Baías e Baronis – FCP vs Rio Ave








(foto retirada do MaisFutebol)


Passei pelo Dragão a caminho de casa e fiquei na dúvida se o jogo seria cá ou em Vila do Conde. Afinal parece que era mesmo na Invicta e o ambiente é que era fraquinho. Tal como o jogo. Apesar da falta de interesse (incluo-me nas pessoas que optaram por não ver o jogo ao vivo) que esta 2ª mão das meias-finais da Taça de Portugal despertou, acabamos por ter algumas notas positivas no meio do habitual aborrecimento que é ver o actual FC Porto jogar. Siga para notas:

BAÍAS



(+) Valeri. Entrou muito bem no jogo e continuou bem na 2ª parte. Pareceu ocupar confortavelmente o espaço habitual de Raul Meireles mas ainda terá de trabalhar muito mais para conquistar um lugar na equipa. Com notícias que ficará mais um ano ligado ao FC Porto, fico à espera para ver mais do argentino.
(+) Addy. É aquilo que estava à espera. Com vontade de jogar e fazer as coisas simples, é o típico lateral africano, com velocidade e empenho, a atacar bem melhor que a defender, mostrou que precisa de mais ritmo e mais minutos nas pernas para se aperceber da melhor forma de jogar em campeonatos que exijam um pouco mais que o dinamarquês. Cresceu durante o jogo, fez o público gostar dele (o que, convenhamos, não é fácil de conseguir no Dragão) e pode ser um bom jogador para o futuro.




(+) Beto. Esteve muito seguro na baliza, com várias defesas e saídas a cruzamentos que deram segurança ao sector defensivo. Questiono-me se ainda terá hipótese de fazer parte da convocatória de Queiroz para o Mundial, não como primeira escolha mas como credível alternativa a Eduardo.




(+) Guarín. É raro “Baiar” este rapaz, mas hoje mereceu, em exclusivo pelo golo que marcou, já que nos 20 minutos que esteve em campo pouco mais fez para merecer nota acima da média. Mas o remate com que fez o 2-0 foi simplesmente extraordinário, digno de figurar no filme com os melhores golos do ano. Se ao menos fizesse outras coisas com o mesmo nível…


(+) Falcao. Comparar Falcao com Farías, como fiz no início da temporada, é uma parvoíce. No pouco tempo que esteve em campo, apesar de alguns passes falhados, mostrou o que deve ser um ponta-de-lança a sério, a aparecer nos locais exactos para finalizar e a criar espaço para dominar a bola e arrastar os defesas. Excelente.

BARONIS

(-) Ritmo do jogo. Sei que era um jogo que se previa tranquilo e que o resultado da primeira mão quase decidiu a eliminatória a meio, mas os primeiros 45 minutos foram lentos e relaxados em demasia. Para os adeptos que lá foram deve ter sido uma bela duma seca, não fosse a chuva que ia caindo.

(-) Hulk. Assim não, Givanildo! A malta enerva-se contigo, Givanildo! Então um gajo elogia-te durante tanto tempo e depois entras em campo a olhar para baixo e a tentar fintar o relvado? Não pode ser, rapaz, é pouco para o que vales, é pouco para o que já mostraste e é pouco para o que exigimos de ti.

(-) Farías. Grandes penalidades falhadas são (quase) sempre culpa do jogador que a aponta.


Um jogo que deu pouco trabalho e que mostrou que o FC Porto pode ser eficaz quando quer. Os últimos 20 minutos foram bem jogados, com o Rio Ave a tentar atacar para marcar um golinho e o FC Porto a marcar em quase todas as vezes que chegou perto da baliza adversária. Que seja um resultado idêntico contra o Chaves na final da Taça!

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Baías e Baronis – Rio Ave vs FCP






(foto retirada do MaisFutebol)


Quando saí de casa ontem pelas 20h30, deixei o jogo a gravar para ver quando chegasse. A noite estava excelente, quente e convidativa, e quem tinnha planos extra-futebol decerto não lamentou a opção. Ainda assim, quando regressei ao conforto do lar pus-me a ver o jogo, já sabendo o resultado final. O sacrifício que fiz para aguentar 90 minutos da miséria futebolística que teve lugar ontem em Vila do Conde, meus amigos, foi grande. O FC Porto jogou mais uma vez sem grande discernimento, com empenho mas pouca inteligência, fruto de, creio, alguma desmotivação (incompreensível) e de um jogo extra-agressivo da parte dos jogadores do Rio Ave. Siga para notas:

