem abatido sobre nós. Tudo isso acontece por uma tremenda falta de confiança no clube e na sua estrutura como um todo, desde o topo da hierarquia até ao mais humilde trabalhador na base da pirâmide. E tu, lá para o meio, também apanhas por tabela. Como já disse no passado: bem-vindo a um dos empregos mais complicados da nação.

O jogo de hoje pode ser uma questão de tudo ou nada. Outra vez, eu sei, mas é o que temos. É um jogo importante para o pessoal perceber que nada mais se passou na Alemanha do que um jogo de uma equipa toda remendada contra uma equipa mais forte e rotinada. E quinta-feira está a doze anos-luz de distância porque o que interessa é mesmo o que se vai passar hoje no Dragão. Mete-lhes isso na cabeça! Vi a lista de convocados e já percebi que a semana vai ser intensa. Mais uma. Sim, outra. Fazes o que podes com o que te dão, não é verdade? Também o gajo que se sentou nessa cadeira antes de ti fazia, mas não me parece que o fizesse de uma forma tão inteligente, para te ser sincero. Por isso trata de te desenrascares para mostrares ao mundo que não dependes de ninguém para nada. Que as tuas capacidades servem seja com que jogadores forem. E que és gajo para levar esta equipa a ganhar alguma coisa ainda este ano e dar alguma alegria aos adeptos.

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – Borussia Dortmund 2 vs 0 FC Porto

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Uma derrota que não me deixa triste é algo raro de acontecer, como um bom controlo de bola do Varela ou um remate bem alinhado do Suk. Mas apesar da exibição pobre e da ausência quase completa de jogadas ofensivas, esta manta de remendos que é a actual equipa do FC Porto fez tudo o que pôde para impedir a vitória de um adversário firme, rotinado, rijo, cheio de excelentes jogadores e acima de tudo uma equipa a sério, que brinca pouco e joga muito. Não foi bom. Mas não foi assim tão mau. Notas já aqui abaixo:

(+) Esforço. Cá vai um exercício: imaginem defrontar o Villarreal em 2011, na rampa final do êxito Villasboasiano, e avançamos com a seguinte equipa: Helton, Varela, Fucile, Rolando, Emídio Rafael, Castro, Ruben Micael, Souza, Ukra, Hulk, Falcao. E lá para o meio entravam o Walter, o Mariano e o Cebola. Garanto-vos que o Sol arde mais depressa do que nós alguma vez conseguiríamos passar a eliminatória da forma que passámos e muito menos com os resultados que conseguimos. E essa era uma equipa motivadíssima, bem treinada, com rotinas estabelecidas durante meses a fio e um controlo emocional acima da média! Seria sempre uma tarefa muito complicada esta de tentar vencer no Signal Iduna, mas os rapazes lutaram e fizeram o que puderam para manter o Borussia longe da nossa área e acabaram por sofrer dois golos de caca que fizeram para não merecer. Fizeram o que podiam.

(+) Casillas. Sofreu dois golos onde não teve hipótese de defesa (ainda esperei que conseguisse ir buscar a bola que bateu no Indi, mas ao que parece só defende as que o holandês CHUTA para a baliza, não os ressaltos…) e ainda salvou a equipa por mais algumas vezes. Manteve controlo quase absoluto da defesa, em constantes indicações e gritos para os colegas. Não foi por ele que perdemos.

(+) Herrera como capitão. Surpreendeu-me a postura bélica de Hector, como que a querer assumir o papel do mítico guerreiro troiano e finalmente a mostrar que a braçadeira tem um significado bem superior ao que tinha vindo a ser feito no passado recente. Sempre em conversa com o absurdo árbitro italiano (que adorava marcar faltas contra nós mas parecia invisual quando os jogadores do Dortmund faziam o mesmo aos nossos rapazes) e a coordenar o meio-campo com indicações a Sérgio e a Brahimi a serem permamentes e, espero, positivas. Que se habitue a usar a braçadeira e que ela, com o seu poder braçadeirínico (existe, perguntem ao João Pinto!), o ajude a subir de produção.

(-) Macios. Eu sei que é um cliché monumental e que dizemos sempre o mesmo quando jogamos contra alemães ou ingleses: somos macios. Mas a verdade é que somos mesmo. Há uma tendência natural recente no FC Porto de assumir uma postura expectante e de pouca pressão física sobre o homem que leva a bola nos pés e na cobertura dos espaços acontece o mesmo. Ficamos para trás, recuamos com medo do adversário e quando vamos tentar tirar-lhes a bola, aqui d’el Rei que há que bater no gajo em vez de usar os ombros ou o corpo e de aumentar a intensidade. Custa-me tanto ver a forma rija como outros jogadores enfrentam uma situação defensiva e quando comparo ao que nós fazemos…que me preocupa perceber a forma infeliz com que se encara um jogo com tanto medo do confronto físico. Somos mais franzinos, não temos tanta capacidade de lutar contra gajos mais corpulentos…então mordam-lhe os calcanhares, apertem-nos entre dois dos nossos, abraçam-lhes o pescoço, puxem os calções…lutem, goddamnit!!!

