Baías e Baronis – Marítimo vs FCP


(foto retirada d’A Bola)


Fraquíssimo. A exibição mais fraca da época foi hoje protagonizada por 11+3 marmanjos que andaram 90 minutos a falhar passes, a falhar posicionamentos, a falhar intercepções e a falhar na sua profissão. Foi muito mau. Vamos a notas que se faz tarde:

BAÍAS
(+) Helton foi a única nota positiva no jogo de hoje. Lesionou-se no aquecimento mas recuperou para o jogo, notando-se no entanto alguns problemas mais para o final do jogo, onde se via o guarda-redes brasileiro claramente a coxear. Não teve culpa no golo e acaba por defender o que pôde, sendo o único no meio do marasmo geral a não falhar.
BARONIS
(-) Jesualdo, em primeiro lugar. Se a táctica de encher o meio-campo pode funcionar em jogos para onde vamos com uma perspectiva mais defensiva, mais concretamente em jogos europeus, na nossa liga não podemos hipotecar o meio-campo em função da inspiração momentânea dos homens da frente, particularmente quando esse sector da equipa está tão amorfa e ineficaz. A opção por Guarín, que compreendo nalgumas instâncias, não pode ser recorrente e alguma coisa mais teria de ser feita para melhorar o jogo da equipa a partir do centro do terreno.
(-) Quem é o número 12 do FC Porto que está a jogar em vez do Hulk? Não conheço aquele rapaz, que não consegue fazer um único drible convincente, que não passa em velocidade pelos laterais, que insiste na finta longa e no jogo de cabeça caída e que não ajuda atrás da linha de meio-campo nem que haja uma praga de gafanhotos para além dela. Se o principal homem que pode fazer a diferença acaba por o fazer, mas pela negativa…torna-se mais difícil…
(-) Não vi ainda as estatísticas, mas o número de passes falhados pelos jogadores do FC Porto é absurdo. Tanto os fáceis e lateralizados como os verticais e ascendentes (obrigado, Freitas Lobo, por enriqueceres o meu vocabulário) são falhados com o mesmo nível de empenho. Tecnicamente estamos ao nível do Salgueiros.
(-) O centro defensivo, especialmente Bruno Alves. Baba apareceu várias vezes a cabecear sem problema, sem oposição, e só não marcou porque deve ter a cabeça torta. O posicionamento tem sido muito fraco e o jogo de expectativa é o oposto do que caracterizava a equipa do FC Porto nos últimos anos. Rolando esteve menos mal, e o auto-golo é um azar tremendo, mas acontece. De notar que o homem já marcou mais golos na própria baliza que o Hulk na baliza dos outros. Se eu não fosse sócio até me ria…
(-) O que mais deve deixar lixados os adeptos é a forma como a equipa joga. A primeira ocasião de perigo apareceu aos 81 minutos! É enervante reparar na apatia enquanto o jogo decorre, na falta de pressão e na constante espera pela bola. Jogamos na expectativa, nunca na posse. Estamos parados a ver as outras equipas a trocar a bola no NOSSO meio-terreno, sem nos preocuparmos em lhes tentar tirar a bola e a estender corredores enormes pelos flancos, onde os extremos não se preocupam, ao contrário de outros anos, em ajudar os colegas que os apoiam a partir da defesa. Hulk e Rodríguez, este último ainda mais surpreendente mas com benefício da dúvida graças à fraca forma física, não ajudam atrás. Álvaro e Sapunaru, vêem-se com 2 e às vezes 3 adversários pela sua frente e não sabem o que fazer. O meio-campo (Fernando aparte) continua sem fibra, sem garra, sem capacidade de domínio, posse e controlo da bola, e é exactamente aí que começa a desfazer-se o actual castelo de guardanapos de café que é a estrutura táctica da equipa.
Estamos agora com um terço do campeonato disputado, e apesar de estamos ainda em 3º lugar e a 5 pontos da liderança, a situação não se afigura como fácil. A equipa está desanimada, com pouca vontade de jogar bem e jogar duro, e estamos, na minha opinião, piores que no ano passado por esta altura. Vamos lá apoiar a Selecção e esperar que os meninos voltem decentes e prontos para as próximas batalhas. A guerra está longe de estar perdida, por isso há que afiar as baionetas e trabalhar mais e melhor!
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Baías e Baronis – APOEL vs FCP


