A miudagem continua em grande

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Não foi só pelo último jogo. Foi pela forma como recuperaram depois de um arranque em falso na segunda fase de apuramento do campeão e conseguiram chegar ao último jogo e numa partida cheia de nervos fizeram o que era preciso. Há alguns nomes simpáticos e outros que nunca chegaremos a ver a evoluir sequer nos Bês para a próxima temporada, mas há ali matéria-prima para aproveitar.

E atrás destes já vêm alguns campeões da Europa. Mais uma vez, começa a não haver desculpa para não apostar nestes miúdos.

Parabéns, malta!

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Nuno

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Here we go, then.

Um novo treinador tem de ser uma espécie de novo acordar. Tem de haver uma Rey para cada Star Wars ou um Nolan para cada Batman, qualquer coisa que anime, que despeje o lastro criado por anos de pausa e de contemporizações muitas e nem sempre bem sucedidas. Ou, no nosso caso, intensamente más. E para quem não está habituado a perder tantas vezes em sucessão, torna-se complicado descobrir um homem que possa servir como farol para essa demanda, que funcione como alvo para o renascimento de um clube pelo intermédio da sua equipa principal de futebol, usando as armas que tem à sua disposição e partindo para a batalha de faca nos dentes e punhos firmes e cerrados. E quanto mais o tempo passa, maior é a contestação, a insegurança, o derrotismo e acima de tudo a desconfiança. Lia aqui há uns dias num fórum aqui bem perto, que há uma enorme componente de sebastianismo no FC Porto. Há a busca do homem ideal, daquele que nos erguerá de novo de uma forma meteórica para que assumamos de novo o lugar que merecemos como seres ungidos por Deus e pelos arcanjos, yadda yadda. Todos vemos isso em diversas circunstâncias e eu não sou estranho ao sentimento, tanto pessoal como em conversas com os poucos não-acéfalos com quem falo sobre futebol.

Nuno chega neste ambiente tenso, sem pompa e com mais perguntas que respostas. Tem o meu apoio, como qualquer treinador do FC Porto tem quando cá entra (era capaz de fazer uma excepção para o JJ…não, nem isso, apoiava-o na mesma, custava-me mais do que rebolar nu por cima de uma cama de canivetes untados com sal e tabasco, mas apoiava), mas tem a tarefa complicada logo à partida. Como teria outro qualquer que cá aparecesse, para vos ser sincero. A equipa está em baixo, vai começar a época com uma data de ausências e terá decisões muito complicadas para tomar já daqui a pouco mais de um mês. O facto de ser um homem historicamente próximo de Jorge Mendes pode ser bom ou mau para nós e reservo o direito de opinar acerca disso quando vir o plantel fechado. Nem quero entrar por aí, sinceramente. Até lá é um puro exercício onanístico de especulação parva e para isso chegam-me os jornais desportivos, que já nem leio porque a mais-valia nunca supera o esforço. Ainda assim, é o meu treinador e terá sempre o meu apoio até chegar a hora de avaliar o seu trabalho.

Por isso que sejas bem vindo, Nuno. Bom trabalho e qualquer coisa que precises, sabes a que porta bater.

PS: A apresentação foi cheia de lugares-comuns, #somosporto ad nauseam e a convicção exteriorizada igual a tantas outras apresentações. ninguém se preocupa com as apresentações. Só queremos trabalho e vitórias. O resto pode ser como a sardinha: vem por arrasto.

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Nomes e mais nomes

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  • Vitor Pereira
  • José Mourinho
  • Louis Van Gaal
  • Marco Silva
  • Leonardo Jardim
  • Domingos Paciência
  • Nuno Espírito Santo
  • Paulo Bento
  • Carlos Queiroz
  • Sérgio Conceição
  • Claude Puel
  • Lito Vidigal
  • Jorge Jesus

A época acabou ontem. E ainda não vi José Peseiro na lista.

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Baías e Baronis – FC Porto 2 vs 2 Braga (2-4 nos penalties)

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O jogo decorreu como a época. Infeliz. Previsível. Repleto de erros individuais de uma equipa que não consegue, como raramente conseguiu, formar um colectivo forte capaz de defrontar um adversário e olhar-lhe nos olhos para conseguir empurrá-lo para o tapete e deixar a marca do mais forte numa tatuagem de força e vigor que já foi a nossa imagem de marca. Perdemos em penalties mas podíamos ter perdido bem antes da lotaria. E perdemos tudo, mais uma vez. As últimas notas do ano, já aqui em baixo.

