Baías e Baronis 2010/2011 – Walter

 

foto retirada de fcporto.pt

Época: Foi uma novela do carago no início da temporada, nunca percebi porquê. Walter tem talento mas é óbvio que teve algumas (muitas) dificuldades de adaptação ao nosso futebol e acabou por pagar uma factura muito elevada pelo excesso de peso, já que Villas-Boas nunca teve problema nenhum em encostar o rapaz na bancada enquanto não emagrecesse. Compreendo que seja complicado para um rapaz humilde, que tinha maus hábitos na curta trajectória profissional antes de chegar ao FC Porto, subir a produção ao ponto de se transformar numa opção útil e válida a jogadores que já estão habituados a um ritmo diferente e a uma atmosfera europeia que tem níveis de exigência muito acima do que Walter estava habituado. São problemas que ele parece decidido a ultrapassar e é isso que quero ver na próxima temporada porque esta, apesar dos 11 golos marcados, nunca fez de Walter uma alternativa viável a qualquer um dos elementos do ataque portista a não ser em jogos de menor importância.

Momento: O jogo do ano para Walter. Um hat-trick, ainda que tenha sido contra o humilde Limianos, é sempre algo a festejar e Walter mostrou bom serviço nessa partida. Pena não o ter confirmado no resto da temporada.

Nota final 2010/2011:

BARONI

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Baías e Baronis 2010/2011 – James Rodríguez

 

foto retirada de fcporto.pt

Época: O arranque não foi famoso, é uma verdade. O puto parecia franzino demais, medroso demais, incapaz de se adaptar a um futebol mais rápido e mais agressivo do que estava habituado. Não estava à espera que James chegasse cá e começasse de pé colado no acelerador, mas tendo em conta a evolução do rapaz e as necessidades da equipa, também fui dos que pensou que iria ser emprestado em Janeiro. Não foi e talvez tenha sido a melhor coisa que lhe/nos aconteceu. Cresceu como jogador e começou a mostrar serviço na Taça da Liga e rapidamente surgiu como alternativa a jogar em alternativa a Varela ou Cebola, e jogo após jogo parecia mais solto, mais animado, mais jogador. Acabou a época em grande, como opção válida e a provar que por vezes o talento precisa de maturar e adaptar às circunstâncias em que está inserido. Será o James de 2011/12 igual ao James que terminou 2010/11? Só o tempo o dirá.

Momento: A final da Taça, sem dúvida. James completou nesse momento a passagem à senioridade na equipa do FC Porto e elevou as expectativas dos adeptos, até daqueles que diziam “este moço não vale nada”. Mas deixem-me ser um pouco mais específico: o segundo golo na final da Taça. Desmarcação para o passe de Hulk, recepção perfeita, “senta” Nilson e empurra para a baliza. Foi Méssico.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

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Baías e Baronis 2010/2011 – Cristian Rodríguez

 

foto retirada de fcporto.pt

Época: Fraquinho. Muito suor, muito esforço mas pouca produtividade. Claramente em excesso de peso no início da temporada, talvez fruto do tempo parado devido a lesões, cheguei a dizer que “um jogador que tenha mamas não pode ser competitivo“, ou qualquer parvoíce parecida. A verdade é que o Cebola nunca rendeu o suficiente para ser considerado um jogador importante no plantel e viu-se rapidamente ultrapassado pela ascenção do seu homónimo de apelido. Todos esperávamos que fosse um rival à altura para Varela mas nunca o conseguiu fazer e perdeu espaço no plantel. A contratação de vários extremos para a próxima temporada e o salário alto que recebe devem fazer com que o FC Porto tente negociá-lo para sair. Terá chegado a altura certa para o fazer, porque não vejo como é que o rapaz vai conseguir crescer na opinião de muitos adeptos.

Momento: Não gosto de salientar momentos negativos nestes B&Bs, mas não consigo deixar de o fazer. A sua expulsão no Dragão frente ao Besiktas foi um acto estúpido, de pouca claridivência e de ainda pior competência desportiva. Levou a que a equipa tremesse, abanou com a consistência de uma exibição assim-assim e fez com que perdêssemos os primeiros pontos na Europa esta ano. Marcou-me, porra!

Nota final 2010/2011:

BARONI

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Baías e Baronis 2010/2011 – Mariano González

 

Época: É difícil falar de Mariano nesta altura. Sinto-me impelido por uma força que bem conheço a dizer mal do gajo como se fosse o principal conselheiro do Pinochet. Por outro lado, saber que passou um calvário do caraças esta época, com a recuperação da lesão a impedir que fosse inscrito no campeonato e na Liga Europa, vendo que nunca levantou a voz o mínimo que fosse para protestar como é que um campeão olímpico e ex-vedeta do campeonato italiano é deixado a criar musgo nas laterais enquanto que outros, mais jovens e mais talentosos, lhe roubavam o lugar em frente aos seus olhos. Mariano, capitão do FC Porto, tem muitos defeitos, já apontados em tudo que é blog portista (incluindo o meu), mas também tem algumas virtudes. Provou que é um profissional à altura do clube onde está e merece o meu aplauso. Por isso está explicada a nota que leva, já que futebolisticamente a época de 2010/2011 foi pouco mais que nula. Sai do clube com a cabeça levantada e o gesto dos colegas na final da Taça de Portugal, ao permitirem que o homem que mais gostámos de odiar nos últimos anos erguesse o troféu como vencedor. Não posso ser hipócrita e agir como as pessoas que elogiam os mortos que tanto criticaram em vida, mas sinto necessidade de dizer que tenho pena de o ver sair porque acho que o FC Porto precisa de um jogador melhor no lugar dele, mas fico com a alma dorida por perceber que ficamos com menos um bom homem e bom profissional. Boa sorte, rapaz!

Momento: A final da Taça e o levantar do troféu em júbilo. Estou convencido que o Puyol se inspirou nesse momento para fazer o mesmo ao Abidal.

Nota final 2010/2011:

BAÍA

(pelo profissionalismo, não pela produtividade…)

 

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Baías e Baronis 2010/2011 – Ukra

 

 

foto retirada do record

Época: Foi mais uma pequena decepção, honestamente. No início da temporada toda a gente estava ansiosa por ver Ukra e Castro a jogar, particularmente em que toda a gente estava à espera que o nível que mostraram no Olhanense pudesse ser miraculosamente transportado para o Dragão e adaptado ao jogo da equipa. Ukra nunca conseguiu justificar a aposta que o clube fez nele para 2010/11 e acabou por ser emprestado por um ano e meio ao Braga, onde pode vir a evoluir o suficiente para reintegrar o nosso plantel. Admito que o limiar de paciência da malta é baixo talvez por já ter havido tantos extremos portugueses vindos das nossas escolas que não funcionaram (Ivanildo, Bruno Gama, Vieirinha, entre outros) e começa a ser difícil aguentar mais um. Ukra tem talento, precisa é mais maturidade para vingar. Esperemos que a ganhe e que volte melhor e mais calmo.

Momento: O jogo da Taça contra o Moreirense mostrou que Ukra não podia servir para ser opção imediata no plantel e que um empréstimo só lhe podia fazer bem. Indeciso, nervoso e a tomar decisões consistentemente erradas. Não chega.

Nota final 2010/2011:

BARONI

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