(foto retirada d’A Bola)


Não foi fácil. Hoje de manhã, em conversa com colegas no trabalho, dizia que me parecia ser mais fácil jogar contra o APOEL fora do que tinha sido em casa, principalmente pelos espaços que os rapazes da ilha poderiam dar aos nossos jogadores. Acertei na teoria, falhei na prática. Tornamos o jogo mais difícil do que poderia ser, especialmente pela displicência de alguns jogadores e pela ineficácia em frente à baliza. A notas:

BAÍAS
(+) Falcao, quase fundamentalmente pelo golo. Que me lembre passou a maior parte do jogo em contacto com os centrais e a cair redondo no chão, sem suficiente capacidade de choque para incomodar os cavalões de amarelo. É verdade que jogou pouco apoiado fruto da táctica de “enche-o-meio-campo-com-trincos-e-atira-a-bola-para-os-extremos” de Jesualdo, mas está lento e parece arrastar-se em campo. Um bom golo, no entanto, boa recepção e excelente remate cruzado. E garantiu 3 milhões de euros para os cofres. Boa safra.
(+) Guarín. Apesar de ser complicado conseguir pensar no facto de dar notas positivas a este rapaz, a verdade é que foi talvez o melhor em campo enquanto lá esteve. Muito mexido, bom na intersecção e na saída para o ataque, só conseguia estragar as coisas quando lhe parava o cérebro (como de costume) no meio-campo e perdia a bola para o adversário. Fez um passe fabuloso para Hulk falhar um golo fácil e apesar de não ser um criativo, acabou por fazer o trabalho de que tinha sido incumbido de uma forma aguerrida e com alma.
(+) Os dois centrais estiveram bastante bem durante todo o jogo e apesar de darem algum espaço à torre careca que lá andou pelo meio, só tiveram uma falha que felizmente não deu em nada.
(+) Fernando esteve impecável e implacável em todo o jogo. Está mais desencostado dos centrais e a equipa beneficia do seu posicionamento mais subido, tanto na criação de jogadas ofensivas como igualmente como pressão dos adversários.
(+) Hesitei em colocar este ponto como Baía ou como Baroni. A táctica de Jesualdo foi uma opção pela contenção no meio-campo, num jogo que se previa agressivo e rápido numa altura em que o FC Porto não está nem uma coisa nem outra. Concordei com a entrada de Guarín, ainda que tal colocasse mais pressão sobre o trio de ataque, relegando o centro do terreno para a destruição e passe rápido para os flancos. Ainda assim, Jesualdo não tem culpa da quase total ineficácia que assolou os nossos avançados hoje, por isso apoio a aposta.
BARONIS
(-) Rodríguez não está sequer longe da forma que mostrou no ano passado, até porque o que mostra em campo não é um mínimo de forma. O homem é um peso morto, e não sei qual das palavras se adequa melhor, se “peso”, se “morto”. Lento, sem imaginação, sem criatividade (obrigado, Luís Freitas Lobo, por me enfiares a palavra na cabeça) e com uma preparação física ao nível do Mantorras de muletas, está a caminhar a passos largos para ir mudar os vidros do carro outra vez. Tem de melhorar e muito.
(-) Hulk é incrível. Mesmo. Um avançado que se preze não pode falhar aquele lance em que esteve isolado perante Chiotis. Já nem é a incapacidade de passar a bola mais de 2 vezes em 90 minutos que me incomoda mais. A displicência com que encara a maior parte dos lances de um-para-um e o facto de ser um verdadeiro Quaresma em termos de auxílio defensivo está-me a fazer uma certa febre, e começo a pensar que não vai ser fácil mudar a cabeça do brasileiro. Está a ser, quanto a mim, a maior decepção do plantel até ao momento.
(-) Um baroni curtinho: mas que RAIO foi aquele acocoramento do Sapunaru em plena grande-área quando o Mirosavljevic apareceu em frente a ele!? Estava a apertar os cordões!?
(-) O trio de ataque esteve muito abaixo do costume. Hulk esteve novamente egoísta e extraordinariamente mau no domínio de bola, não passou a bola quando devia e…bem, quase não passou a bola. Fraquíssimo também Falcao, com um falhanço escandaloso. Inúmeros foras-de-jogo, muita lentidão e zero golos. Mal também esteve Rodríguez, lento e sem ideias. O meu colega de Porta costuma dizer que Rodríguez é um jogador ímpar por ser o único extremo que não consegue passar pelo lateral contrário em velocidade. Hoje nem em velocidade nem a fintar. Fraco.
(-) A equipa continua a fazer pouca pressão, a deixar os jogadores contrários trocar a bola muito à vontade. A isso soma-se o muito espaço que se dá nos flancos, onde por exemplo o Charalambides aparecia a centrar quase sempre com muito à-vontade. Se temos laterais com extremos em frente a eles…porque é que não há entre-ajuda na defesa?!
Foi complicado mas safámo-nos. 3 milhões de euros, dois jogos ainda para jogar e os oitavos garantidos. O jogo foi uma bela seca e não fosse ser o Porto a jogar e já tinha mudado de canal há muito tempo. Vá lá, deu para rir com os nomes dos cipriotas. Será que estão a tentar bater o recorde de apelidos mais longos da história do futebol? Estão ao nível do Panandetiguiri do Leiria…
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Baías e Baronis – FCP vs Belenenses