(+) André Silva. Dos poucos que não merecia ter saído do Jamor com este amargo de boca. Trabalhou imenso no centro da área do Braga, raramente bem acompanhado mas sempre a procurar receber a bola para bater Marafona que foi uma espécie de Maradona, mas na baliza. E fê-lo por duas vezes, uma à ponta-de-lança e a outra à grande ponta-de-lança. Teremos encontrado o titular do ataque do FC Porto para os próximos anos? Se dependesse de mim, teria lugar cativo no ataque.

(+) Herrera. Um ataque começa sempre no meio-campo e apesar da exibição abaixo do exigido para Sérgio Oliveira, foi Herrera a abdicar das diagonais e a vir buscar jogo atrás, comandando a equipa e procurando criar os espaços necessários. Algumas jogadas geniais e um empenho em grande fizeram do mexicano mais um dos injustiçados neste final de época, porque não foi por sua culpa que a equipa não conseguiu o que devia ter conseguido.

(+) A entrada de Ruben. Sempre mais esclarecido que Sérgio e mais produtivo que Danilo, foi o principal culpado da melhor rotação de bola na segunda parte e da clarividência da criação ofensiva da equipa. É realmente diferente jogar com alguém que sabe o que fazer e que raramente perde uma bola, ao contrário do que aconteceu com Sérgio ou com Danilo, num também raro jogo fraco do internacional luso. Ruben fez o que pôde. Não chegou.

(-) Centrais, ou o que raio esteve ali a jogar com as nossas camisolas. Alguém, no seu perfeito juízo, vai dizer que a culpa do primeiro golo é de Helton. Outros, também com as faculdades mentais inabaladas, afirmará que Chidozie foi o maior culpado. Eu, culpo ambos. Um porque não consegue proteger a bola e bloquear o adversário e o outro porque sai a medo, trinta metros longe da baliza. De oitenta a oito a zero vírgula zero oito, temos Marcano. Incapaz de controlar uma bola fácil, lento na reacção, a permitir que um médio que não é o homem mais rápido do mundo lhe tire a bola e atire para o fundo da baliza. Todos maus. Todos muito maus.

(-) Bolas paradas. Sete mil cantos, dezoito milhões de cruzamentos. Nada. Produtividade zero na criação de perigo para a baliza adversária a partir de lances de bola parada. E se o jogo tende a ser lento e previsível quando a bola está a rolar normalmente, deveria ser um lance desses a possibilitar qualquer tipo de oportunidade de golo, mas nem isso.


2015/2016 é mais um ano para nunca mais esquecer. Tivemos tudo na mão. Champions. Campeonato. Taça. E desperdiçámos tudo como um novo-rico com apetência para apostas arriscadas e gosto exagerado por mulheres e carros. Uma época horrível. Uma equipa fraca. Um treinador medroso depois de outro arrogante sem motivo. Algo tem de ser feito, com urgência, para que 2016/2017 não seja mais um degrau na descida às terras de Hades.

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Ouve lá ó Mister – Braga

Camarada José,

Well, well, meu caro amigo. Cá estamos para o último jogo da temporada e que jogo tens tu pela tua frente. Uma repetição da final da Taça da Liga de 2012 ou da Europa League de 2011, ou até da final desta mesma Taça em 1998. Sabores misturados em relação a essas finais, mas tenho uma métrica que até agora tem funcionado e espero que me ajudes a quebrar: sempre que vou a uma final com o Braga, ganhamos. Quando não vou…bem…não temos a mesma sorte. E quando não se ganha uma final, não é propriamente uma derrota. É uma grande derrota. É o equivalente a seres ultrapassado em velocidade pelo Bolatti. Ou não defenderes um remate de longe do filho do Casillas. Esse nível, sim. E eu sei que ganhaste a última final que disputaste cá no burgo, exactamente essa do Braga contra o teu actual clube, por isso até era giro conseguires dar a volta aos pratos e sacares o taçómetro cá para o Museu, não era? Era, pois.

Não gostei da convocatória mas tu é que sabes, como sempre. Só fico triste por teres tido o Chico Ramos e o Tomás (por quem já sabes que tenho uma admiração bem grande) a treinar toda a semana e depois amandas os rapazes c’as couves e não os levas a Lisboa. É uma chatice para eles e não lhes dá propriamente a moral que merecem, mas a época está a acabar e daqui a mês e meio já estão outra vez de volta, por isso não é assim tão mau. Já tu…perdoa-me mas se for este o momento da despedida, espero que fiques bem na fotografia com um cachecol na cabeça, uma taça na mão e um sorriso na face. Para o bem de todos nós, Zé!

Sou quem sabes,
Jorge

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