Baías e Baronis – Emirates Cup

No final do torneio, que acabámos por quase vencer (bastava que um dos penalties tivesse entrado…), fiquei com a sensação que temos hipótese de ser uma equipa, mas ainda não para já. Já estou habituado a que o FC Porto faça pré-épocas com ritmos mais relaxados, sem excitações em demasia e a trabalhar para atingir o pico numa altura mais avançada da temporada, e esta não foi muito diferente nesse aspecto. E gostei muito de algumas coisas, muito pouco de várias outras, mas resumindo toda a competição, aproveitando para juntar o resto da pré-época num simples balanço de positivos e negativos aqui em baixo. Vamos a isso:

(+) A importância de ter um “Fernando”. Sempre que vejo o “polvo” assusto-me ao pensar que podemos vir a ficar sem ele a qualquer dia. É verdade que o meio-campo formado por Castro e Defour (em alternativa temos Josué e Herrera) em vez de qualquer um dos anteriores) poderia funcionar contra grande parte das equipas que vamos defrontar cá dentro, mas para jogos mais a sério…é uma riqueza ter um jogador do seu nível. Talvez Defour seja a opção mais válida para o substituir, ganhando em passe o que perde em força, mas Fernando prepara-se, ficando, para ser mais uma vez um jogador pivotal no plantel. Contra o Galatasaray fez muita falta na altura em que era necessário tapar o centro do terreno com o seu “sósia” Felipe Melo a fazer o que queria do nosso meio-campo. Regressou contra o Nápoles em grande.

(+) Actualmente, a defesa é o sector mais forte da equipa. Otamendi foi talvez o melhor jogador de toda a pré-época do FC Porto, mas esteve muito bem acompanhado por Alex Sandro e Mangala. Danilo alternou o génio com a indolência do costume e Fucile parece estar a melhorar (o jogo com o Nápoles foi muito bom). As alternativas que jogaram no primeiro encontro, Maicon e Abdoulaye, não fizeram má figura, e mesmo Reyes, que está ainda “encostado”, parece ter já qualidade para fazer alguns jogos. É verdade que estamos a abusar com apenas três laterais de origem, mas já sabemos que Maicon pode fazer a lateral direita (ou até Ricardo, se ficar no plantel) e Mangala a esquerda, por isso é um problema gerível e se o treinador assim optar para poder ter um plantel mais controlado em número e em opções, so be it.

(+) Qualidade técnica do plantel mais alta. Sim, é verdade que saíram James e Moutinho e o nível de qualidade perdeu uns enormes quilos ou litros ou libras ou lá qual é a unidade de “qualidade técnica” que quiserem inventar. Mas entraram Quintero, Herrera, Josué e Carlos Eduardo, todos eles médios com criatividade acima da média e talento que chegue para calçar as mesmas botas dos antigos 8 e 10 para conseguirem, a médio prazo, fazer com que a equipa consiga carburar com o seu talento próprio. Há elementos que entraram também este ano que não serão headliners no concurso mundial de talento e técnica para a bola, casos de Ricardo, Ghilas ou Licá, bem como o regresso de Fucile e Iturbe, mas que podem fazer com que a equipa volte pelo menos aos níveis de controlo e rotação de bola que teve a espaços no ano passado, especialmente fazendo com que não tenhamos problemas em olhar para o banco e possamos escolher alguém de jeito para mudar algo no ataque.

(-) Há qualidade nos reforços…mas há qualidade para jogar já? Gostei de Josué no meio, detestei-o na linha. Gostei de Quintero no meio, mas achei-o muito confiante e a proteger mal a bola. Hesito perante Kelvin e Iturbe, ambos tecnicamente bons mas indecisos nas alturas mais importantes. Ricardo está a ser testado como lateral na eventualidade de Danilo, Alex Sandro e Fucile estiveram lesionados (laterais do FC Porto: Ricardo e Mangala…pensem nisso.), Tiago Rodrigues deve ser cedido, Herrera ainda não tem ritmo e os dois que vieram do Estoril, Licá e Carlos Eduardo, parecem nervosos em demasia para serem opções imediatas. Com a saída de James e Moutinho, apostaria rapidamente em Defour no centro porque é o que tem mais experiência para poder assumir a função com o mínimo de perda para o jogo de equipa. Para o lugar de James, é mais complicado e depende do tipo de jogador que Paulo Fonseca quiser. Pessoalmente, punha as fichas em Juan Iturbe, pelo menos para começar a época. Parece-me o mais dinâmico e interessante de todos no presente momento.