(foto retirada do MaisFutebol)


Se o Belenenses jogasse de preto, tinha sido uma repetição do jogo do passado Domingo. Foi muito mau, muito muito mau. Optei por fazer a análise do jogo apenas hoje já que ontem não tive tempo e ainda bem, porque teria sido mais agressivo. Enfim, um B&B que hoje é um pouco diferente, com apenas um de cada, ainda que com dimensões consideravelmente diferentes. Vamos a isso:

BAÍAS
(+) Não choveu.
BARONIS
(-) Uma primeira parte desastrosa, um arranque de 2ª parte ainda pior e uma gritante falta de ideias e discernimento colectivo que está a assolar a equipa fez-nos perder os primeiros pontos no Dragão esta época. Desde os laterais, com cruzamentos quase infelizes de Álvaro, passando pelo inexistente meio-campo, chegando a uma frente de ataque de elevada qualidade mas com dificuldades evidentes em colocar essa qualidade no terreno. Sente-se uma sportinguização da equipa, parece que estão desde o primeiro minuto a aguardar que o apito final chegue para poderem ir descansar. Escapelizando um pouco mais, o meio-campo está a jogar muito preso de movimentos, muito perto uns dos outros, sem rasgos individuais minimamente produtivos, com Meireles um pouco acima da média desta época mas sem causar problemas e Belluschi em clara falta de ritmo; a frente de ataque é ineficaz e não causa embaraço aos adversários, com Hulk a rematar quando não deve e a tentar fintar quando deve pontapear para a baliza, Falcao a falhar golos e Mariano a ser coerentemente Mariano. Rodríguez não ajudou, está com pouco ritmo e vai demorar a chegar à forma de ano passado. Farías marcou mas pouco mais fez durante o jogo para voltar a ser titular.
O grande problema que se tem vindo a verificar é o facto do FC Porto já não conseguir impôr respeito aos adversários. Qualquer equipinha vem ao Dragão e não passa por grandes dificuldades defensivas porque os 11 gajos de azul-e-branco não conseguem um ritmo ofensivo decente para uma equipa do nosso gabarito. É frustrante ver a apatia com que a equipa entra em campo e a quantidade absurda de passes falhados e erros de julgamento que ocorrem em todos os jogos. Quem está na bancada fica compreensivelmente chateado. Pensei que pudesse ser das ausências para a Selecção ou da intensidade dos jogos e das lesões. Não creio que seja só isso. Há uma inércia que se está a apoderar dos jogadores e que só há uma forma de combater: com sangue novo. Não do treinador, mas através dele, é necessário convocar outros jogadores e descansar alguns dos actuais titulares que estão a precisar de tempo fora do jogo para acalmar e melhorar índices de confiança. Estamos a atravessar um mau momento e tenho confiança que o vamos ultrapassar, mas é preciso fazer algo, e rápido! Não chega dizer que não podemos jogar assim ou assado, que não se podem falhar tantos golos, já que o problema não é apenas esse. Estamos a depender das falhas nas 5 ou 6 oportunidades sérias criadas por jogo, onde se nota muito mais as falhas, do que deveríamos fazer, que era falhar algumas das 20 chances de golo. Os jogos estão a ser uma seca de início a fim (ou quase) e assim os adeptos começam a não aparecer ao estádio. Ninguém merece.
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Baías e Baronis – FCP vs Académica


