Ouve lá ó Mister – Boavista

Camarada Sérgio,

Escrevo-te com as beiças mais caídas que o Mário Soares nos últimos anos, rapaz. Depois de uma semana em que andei a tentar pontapear uma gripe com a mesma facilidade com que o Galeno controla uma bola pela relva, acabo de tomar o terceiro comprimido do antibiótico a que tive de recorrer para mandar esta merda desta bactéria abaixo e ainda deve ter sobrado alguma coisa para o vírus, que se foi abatendo com um ou outro camião de benuron e brufen e coisas do género. E não estou em condições de ir ao Bessa e desfazer-me todo, arriscando ainda por cima contagiar metade do povo à minha volta.

É então com muita tristeza que te digo: não vou ao estádio do clube da rotunda.

Sendo assim, como não terás a tremenda vantagem de me teres ali à tua esquerda na bancada do topo norte, peço-te que dirijas todas as tuas energias e as energias dos teus moços para ganharmos o jogo. É essencial continuarmos a vencer e é especialmente essencial ganhares isto. Sabes tão bem como eu o tipo de derby que cá temos e o gozo que dá bater naquela malta, por isso ajuda a criar a aura de campeão que todos esperamos conseguir vislumbrar num futuro próximo e triunfa perante o mal de xadrez. Se não o fizeres por ti, que seja por mim, que estou doentinho! Viril e pujante à homem…mas doentinho.

Sou quem sabes,
Jorge

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Baías e Baronis – FC Porto 0 vs 0 Leixões

foto roubada ao zerozero

É um tipo de jogos que me chateia porque vemos sempre uma equipa a tirar o pé (a nossa) e outra que mete o pé a tudo (a deles), porque a disparidade de motivação é tão grande que se torna evidente em campo. E o que se nota ainda mais é que treinadores atrás de treinadores, cada um com graus variáveis de sucesso, não têm conseguido transmitir aos jogadores aquela coisa do “são todas para ganhar”. Não são e foi óbvio que não são, apesar da equipa ter tentado e lutado para que conseguisse sacar os três pontos, a forma como o fez foi desinteressada, pouco estratégica e demasiado lenta. Vamos a notas:

(+) Felipe. Não foi por ele que empatámos o jogo, porque o capitão de equipa tentou tudo que pôde para levar a equipa à vitória. Foi o que se mostrou mais inconformado com a forma como o jogo estava a decorrer e se há uma coisa que podemos tirar deste jogo foi a vontade de mostrar que há liderança em campo.

(+) Hernâni. Sim, é verdade, uma nota positiva para Hernâni. Porque o rapaz tem tudo para dar certo, tem velocidade, joga com os dois pés, é ágil e consegue rematar de longe. Só lhe faltam duas coisas: acalmar a jogar (o Galeno pode ir fazer a mesma aula de Yoga, também ganhava com isso) e apontar para a baliza. O resto…não está mal para um gajo que eu pensei no início do ano que nunca ficaria no plantel.

(-) Sei lá. Quase tudo? Há anos que se repete a mesma coisa e eu não tenho cada vez menos pachorra para isto. Lembram-se do Alex Sandro e da forma como ele se passeava em jogos da Taça da Liga? E esse é só um dos exemplos que me lembro, porque vejo muita malta com atitude suficiente, mas pouco mais. Vejo demasiado empenho em manter a integridade física e em não lutar a 100% pelas bolas todas. Vejo, também, uma tremenda ineficácia posicional, para lá da capacidade concretizadora que me dá uma urticária como nem imaginam. Esta é uma competição que tem regras mais obscuras que aquelas que a minha filha impõe aos bonecos dela (“não podes dar beijos na barbie senão ficam logo casados!”) e se estamos a pensar em rodar o plantel aqui, integram-se elementos titulares e alternativos de uma forma interessante, mas nunca se conseguiu criar uma dinâmica que a equipa consiga entranhar e viver com mentalidade de vencedor.

(-) Otávio Vamos todos olhar para Otávio. Vamos todos olhar para um jogador que ainda não percebeu que não vai conseguir jogar a titular da mesma forma que o faz quando sai do banco. Um homem que perde aí uma bola por minuto e só está em campo 60 minutos. Gostam do moço? Fixola. Mandem-no começar a jogar futebol, fazem favor.

(-) A pontaria Estive aqui a discorrer shakespearianamente durante uns minutos mas a verdade é que se apenas uma bolinha tivesse entrado, o tom da crónica seria semelhante mas os pontinhos tinham ficado c’a gente. Pá, não é possível falharem quase todos os remates, não é ACEITÁVEL que a maioria das bolas vão parar à bancada e é ainda menos aceitável não acertar na baliza com remates na pequena área. NA PEQUENA ÁREA, PORRA!!! Juro que gostava imenso de um destes dias passar no Dragão e ver um ou outro jogador a dar voltas ao estádio pela parte de fora, descalço, com uma boombox nos ouvidos a tocar Mantovani e apenas vestindo um top a dizer: “EU FALHO REMATES. EU SOU FEIO. EU SOU MUITO, MUITO FEIO.”. Qualquer que seja o treino específico, algo tem de ser feito, porque a falta de motivação não explica a diferença entre os seis golos de sábado e a pobreza de hoje. Se explica, ainda pior.