(-) Bolas paradas ofensivas, não só pelos penalties. Acabámos por quase vencer este torneio, bastava que um dos penalties tivesse entrado e tínhamos ganho esta treta. A jogar devagar. Sem grandes parangonas, com o nome que levámos a Inglaterra a ser perenemente ignorado pelos bifes e outros que tais. E um único penalty marcado pelo adversário, que esteve ao nosso alcance por duas vezes, fez com que não conseguíssemos sair do Emirates com a taça na mão. É isto que tem de estar na cabeça dos jogadores quando vão marcar um penalty, seja lá quem for o marcador de serviço nesse dia. É para marcar e mais nada. Visualizar o objectivo, imaginar a bola no fundo das redes, partir para a marcação e enfiar a redondinha lá dentro. Até pode ser o Fernando a marcar, quero lá saber, tem é de ser um gajo com condições técnicas mas acima de tudo mentais. Jackson e Lucho já falharam penalties a mais. E para lá dos penalties, é preciso trabalhar os livres e os cantos, tanto na movimentação ofensiva como na própria marcação. Treino específico exige-se pronto.


Falta uma semana para começar a época…acham que estamos prontos?

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Os Baías e Baronis da Emirates Cup ficam para amanhã

Decidi esperar pelo final do jogo contra o Nápoles e assim faço um apanhado geral da nossa participação, creio que é mais justo para com o treinador e as opções, experiências e estado geral da equipa.

Assim sendo, publicarei análises conjuntas a ambos os jogos amanhã à tarde. Só espero que não falhem mais penalties a caminho do hotel, já começa a parecer mal.

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Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 0 Celta Vigo

Welcome back, FC Porto. Mais ou menos. A festa foi porreira, alegria nas bancadas, o estupor do dragão a fazer barulho durante vinte minutos, a saudação aos novos e aos antigos, a recepção ao treinador estreante, a simbiose de euforia e boa disposição que faz dos inícios de época um bom momento para todos os presentes. Mas eu, em casa, só vi um jogo tristonho, com jogadores empenhados mas cansados, a precisar ainda de suficientes sessões de treino para se poderem unir de uma forma condizente. Gostei de algumas coisas, não gostei de outras. Vamos a notas:

(+) Lucho. Continua a ser o mais inteligente dos jogadores do FC Porto, pela forma como está em campo e como coordena a manobra da equipa. Se vai continuar a jogar naquela posição, de desgaste permanente e de pressão constante quase na área contrária, vai-se queimar rapidamente mas acaba por compensar com a grande maioria dos passes certos na altura certa que insiste em completar. Bem-vindo de volta, Comandante.

(+) Fucile, a defender. Esforçadíssimo, a mostrar que está pronto para jogar tanto do lado esquerdo como do lado direito da defesa, sempre ao mesmo ritmo, que neste momento não é ainda muito mas espero evolua num futuro próximo para níveis habituais, pelo menos há uns anos atrás. Não lhe correram bem as coisas no ataque, mas esteve bem defensivamente e fiquei satisfeito pela recepção que teve da parte dos adeptos.

(+) A terceira camisola, apesar de não gostar do design. A manobra de marketing é lógica e peca por tardia. No ano passado, depois do jogo em Zagreb, a terceira camisola em tons de branco causou um impacto tão grande nos adeptos que a preferiram em grande escala quando comparada com a alternativa “oficial”. Este ano, para celebrar os 120 anos da nossa fundação, a Nike e o FC Porto decidiram avançar com mais uma peça de merchandising logo de início e espero vê-la à venda nas Lojas Azuis muito em breve. Não sou o maior fã do design (não sou fã de grandes inovações em termos de layout, mas parece-me…simplista em demasia) mas aprovo o processo.

