Baías e Baronis – Guimarães 1 vs 0 FC Porto

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E é isto. É o que temos. Uma equipa que joga à bola mas que produz tão pouco que não consigo compreender o que é que se anda a fazer nos treinos desde o início do ano. É uma filosofia de jogo curiosa, esta que colocámos em campo desde o início da temporada. Uma constante posse de bola que tenta usar palitos para furar tanques e que tem tanta imaginação como um funcionário das finanças em Março. A equipa procura espaços por sítios onde nunca existem e nunca existirão e transforma qualquer adversário num obstáculo tão intransponível como sete Everestes empilhados com mais alguns Burj Khalifas no topo. Com esta mentalidade e contra equipas rijas e jeitosas a defender, não temos hipótese. E é muito triste perceber isso. Vamos a notas:

(+) Danilo. Dos poucos que conseguiu usar bem o corpo contra os fortes médios do Guimarães, que ao contrário do que tinha feito o Boavista, não se limitaram a tapar os caminhos com os cotovelos e os pitões das botas, mas movimentaram-se bem para criar uma parede complicada de furar. Danilo serviu como um dos poucos tampões de recuperação de bolas e no início de construção de jogadas ofensivas, ou pelo menos o que deveriam ser jogadas ofensivas. Mas aí a culpa já não é dele.

(+) Varela. Foi um dos homens mais práticos da equipa, com algumas boas combinações com os colegas e um ou outro remate perigoso. E quando um dos homens em pior forma da equipa é um dos melhores em campo…

(-) Pouco. Apenas isso. Pouco. Quantos lances de verdadeiro perigo se lembram de ter havido na área do Guimarães? E não estou a contar a quantidade de vezes que Miguel Silva, o guarda-redes contrário, se atirou para o chão para agarrar mais uma bola perdida. Falo daqueles que fazem os adeptos pôr as mãos na cabeça e quase gritar golo, não a parvoíce de vermos a maior parte dos jogadores a fazerem o mesmo gesto quando um lateral envia a bola com as couves só porque apareceu mais uma perna no caminho do cruzamento. Esse continua a ser um dos grandes problemas do FC Porto, a ausência de situações de perigo para que possamos pelo menos ficar a lamentar a falta de eficácia dos avançados. É a inércia da movimentação a meio-campo e a incapacidade de terminar as inúmeras jogadas ofensivas que criamos para que o adversário tenha de facto de defender e não só de aliviar a bola para o inevitável contra-ataque que tem vários graus de qualidade acima dos nossos. É comovente ver Corona a fintar em corrida mas as lágrimas também correm quando procura a finta curta sem buscar apoio dos colegas. O mesmo com Brahimi ou o desgraçado do Aboubakar que nunca consegue segurar uma bola perto da área porque passa a vida cá fora. Ou os cruzamentos quase sempre iguais de Layun (baixa-a-média-altura, atrasados, pouco tensos), as subidas no terreno de Indi ou Marcano para criar desequilíbrios…a eles próprios quando são pressionados…são tantos os problemas com esta equipa que catalogá-los é capaz de ser uma tarefa tão cansativa como resolvê-los.

(-) Casillas. Tem a puta da mania, como Baía antes dele, de tentar sempre ficar com a bola controlada no final da jogada, seja em que circunstância for. Bolas rasteiras, aéreas, a meia-altura, há sempre tempo para um amortecimento seguido de um par de luvas em cima do esférico, altura em que nenhum adversário se dignaria a meter o bedelho e a tirar a bolinha que ali estava tão simpática e disponível. Ora foda-se, suas vedetas hiper-confiantes. Estás a dever mais três pontos aos teus colegas, Iker.


E agora, em terceiro lugar. Conseguimos perder pontos para Sporting e Benfica na mesma jornada. Fa-bu-lo-so.

