Companheiro Nuno,
Não querendo lançar mais pressão do que aquela que já deves estar a sentir, mas este jogo tem alguma importância. Tu sabes disso e não haverá nada que te possa dizer aqui nestas linhas que te possa elevar o nível de concentração e de empenho que tu e os teus terão de mostrar quando os cabrões dos italianos entrarem em campo e vos olharem direitinho nas pupilas com fome de Champions e vontade de nos mandarem abaixo. Tens de ser um pré-Huno para arranjares as coisas de tal maneira que quando lá formos para o jogo da segunda mão poderes ser um Huno a entrar por ali dentro a rebentar aquela treta toda como o Aníbal aqui há coisa de dois mil anos. Com menos elefantes e um bocadinho mais de troca de bola a meio-campo, mas o princípio é o mesmo: bater em romanos.
Para continuar a metáfora, neste jogo tens de ser Asterix, Obelix e outros “ixes” que te lembres. “Ils sont fous, ces Romains!”, certo? Estes gajos não sabem com quem se metem e nem com Tottis nem Naiggolans nem sequer com De Rossis cá vêm buscar o que quer que seja. Entra lá com o Andressilvix, o Coronacorix e o Danilipovix, inventa os apelidos todos que soem vagamente a gaulês (meio celta, meio francófono, pronto) e entra em campo com vontade de lhes enfiar um tento nos queixos que até lhes mande o capacete ao ar. E já agora, se puderes, não sofras baixas. Golos, perdão.
Sou quem sabes,
Jorge