BAÍAS
(+) Helton. E lá vai o terceiro Baía para Helton, o homem que ontem garantiu pontos para o FC Porto. Digo pontos porque o Rio Ave teve mais que uma oportunidade clara de golo que o brasileiro negou com classe e elasticidade, sempre mantendo a defesa segura e as redes invioláveis. Excelente numa defesa na relva, com uma estirada providencial.
(+) Farías. Entrou e, como de costume, marcou. A produtividade do Ernesto é qualquer coisa que devia ser estudada por teóricos estatísticos, tal é a marca que atinge em termos de rácio golo/minutos de jogo. Continuo com a minha opinião bem vincada: Farías é esforçado mas até pode marcar 8 golos ao Barcelona em Nou Camp…continuo a dizer que não podemos depender dele como avançado principal para o nosso clube e é caro demais para estar ao banco. Ainda assim o golo foi bom e deu muito jeito!
(+) Hulk. Não estando ao nível dos últimos dois jogos, provavelmente pela lesão que sofreu no aquecimento, louvo a capacidade de se manter calmo e não-confrontacional perante as entradas muito duras que ia sofrendo consecutivamente por parte dos jogadores do Rio Ave. Manteve a calma durante o jogo todo, quase que marcava na melhor jogada do encontro depois de se entender bem com Meireles (ou Ruben, lá está uma desvantagem de ver o jogo às quatro da manhã…) e foi de uma forma geral o melhor jogador do meio-campo para a frente.

BARONIS

(-) Laterais do FC Porto. Um jogo para esquecer tanto para Miguel Lopes, de regresso aos Arcos, e para Álvaro Pereira. Estiveram todo o jogo distraídos, com pouca concentração nas tarefas defensivas e pouco eficazes no ataque. Miguel Lopes continua a ser agressivo em demasia quando não tem necessidade de o fazer, e Álvaro podia ter originado dois golos depois de falhas defensivas intoleráveis.

(-) Cobertura do meio-campo defensivo. Mais uma vez conseguimos ver a equipa adversária a subir no terreno como quer sem encontrar problemas da nossa parte. Acho fantástico como é que os jogadores do FCP se “cravam” no terreno, fixando posição em vez de rodar numa cobertura zonal, fazendo pressão quando a bola entra na área que estão a tentar defender. É confrangedor.


(-) Agressividade exagerada. Hulk levou, sem exagero, 4 patadas nos pés, todas elas sem dúvida deliberadamente para acertar no avançado do FC Porto. Não me parece que as entradas fossem totalmente orientadas a lesionar o rapaz, mas que levavam um selo intimidatório do estilo “vê lá se não corres muito senão apanhas com o pitãozinho no ossinho”, lá isso levavam. O árbitro deu alguns amarelos mas houve lá algumas que mereciam um bocadinho mais.


Não há muito mais a dizer sobre este jogo, muito longe de ter sido memorável. Foi fraco demais, mal jogado, com trocas de bola desinteressantes, poucos lances de perigo e, no fundo, safou-se o resultado. São 3 pontos, sempre positivos quando o adversário directo ganhou os mesmos pontos, e a recuperação de Farías pode dar jeito no final da temporada, já que creio que o rapaz terá mais 5 jogos (a correr bem, 6) para mostrar serviço. Quarta-feira apanhamos o Rio Ave de novo, desta vez no Dragão. Cheira-me a poupança…

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Baías e Baronis – FCP vs Marítimo



(foto retirada do MaisFutebol)


Quem se atrasou na entrada para o estádio, talvez para fugir à chuva ou até porque estava a comprar umas amêndoas de última hora para o almoço Pascal, terá estranhado que aos 29 segundos o Marítimo estivesse na frente. Apesar desse percalço, o FC Porto recuperou bem e acabou por vencer com justiça, pese embora a quantidade enorme de lances de perigo perto da nossa baliza, quase todos encontrando um Helton seguro. Destaque da noite, principalmente Falcao pelos golos (o primeiro então, meus amigos, valeu a pena) e Hulk, com uma exibição muito boa. Adelante a las notas:

