A Culpa é do Cavani – Jornada Especial Champions 2017/18 #2 – Je Suis Silva

Depois de um excelente triunfo no terreno do Mónaco, os Cavanis analisam, escalpelizam e partem aos pedacinhos o jogo e a forma como Sérgio geriu a equipa, o plantel, a profundidade e a estratégia. Foco nos nossos ex-moços, nos actuais moços, nos novos moços e nos que pensávamos que ainda eram moços. Este episódio é ainda notável pela mudança de paradigma no pessimismo Vassálico que está transformado em optimismo Sílvico, o homem que adivinhou que o Layún iria colocar o seu nome na lista dos marcadores. Ainda houve tempo para antecipar o jogo grande de Domingo em Alvalade e para mais um rant do Vassalo contra a merda dos media.


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Jornada Especial Champions 2017/18 #2 – Je Suis Silva

Depois de um excelente triunfo no terreno do Mónaco, os Cavanis analisam, escalpelizam e partem aos pedacinhos o jogo e a forma como Sérgio geriu a equipa, o plantel, a profundidade e a estratégia. Foco nos nossos ex-moços, nos actuais moços, nos novos moços e nos que pensávamos que ainda eram moços. Este episódio é ainda notável pela mudança de paradigma no pessimismo Vassálico que está transformado em optimismo Sílvico, o homem que adivinhou que o Layún iria colocar o seu nome na lista dos marcadores. Ainda houve tempo para antecipar o jogo grande de Domingo em Alvalade e para mais um rant do Vassalo contra a merda dos media.


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Baías e Baronis – AS Monaco 0 vs 3 FC Porto

foto retirada do MaisFutebol

Acabei de comer uma fartura, porque se há dia em que posso esquecer um pouco as dietas e as restrições é hoje. É uma boa noite, é uma excelente noite, é uma noite em que o FC Porto se engrandeceu perante um adversário valioso, em que num jogo em que era necessário lutar, correr, suar mas acima de tudo ser inteligente e eficaz, a equipa saiu com o peito cheio e um sorriso enorme, mesmo que a língua esteja de fora. Foram bons, bravos, brilhantes e bencedores (não me lixem que eu não conseguia estragar a aliteração). Hoje os B&Bs são todos em formato semelhante, com ênfase particular nas duplas, vamos a isso:

(+) A dupla da frente. Não há muito a dizer sobre o jogo destes dois rapazes, que são claramente os reforços do ano para a equipa e que não contavam para o treinador anterior. Shame. E shame também para mim, por não perceber nada de bola, porque se Aboubakar já tinha mostrado que tinha qualidade para este nível, também Marega se junta a ele numa simbiose que não só sentou Soares no banco como parece ir melhorando a cada jogo que passa. Não se pode pedir a Marega que faça coisas que não sabe (seria tão cruel pedir-lhe que controle uma bola aérea com os pés como dizer ao Otávio para ganhar um ressalto ao LeBron James), mas o grande Moussa faz duas assistências para golo depois de olhar para o jogo e ver a posição do colega (como me disse um amigo depois do jogo, rematando com um sintomático “oh meu deus”) para lhe colocar a bola na perfeição. Enquanto durar a onda louca de produtividade destes dois moços, podem ficar em campo até apagarem as luzes.

(+) A dupla de trás. Um jogo quase impecável dos centrais pela maneira prática e rija com que encararam os lances, especialmente tendo em conta que Falcao teve apenas duas oportunidades de golo durante todo o jogo. Felipe melhor que em jogos passados, mais prático e menos brincalhão, ao passo que Marcano mostrou a tranquilidade do costume, atirando para longe as bolas perigosas com tolerância zero ao quadrado para parvoíces.

