Baías e Baronis – Chaves vs FCP












(foto retirada do MaisFutebol)


Em primeiro lugar, não foi um grande jogo. Não foi sequer um bom jogo. Foi um jogo à imagem de tantos outros jogos que fizemos este ano, onde fomos lentos e previsíveis e tentamos segurar uma vantagem magra (convenhamos, 2 golos ao Chaves não é muito) com um futebol arrastado e contido. Fomos, no entanto, o contrário do que tínhamos vindo a mostrar nos últimos encontros: perdulários. Principalmente Hulk. No final, contas feitas, mais uma Taça para o futuro Museu, servindo de pouco consolo a uma temporada em que ganhamos 2 troféus. Diz muito acerca de um clube o facto de, vencidos 50% dos troféus em que participa durante uma época, se sente como uma temporada perdida…mais sobre isso depois, agora siga para notas:

BAÍAS
(+) Guarín. Porra, não entendo. Continua a marcar. Com ou sem sorte, beneficiando de guarda-redes foleiros ou ressaltos bem-aventurados, o que é certo é que o colombiano insiste em deixar o seu nome na lista dos marcadores e parece bem encaminhado para ficar no plantel na próxima temporada. Se continuar assim não me importo nada…

(+) Belluschi. O argentino, para lá das rastas que decidiu, vá-se lá saber porquê, adicionar à sua já extravagente proto-cabeleira, esteve em grande. Lutou bastante no meio-campo e jogou sempre com garra e inteligência, mostrando finalmente que pode ser opção, bastando para tal que o esquema seja parecido com este, já que mal a equipa mudou para 4-3-3…quase desapareceu da partida.

(+) Hulk. Falhou golos como nunca (contei 3 só na primeira parte) mas o que é certo é que apareceu quase sempre bem desmarcado pelos seus colegas e a tentar servir Falcao para apontar mais alguns golos. Assistiu o segundo e poderia ter marcado vários mas não teve sorte.
(+) Festa da Taça. O pessoal que se junta no mato do Jamor a assar porcos e a comer presunto com vinho tinto, depois de longas viagens de autocarro até à capital do império, o pessoal que canta efusivamente e até apita agora com o estupor das vuvuzelas da Galp, o pessoal que se diverte e que diverte outros…este é que é o pessoal que devia ir a todos os jogos, com boa disposição e rivalidade saudável. Foi bonito de ver!
BARONIS






(-) Bruno Alves. Não tendo a certeza se o lance da sua expulsão é passível de amarelo, tendo em conta a quantidade de trancadas que os jogadores do Chaves deram durante todo o jogo com algumas a não serem amareladas, até aceito a decisão de Proença. Mais que na expulsão e até aceitando (mais uma vez) que o rapaz do Chaves tenha ajeitado a bola com a mão no golo, o que fica na memória é o desentendimento com Rolando, que se somou a outras que ocorreram durante o jogo. Bruno está claramente a despedir-se da malta e só foi pena que tenha sido neste jogo que quiçá tenha dado os últimos toques na bola como jogador e capitão do FC Porto

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(-) Lentidão e desinteresse pelo jogo. Era um jogo para ganhar, mas seria também uma derradeira oportunidade para estes jogadores mostrarem aos adeptos que podemos contar com eles para a próxima temporada. Compreendo que os “mundialistas” não se queiram cansar nem colocar em perigo a sua integridade física, mas a segunda-parte foi má demais.


Um jogo que só podia ter um resultado, a vitória para o nosso lado, acabou por se transformar num encontro insípido e sem grande interesse para quem, como eu, estava a ver via televisão. Quem lá foi deve-se ter divertido e fechou o pano a uma temporada que, acabando com vitórias, sabe a pouco. Análises e comentários seguir-se-ão, sem dúvida, bem como uma fila interminável de treinadores candidatos ao eventual lugar em risco de Jesualdo…o futuro (próximo) o dirá, até lá há que festejar, afinal vencemos a prova-raínha do panorama futebolístico nacional…eina…

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Baías e Baronis – Leiria vs FCP

Não tendo visto o jogo, graças à excelente box da Zon que me permite agendar as gravações…mas que aparentemente só grava se lhe apetecer, o que não foi o caso no Sábado. Vi apenas um resumo de 8 minutos, por isso não vou sequer atrever-me a falar bem ou mal de quem quer que seja. Do que vi valeu pelos golos de Falcao (ainda que o penalty que deu origem ao segundo ser no mínimo duvidoso) e a continuação da veia goleadora de Guarín. Raios o partam, cheira-me que vai mesmo ficar no plantel…

Enfim, venha de lá a final da Taça!