BAÍAS
(+) Falcao. O primeiro golo é uma obra de arte. Com um movimento que teve tanto de leve como de perfeito, o colombiano fez um pontapé de bicicleta de levantar o estádio, aparecendo na zona fulcral, na primeira clara oportunidade de golo, a marcar pontos na luta pelo melhor marcador do campeonato, somando mais um tento na segunda-parte. É uma mais-valia na equipa, sem dúvida, pela luta e pela eficácia, algo que não parecia ter no início do campeonato.
(+) Hulk. Aquela jogada em que desfaz o defesa-esquerdo do Marítimo e arranca um balázio que Peçanha ainda deve estar a lamentar o calor nas mãos com que ficou depois de o defender…seria um golo de antologia. Não entrou esse mas entrou outro, mais banal, ao contrário do rapaz que o apontou. Hulk mostrou que nestes jogos contra equipas mais pequenas, com defesas menos habituados a marcar jogadores de força e velocidade como ele, é muito importante e é daquele tipo de jogadores como Ronaldo e Messi, que não podem sair do jogo porque a dada altura podem criar desiquilíbrios que decidem uma partida. Hulk está de volta, e este Hulk parece diferente do que vimos no primeiro terço do campeonato. Está confiante, joga com alegria e assim é muito mais útil.
(+) Helton. Segundo Baía seguido para Helton, depois da boa exibição no Restelo, a mostrar que continua a ser a melhor opção para a baliza portista. Algumas defesas em bom estilo, incluindo uma que aposto que ainda está a pensar como é que a bola foi ter direitinha a ele, mas o que mais fica na retina são as bolas que, ao contrário de outros tempos, agarra tranquilo. Continua a falhar um pouco na reposição para o contra-ataque…mas não é o único culpado, já que a maioria da malta parece ficar apática à espera que Helton coloque a bola directamente na baliza adversária…

BARONIS

(-) Fernando. A época de 2009/10 está a ser bem mais fraca que a anterior, e isso reflecte-se no jogo da equipa. Fernando parece mais apático e acima de tudo bem mais nervoso, como hoje se viu no lance do golo do Marítimo, onde entregou o proverbial ouro ao bandido ainda durante o primeiro minuto de jogo. Levou um amarelo por uma falta ridícula, em que todo o estádio se apercebeu que o brasileiro ia entrar a varrer, o que condicionou a actuação durante o resto do jogo. Continua a ter grandes dificuldades em fazer passes verticais e se não fosse o facto de ser o único trinco natural do plantel, já merecia descansar uns joguitos. Continua a ser um bom jogador mas sem ter a cobertura que Meireles lhe dava no ano passado, Fernando perde bastante na ocupação de espaços e no comando do meio-campo defensivo que, convenhamos, não tapa os espaços como devia…

(-) Cobertura do meio-campo defensivo. …e depois é o que se vê. Qualquer pessoa que vê um jogo do FC Porto rapidamente se apercebe do espaço que os jogadores adversários têm para jogar dentro do nosso meio-campo. É absurdo que possamos deixar os oponentes galgar terreno à vontade, metros atrás de metros percorridos sem um semblante de pressão defensiva, sem uma tentativa séria de interceptar a bola, com a linha defensiva a recuar constantemente e o meio-campo, mal posicionado, a deixar jogar. A táctica que Jesualdo tem usado nos últimos jogos, um híbrido de 4-5-1 a defender e um 4-4-2 assimétrico a atacar, deveria ajudar a cobrir a defesa, aliás como se viu razoavelmente bem contra o Belenenses, mas o que de facto aconteceu hoje foi que depois da saída de Meireles, o nosso meio-campo ficou entregue a Fernando (muito próximo dos centrais), Guarín (no mundo do lá lá lá como de costume) e a Belluschi, que corre muito mas nunca no sítio certo. A entrada de Tomás Costa não ajudou, e Valeri então nem se fala. É o factor mais importante a corrigir actualmente no FC Porto, bem mais que as subidas destravadas de Miguel Lopes ou a ausência de apoio a Falcao no centro do ataque.