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Baías e Baronis – Boavista 0 vs 1 FC Porto

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Ah, carago, que isto já soube mais a derby que no passado Domingo! O resultado é curto para ambas as equipas (aí um 1-3 era mais aceitável) mas a constante agressividade, a expulsão de um jogador do FC Porto no Bessa, a relativa incerteza no resultado e uma ou duas escaramuças dentro de campo já trazem um cheirinho de nostalgia que já não sentia há que anos. Fica pouco para o futuro para lá daquilo que deve ser um recorde absoluto de cartões amarelos para o nosso lado sem que o adversário tivesse levado outros tantos por faltas idênticas e acima de tudo a passagem às meias-finais da Taça. Nada que não fosse já esperado. Notas já aqui em baixo:

(+) Helton. Depois de um jogo com algumas boas intervenções e uma falha grande que quase levava a que o poste atacante do Boavista marcasse quase sem querer, consegue defender um penalty aos 94 minutos e evitar um prolongamento que se avizinhava penoso. E fê-lo no meio de uma pequena-área que tinha mais terra que relva, onde a bola passava o tempo todo aos saltos. E ainda foi falar com o miúdo que falhou o penalty para o confortar. Ah, não esquecer que ainda conseguiu enquanto saltava para agarrar uma bola aérea, dar um pontapé no Carlos Santos, que é sempre um bónus positivo.

(+) Danilo. Bom jogo no meio-campo defensivo, onde conseguiu parar todo o jogo do Boavista pelo centro e interceptou doze sacos de bolas sem qualquer problema. Usou o corpo quando foi preciso e apesar de ter arrancado com as hostilidades da nossa parte (depois das hostilidades terem começado, para os fulanos do Boavista, a partir dos zero segundos de jogo), raramente cedeu a fazer o mesmo que os adversários. Não faço ideia como se controlou.

(+) Herrera. Foi um elemento importante para manter a estrutura da equipa depois da expulsão de Imbula mas muito antes disso já estava em bom plano, sem fraquejar na luta e a tentar sempre construir com critério e trocar a bola do centro para as alas na altura certa. Parece estar em boa forma física (acabou o jogo cansado mas era expectável) e acima de tudo mental. Que continue assim, por favor.

(-) Imbula. Não tem culpa do selo de vinte milhões. Mas tem culpa de não tentar mostrar que vale pelo menos um décimo desse valor. Imbula é a imagem de um jogador que não está com a cabeça no sítio, que tira o pé nos lances de confronto físico leal e depois tem uma daquelas atitudes que ninguém compreende. Não consigo encaixar na minha cabeça que consiga ser tão despreocupado e esteja tão desmoralizado como o vi hoje, mas se tem hipótese de mostrar ao plantel, à equipa técnica e a qualquer possível novo treinador que está pronto para agarrar o lugar e não o faz, algo se passa. Neste momento, Imbula é um jogador a mais no FC Porto e se assim continuar vai ser um dos piores investimentos de sempre do clube, mesmo que o vendamos por um valor acima do que custou. Eu sei, eu sei, a mais-valia financeira pode ser positiva. Mas a desportiva, até agora, é muito perto do zero.

(-) This is Boavista. Imaginem que são um homem alto mas tímido. Entroncado mas pacífico. Nunca arranjaram problemas com ninguém, viveram sempre a vossa vida a alhearem-se de chatices, a afastar os males para salvaguardar a sanidade e a paz. Uma espécie de John Coffey a Xanax, pronto. E aparecem-vos onze malfeitores a morderem os calcanhares, a atirarem-vos tijolos aos dentes, a tentarem furar-vos os gémeos com garfos de cocktail enquanto comem tremoços e cospem as cascas para a vossa cara. Nalgum ponto o status quo parte-se e decidem arrancar para a violência, com um chapo em cada um dos gajos que os manda para o hospital com os dentes enfiados na parte de trás da nuca. E, entretanto, há um polícia perto de vocês, que permite tudo aos infiéis, acalmando-os com suave retórica e gestos simpáticos, ao passo que mal vê o primeiro bofetão que espeta nas fuças dos tristes saca da varinha e desata a bater-vos sem critério nem credo que vos salve. Foi isto o jogo de hoje no Bessa. Um bando de gente má que usa os pés e as mãos para desfazer os adversários como o Van Damme perante um grupo de árvores. E eu sei bem que os homens mais tecnicistas estavam sentados no banco (um boliviano, um romeno que deixou saudades e até um português que também foi nosso vários anos) mas foi um abuso, mais um, que sofremos hoje.