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Baías e Baronis – FCP vs SL Benfica









(foto retirada do MaisFutebol)


Dirigi-me para o Dragão com sensação de clássico. Creio que nenhum Portista estaria convencido que o jogo seria fácil e acredito que poucos acreditavam numa vitória. Muitos sentiam uma força de vingança, de mostrar em campo que a equipa que temos e que o futebol que mostramos tinha de ser suficiente para vencer o anunciado campeão da Liga 2009/2010, bastando para tal que houvesse empenho, garra e alma portista. Ninguém, decerto, acreditava que iríamos vencer por 3-1 depois de estar a jogar com 10 durante mais de 30 minutos. Ganhámos, com justiça e com suor, num clássico à antiga. Vamos a notas:

BAÍAS
(+) Ambiente (a parte boa). Quem ainda se lembra dos clássicos nas Antas teve de certeza um pequeno flash-back. Foi um jogo tenso, com pressão vinda das bancadas, cânticos constantes, insultos a voar de um lado para o outro, muitos nervos e várias explosões autênticas de alegria e de júbilo com os golos apontados por uma e por outra equipa. Para lá das partes más (com análise abaixo, nos Baronis), foi um Porto-Benfica como devia ser, com apoio total dos adeptos às suas equipas, com fibra e “luta” de incentivos. Deu gosto ver o jogo ao vivo, especialmente para quem vai ao Dragão para ver jogos contra Navais, Rios Aves e Olhanenses, sem intensidade, sem paixão e sem chama. Estes são os jogos que levam a malta a sair de casa e a dirigir-se para o estádio!

(+) Espírito guerreiro. Onde estava esta alma, esta vontade, esta determinação? Se tivéssemos jogado com metade desta força de vitória durante o resto do campeonato não estaríamos agora a lamentar a terceira posição e a fazer contas para perceber se a Liga Europa vai ter alguma piada. Fomos, como disse Jesualdo, heróicos. Houve luta, suor, empenho, chama, tudo que os adeptos há tanto tempo pedem e raramente viram esta temporada. Apareceu na altura certa, mas foi tarde. Valeu o esforço, rapazes.

(+) Bruno Alves. Magistral no lance do primeiro golo, onde voou por cima de Luisão, manteve uma coerência impressionante durante toda a partida, não dando grandes hipóteses a Cardozo. Ao contrário do que tem acontecido noutros jogos “grandes” (como foi exemplo o triste espectáculo que protagonizou no Algarve na final da Carlsberg Cup) esteve impecável nas marcações e abdicou das entradas violentas e excessivamente agressivas para voltar a ser o Bruno Alves que todos queremos, líder, rijo, duro, capitão. De notar que não tentou marcar um livre que fosse. É questão de perguntar: “só agora, Bruno?”
(+) Belluschi. O golo que marcou fica para sempre indelével na memória dos portistas que viram este jogo ao vivo, tal como o de Mariano ao Sporting, também este ano. É um portento de espontaneidade, de garra e de vontade, que mostrou durante todo o jogo, ainda que com poucos resultados práticos. Gostei de o ver a meter o pé aos lances, a lutar e a guerrear com o adversário.
(+) Guarín. Na TSF foi eleito melhor jogador em campo por unanimidade. Não concordo mas admito que não esteve mal, particularmente na segunda parte, já que nos primeiros 45 minutos pareceu um pouco perdido face ao melhor e mais bem entrosado meio-campo benfiquista. Teve azar no remate ao ferro porque seria mais um golo genial. Parece estar a conquistar os adeptos, mas chega tarde e já está no sopé de uma montanha bem alta…


(+) Beto. Mais um belo jogo, com algumas excelentes defesas a remates contrários e uma segurança quase imbatível a sair dos postes para cortar a soco diversos cruzamentos adversários. Continua a marcar pontos para ser escolhido por Queiroz.

BARONIS



(-) Hulk. Mais uma vez mal. É triste ver potencial a ser desperdiçado e no caso de Hulk volto a bater na mesma tecla (calma, Farías, não é para ti). Distraído, lento e desesperadamente ineficiente, continua a cometer os mesmos erros que mereceu diversos Baronis aqui na Porta 19. Tem muito que crescer.



