Há uma frase que me ficou na cabeça e creio que a terei ouvido num episódio do “The Thick of It”, escrita pelo enorme Armando Iannucci. Qualquer coisa como “és fodido com mais força do que o Ron Jeremy e com menos carinho”. E adequa-se perfeitamente a este jogo que não estava a correr bem mas que tratou de ser realmente encavado por uma amostra de árbitro que tratou de encostar um dos nossos jogadores, ajudar a encostar outro e permitiu que toda a animalidade puxadora e fitadora dos jogadores do Moreirense continuasse a grassar as imagens da RTP. Jogámos mais uma vez bem acima do suficiente para ganhar o jogo e não o fizemos. Outra vez. Vamos a notas:
(+) Brahimi. Não mereceu sair do jogo, do plantel e do país com esta amargura de não ter conseguido sequer marcar um golo depois da exibição majestosa que fez, em particular na primeira parte. Constantemente solicitado pelos colegas, nunca se acanhou e teve várias oportunidades para marcar e apenas fez com que o keeper de Moreira de Cónegos conseguisse brilhar quase tão alto como ele. A expulsão é justa, o critério é que não, mas isso são outras conversas. Que volte rápido porque o FC Porto com ele é bem melhor do que sem ele.
(+) Óliver. Dos poucos que não sabe jogar mal. Sempre com critério no passe, até num (aparentemente desnecessário mas perfeito) pontapé de bicicleta com que lateralizou uma bola aérea, é um dos elementos vitais na equipa e tem de jogar sempre, quanto mais não seja pela clarividência que dá ao jogo criativo do conjunto. Ah, e assistiu André² em mais um penalty não marcado a nosso favor. Só mais um, mas quem é que está a contar?
(-) Arbitragem, de novo. No final do jogo vi João Pinto a perguntar ao árbitro “Como é que é possível expulsar um jogador…” e só gostava que tivesse continuado com “…depois de você, seu saco de merda líquida congelada, andar para trás como um cavalo de ensino e espetar-se contra o gajo, assumir que estava a fazer peito para si e nem sequer pensar, seu monte de pus de ovelha? Se fosse a si era menino para me enfiar novamente no escroto do seu pai e pedir para nunca nascer a não ser para dar uma alegria aos sete punheteiros búlgaros que bukkakearam a sua mãe nos seus tempos áureos, seu pedaço de faganho seco!”. Presumo que não tenha ido por este caminho mas era o que merecia. Rebentou com o jogo depois de permitir tudo e mais alguma coisa aos da casa e só não expulsou mais um ou dois dos nossos porque podia parecer mal e o relatório era mais complicado de preencher.
(-) Herrera. Se um médio não traz mais-valias à equipa, não consegue rematar em força nem em esforço, não imprime ritmo de jogo consistente e confiante, não é rápido o suficiente para manter a posse de bola após a dominar, já para não dizer que não consegue dominar a bola para a manter em pressão…se todas estas características fariam de um jogador um elemento activo no plantel ou na primeira equipa, a sua ausência deveria significar o fim da carreira com a nossa camisola. Assim sendo: O QUE RAIO FAZ HERRERA AINDA NO PORTO?!
Não foi neste jogo que fomos eliminados. Quer dizer, foi, mas os outros dois jogos tinham de ter sido limpinhos com seis pontos no saco e este serviria para pouco mais que rotação pós-rabanadas. Não fizemos o que devíamos ter feito. Outra vez.