Obrigado, Nuno!

Esta apanhou-me de surpresa. Nuno foi um digno jogador e um ainda mais digno representante do nosso clube. Deu o que tinha a dar e acaba por sair numa altura em que estava a começar a ficar provado que não tinha para oferecer ao clube, e principalmente à equipa, muito mais que espírito de balneário e alma azul-e-branca.

No momento de saída, Nuno disse ao site oficial:

«O Futebol Clube do Porto é muito mais que um grandioso Clube, é uma escola de valores como a Lealdade, Fidelidade, Dignidade, Honestidade e Dedicação, que faz de todos os que passamos por esta Casa melhores pessoas. Agradecido pelas palavras do Sr. Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, sinto-me Honrado e Orgulhoso por pertencer à bela história do Futebol Clube do Porto. Sou e serei Porto!»

Pinto da Costa honrou o jogador e o homem:

«O Nuno Espírito Santo fica na história do FC Porto devido à participação em alguns dos feitos mais extraordinários da história do nosso futebol, mas também pelo profissionalismo e pelo espírito de Dragão que sempre encarnou ao longo de todos estes anos. No momento em que decide assumir uma nova etapa, este é um sublinhado que se impõe e ao qual devo juntar os votos de sucesso. O sucesso, de resto, tem estado presente na sua vida no futebol. Em nome do FC Porto, e em meu nome pessoal, quero deixar-lhe um abraço e o nosso “muito obrigado”»

As seis épocas que passou no clube foram recheadas de sucessos e triunfos, desde campeonatos a taças europeias, e Nuno sempre mostrou ser um factor de união e nunca de cisão, sempre colocando a equipa à frente do indivíduo. É destes exemplos que precisamos para o futuro e não vejo no nosso balneário muitos rapazes que lhe possam seguir as pisadas.

Fica a homenagem bem merecida agora que nos deixas, Nuno. Boa sorte para o futuro!

PS: alguém aposta que vai dar um saltinho até Málaga?…

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Beto: O momento da verdade


Há algum tempo que Beto esperava por uma oportunidade para jogar na baliza do FC Porto, se excluirmos o jogo da Taça frente ao Sertanense, que deu para aquecer mas não muito. Tenha sido devido à lesão de Helton no jogo frente ao Marítimo ou por pura opção técnica da parte de Jesualdo numa tentativa de rodar o plantel, Beto tomou o lugar no jogo contra o Chelsea e manteve-o frente ao Rio Ave.

O Grande Pimparel (como poderia ser conhecido tivesse optado pela carreira de mágico) está no momento decisivo da sua carreira. Com Helton a fazer uma boa época mas a ser ainda e constantemente criticado pelos adeptos pelo facilitismo com que encara alguns lances, Beto tem tudo para manter a confiança de Jesualdo. Ontem, frente ao Rio Ave, vi um guarda-redes imperturbável, a agarrar as bolas com confiança e a lançar rapidamente contra-ataques sem inventar, a lançar-se para algumas boas defesas na relva, a mostrar os dotes de impulsão que são tão importantes quando não se têm a altura de outros e a dar confiança à defesa.
Beto tem de mostrar serviço. Queiroz tem Eduardo como titularíssimo da Selecção mas Beto esteve habitualmente entre os convocados, perdendo esse estatuto no play-off contra a Bósnia em função da maior experiência de Hilário. Beto é um bom guarda-redes mas é exactamente nesse ponto que precisa de capitalizar: na experiência. E que sítio melhor para a ganhar que na baliza dos campeões nacionais, com os holofotes sempre apontados a qualquer falha quer no campeonato quer na Champions League?
Gosto de Hélton e não lhe quero mal como muitos colegas meus de Porta, mas talvez tenha chegado a altura de dar hipótese de brilhar a Beto. Se Jesualdo, como é costume, não alinhar pelas minhas palavras e mandar Beto de novo para o banco…não vem mal ao mundo. Mas admito que estou a gostar do que vejo, e Beto, para se afirmar a sério, precisa de um teste de fogo. Aí sim, vamos ver se Beto é o Fernando que ano passado “apagou” a Luz, ou se é um Costa que em 1997 foi “apagado” em Manchester…
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Baías e Baronis – Época 2008/09 – Nuno


NUNO

É já um símbolo do FC Porto. O que é dizer muito de um jogador que em 4 épocas (espaçadas no tempo) em que jogou no clube e onde foi sempre campeão, disputou menos de 30 jogos. Ainda assim esteve sempre disponível para jogar, nunca reclamou, nunca foi uma voz dissonante e representa um bom elemento aglutinador de balneário e ajusta-se perfeitamente ao tipo de segundo guarda-redes que deve existir num plantel, quanto a mim. Um homem experiente, que pode jogar sob pressão sem a sentir e que não sendo brilhante consegue dar garantia de qualidade em caso de ausência do titular. Deve continuar e se possível terminar a carreira de dragão ao peito.
VEREDICTO: BAÍA
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