(-) Muitas falhas defensivas e poucas chances criadas. Sim, eu sei que é início de época e a concentração não é a melhor. Some-se uma equipa ultra-defensiva e uma segunda parte com montanhas de alterações e temos um caldinho para a ineficácia que nos transformou em mais latinos que nunca. Mangala e Otamendi tiveram falhas grandes, mas também Maicon e Fernando estiveram desconcentrados atrás. Na frente, Iturbe falhava cruzamentos como se tivesse tantos anos quantos estão estampados nas costas, Josué tentava passes a mais com pontaria a menos, Kelvin não passava por um único adversário e Varela…esteve ao nível de há dois anos atrás. Há muito tempo para trabalhar e sangue para oxigenar, mas é de início que se devem começar a mostrar boas coisas, para evitar que os adeptos mais nervosos…se enervem nas piores alturas.

(-) Kelvin, pela atitude em relação a Nolito. Talvez pense que não fez o suficiente para se tornar um ícone dos adeptos no ano passado e ache que será assim que vai continuar a somar pontos, com aquela atitude parva de quase agredir um ex-jogador do Benfica. Não foi digno, sinceramente, e mais parecia um miúdo birrento num jogo de rua. Se fosse o Paulinho Santos a fazer aquilo, até o perdoava, porque sempre agiu da mesma forma e só seria fiel ao seu estilo e coerente com a atitude. Kelvin, por outro lado, não é gajo para aqueles festivais. Podia ter estragado o espectáculo.


No fundo, foi mais do mesmo para jogos de apresentação. Raramente a equipa está em níveis aceitáveis, o entrosamento ainda falha, há muitos passes falhados e o onze-base ainda nem estará decidido. Nesta altura exige-se trabalho e não grandes resultados, muito menos grandes exibições. Vamos ter uma época inteira para isso…

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Baías e Baronis – Millonarios 0 vs 4 FC Porto

Primeiro de tudo: puta que pariu a “raça latina”. Este tipo de equipas para jogos de pré-época devem ser um Deus me livre para os jogadores porque o adversário simplesmente não pára. Correm como chitas atrás de saborosas gazelas, acertam em tudo o que vêem com uma intensidade tal que mais parece que estão a disputar uma final da Libertadores. Raramente jogam um charuto mas o ritmo que impõem nas partidas e a pressão que colocam no adversário é absurda para esta altura da época. Por outro lado…é excelente para funcionar como um sério teste à capacidade física da equipa ao fim de algumas semanas de treinos, especialmente em altitude. Mas a altitude combate-se, como já disse, com atitude. E foi o que fizemos. Vamos a notas:

(+) Danilo. Estupendo no golo em bola corrida, a avançar pelo campo como um lateral…coiso, que não faz a ala mas que desvia para o centro como fez desde que cá chegou. E os golos de livre, qual Fernando Mendes no Bessa…sem palavras (se bem que Maicon no ano passado também começou bem…mas não tanto!). Parece melhor em campo, francamente, não sei se pelo regresso de Fucile ou pela última tentativa de forçar a mão de Scolari na convocatória para o Mundial, mas o que é certo é que está a mostrar-se mais forte no ataque e mais inteligente na defesa. E todos nós esperamos que continue nesta recta de evolução positiva.

(+) Castro e Josué. Muito combativos no meio-campo, fortes no choque e agressivos quando foi preciso, alternaram bom posicionamento defensivo com a construção inteligente e acima de tudo a forma como comandaram os timings de jogo nas alturas certas, eles que foram continuamente pressionados pelos médios colombianos que tentaram acertar constantemente nas quatro pernas portuguesas que lhes apareciam pela frente.

(+) A componente defensiva de Licá. Corre como um louco e cada vez me faz lembrar mais um dos meus jogadores preferidos, o argentino Jonas Gutiérrez. Não desiste quando está em posição defensiva e vem atrás muitas vezes para apoiar as subidas de Alex Sandro, postura que juntamente com a capacidade física e a altura fazem dele um elemento vital no plantel…e talvez em muitos onzes titulares na época que aí vem.

(+) O golo de Jackson. Deus me livre. Ainda vai dar jogador este rapaz, vai vai.