(-) Dualidade de critérios de Olegário. Quando o Dragão se levanta a clamar justiça pelas sucessivas simulações de Coentrão e Di María depois da expulsão de Fucile exactamente pelo mesmo gesto, levantei-me também. Fiquei rouco a gritar, ficamos todos indignados com a exultante e absurda dualidade de critérios de Olegário. Jesualdo chamou-lhe cobarde. Assino por baixo.




(-) Ambiente (a parte má). Num jogo destes, com a malta animada com o que acontecia dentro das quatro linhas, há sempre gente a querer estragar a festa. Não aponto nomes ou cores porque o problema é transversal, mas o que se continua a passar nos assuntos extra-futebol que continuam a transformar um espectáculo lindo e vibrante como vivi hoje no Dragão tem de ser analisado e revisto pelas forças de autoridade e pelos organismos que as regem. Vi polícias a organizarem muito bem os cordões de segurança na parte exterior do estádio e muitos adeptos a protestar não sei muito bem com o quê. Vi petardos a serem atirados na direcção de zonas com público, rebentando estrondosamente e perigosamente perto das pessoas que assistiam ao jogo. Vi isqueiros, paus e bolas de golfe a serem arremessadas para o relvado. Vi um espectáculo degradante que só mostra que continua a haver dois tipos de pessoas que vão à bola: os que vão ver o jogo e os que vão para tentar que o jogo acabe. Estou no primeiro grupo e lamento que o segundo grupo exista.



Parafraseando um colega de Porta que costuma ver os jogos num estado bastante enervado: “Aqui em nossa casa só festejamos nós, caralho!”. Acertou. O festejo, no entanto, dura pouco e sabe a ainda menos. Mas valeu a pena por aqueles noventa minutos em que o nosso Golias acertou no Golias deles com uma pedrada mesmo no meio da tromba. O Benfica será muito provavelmente campeão e sê-lo-á com mérito, depois de um campeonato bem acima dos rivais, mas hoje, naquele estádio, naquele momento, fomos nós os campeões. Fomos nós que mostrámos que ainda temos fibra e alma de vencedores. Fomos nós que demos provas que estaremos cá de volta ao Dragão em 2010/2011 com mais vontade, com mais garra, com mais sede de vitórias. Fomos nós que ganhámos. E ganhámos bem.

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Baías e Baronis – Vitória Setúbal vs FCP







(foto retirada do MaisFutebol)


Nada faria prever a forma como o jogo iria terminar. Estava a ser uma partida entretida, com golos, razoavelmente bem jogada e com alguma incerteza no marcador, não tanto pela possibilidade do Setúbal empatar, mas pela forma como o FC Porto respondeu sempre com rapidez às falhas defensivas que originaram cada um dos golos setubalenses. Depois…foi a parvoíce. Siga para notas:

BAÍAS
(+) Falcao. Mereceu os dois golos que fez, no primeiro com o oportunismo do costume e no segundo com uma excelente chapelada por cima do fraquíssimo guarda-redes do Setúbal. Não mereceu o cartão amarelo que levou por acertar acidentalmente com a mão no adversário, depois de ter levado uma patada de Ricardo Silva e um carrinho de Bruno Ribeiro. Para além desse lance infeliz esteve sempre em foco durante o jogo, foi eficaz e marcou dois golos que lhe podem colocar na frente da corrida pelo título de melhor marcador.
(+) Guarín. O colombiano está a mostrar serviço, só é pena que tenha aparecido quase dois anos depois de chegar ao Dragão. Parece ser bem mais eficaz quando joga solto neste novo alinhamento de Jesualdo, jogando mais liberto, podendo-se ver que quando não se exige qualquer trabalho táctico acaba por ser muito mais produtivo. Continua a marcar golos (ainda mais estranho) e a fazer assistências (continua a ser estranho), o que pode indicar que teremos mais um ano de Guarín na equipa.
(+) Belluschi. Oscila tanto como um pêndulo de Foucault, entre o jeitoso e o medíocre, e hoje voltou a fazer um bom jogo, marcando um golo e fazendo jogar. Gostei do facto de ter sido bem mais agressivo que o costume na tentativa de travar as saídas do Setúbal para ataques organizados, e gostei também de o ver a não perder tantas bolas como costuma fazer, especialmente quando domina a bola e se põe a olhar para o jogo a tentar perceber o que pode fazer…e chega um adversário e lha tira…


