Jornada 6 – Nutella até ao pescoço

Em mais uma edição remota (descobrimos que assim é mais fácil, vá-se lá saber porquê), a revisão do Mayweath…perdão, do Braga vs Porto, entre outros temas importantíssimos: o porquê do Vassalo estar a fazer uma espécie de dieta pré-histórica ao avesso, a mudança de postura do Bertocchini perante a forma do Marega e a vontade do Silva em ver o Guimarães na Liga Europa. Só pelos nomes, mind you.

IMPORTANTE: não esquecer que mudou o feed de RSS para os que usam leitores de podcasts ou para quem subscreve via feedly ou outros leitores do género. Quem quiser continuar a ouvir pelo site, tranquilo, é só usar o leitor que está embutido no post de cada episódio. Quem ouvir usando uma app, seja iTunes, Podcast Addict, Podcast Republic ou tantas outras que por aí andam, o feed é este:

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MAIS IMPORTANTE: o Cavani agora tem um novo logo. tentem adivinhar quem é que está retratado naquela silhueta minimalista. não é complicado, vá lá.

AINDA MAIS IMPORTANTE: estão a ver ali em cima onde diz iTunes? pois, já devia estar lá, não devia? claro que devia. e agora já está, é só pesquisar e já devem encontrar-nos. achamos nós, que ao que parece não percebemos nada de tecnologias. nem de bola.

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Baías e Baronis – Braga 0 vs 1 FC Porto

Ganhamos. E ganhamos bem por uma série de motivos. Porque o Braga raramente criou perigo suficiente para sequer pensar em justificar outro resultado. Porque marcamos um e podíamos (perdão, devíamos) ter marcado mais uns quatro ou cinco. Porque fomos bravos e rijos mas também calmos e inteligentes quando foi preciso. Mas arriscamos mais do que seria necessário e temi que uma bola aleatória entrasse na baliza nos últimos minutos e me fizesse lembrar daquele famoso jogo contra o Benfica no ano passado (onde foi NES que o perdeu, não o Herrera). No final, uma vitória merecida e doze pontos em doze possíveis antes da paragem. Goody. Sigam as notas:

(+) Danilo. Que parvoíce de jogo, rapaz. Impecável na cobertura, rijo na marcação e a subir com a bola, foi o bloqueio que precisávamos para conseguirmos arrancar as bolas no meio-campo e rodá-las rapidamente para as laterais, já que Óliver esteve muitas vezes preso por Fransérgio e Vukcevic, ao passo que os extremos inclinavam para o centro e precisavam da linha de passe. E quem a recebia? Danilo, pois claro. Foi o elemento mais constante num dia em que todos estiveram em boa forma e com espírito de luta. E quem vê esta equipa a jogar assim e a viu no ano passado…nem é bom pensar.

(+) Marega. Espero mesmo que não leiam esta frase com qualquer conotação racista, mas eu não resisto: o Marega é uma preview do que acontecerá quando o Bolt for jogar futebol. Corre imenso, joga razoavelmente bem mas esforça-se tanto que mesmo quando não marca golos não consigo criticar o rapaz. E é complicado não criticar porque pode parecer que estou satisfeito “só” com um Marega, até porque tenho a certeza que vai encostar quando o Soares estiver de volta, mas a verdade é que Marega está a fazer tudo para que o Sérgio tenha grandes dúvidas em tirá-lo da equipa. E nada mais lhe posso pedir.

(+) O golo de Corona. A meio da semana vaticinei numa conversa com amigos que íamos vencer o jogo com um golo de Corona. Juro que é verdade. Também disse que ia ser na segunda parte em contra-ataque, mas não nos foquemos nos falhanços e louvemos não só a minha visão oracular mas também o estupendo trabalho do único mexicano que ainda conta para alguma coisa e fiquemos maravilhados com aquele picar de bola por cima do adversário e o míssil que fez com que a bola passasse pelas coxas do Matheus e nos sacasse os três pontinhos que procurávamos. Corona está cheio de vontade e se continuar a fazer coisinhas destas tem lugar no onze de caras.

(+) Telles (especialmente a defender). Safou várias vezes a equipa com cortes fundamentais a cruzamentos largos ou a ajudar a tapar quando Brahimi já estava sem pernas. Não esteve tão interventivo na frente apesar daquele remate cruzado que Matheus, mais uma vez, defendeu para o poste. Está em grande forma e há que sugar o rapaz até ao tutano. Ou não, já que alternativas não abundam…

(-) Xistra. É impossível jogar assim. É impossível estar constantemente a levar pancada e sermos os primeiros a levar um cartão amarelo. É impossível assistir a um jogo em que o adversário tem muito mais corda solta para poder usar a expressão “canela até ao pescoço” sem qualquer problema e usar os braços como se estivesse a pregar ao Santo Adelino dos Barrotes no Esfíncter. Xistra permitiu tudo isto e mais, com Fransérgio a ficar mais de meia-hora em campo a merecer não dois mas pelo menos três cartões amarelos, com Ricardo a levar um cartão amarelo igual ao que não foi dado VÁRIAS VEZES a Fábio Martins, com Sequeira a entrar a varrer de pés juntos, com pés levantados até ao céu durante todo o jogo, mais puxões que uma Black Friday no Nebraska. Aliás, se o Benfica empatou em Vila do Conde à custa daquele…pá, chamemos-lhe “Jonalty”, hoje tinha havido trinta Jonalties a nosso favor. Foi o Xistra do costume contra a equipa do costume. Nem sei porque é que espero outra coisa.