O Gil Vicente é o próximo adversário e aposto que será mais complicado que esta espécie de Boavista. Quase que estou disposto a meter dinheiro nisso.

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Baías e Baronis – Boavista 0 vs 5 FC Porto

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Não foi um derby normal. Em nada. Duas equipas em momentos de forma semelhantes, com sequências de resultados negativos e treinadores recentes no banco. Ainda que o nosso seja re-estreante e já tivesse assento garantido nos jogos anteriores como adjunto, a imagem que a equipa mostrou em campo pareceu um pouco diferente dos últimos jogos, apesar dos onze jogadores serem exactamente os mesmos que se humilharam na passada quarta-feira contra o Rio Ave. Mais dinâmicos, soltos e lutadores, os rapazes parecem querer mostrar que estão aí para as curvas e o futebol que mostraram, apesar de não ter sido genial, foi bem melhor do que tinha vindo a ser. E espetámos cinco ao Boavista, o que é sempre um motivo para sorrir. Vamos a notas:

(+) O sentido prático. Um meio-campo que joga solto, sem as prisões de uma concepção de organização táctica que obriga a equipa a rodar por zonas desconhecidas e os força a não conseguirem jogar de uma forma fluida é meio-caminho para mau futebol. Sim, Lopetegui tentava implementar a sua estratégia e aplicar o seu modelo aos seus jogadores. Rui Barros manteve os jogadores mas abdicou (até ver) da construção de jogo lenta, variando flancos com muito maior velocidade e aproveitando os muitos espaços que o Boavista cedeu. Os rapazes de azul pareceram bem mais “leves”, com mais confiança e muito mais vontade de produzir um futebol aceitável e isso levou a que o jogo fosse mais mexido, com lances bonitos de entendimento e vários golos a aparecerem com naturalidade. Ah, e outra coisa: houve velocidade. Velocidade pelas alas, velocidade de recepção e troca de bola e até pelo centro! Velocidade, aí está uma palavra que não usava há que tempos…

(+) Herrera. Talvez o melhor jogo do mexicano com a nossa camisola. Muito mexido, prático nos passes, a aparecer em zona de finalização várias vezes e a conseguir concretizar um golo com um excelente controlo de bola e noção de posicionamento, apesar do remate ter sido risível. Teremos um novo Herrera a jogar mais solto, menos obrigado a vir buscar jogo ao meio dos centrais? O tempo o dirá.

(+) Danilo. Mais um bom jogo perante uma cambada de cotoveladores e empurradeiros, a mostrar que nalguns jogos é essencial ter um homem forte no meio em jogos do campeonato, algo que Ruben não consegue e talvez nunca venha a conseguir fazer. Marcou um golo para ficar na memória, com um calcanhar ao primeiro poste. Sim, o Danilo.

(+) Aboubakar. Dois golos e mais um ou dois por marcar. Bem no apoio ao meio-campo, beneficiou imenso da forma como os jogadores do centro do terreno se desdobravam em apoios e não o obrigavam a recuar tanto como era normal, porque Vincent descia para receber bolas altas e rapidamente as soltava e desatava a correr para a frente, como devia ser a normalidade e não a excepção. Assim sim, rapaz!

(+) O golo de Corona. Que perfeição técnica de drible, arranque e remate, a trocar de pés como poucos vi a fazer em toda a minha memória de jogadores no FC Porto. Aliás, posso mesmo afirmar que personalizou algumas grandes glórias do nosso passado em todo o lance: Conceição no approach, Deco no drible, Domingos no remate!