(-) Brahimi. Mal vi que Brahimi ia jogar pensei que ia ficar atrás dos dois avançados, mas quando reparei no alinhamento em campo, percebi que era um 4-3-3. E depois Brahimi começou a vir buscar a bola atrás. E a não a soltar. E a perdê-la. E vira o disco e toca o mesmo. É frustrante ver um jogador com tanto talento a fazer um jogo tão pobre, apesar de ter linhas de passe livres com tanta frequência como um metro em Tóquio durante a hora de ponta, mas a forma como se prendeu à bola e a perdeu consecutivamente enervou-me. E também deve ter enervado Peseiro, que o tirou do jogo. Não me parece que o argelino tenha pontapeado o banco desta vez…

(-) Ruben Neves. Talvez o pior jogo do ano para o nosso puto, que não acertou um passe decente durante toda a partida e andou a tentar ocupar o meio-campo com pouca força para o fazer. Nunca até hoje se tinha notado tanto a ausência de Danilo ou a sua importância em confrontos desta magnitude, mas a capacidade física do ex-Marítimo faz com que seja essencial contra equipas deste calibre. Ruben não tem de desanimar, só tem de “botar corpo” e de ter melhor critério no passe vertical.


Dois golos não são impossíveis de recuperar, mas havemos de morrer a tentar. Nem que seja com o Angel à baliza e o Maxi a ponta-de-lança!!!

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Ouve lá ó Mister – Borussia Dortmund

Camarada José,

Estás a chegar a um ponto da temporada onde se torna complicado não ficar todo entusiasmadíssimo com o que ainda pode por aí vir. E depois do jogo da Luz, onde tu e os teus mostraram mais uma vez que ainda estamos vivos e prontos para a luta, aparecem logo mais três jogos tão ou mais importantes, um lá fora, outro cá dentro e outro lá de fora que se joga cá dentro. Mas uma coisa de cada vez.

Já sei que te vais ver numa embrulhada para escolheres o onze para hoje. Não sei se o Ivan está pronto para jogar ou se há uma alta probabilidade de pedir para ser substituído aos dez minutos de jogo com dores nas pernas. E também não sei se o Verdasca se portará tão bem como o Chidozie, não por desconfiar do talento do rapaz (e logo eu que o sigo desde os sub-17 e acho que tem tudo para ser titular do FC Porto daqui a uns anos) mas porque o jogo é diferente, contra um adversário tremendamente rápido e agressivo no ataque e porque sou um pessimista do caraças e acho sempre que duas estreias consecutivas a correrem bem é esmola a mais para um pobre que encarna S.Tomé sempre que pode. Mas também te vais ver à rasca na lateral, porque se pões o Layún à direita ficas com o Ángel à esquerda e esse moço dá tanta segurança como um par de algemas feito de papel vegetal. Decisions, decisions…

Escolhe o melhor onze e tenta não sofrer golos. Era o ideal para conseguirmos resolver as coisas no Dragão! Olha que já comprei bilhete para a segunda mão e garanto-te que vou ficar lixado se tiver de ir ver um jogo como o pós-Manchester em 1997!!!

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – SL Benfica 1 vs 2 FC Porto

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Não acredito que muitos portistas estivessem à espera disto. Eu certamente não estava. Passei o dia nervoso, com uma sensação de desastre iminente que pairava sobre mim como uma nuvem carregada de negativismo. Disse a um colega de trabalho que sou pessimista porque assim o impacto das notícias positivas é maior. E se foi. Uma vitória do trabalho, da eficácia e da força de vontade, de um grupo de homens que há uma semana estavam arrasados mentalmente, com o peso do mundo às costas. Hoje mostraram que estão vivos e deram uma alegria enorme a tantos que os apoiam. Notas, com um sorriso enorme, já abaixo:

(+) O orgulho não está morto. Exceptuando Maxi e Chidozie, estes foram os mesmos homens que jogaram contra o Arouca. Foram estes que desperdiçaram uma oportunidade estupenda de se aproximarem do primeiro lugar e quase deitaram o campeonato fora no passado fim-de-semana. E se calhar já está mesmo fora do nosso alcance, mas os nossos jogadores entraram em campo como se não acreditassem que algo estivesse perdido. Lutaram como raramente os vi a fazer este ano, acabando o jogo com as faces ruborizadas do esforço, os calções cobertos de manchas de relva e o corpo empastado com o suor de noventa minutos doidos de correria e orgulho que recuperaram pelo menos durante uma noite. O futuro dirá se a montanha-russa vai continuar ou se o planalto está próximo.