A somar a um jogo de trampa, estou doente e todo rebentadinho. Andei a dizer todo o dia que parece que fui pontapeado por uma tribo senegalesa mas acho que pediram aos vizinhos para aparecerem e trazerem os amigos. Ou seja, se a crónica estiver pior do que é normal, as minhas desculpas. Reclamações para a merda da virose que se me possuiu a alma ou para o Otávio, depende do que responder primeiro. Aposto na virose, é bem mais eficaz.

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Ouve lá ó Mister – Leixões

Camarada Sérgio,

Buenos dias, compadre! Estamos todos bem dispostos e prontos para arrancar mais uma competição (já é a quarta que entramos este ano e espero não entrar em mais nenhuma!) nesta época que queremos que acabe em grande, pelo menos ao nível a que começámos. E para isso não há que desistir antecipadamente de qualquer uma dessas taças e ligas e coisas, porque já sabes que aqui se entra sempre para ganhar. Se conseguirmos agilizar as opções para dar jeito a todos e ires levando a proverbial auguinha ao moínho, so be it, desenrasca-te da melhor maneira que conseguires e limpa o que puderes. Mas nunca desistir antes de jogar! Jamé!

Se fosse a ti, dava uns minutinhos a três gajos que podem ser muito importantes. O Reyes, porque o Felipe aproxima-se da suspensão e precisamos de um substituto com ritmo; Óliver porque…man, porque é um gajo com um talento enorme e precisamos disso na equipa; e Galeno, para conseguirmos uma alternativa enquanto o Soares recupera da enésima lesão. A sério, um gajo tão grande que se parte tantas vezes seguidas, pá, vê lá isso! Vamos para cima deles! Leixões é sempre um clube a abater, quanto mais não seja pelo amor que nos tem. É rebentá-los já hoje!

Sou quem sabes,
Jorge

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A Culpa é do Cavani – Jornada 13 – Mjölnir

Um episódio particularmente bem disposto do Cavani, como seria de esperar depois da badocha vitória frente aos Lenhadores de Ferreira. Incursões sobre os bons valores da B (já repararam que somos o único podcast no Mundo que cobre o FC Porto B? UM ORGULHO!), ainda o duo Sá/Casillas, o VAR, o Etebo, o trailer do Thor: Ragnarok e o potencial problema do Herrera com sotaques e com preservativos. Anteviu-se também o jogo contra o Leixões e regressou a rubrica fixa, desta vez com o “Worst Of” dos defesas direitos, com duas eleições de enorme nível para o mérdite (era zénite mas em merda. carry on.) do futebol portista. E inaugurou-se o trema nos nomes de episódios. Um trema. Só para verem a elite que aqui fala.

Jornada 13 – Mjölnir


Quem quiser continuar a ouvir pelo site, tranquilo, é só usar o leitor que está embutido no post de cada episódio. Quem ouvir usando uma app, seja iTunes, Podcast Addict, Pocket Casts, Podcast Republic ou tantas outras que por aí andam, pode encontrar o Cavani aqui:

Site: A Culpa é do Cavani
Feed RSS: http://aculpaedocavani.porta19.com/feed/mp3/
iTunes: https://itunes.apple.com/pt/podcast/a-culpa-%C3%A9-do-cavani/id1276400376 ou através da store
YouTube: https://goo.gl/QH46Ux
PlayerFM: https://player.fm/series/a-culpa-do-cavani-1512907
Stitcher: https://www.stitcher.com/podcast/jorge-bertocchini/a-culpa-e-do-cavani

Todos os episódios anteriores estão no site e no feed RSS, pelo que como de costume amandem as vossas postas para [email protected]!

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Jornada 13 – Mjölnir

Um episódio particularmente bem disposto do Cavani, como seria de esperar depois da badocha vitória frente aos Lenhadores de Ferreira. Incursões sobre os bons valores da B (já repararam que somos o único podcast no Mundo que cobre o FC Porto B? UM ORGULHO!), ainda o duo Sá/Casillas, o VAR, o Etebo, o trailer do Thor: Ragnarok e o potencial problema do Herrera com sotaques e com preservativos. Anteviu-se também o jogo contra o Leixões e regressou a rubrica fixa, desta vez com o “Worst Of” dos defesas direitos, com duas eleições de enorme nível para o mérdite (era zénite mas em merda. carry on.) do futebol portista. E inaugurou-se o trema nos nomes de episódios. Um trema. Só para verem a elite que aqui fala.


Quem quiser continuar a ouvir pelo site, tranquilo, é só usar o leitor que está embutido no post de cada episódio. Quem ouvir usando uma app, seja iTunes, Podcast Addict, Pocket Casts, Podcast Republic ou tantas outras que por aí andam, pode encontrar o Cavani aqui:

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