(foto retirada d’A Bola)


Em primeiro lugar, deve-se dizer que ninguém mereceu o que se passou no rectângulo verde ali para os lados das Antas. O FC Porto não mereceu vencer, os adeptos não mereciam a exibição e a Académica não merecia marcar dois golos. Dito isto, foram 90 minutos de um futebol insípido, de infantilidades e displicências, de pouca inteligência e fraca capacidade física e de ânimo. B&Bs abaixo:

BAÍAS
(+) Farías. Dois golos repletos de oportunidade, a aparecer no momento certo e na altura ideal. Continuo a ficar estarrecido com a sorte deste rapaz. A bola vai-lhe ter aos pés mesmo quando não faz nada por isso, mas o que é certo é que desempenha a função principal (marcar golos) mais vezes do que devia tendo em conta o talento natural que possui. É, até ver, a primeira alternativa a Falcao na frente de ataque, e apesar de poder (e na minha opinião, dever) sair em Janeiro, tem marcado alguns golos importantes esta época.
(+) Fernando. Mais em acção que noutros jogos, falhou muitos passes e fez algumas parvoíces no meio-campo a que não estávamos habituados. No entanto, tem de se dar mérito à actuação do nosso menino. Teve de fazer o papel de Meireles e rodar a bola para os flancos, já que Raúl andava perdido no meio dos médios da Académica, e teve posse de bola a mais para o que deve ter.
(+) Já há vários jogos que Guarín mostra que quer ser titular, especialmente sem Belluschi e Valeri, mas Jesualdo não lhe faz a vontade. Mariano tem sido pouco mais que um pneu em campo e Guarín sempre que entra em campo mostra vontade de jogar e empenho (às vezes demais, admito) que não lhe tem sido reconhecido. Ainda hoje fez uma jogada excelente que depois deu no segundo golo de Farías, e na ausência dos dois argentinos do meio-campo, Guarín já merece a titularidade. E eu não gosto dele, por isso imaginem o que me custa dizer isto…
(+) Mariano. Jogou mal que se farta na primeira parte do jogo, como de costume, mas o que é incrível é não se destacou pela negativa, tão má foi a exibição do resto da equipa. Marcou o primeiro golo e aposto que nem ele sabe como é que a bola entrou. Não está numa boa fase e os adeptos continuam a apoiá-lo até um certo ponto, mas o rapaz deixa-nos tristes por não sabermos mais o que havemos de fazer com ele. Há uma jogada extraordinária no meio da 2ª parte quando passa por 3 defesas, entra na área…e centra para a linha lateral contrária. Merece um “Baía” relutante pelo golo.
BARONIS
(-) Por onde começar? Uma das piores primeiras-partes que me lembro de ver desde há muitos anos, esteve ao nível de vários jogos da época do Couceiro ou Fernandez, em que a equipa não conseguia fazer mais de 3 passes consecutivos, falhava consistentemente na finalização e era horrível de ver. Foi fraquíssimo, muito lento, com pouca garra e quase nenhuma inteligência. Um dos culpados está no próximo “Baroni”.