(+) Casillas. Se havia noite para brilhares, Iker, era esta. Que jogo estupendo, com pelo menos quatro defesas maravilhosas a remates adversários (Pizzi, Jonas, Gaitán e Mitroglou) e uma intercepção absurda de Indi que Casillas atirou para trás da barra com reflexos de gato e que parecia ter voltado dez ou quinze anos atrás, tal foi a facilidade com que saltou e reagiu. Não vencemos por causa dele, mas podíamos ter perdido se não estivesse lá. Enhorabuena, hombre!.

(+) Herrera. Herrera é isto. Oito ou oitenta. Topo ou fundo. Puxando a brasa aqui para perto, Baía ou Baroni. É a representação em campo do estado anímico da equipa e surpreende-me perceber o quão estamos ligados às suas exibições, quer queiramos quer não. Quando Herrera está bem, o FC Porto está melhor, porque é através dos seus pés que as jogadas surgem mais fluidas e a bola rola com mais propósito. Em constante movimento e a procurar o espaço dado pela defesa benfiquista que jogou sempre bem subida, tentou vários passes a desmarcar colegas, quase sempre com pouca sorte. Ainda assim, foi lutador e ajudou a desenvolver o contra-ataque portista durante todo o jogo.

(+) Danilo. William Carvalho parece ser o ungido por Deus e pelos arcanjos para ser o próximo trinco da Selecção Nacional, mas Danilo tem metido o sportinguista num bolso. Excelente na luta física e na protecção da bola, quase perfeito nas dobras rasteiras e a aguentar o meio-campo defensivo quando apanhava com três ou mais jogadores do Benfica, qual deles o maior no jogo de braços. Danilo aguentou tudo e ainda conseguiu ter forças para arrastar a equipa para a frente sempre que pôde. Que jogador estás a ficar, rapaz.

(+) Chidozie. Temi, como tantos outros, que tremesse na estreia. Nada disso. Calm, cool and collected, Chidozie mostrou a tantos outros jovens que o que é preciso para entrar numa equipa como o FC Porto é ter talento, calma e confiança nas suas capacidades. Não foi genial mas nunca inventou à Maicon, nunca passou à Marcano e nunca facilitou à Indi. Dezanove anos. Não sei se continuará a ser titular (não está inscrito na Europa League) mas pode ser opção para o jogo contra o Moreirense e se mantiver o estilo simples e eficaz, começa a ser complicado não apostar em mais jovens da equipa B nos próximos tempos.

(-) Posicionamento deficiente, especialmente na primeira parte. Chocou-me a quantidade de vezes que Mitroglou descia para tabelar com Sanches, Jonas ou Pizzi, rompendo pelo centro sem que lhe fosse obstruída a passagem ou causado algum incómodo. Chateei-me quando via Brahimi longe do lateral quase em overlap ou Layún a recuar perante André Almeida. Aborreci-me sempre que via o Benfica a passear pelo noso meio-campo e a conseguir furar a estratégia defensiva quase sem precisar de suar muito. Enervei-me quando os laterais contrários conseguem quase sempre cruzar em condições e os ressaltos acabavam por ir ter aos pés dos colegas, sem que conseguíssemos sair com a bola controlada. A segunda parte melhorou mas se não fosse Casillas, um segundo golo naquela altura podia ter morto o jogo de vez. Ufa.

(-) Expulsões perdoadas, mais uma vez. Sempre a somar. Jonas entra à Van Damme por cima de André. Sanches joga toda a primeira parte com os braços esticados, acertando várias vezes nos adversários sem grande malícia mas com risco para a integridade física do adversário, só apanhando amarelo depois de um pontapé em Aboubakar com a bola bem longe. E a bola também estava longe quando Carcela tem uma entrada por trás sobre Layún (creio), que era para vermelho directo. Soares Dias não teve uma má noite, longe disso, mas o critério disciplinar inclinou-se muito para os rapazes da casa.


Ganhámos na Luz depois de vários jogos em que lá fomos para não perder. Desta vez, os rapazes fizeram pela vida e tiveram a recompensa merecida. Não sei se somos melhores que eles como equipa. Mas hoje, no campo, fomos mais eficazes e os três pontos cá estão. Parabéns, rapazes!

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