(+) Jesualdo. O facto de não ter tirado Falcao para impedir que houvesse chatices e prevenir o amarelo é contra-balançado com o desejo do avançado em marcar golos para subir na classificação dos melhores marcadores, o que seria mais fácil num jogo contra o Setúbal do que contra o Benfica, por isso compreende-se. A opção pelo 4-4-2 chega tarde, depois de quase uma época inteira a apostar num inócuo e inadaptável 4-3-3, mas compreende-se. A forma como se indignou pode ter sido um pouco exagerada mas compreende-se. Aliás, hoje foi surpreendente vê-lo furioso com o 4º árbitro e com os jogadores do Setúbal que pontapearam Falcao. Foi expulso merecidamente. Mas não merecia ser impedido de estar no banco contra o Benfica naquele que será provavelmente o último clássico que terá à frente da nossa equipa.
BARONIS

(-) Hulk. Está a dar razão a todos os críticos que dizem que não é um génio. Continuo a achar que poderia ser (e ainda pode, carago!), mas com exibições pobres como esta, não é assim que lá chega. Desinteressado do jogo, pouco pressionante, inconsequente no ataque. Fraquíssimo.


(-) Fernando. Até nem esteve mal durante o jogo, cortando muitos lances de ataque ao Setúbal e saindo para o ataque com inteligência. O costume, portanto. Mas a maior contribuição para a partida viu-se nos golos do adversário. O jogo podia ter ficado 5-0. Talvez 2-0, 3-0 ou 4-0. Mas ficou 5-2. Por culpa de Fernando, com marcações absurdas nos lances dos golos do Setúbal, ignorando por completo que o rapaz de verde e branco pode chutar para a baliza dentro da nossa área e não é falta.



(-) Pedro Henriques. O amarelo a Falcao é absurdo. A forma como marcava faltas aos jogadores do FC Porto que lutavam contra o adversário de uma forma leal (bem mais leal que noutros jogos, diga-se) foi enervante. Para um árbitro que habitualmente só apita quando um jogador provoca um pequeno Armagedão, hoje passou toda a partida a agradar oralmente ao assobio.




(-) Ricardo Silva. Depois de uma primeira parte ao seu nível, passou os segundos 45 minutos a tentar acertar em tudo o que via e que andasse de laranja vestido em campo. Agrediu Falcao no lance em que o colombiano viu o controverso amarelo e fez, antes do quinto golo do FC Porto, uma “tesourada” por trás a Hulk que não só acertou no portista como também lesionou um colega de equipa. Um jogo de merda de um ex-portista que mostrou ser da mesma estirpe da performance que teve.


Novamente um resultado volumoso em jogos para o campeonato, novamente em 4-4-2. Para a próxima semana não temos Ruben, Varela, Falcao e Mariano e talvez tenhamos Rodríguez mas não há garantias. Os poucos que sabem jogar à bola nesta equipa estão a ser colocados na prateleira, quer por problemas físicos ou por suspensões…excepto Mariano, claro, se bem que neste momento até o argentino podia jogar que não fazia diferença se andasse de gatas atrás da bola como de costume. Espero que o Braga perca.

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Baías e Baronis – FCP vs Vitória Guimarães





(foto retirada do MaisFutebol)


Mais um jogo a um Domingo à noite. Saí de casa a pensar que ainda poderia haver muito trânsito mas nem isso. Pensei que ia chover, mas nem uma gota. Sonhei que o FC Porto ia fazer uma boa exibição, mas mais uma vez saí do estádio com um sabor a pouco. Valeu pelo pré-jogo, onde tive o prazer de conhecer o Vila Pouca do Dragão até à morte e de reencontrar o BlueBoy do Bibó Porto, carago!. É malta que gosta e que sofre com o clube como eu, por isso aposto que saíram do estádio a pensar: “Eh pá, ganhámos, mas se ao menos jogássemos bem isto tinha outro gosto.” Pelo menos foi isso que eu pensei…