(-) Um Boavista de II Liga. Os adeptos não têm culpa, muito menos os jogadores. Mas este Boavista é um bom exemplo do que um terço das equipas da I Liga valem em relação ao resto das equipas de “topo”. Um conjunto de rapazes que procuram a correria em vez da troca de bola, que privilegiam o choque e o jogo directo e físico em vez de optaram por jogar futebol em condições. Uchebo é uma espécie de reservatório de água à americano com a adição de um rabo de cavalo, ao passo que Luisinho corria como louco e Idris e amigos no meio-campo começaram e acabaram o jogo com entradas tardias, braços esticados e tão pouco futebol que me mete pena perceber que o destino será a II Liga numa questão de poucos meses. E é aí que, infelizmente, merecem estar, eles e mais uns quatro ou cinco.


Não comecemos já a pensar que está tudo bem e que a mudança de treinador resolveu tudo, até porque nem mudamos de treinador nem nada está resolvido. Mas os mesmos jogadores que empataram na passada quarta-feira no Dragão foram hoje vencer por cincazero. Houve bons sinais, sim, mas o tempo dirá se são permanentes.

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Baías e Baronis – FC Porto 1 vs 1 Rio Ave

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Mais de dezanove mil pessoas estiveram hoje no Dragão. Sofreram, tal como eu, com a inoperância ofensiva da equipa, que novamente mostrou que não o é. É um conjunto de jogadores atirados para um relvado com um plano imperceptível de abordagem a um jogo que se transformou numa trincheira do Soma, tal é a dificuldade que temos em saber o que fazer e como o fazer. Somos, neste momento, um alvo fácil para qualquer formação que nos apanhe pela frente porque entre a incapacidade no ataque, a má cobertura na defesa e a fragilidade do meio-campo, não somos uma equipa. Por muito que possam esticar a definição, não cumprimos os requisitos. E pagámos por isso. Notas abaixo:

(+) Maxi. Lutou muito, apesar de pouco produtivo. Foi dos poucos que, naqueles momentos Maxi de “sai da frente ou arranco-te os olhos com o dedo mindinho” em que arrisca o amarelo mal sai da posição, tentou por alguma forma tirar a bola aos jogadores do Rio Ave que passeavam alegremente no nosso meio-campo. Fê-lo sem grandes excessos mas pelo menos fez alguma coisa para combater a letargia que se apodera da equipa durante tanto tempo.

(+) Brahimi. Ele bem tenta…mas as coisas raramente saem bem. Mas tenta e não consigo tirar-lhe o mérito por pegar na bola e enfrentar dois, três, vinte adversários sozinho e sem movimentações de colegas que o ajudem a sair do poço onde infelizmente acaba por se enfiar. Algumas boas jogadas, pouco mais.

(+) O público, durante quase todo o jogo. Aguentaram-se bem (e eu, que como sempre gritei para os jogadores ao mesmo tempo que me forçava a aplaudir e incentivar as jogadas mais banais) até ao final da partida e a pressão psicológica que sofreram às mãos daqueles rapazes de azul-e-branco teve a resposta da bancada com aplausos sofríveis e quase ausência de assobios. Os sócios fizeram a sua parte, apoiaram Lopetegui e tentaram levar a equipa (ainda que timidamente) para diante. E eles, o que fizeram? Um manguito.

(-) Uma não-equipa liderada por um não-líder Ninguém acredita. Ninguém. Vê-se no olhar dos jogadores, na quantidade absurda de passes laterais que insistimos em fazer. Nota-se na atitude, no medo do meio e na busca das alas, na forma como vêem os adversários trocar a bola com incrível facilidade no nosso meio-campo sem que entendam como a tentar recuperar. A pressão, sôfrega e mal estrurada, aparece ao fim de uns segundos de tiki-taka-foda-se onde a bola rola e os olhos reviram. O ataque, ténue, delicado como um nenúfar a ulular na superfície de um bucólico lago estival, onde os remates tocam ao de leve na superfície das águas e deslizam para a sombria tristeza do rápido esquecimento. Os passes laterais, ah, esses malandros, que criam a matriz força/altura para que nunca seja resolvida pela mente humana como se de um paradoxo se tornasse. De Guaríns a Bolattis, é o que temos e a culpa não é só deles. Também é, porque são frágeis, porque não aprendem, porque não entranham as ideias do treinador. Quais ideias? Alguém vê uma onça de evolução na equipa? Reparam em trabalho feito durante a semana ao olhar para o campo? Notam as triangulações, os movimentos meticulosamente calculados, as desmarcações delineadas no papel e transferidas para a relva? Percebem os cantos sempre bem marcados em grande arco para a inevitável intercepção adversária? Ou será a subida de Maxi solitário pelo flanco? Ou Brahimi, quixotescamente enfrentando moínhos que afinal estão lá rijos e muitos? E Aboubakar, que tira o pé e corre só em zonas onde não precisa? Ou um meio-campo depauperado de força, alma, vitalidade e vontade de ganhar? É isto que o treinador transmite aos jogadores? E eles, ouvem-no? Um mudo a falar para surdos. Perdi mais um naco de alma hoje no Dragão.