(-) Felipe. Não anda bem, este maravilhoso estupor. Nem é tanto nas falhas quando é obrigado a fazer um jogo vertical positivo (que é como quem diz mandar a bola para a frente), é mesmo na temporização da abordagem aos lances e na maneira infantil como se deixa “comer” pelos avançados em alturas que tem de proteger a bola e obrigar o adversário a fazer uma falta do tamanho de seis Maregas para lha tirar. E Felipe não anda a fazer nada do que fez quando cá chegou. Nem auto-golos (felizmente) nem cortes para a bancada (infelizmente). Assim não gosto, rapaz.

(-) 4-4-2 para 4-3-3 para 4-5-1 para… . Lembro-me bem de NES a tirar Corona e a meter o Ruben. E a fazer o mesmo com Óliver para entrar Layún. E depois Herrera no lugar de Jota. Lembro-me bem porque fui ver ao zerozero já que a minha memória tem capacidade equivalente a um ZX Spectrum. Partido. Anyway, tive um arrepio quando me apercebi que podia acontecer o mesmo e quando vi as três primeiras intervenções de Herrera depois de entrar…assustei-me mesmo (para memória futura, foram: a) tentar desviar a bola com grande intensidade oftalmológica, b) hesitar entre andar ou enveredar numa carreira de homem-estátua e c) tocar na bola com o braço cedendo um livre perigoso because why the fuck not). O final do jogo acalmou-me pela forma mais inteligente como gerimos o tempo e apesar de ser um jogo fora num dos estádios mais complicados, o que até justifica a atitude, é preciso ter cuidado para não perdermos a vontade de ganhar e eventualmente ganhemos a vontade de não perder.


Mais importante que termos vencido o jogo é o facto do Benfica ter perdido pontos e termos conseguido aproveitar isso. Há quanto tempo não acontecia? Depois não querem que um gajo fique com moral…

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Ouve lá ó Mister – Braga

Camarada Sérgio,

Chegamos ao primeiro teste a sério da época, ou pelo menos é o que me dizem que nestas coisas da bola começo a pensar que não percebo nada disto e que só estou aqui a botar faladura como se fosse um mero blogger ou podcaster ou twitterer ou lá o que raio é que eu sou nesta bluegosfera. O que me interessa é que posso falar para ti porque me estás a ouvir. Ou a ler. Whatever. @CoachConceicao for the win.

Depois de mais um episódio de roubalheira das boas em Vila do Conde, eis que estamos perante uma montanha para trepar e ao fim de três jogos este é um dos que vão deixar marcas, porque se conseguimos ganhar, passaremos para a frente do Benfica…mas se não conseguirmos ganhar, perdemos a primeira oportunidade de passar para a frente do Benfica. E podes pensar que ainda é cedo e tal e que ainda faltam trinta jogos depois deste, mas são estas as alturas em que testam a nossa fibra e a nossa garra, o nosso querer e a nossa vontade. E é exactamente aqui que temos de mostrar que estamos cá para ganhar esta merda toda e para regressarmos ao lugar de onde nunca quisemos sair. Tu e eu, pelo menos.

Por isso, meu caríssimo Sérgio, entra em campo com a ideia certa: rebentar com esses gajos. Mostra ao Braga que estamos cá para limpar isto. E não te esqueças que vais ter um país inteiro a torcer por eles. Afinal, Braga é terra de padres, não é?…

Sou quem sabes,
Jorge

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A Culpa é do Cavani – Jornada 5 – You look like Guardiola

Mais uma vez reuni-me com o Jorge Vassalo do Porto Universal e o Paulo Silva da Tasca do Silva, desta vez remotamente para conseguirmos estar à conversa em condições. O rescaldo dos três primeiros jogos, numa edição que finalmente teve uma duração decente, apesar de condicionada pelos passeios do Silva que obrigaram à inauguração da versão Cavani à distância. Muita conversa sobre o Marega, os empréstimos, as caralhadas do Jorge Sousa e técnicos de frigoríficos. E o Guardiola, pronto. Estranha forma de vida, amigos…

Todos os episódios anteriores estão no site e no feed RSS, pelo que como de costume amandem as vossas postas para [email protected]!

Link para a página principal do podcast: A Culpa é do Cavani
Link para o quinto episódio: Jornada 5 – You look like Guardiola
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Jornada 5 – You look like Guardiola

O rescaldo dos três primeiros jogos, numa edição que finalmente teve uma duração decente, apesar de condicionada pelos passeios do Silva que obrigaram à inauguração da versão Cavani à distância. Muita conversa sobre o Marega, os empréstimos, as caralhadas do Jorge Sousa e técnicos de frigoríficos. E o Guardiola, pronto. Estranha forma de vida, amigos…

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