BAÍAS
(+) Falcao. Poucos têm lutado tanto como Falcao em todos os jogos. A vida costuma correr-lhe bem, marca golos e dá vida ao ataque da equipa, esforça-se e os colegas esforçam-se por lhe meter a bola. Hoje foi mais uma exibição de garra e de vontade daquele que parece ser o único jogador que ainda luta por ganhar alguma coisa esta temporada: o título de melhor marcador. Falcao continua em luta directa com Cardozo, empatado em número de golos no primeiro lugar. Espero que ganhe.
(+) Beto. Chamado a substituir Helton devido a uma lesão no dedo do brasileiro, Beto esteve a grande nível todo o jogo. Perfeito nos cruzamentos, rápido e eficaz a defender remates fortíssimos de Desmarets e companhia, teve ainda de lidar com as constantes armadilhas que Bruno Alves lhe colocava, com passes “à queima” que testaram a qualidade de Beto a jogar com os pés. Está a fazer por merecer a chamada à Selecção.
(+) Fernando. Parece que o brasileiro regressou às boas exibições. Impecável no corte e na antecipação, foi o único elemento do meio-campo que jogou de forma coerente de início a fim, já que Valeri andou perdido, Guarín trapalhão (apesar do golo) e Belluschi inconsequente. Gostei de ver o tampão à entrada da área que sempre foi, e infelizmente como a equipa tende a recuar em demasia, Fernando acaba por ser o garante da estrutura defensiva do meio-campo, já que os rapazes que estiveram hoje à sua frente não defendiam nem faziam por isso.


(+) Álvaro Pereira. A grande maioria dos lances de ataque do FC Porto foram conduzidos em claro excesso de velocidade pelo seu flanco, e notava-se uma fome de Álvaro em marcar um golo, que por várias vezes lhe foi negado pelas luvas de Nilson, sempre em boa forma. Algumas falhas em passes fáceis foram colmatadas pelos arranques que fez, deixando Rui Miguel e depois Jorge Gonçalves a descer no terreno para tentar apanhar o uruguaio. Mais uma vez, gostei.
BARONIS

(-) Bruno Alves. Mais uma voltinha, mais um jogo ridículo. Parece estar a fazer de propósito para enervar os adeptos, com falhas incompreensíveis na saída para o ataque, quando se lança sozinho com a bola a rolar…quando atrasa a bola para Beto, deixando-a mais próxima do avançado do que seria considerado seguro…ou até quando tem entradas faltosas violentas que põem em risco a defesa de um resultado por parte dos colegas. Continuo a não perceber como é que um jogador que marcou dois ou três golos de livre durante a vida toda insiste em tentar marcar todos os lances de bola parada da equipa que possam permitir remate directo. Todo o estádio susteve a respiração a pensar que ia ser expulso quando entrou de uma forma brutal sobre o jogador do Guimarães. Se o fosse, ninguém contestaria.

(-) Ritmo do jogo. Continuo a achar que o público do Dragão está como que adormecido perante a falta de qualidade do jogo colectivo do FC Porto. Jogamos com uma tristeza, uma falta de garra e de ambição que é sintomática da classificação que ocupamos. Não sei se estamos em terceiro por jogarmos assim, ou se jogamos assim por estarmos em terceiro, mas entendo que uma não se pode dissociar da outra.


(-) Meio-campo. Mais uma vez Jesualdo surpreendeu-me com 8 sul-americanos em campo e um meio-campo que não lembra ao demónio. Valeri, Guarín e Belluschi? Really?! Valeri, dos três, foi a maior decepção, até porque tinha gostado dele na passada quarta-feira, mas andou perdido todo o jogo, falhou poucos passes porque teve a bola poucas vezes; Guarín esteve ao estilo dele, marcou um golo com alguma sorte mas o resto do jogo andou trapalhão, a passar a bola com força a mais e discernimento a menos; Belluschi, como de costume, andou indeciso a mais, sem grandes soluções para acelerar o jogo. Tudo fraco.

(-) Hulk. Chamam-lhe o incrível mas continua a ter jogos destes, eles sim incríveis. Incrível a forma como displicentemente perde bolas fáceis quando tenta fintar o adversário, acabando por se fintar sozinho; incrível a maneira como não luta por UMA bola que venha pelo ar; incrível quando só aguenta três jogos seguidos a bom nível físico, quebrando logo depois. Continua a ter de melhorar bastante.


Com a extemporânea entrega do troféu de campeão no início do jogo (seria este o melhor momento para entregar a taça do ano passado? até parece que senti fel na boca…) lá vencemos um jogo tradicionalmente complicado. Foi um jogo fraquinho, mais um, que valeu pelo convívio, pelo esforço de Falcao e pela boa disposição nas bancadas. Só falta mais um jogo em casa este ano…

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