A resposta está abaixo:
De todos os jogadores que acompanhei nos meus primeiros passos nas bancadas das Antas, Ion Timofte era o que me dava mais prazer. Um génio no passe, não era daquele tipo de gajos que brincava com a bola como queria, nem era lutador como tantos homens que passaram pelo nosso clube. Era classe, era nível, era uma capacidade inacreditável de colocar a bola onde queria, no momento que era necessário, fosse à distância que tivesse de ser. Passes de quarenta, às vezes cinquenta metros, eram tradicionais nos pés do romeno, que marcava livres directos como poucos e que teve a honra (pois claro que sim) de ser um dos poucos jogadores que me lembro de aplaudir quando nos visitou com uma camisola de outras cores, na altura em que jogava pelo Boavista. Um nome que nunca esquecerei e que sempre respeitei.
O Marco Sousa colocou o seguinte comentário que vale a pena reler para voltarem vinte e dois anos atrás no tempo em condições, como se estivessem num DeLorean azul-e-branco:
“Essa foto é de 1991 quando ganhámos o troféu Teresa Herrera, que teve a particularidade de ser a 1ª vez que o troféu era feito em ouro.
Ganhámos na final ao Depor por 1-0 com golo de Aloísio após termos vencido o Real Madrid por 2-1.
Outra curiosidade foi o cachet de 15 milhões de pesetas terem sido passados em cheque não bancário, avulso, sem nome do titular da conta e que Pinto da Costa fez questão antes da final de receber um cheque normal ou em cash senão não comparecíamos.
Conclusão, trouxemos o troféu em ouro e uma saca com os 15 milhões! :)”
Entre as tentativas falhadas que o povo fez para acertar no nome do moço:
- Domingos – Era a hipótese alternativa com mais força pela fisionomia e a presença habitual no ataque ao lado do gajo teoricamente à sua direita. No entanto, tendo em conta que Mihtarski ali aparece no onze, a quota de dois avançados naquela táctica de 5-3-2 de Carlos Alberto Silva já estava completa. Não sei se o rapaz estava lesionado ou se foi simplesmente por opção do treinador, mas a verdade é que não era ele;
- Folha – Tendo em conta a posição que faltava na equipa que está representada na equipa (médio/ala esquerdo), o António “Richard Gere” Folha ganharia consistência…mas era bem mais pequeno que o romeno…;
- Liedson – O levezinho ainda nem devia andar a repor latas de feijão num qualquer supermercado brasileiro…nem imaginava que ia passar tantos anos em Portugal…;
Disse que era fácil porque ao verem o Teresa Herrera ali na relva, numa altura em que os troféus amigáveis ainda tinham algum significado, pensei que se lembrariam da única vez que o vencemos e fossem rapidamente procurar o onze que jogou a final. Enfim, o primeiro a adivinhar (yet another surprise fucking surprise) foi o Dragão de Coimbra, às 7h53. Desta vez em forma de pergunta, com menos assertividade do que é normal…estás a fraquejar, meu caro!
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