Saí do Dragão com a cabeça baixa. Continuo sem conseguir perceber como vamos conseguir subir de produção e evoluir para um patamar aceitável. E com Lopetegui ainda menos.

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Baías e Baronis – Sporting 2 vs 0 FC Porto

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Em primeiro lugar: perdemos bem. Não fomos assertivos na posse de bola, não fomos organizados como equipa, não fomos eficazes na frente e não fomos práticos atrás. Não fomos, no geral, uma equipa, ao contrário do que se viu do outro lado, onde onze homens formam um colectivo ao passo que os nossos onze são apenas isso: onze. Sem entrosamento, com pouca capacidade de criar como um conjunto, como um esquadrão de ataque, como uma equipa. Não somos uma equipa e nestes jogos, onde a inspiração individual não aparece, é ainda mais evidente a ausência dessa união. A notas que se faz tarde:

(+) Danilo. O único destaque positivo da noite de hoje esteve neste tanque que conseguiu adiar o que se foi tornando inevitável ao passar dos minutos. Lutou enquanto conseguiu perante um meio-campo entrosado que trocava bem a bola entre si e que apanhava um grupo de mocitos que de vez em quando treina e joga junto. Danilo foi a imagem da força que todos deveriam ter e se é titular no FC Porto acaba por ser por mérito próprio. Pouco conseguiu fazer de produtivo na frente mas tentou usar a força para controlar o meio-campo. Raramente teve sucesso, admita-se, mas não foi por falta de empenho.

(-) Equipa? Onde? Por onde começar? Pela organização do meio-campo, que permitiu ao Sporting vencer qualquer como 97% das segundas bolas? Ou pelas subidas de Corona e Brahimi que raramente recebiam apoio dos médios e que faziam com que os laterais os ultrapassassem em velocidade sem conseguirem receber as bolas em condições? Ou viremos para Maicon, mais uma vez Maicon contra o Sporting, a facilitar em demasia e a receber o eterno enfoque da realização depois do enésimo passe longo falhado ao que se segue o braço levantado a pedir desculpa aos colegas? Talvez possamos focar a atenção em Aboubakar, que falhou mais dois golos apenas com o guarda-redes pela frente? Ou em Maxi, que desde as constantes substituições à treinador de bancada não mais parece o mesmo a subir pelo flanco? Ou Ruben (et tu, moço) que toma decisões erradas quando se espera perfeição no passe? Ou Indi, que falha rotundamente na marcação do melhor marcador da Liga, ainda por cima com vários de cabeça na conta? Ou poderemos olhar novamente para o meio-campo, que foi o espelho da mesma zona na equipa contrária? Há tanto por onde pegar que se torna complicado perceber como é que um plantel tão bom, com tantas soluções, talento e experiência, não consegue apresentar-se em campo de uma forma consistente, entrosada e com a mecanização dos posicionamentos e desdobramentos e outros -mentos que se espera de um Fafe, quanto mais de um Porto. Juro que nunca vi o FC Porto tão bom jogar tão mal. Pior. Nunca vi o FC Porto jogar de uma forma tão desorganizada.


E assim largámos o comando do campeonato para aquela que é actualmente a melhor equipa de Portugal. Não tem os melhores jogadores, não sei se terá o melhor treinador, mas é notório que é a melhor equipa em campo. E contra factos, meus amigos…

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