(+) Comentários da Porto Canal. Podemos ter um Bernardino Barros em todos os canais? Com imparcialidade, inteligência nas análises, percepção de jogo e conhecimento de causa dos jogadores que está a descrever? É pedir muito? A diferença é de tal maneira grande entre BB e qualquer outra sigla que vomite alarvidades noutras emissões que me faz lamentar pelo futuro do comentarismo desportivo. Não há dúvidas: para ver futebol e para ver o FC Porto, o Porto Canal é de longe (de MUITO longe) o melhor de todos.

(-) A componente ofensiva de Licá. Talvez haja uma diferença muito grande nos estilos de jogo de Licá e o rapaz que estava daquele lado no ano passado, um tal de James Rodriguez. Mas Licá parece um corpo estranho nesta equipa, por muito que me custe dizê-lo (e custa, porque gosto do estilo), e ainda não se parece ter conseguido adaptar nem à equipa nem ao lateral que lhe aparece pelas costas. Parece sempre demasiado trapalhão nas alturas mais importantes e essa indecisão e nervosismo podem custar-lhe o lugar. Correu muito, esforçou-se imenso. Mas precisa de produzir mais.

(-) As entradas sobre Jackson. Quantas faltas sofreu Jackson durante o jogo? A resposta é simples: sempre que recebeu a bola de costas. Muitas foram marcadas, muitas não. Mas se isto fosse um jogo oficial, aos dez minutos já tinha sacado três amarelos. Mais: aguentou-as todas e ficou quase sempre com a bola. É como digo, ainda vai dar jogador este rapaz…

(-) O passe longo de Abdoulaye… é mau demais para ser condizente com um jogador que quer ser titular do FC Porto. Não treines, não, rapaz…


No final da crónica do jogo contra o Deportivo Anzoátegui, escrevi isto: “Helton, Danilo, Otamendi, Abdoulaye, Mangala, Castro, Josué, Lucho, Licá, Kelvin, Jackson. Vai uma aposta que a equipa de quarta-feira é esta? Se não for, creio que não fugirá muito disto (…)“. Falhei por um, mas aos sessenta minutos Paulo Fonseca fez-me a vontade. E com tantas opções, umas melhores que outras, já falta pouco para a apresentação que é já no Domingo e aí já vamos poder ver como está o nosso povo. E acima de tudo como joga a malta nova. Estou muito curioso para os ver ao vivo.

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Baías e Baronis – Deportivo Anzoátegui 2 vs 4 FC Porto

foto retirada de record.pt

Jetlags, humidades, treinos, public relations, agressividade do adversário, altitude e um árbitro do mais caseiro que me lembro de ver. Todos podiam ser condicionantes para o primeiro jogo do FC Porto 2013/14 na América do Sul, mas tudo se combateu com duas armas: a atitude e a inteligência. Se a primeira parte foi fraquinha, também devido à quantidade de malta que entrou em campo e que ainda está a entrar no esquema do que é jogar no FC Porto, a segunda trouxe um pouco do que vamos poder ver na era Paulo Fonseca. Um meio-campo com menos passe curto e mais simplicidade de movimentos, uma defesa concentrada e sem permitir facilidades ao adversário, um ataque com jogadas simples, quase ao primeiro toque, e uma vontade de criar oportunidades de golo de uma forma rápida e menos trabalhada. Alguns momentos interessantes, um grande golo de Varela e uma vontade ainda maior de ver mais jogos deste novo FC Porto. Vamos a notas:

(+) Lucho. Notou-se a mudança de Carlos Eduardo para Lucho como se tivéssemos pegado numa jarra de cristal com tulipas e a colocássemos na mesa em vez de um tupperware de sopa de nabos. E o brasileiro não esteve mal, simplesmente não foi Lucho. A inteligência com que recebe a bola e a endossa no tempo certo e com o timing apropriado faz dele fundamental na equipa e ainda que jogando numa posição mais adiantada em relação ao que fez na última época e meia (faz lembrar o Lucho que cá chegou, com Adriaanse), continua a ser o jogador mais inteligente da equipa e fá-lo notar em campo.