Foi até agora um fim-de-semana tranquilo, tenho pena que o Guimarães não tenha conseguido sacar pelo menos um pontinho em Braga, mas o destino não quis. Continuamos a lutar até ao fim, e hoje vi mais engenho que empenho e mais arte que suor, mas ainda assim vencemos sem grandes preocupações, com eficácia e jogo simples. Tivesse sido sempre assim…

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Baías e Baronis – Belenenses vs FCP


(foto retirada do MaisFutebol)


Naquela que foi uma das melhores semanas da época, esta vitória acaba por ser mais fácil que esperada e o jogo terminou com menos golos do que devia. Jogamos bastante bem, com inteligência e boa ocupação de espaços na zona ofensiva, sem o tradicional golo adversário para nos lixar a consciência e com algumas boas exibições individuais, nomeadamente a de Hulk, que se alheou da clara pressão que iria estar sobre ele e que me deixou apreensivo antes do jogo no Restelo. Estava enganado. Givanildo exibiu-se a grande nível e arrastou o FC Porto para uma vitória sem espinhas, extremamente importante para ainda tentarmos lutar para ir à Champions, agora que estamos a apenas 5 pontos do Braga. Notes:

BAÍAS
(+) Hulk. Melhor produtividade era difícil. Um golo, dos melhores deste campeonato, mais duas assistências (seriam três mas o árbitro invalidou uma jogada legal) para golo e uma constante sensação de pânico na defesa contrária dizem tudo. Hulk regressou em grande, com uma brilhante exibição pautada pela força, garra, vontade de mostrar serviço (também para Dunga) e acima de tudo a passar a bola, algo que raramente se via no brasileiro durante os primeiros meses da temporada. Só espero que continue assim, pelo menos nos 7/8 jogos que nos restam até terminar a temporada.
(+) Rolando. É raro dar um Baía a este moço, mas hoje mereceu-o. Não só pelo golo que marcou mas também pelo bom jogo que fez, cobrindo bem a área onde aparecia Lima e Yontcha, que raramente tocou na bola durante a partida.
(+) Falcao. Continua a parecer um pouco cansado mas a questão é que voltou a marcar e pareceu entender-se bastante bem com Hulk durante todo o jogo. O homem luta imenso durante o jogo e apesar de hoje ter estado menos apoiado pelos flancos, recebeu bastante apoio de Guarín e Ruben na zona central, o que ajudou a não ficar tão longe do meio-campo. É uma pena que o rapaz já tenha 4 golos anulados no campeonato, já estaria a liderar a tabela de melhores marcadores…

(+) Helton. Depois de vários jogos afastado da equipa voltou em grande com excelentes defesas e a mostrar uma segurança que deixou a malta da defesa sem preocupações. Continua a ser um mal-amado mas sinceramente mantenho-me na minha convicção que é o melhor guarda-redes do plantel e que Beto, apesar de ter qualidade, não consegue destronar Helton quando o brasileiro está de cabeça tranquila e não se põe a inventar muito. Não percebi o comentário negativo que vem no Público, mas enfim, por isso é que tento não ler as crónicas de outros sites antes de escrever a minha…

(+) Guarín. Não fez um grande jogo, parece-me evidente. Mas não inventou muito, o que já é bom; tentou rematar várias vezes, o que não é mau; principalmente equilibrou o meio-campo, dando a força necessária que faltou a Meireles e a Ruben, desgastados na segunda parte. Não saiu e ainda bem, já que estava a ser o melhor médio da equipa. Porra que esta custou escrever.
(+) Tradição. A entrega da coroa de flores a Pepe.

BARONIS

(-) Belenenses. É fraca demais para ficar na Liga Sagres e acaba por ser uma equipa com quem não percebo como empatamos no Dragão e chegamos aos 30 penalties neste mesmo Estádio do Restelo. Fraca a defender, desorganizada no meio-campo e lenta no ataque, apesar dos fogachos de Lima, talvez o único rapaz que se safe naquela equipa, a par de José Pedro, que aos 31 anos ainda pode jogar noutra equipa com bem melhores argumentos. António Conceição não parece ser capaz de dar a volta ao barco e é daquelas equipas que, com todo o respeito para com os adeptos azuis, espero que desça de uma vez e deixe de fazer sofrer quem gosta de futebol. A coroa de flores para o Pepe vai ter de esperar uns anitos até que o clube volte a mostrar que tem valor suficiente para ficar entre os grandes.