(+) A dupla de Sérgios. Oliveira pelo que fez, Conceição pelo que o pôs a fazer. Surpreendeu-me a entrada do 27 no onze, como terá surpreendido toda a gente que viu a equipa inicial, até porque decerto terá trazido memórias de tempos passados, como Oliveira a introduzir o novato Costa em Old Trafford ou Jesualdo a adaptar Nuno André Coelho em Londres frente ao Arsenal. Deve haver qualquer coisa com médios centros portugueses que faz com que os treinadores tomem essa opção com tal frequência, mas adiante. Surpreendeu-me ainda mais a mudança de estratégia porque, por preconceito ou cinismo, assumi que Sérgio Conceição iria manter a ideia do 4-4-2 mesmo na Europa. Mas provou que consegue adaptar o seu conceito e assim privilegiar o esquema em detrimento dos nomes, fazendo com que jogadores diferentes consigam ocupar as posições necessárias sem que se notasse decréscimo de qualidade, desde que conseguissem identificar-se bem com as ideias. E Sérgio Oliveira, contra todas as minhas expectativas, conseguiu-o bem, jogando simples, rodando a bola com critério e quase assistindo Marega para golo num passe a quarenta metros e quase marcando outro num remate à entrada da área. Gosto que a estratégia vença e os jogadores sirvam para a cumprir, mesmo que não ache o futebol mais bonito de sempre. Mas está a conseguir resultados e isso é o mais importante.

(-) A dupla substituição. Imediatamente depois do maravilhoso segundo golo e daquela jogadona 100% africana, Sérgio opta por tirar dois dos jogadores mais importantes até então (o motor e o marcador) e mete em campo outros dois rapazes, mudando algumas posições e introduzindo frescura na equipa. Mas pareceu-me ter sido precipitada tendo em conta a vontade com que o Mónaco rompeu pelo nosso meio-campo e se aproximou da área de uma forma consecutiva sem que tivéssemos tido grande tempo para respirar, especialmente com dois homens com vontade mas ainda sem o ritmo de jogo impresso no cérebro. Podem dizer que é uma prova de confiança total nos jogadores que entraram, mas eu digo que teria sido melhor esperar um ou dois minutos e começar as substituições com calma. Bastava um golo naquela altura e a equipa podia ter sofrido bem mais do que sofreu.


Nada está ganho mas deixou de estar tudo perdido. O próximo jogo na Alemanha é tão ou mais importante que este e há que ter a mesma atitude e o mesmo empenho porque esses, tais como os franceses, vão ter de dar tudo o que têm. E nós também.

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Ouve lá ó Mister – Mónaco

Camarada Sérgio,

Vamos passar um pano por cima da primeira jornada da Champions, esquecer tudo o que aconteceu no primeiro jogo e começar de novo hoje à noite no estádio que tem o nome da nossa icónica ponte se tivesse de ser refeita? Era o que muita gente queria mas eu vou ser diferente. Assumamos o nosso primeiro resultado como um falhanço, não redondo mas quase, e partamos para a próxima etapa com determinação e vontade de vencer. Temos é de ter a consciência que se apanharmos na pá neste jogo, por muito equilibrado que o grupo possa ser e ficar, começamos a ver a vidinha bem complicada para conseguirmos o apuramento para os oitavos e o apuramento para os oitavos equivale a mais guito nos cofres e mais guito nos cofres pode ser a diferença de termos de vender meia equipa pró ano. Uff.

Por isso, meu caríssimo mister, põe os teus homens na linha e faz com que esqueçam os turcos e se foquem nos franceses. Ou talvez seja mais indicado falar no colombiano, nos portugueses e no resto da comandita toda que por lá anda a ganhar muito bem e a jogar melhor. Não te amedrontes que estes gajos não são nenhuns violadores de búfalos, mas são jeitosos e temos de estar em dia bom para lhes ganharmos. Faz com que eles pensem exactamente o mesmo de nós e venham de lá esses três pontos!

Sou quem sabes,
Jorge

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A Culpa é do Cavani – Jornada 10 – Josué, o nosso Pikachu

Os Cavanis voltaram a estar juntos na mesma sala! É verdade, caros saudosistas, com direito a combóio e tudo! E aproveitamos a proximidade para uma análise do pós-Portimonense feita por dois terços dos Cavanis, já que o Silva não conseguiu ver o jogo e esteve contra as nossas opiniões apenas por uma questão de princípio e não pelo que viu. Muito amor pelo Brahimi, algum pelo Herrera e pelo Marega, naquele que foi um dos episódios que atravessou mais épocas em termos de análise, regressando aos tempos de Adriaanse e culminando com a escalpelização que todos esperavam: o plantel de Paulo Fonseca era feito de “tremoços” ou jogadores a sério? E atenção, Josué, se nos ouvires, nada contra ti, rapaz. Pikachu é um termo carinhoso! Para terminar, uma mini-antevisão do jogo de Alvalade e a chatice da Rádio Renascença e de Fernando Gomes (o da Federação) não terem vergonha.

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