Baías e Baronis 2010/2011 – Guarín

 

foto retirada de fcporto.pt

Época: A vantagem de escrever B&Bs para cada jogo é que neste tipo de recaps não preciso de inventar textos novos: basta ir buscar o que já escrevi no passado sobre quem quer que seja. Assim sendo, cá vão algumas das coisas que disse desta personagem:

  • “(…) à imagem de Mariano, acaba por conquistar os adeptos à custa de suor, alguma atrapalhação mas muita luta”.
  • “Os golos que apontou hoje foram a imagem de um rapaz que joga cheio de moral, com garra e capacidade de luta notáveis, a rodar a bola com simplicidade e certeza e que apesar de uma ou duas falhas por excesso de confiança nunca deixou de procurar fazer as coisas de uma forma prática e que permitisse aos colegas avançar com a audácia que era necessária.”
  • “este Guarín que hoje vi a celebrar dois geniais golos não é o mesmo do ano passado. Está bem melhor e neste momento é titular por mérito próprio.”
  • “O meu mea-culpa para com esta besta colombiana (no bom sentido) continua e não tenho problema nenhum com isso. Fredy ganhou os adeptos a pulso, com uma capacidade de sacrifício e de luta como vi em poucos e a liderar uma equipa quase-órfã de Moutinho com o corpo totalmente dado ao combate.”
  • “Preparem-se, porque esta frase muito raramente podem ler em qualquer local. Prontos? Cá vai: Guarín foi o responsável pela estabilização do jogo ofensivo e sem ele o meio-campo do FC Porto nunca poderia ter ganho a consistência que mostrou nos últimos 30 minutos do jogo.”
  • “É uma figura peculiar, este tipo. Parece tosco mas consegue jogadas como a do golo; assemelha-se a uma preguiça no ramo de uma árvore quando pensa no que quer fazer mas avança como um leopardo esfomeado quando vê que tem espaço para furar (…) Está a ser muito útil esta época, principalmente em jogos como este em que o físico se tem de impôr à técnica.”

Muito mais poderia dizer mas estas chegam. Foi um dos jogadores do ano. Está tudo dito.

Momento: Houve muitos, é verdade, mas pela importância do lance saliento a jogada e a assistência para Falcao marcar o golo que nos deu a Europa League. Guarín recupera a bola, corre vinte metros com ela, trava e desloca os defesas todos para a frente, cruza e assiste o conterrâneo na perfeição. Lindo.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

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Baías e Baronis 2010/2011 – Fernando

 

Época: Não é possível dizer que a temporada de Fernando tenha sido má. Afinal o rapaz foi titularíssimo numa equipa que venceu (quase) tudo o que havia para vencer. Alinhou em 41 jogos e apenas falhou alguns porque se lesionou, altura em que deu o lugar a Guarín para o arranque da temporada de glória do colombiano. Mas…e há sempre um mas…Fernando não esteve ao mesmo nível que nos dois anos anteriores. Mais hesitante, menos estável e acima de tudo a convencer os adeptos que tinha chegado ao topo das suas capacidades. Num estilo Villaboasiano de posse, de inteligência na rotação da bola e no empowerment dos médios para fazerem o que quiserem em campo, Fernando não conseguiu jogar ao nível dos colegas de sector e foi gradualmente baixando no impacto que o seu jogo conservador tinha na dinâmica da equipa. Talvez terá chegado a altura para sair e é possível que o FC Porto aproveite a vendabilidade do nosso “25” para fazer algum dinheiro. Fernando, sem dúvida, agradece.

Momento: Quase todos os jogos do início da época. Podia salientar o jogo em casa contra Braga ou Guimarães, ou o jogo fora em Genk, mas em todos os jogos Fernando esteve impecável. O problema esteve mais para o final da temporada…

Nota final 2010/2011:

BAÍA

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Baías e Baronis 2010/2011 – Rolando

Época: A melhor época de Rolando até agora. Foi o elemento mais estável no centro da defesa, à volta do qual orbitaram Otamendi e Maicon. É estranho escrever estas palavras, porque continuo a achar que Rolando joga bem quando tem um central melhor ao lado, como acontecia com Bruno Alves, mas acaba por não ser o líder que pretendemos quando é o elemento sénior naquela zona. No entanto foi um dos jogadores mais simplificadores na defesa portista, inventou menos que os colegas e marcou vários golos importantes. Pode sair, pode ficar, mas o que é certo é que evoluiu bem esta temporada.

Momento: A Supertaça. Abriu o marcador e pôs Cardozo a pensar que mais valia ter ficado no Paraguai umas semaninhas de férias extra.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

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Baías e Baronis 2010/2011 – Otamendi

Época: O rapaz parece bipolar. Se há alturas em que anda como um doente a raspar tudo o que vir de verde com riscas brancas (e não estou a falar do Sporting), por vezes tem hesitações que custam bolas perigosas e coloca em risco os colegas da defesa. Sai muito bem com a bola nos pés mas o passe não é a sua melhor valência. Tem potencial para ser líder, precisa de estabilizar o jogo, acalmar um pouco os ânimos e melhorar na coordenação defensiva.

Momento: Em Braga…num jogo complicado…sem Falcao…este fulano enfia dois grandes golos e põe o povo louco. Tinha valido a pena só por isso.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

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Baías e Baronis 2010/2011 – Maicon

 

foto retirada de fcporto.pt

Época: Uma temporada de altos e baixos. Começou muito bem a emparelhar com Rolando, a limpar as falhas que ia tendo com sentido prático e bom posicionamento. Até que Otamendi começou a mostrar o que sabia e deixou Maicon numa situação instável para continuar a ser titular. Quem já o viu a jogar ao vivo sabe perfeitamente do que falo: Maicon parece nervoso, sempre nervoso e pode estar a fazer um excelente jogo…mas à primeira falha está o caldo entornado e começa numa sequência de parvoíces que nunca mais acabam. Lembro-me perfeitamente de ver João Moutinho a gritar com ele e a apontar para a bancada como que a dizer: “não inventes, põe a bola fora!!!”. Ainda assim tenho confiança no rapaz e sei que pode melhorar. Vi Pepe a começar no mesmo estilo e agora…é o que vemos. É novo e tem futuro, mas no FC Porto é preciso acelerar o desenvolvimento sob pena de não ter uma segunda hipótese…

Momento: Em Portimão, com um golo de cabeça que nos deu a vitória num jogo muito complicado. Podia ter escolhido o jogo de Alvalade mas tenho esperança no rapaz e não o quero “queimar”.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

(por pouco)

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