(+) Fernando. Não pareceu afectado por ter uma peça ao lado, até porque vão alternando quando a posse de bola está do nosso lado. Foi rijo na defesa, hábil na transição e estupendo em diversas intercepções, mantendo o nível do final da época passada. Espero que a lesão não tenha sido grave e que aquela possessão demoníaca em que por segundos se ia tornando no Secretário a passar a bola ao Acosta em Alvalade também lhe passe depressa.

(+) Defour. Muito esforçado, tentou sempre tapar as subidas de Fernando ao ataque mas foi acima de tudo a peça principal que pegava na bola a partir de zonas recuadas e a levava para a frente a tentar furar o meio-campo adversário. Não é Moutinho e nunca o será, mas é vital para este plantel ter um jogador com a raça e a capacidade técnica de Defour. Ah, e marcou os cantos todos do lado esquerdo, todos eles razoavelmente bem.

(+) Varela. Marcou um golão de cabeça (que o fulano da SportTV pareceu pensar que foi ao lado, o mesmo que chamou “Guilás” ao Ghilas toda a primeira parte e que raramente acertou no nome dos jogadores…de raça negra) e esteve sempre muito interventivo no jogo. Aproveitou bem a entrada de Danilo para usar bem o overlap e entrar para o centro, criando mais perigo do que se estivesse apenas colado à ala. Ah, ó Silvestre, todos percebemos que não consegues os piques de outrora. Talvez mais lá para o meio da época, se ainda cá estiveres.

(+) Danilo. Bem, muito bem, muito melhor que em 90% dos jogos do ano passado. Não sei se são os ares da América Latina, mas o rapaz pareceu outro, cheio de vigor ofensivo e vontade de mostrar que 2013/2014 é o ano para se exibir a um nível que compense o dinheiro que pagámos por ele. A Selecção está aí à espera, rapaz, só depende de ti e do Scolari. Tens de jogar muito para convenceres aquele imbecil, eu sei, mas se não desistires…who knows?

(+) Iturbe. O melhor jogo de Iturbe pelo FC Porto, esteve voador pela linha esquerda e mostrou que é talvez o melhor homem do plantel a cruzar para a área. Entendeu-se muito bem com Alex Sandro, Defour e Lucho, mostrou vivacidade, alegria e acima de tudo mostrou a atitude que todos esperamos dele. Não desistiu. Assim, Juanito, assim podes ser uma opção muito válida!

(-) Fabiano. Não tem aqui uma nota negativa por ter sofrido os dois primeiros golos da pré-época portista. Teve algumas falhas, é verdade (foi lento demais na saída da baliza para o primeiro golo do Anzoátegui), mas assustou-me a postura do “vou-me atirar a todas as bolas, mesmo as que vão passar quinze metros ao lado da baliza”. Ainda pior foi a tentativa de imitar Helton e de colocar a bola a quarenta metros. Rapaz, esquece lá isso, por favor. Fabiano não é Helton e se tentar transformar-se numa espécie de sucedâneo do compatriota vai passar a carreira a ser comparado com o seu antecessor. E estou quase certo que vai perder.

(-) Fucile. Está com pouco ritmo e nota-se em campo. O maior problema é que Danilo mostrou-se muito mais ofensivo, mais afoito e trabalhador que o uruguaio, ele que deverá ser titular na Supertaça mas que também deverá perder o lugar para o resto do campeonato. Esteve ao nível do Fucile que deixou de jogar no FC Porto e espero mais dele.

(-) A excessiva descontracção defensiva. O que me lixa nos jogos de pré-época é este tipo de coisas, especialmente quando os jogadores se permitem executar manobras técnicas que correm bem em treinos mas que em jogos a doer podem valer campeonatos. Varela, Maicon, Fucile ou Fernando falharam bolas fáceis porque lhes apeteceu brincar um bocadinho. Não pode ser.


Helton, Danilo, Otamendi, Abdoulaye, Mangala, Castro, Josué, Lucho, Licá, Kelvin, Jackson. Vai uma aposta que a equipa de quarta-feira é esta? Se não for, creio que não fugirá muito disto, porque é para isto que servem estes jogos, para experimentar opções, tácticas, para dar entrosamento aos jogadores e limpar a cabeça dos treinadores. Por isso é que os resultados devem sempre ser relativizados. O que interessa é que estejam em condições para o início da época. O resto é folclore.

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