Um jogo em que não dou Baronis a jogadores do FC Porto (ou ao seu treinador) é sempre positivo e como já não acontecia há tanto tempo, é sinal que a colheita foi boa. Voltamos a jogar no Dragão no próximo Sábado e temos em perspectiva um Braga vs Guimarães que nos pode trazer ainda mais sorrisos caso o Vitória se lembre de lá ir ganhar. Ah…as saudades de lutar pelo título…

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Baías e Baronis – Rio Ave vs FCP








(foto retirada do MaisFutebol)


Num dia em que o futebol jogado dentro das quatro linhas quase ia passando despercebido, tal foi o reboliço com os ex-castigos de Hulk e Sapunaru, o FC Porto deu um passo importante para disputar a final da Taça de Portugal, no Jamor. Com todas as ausências que se conhecem, entramos com força e com uma dinâmica curiosa no meio-campo, fruto de inúmeras jogadas de entendimento de Ruben e Meireles, que mais pareciam irmãos que jogavam juntos desde sempre. Onde estava esse entendimento nas últimas semanas?…Enfim, o jogo foi disputado a um nível muito acima do habitual desta época, com boas jogadas ofensivas, poucas falhas na defesa e um sentimento no final da partida que há muito não tinha: ganhámos bem.

BAÍAS
(+) Ruben. Um golo e duas assistências. Só estas estatísticas comprovam a influência que o madeirense teve hoje na equipa do FC Porto. O golo foi mais que merecido, especialmente por ser o primeiro de azul-e-branco vestido, mas o que mais impressiona no jogo de Ruben é a constante vontade de jogar futebol, de criar jogo ofensivo, de pautar as movimentações dos colegas, arquitectando jogadas de ataque que passam todas pelos seus pés. Excelente a combinar com Meireles hoje, muito melhor que em outros jogos, e pareceu gostar de jogar na táctica que Jesualdo hoje “inventou”.
(+) Meireles. Onde andava este Meireles? Heim? Raúl? Come out, come out, wherever you are! É este o Meireles que nos habituamos a ver, é este espírito, esta entrega, esta garra a jogar que tanta falta nos tem feito este ano. Marcou um golo importante que nos recolocou na vantagem e acima de tudo foi um elemento chave no meio-campo de 4 (por vezes 5) elementos de hoje. Tal como Ruben, pareceu adaptar-se bem ao esquema com um centro de terreno mais povoado.
(+) Fernando. A diferença vê-se nos pequenos detalhes. Onde Tomás Costa desliza, Fernando não mexe. Quando Guarín falha, Fernando acerta. É titularíssimo, só precisava de estar em melhor forma física para aguentar 90 minutos a sério.
(+) Beto. Esteve muito seguro na baliza, sem culpas no tento do Rio Ave. Defendeu vários remates de longe, incluindo um corte traiçoeiro de Álvaro que ia dando em auto-golo, que palmou para canto, lesionando-se no processo. Gostei da confiança.

(+) Jesualdo. Convenhamos que a tarefa era complicada. Sem Hulk, Varela, Rodríguez e Mariano, com Farías no banco para fazer número e mais alguns rapazes bem cansados, Jesualdo era forçado a inventar uma táctica para acomodar os onze que iam entrar em campo. Fê-lo bem, com uma espécie de 4-1-4-1 que foi enchendo o meio-campo e impedindo ataques pelo centro (a não ser pelo ar), basculando os jogadores para as alas quando era preciso. Muito bem a experimentar quando colocou Miguel Lopes no lado direito do ataque para testar alternativas. O plantel é infelizmente curto em qualidade e ele sabe disso, daí entenderem-se os testes em diferentes posições.

BARONIS
(-) Fucile. Notou-se que está com pouca confiança e não é o Fucile que já foi esta época. Precisava de férias mas como ainda tem alguns meses de competição (e depois o Mundial), lá vai ter de engolir os sapos da sua própria consciência e voltar à luta. Continua a ter entradas arriscadas que lhe valem cartões a mais.
(-) Falcao. Não é uma nota negativa pelo esforço, mas sim pela falta de produtividade quase total, para lá da assistência no primeiro golo. Vê-se que está cansado (pudera!) e começa a notar-se ainda mais no campo, quando já não tem forças para lutar como fazia há um mês atrás.

(-) Belluschi. O argentino não engata. Com o toque de bola que tem acaba sempre por tentar fazer mais do que é preciso e raramente consegue criar perigo, perdendo muitas bolas de uma maneira infantil, quase ridícula para um jogador com alguma experiência. Não entrou mal no jogo mas cedo percebi que ia ser o costume, com muitas falhas e pouco sumo.



Um bom resultado, acima de tudo, porque vencer fora é sempre agradável, mas acima de tudo uma boa exibição. Teve os seus altos e baixos mas em nenhuma altura pensei que não conseguíssemos ganhar o jogo. Está tudo pronto para fazermos um jogo tranquilo no Dragão e passarmos à Final!
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