(-) Jesualdo esteve mal, mais uma vez. Colocando Mariano novamente no meio depois do jogo de 4ª feira frente ao APOEL, mostrou que não aprendeu com a experiência. Mariano até nem teve culpa, é obrigado a jogar naquela zona do terreno e não sabe, e o professor parece não saber que ele não sabe. Depois foi o arraial daquela táctica estranhíssima que vimos em campo, um 4-1-3-1-1…ou seria um 4-1-4-1? Ou talvez um 4-1-1-4? Quem descobrir que me mande um mail por favor, que eu não percebo nada disto). Rodríguez a jogar um pouco atrás de Falcao, Hulk e Mariano nas alas, Fernando como rotacionador (uff) de bola no meio-campo, e Meireles a passear alegremente entre os homens de preto, andava tudo perdido e sem saber o que fazer. Na segunda parte lá se começaram a entender melhor…mas a táctica manteve-se idêntica, com Farías no lugar de Rodríguez, numa substituição que surpreendeu todo o estádio. Cristo.
(-) Ah, o belo autocarro. 11 gajos de preto atrás do meio-campo e siga. Acabam por marcar dois golos graças à simpatia dos nossos defesas, especialmente dos centrais. É estranhamente irónico que um antigo adjunto de Mourinho, que cunhou o termo do “autocarro” para as equipas hiper-mega-defensivas, venha mostrar em campo exactamente a mesma ideia. Espero que a Académica desça de divisão.
(-) Álvaro fez o pior jogo de azul-e-branco. Nem contra o Braga tinha estado tão mal, e neste jogo foi absurda a quantidade de passes falhados. A sua inconstância está a ser constante e isso preocupa.
(-) O trio de ataque esteve muito abaixo do costume. Hulk esteve novamente egoísta e extraordinariamente mau no domínio de bola, não passou a bola quando devia e…bem, quase não passou a bola. Fraquíssimo também Falcao, com um falhanço escandaloso. Inúmeros foras-de-jogo, muita lentidão e zero golos. Mal também esteve Rodríguez, lento e sem ideias. O meu colega de Porta costuma dizer que Rodríguez é um jogador ímpar por ser o único extremo que não consegue passar pelo lateral contrário em velocidade. Hoje nem em velocidade nem a fintar. Fraco.
(-) Meireles andou a passear em campo. Só joga pelo estatuto que possui, porque não traz nada à partida e devia passar uns jogos de fora, no banco ou na bancada, para descansar as ideias e as pernas. Ou isso ou fazia-se-lhe uma tatuagem nos olhos para ter de ficar no recobro umas semaninhas.
A equipa está cansada? Talvez. Com muitos lesionados?
Sim, é verdade. Tem jogadores em baixo de forma? Definitivamente sim. Mas nem tudo pode ser justificado pelas desculpas. Estamos a jogar mal e temos de subir o nível rapidamente. O problema é que com Champions’, Taça e Liga Sagres, somando os jogos das selecções, os compromissos são muitos e muito seguidos. Há que recuperar a alma e a forma física, e isso só passa pelos treinos. É preciso é ter os jogadores no Olival e não em aeroportos a passear de lado para lado…
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Baías e Baronis – FCP vs APOEL


(foto retirada do MaisFutebol)


Ufa. Foi um jogo mediano em qualidade mas elevado em emoção. Quando saí do estádio fiquei com a sensação que podíamos e devíamos ter vencido por uma diferença maior e que o sofrimento era evitável, mas como já tive tantas surpresas negativas em jogos da Liga dos Campeões, saí conformado. Seguem os B&Bs:

BAÍAS
(+) Fernando. A única falha que teve em todo o jogo foi a hesitação que permitiu ao jogador do APOEL o cruzamento que resultou no auto-golo de Álvaro Pereira. Se descontarmos esse lance, o brasileiro esteve simplesmente genial. Cortou bolas atrás de bolas, cada uma mais perigosa que outra, foi um apoio incansável à nulidade que esteve de azul-e-branco com o número 3 (ver abaixo) e até “tirou” algumas bolas à outra nulidade, o número 11, para evitar que este as perdesse. Como dizia um colega de Porta, “o Paulo Assunção não tinha a maturidade deste gajo desde tão novo”. Pura verdade. Fernando é classe e eficácia e se não ficar no Porto será um futuro internacional A brasileiro. Se por cá permanecer terá de lutar mais por isso mas com exibições a este nível é já uma certeza.
(+) Os laterais do FC Porto continuam em grande forma. Álvaro até marcou um golo (ah ah, que piadinha, caro amigo!) e tudo! Fucile está confiante, com a garra e empenho mas sem as displicências a que nos habituou. Álvaro é um verdadeiro coelhinho da Duracell, corre todo o jogo e apoia o ataque com eficiência e muita velocidade, acabando muitas vezes por ter de travar a corrida enquanto espera que os outros cheguem para o cruzamento. São os melhores elementos na transição ofensiva dada a ausência (quer esteja em campo quer não) de Belluschi e a inexistência competitiva de Raúl Meireles.
(+) Hulk está de novo em forma. Todos esperam que continue a criar jogadas incríveis em velocidade e técnica e a passar a bola mais algumas vezes, como fez a Falcao para o colombiano desperdiçar em frente à baliza, e Hulk está a mostrar que pode ser um jogador (quase) completo. Dois golos na estreia a marcar na Champions’ não é para qualquer um e o brasileiro mereceu.
(+) Rodríguez subiu muito de produção na 2ª parte, quando Jesualdo enviou Mariano para um flanco e puxou o uruguaio para jogar no meio-campo. Cebola mostrou estar mais talhado para essa posição que o pobre maluco argentino e foi o autor de algumas boas jogadas de entendimento quer com Álvaro quer com Hulk, ajudando a equipa a subir no terreno e a arrastar jogo como devia, ao nível do relvado.
BARONIS
(-) Já estou farto dele. Ainda vou começar a sonhar com ele e por muito que me custe sonhar com homens, será um gosto poder imaginar que ponho o gajo num saco de serapilheira e lhe acerto com um fueiro como se faz a uma piñata. O problema de hoje é que a culpa nem é tanto dele mas sim do treinador. Jesualdo já sabe que Mariano não rende naquela posição mas insiste em colocá-lo lá. É certo que não havia Belluschi nem Valeri, e o professor emendou (tarde) a mão ao trocar Mariano com Rodríguez, e a equipa sentiu logo uma melhoria significativa. Mariano não só não produziu como também impediu em várias ocasiões que a equipa pudesse ser produtiva, porque quase sempre que tocava na bola havia de a perder em falhas de concentração e incapacidade técnica. Carago, era o público que o avisava quando tinha um adversário à perna!!! Ah, e ainda conseguiu ser expulso por uma infantilidade que um jogador da experiência dele não pode cometer…
(-) Meireles esteve…facilmente reconhecível, tendo em conta o que tem feito este ano. Horrível no passe, fraquíssimo na recuperação e a mostrar um medo de meter o pé à bola que nunca vi. Está a fazer a pior época da vida dele e só mantém o lugar porque não tem tido alternativas à altura, pelo menos para Jesualdo. Devia passar um ou dois jogos no banco ou na bancada para descansar a cabecinha, precisamos de um Meireles em condições e há muito tempo que não o vejo por estas bandas.
(-) Contra uma equipa como o APOEL, muito fraquinha, não se percebe o nervosismo até ao golo sofrido. É certo que o relvado estava molhado e era um jogo da Liga dos Campeões que costuma colocar uma pressão maior nos jogadores, mas os cipriotas trocavam a bola entre eles sem serem pressionados e assim não pode ser. Acredito que a equipa ande cansada das viagens para os jogos das selecções, mas é preciso outra dinâmica e outra disciplina para evitar chatices contra equipas mais fortes.
(-) 32 remates à baliza. Um deles deu golo e o outro foi um penalty que nem sei se conta. Fizemos TRINTA-E-DOIS remates!!! Alguém se lembra de algum com perigo? Bem me parecia.
Um bom resultado com uma exibição razoável, com muitos golos falhados, um golo sofrido com azar e dois marcados com sorte. Ganhando no Chipre ficamos muito perto de nos qualificarmos por isso vamos lá à ilha sacar 3 pontinhos!
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