(+) Helton. Só por culpa dele não saímos de Alvalade com mais golos no saco. Esteve bem, podia ter feito um pouco melhor no segundo golo mas acredito que não tivesse visto a bola a sair dos pés de Izmailov. Boas defesas e excelentes saídas a cruzamentos, foi o melhor da equipa.
(+) Fucile e Falcao. Foram os únicos que tentaram fazer qualquer coisa para mudar o que se passou. Não conseguiram muito por culpa dos colegas, que não os ajudavam. Fucile subia pelo flanco e apanhava com um Mariano imbecil e trapalhão. Falcao bem tentou dominar a bola mas foi sempre mal ajudado por Varela, Meireles e Ruben.
(+) Jesualdo. Naquela que foi das noites em que menos culpa teve, fez uma conferência de imprensa séria, sóbria e correcta. Assumiu as responsabilidades da má noite da equipa, culpou-os no que devia e lamentou-se do que devia. Não se escudou só na falta de pernas mas admitiu que fizeram falta. É verdade. Não teve culpa nenhuma no desenrolar da partida, ainda menos nas substituições. Percebi quando tirou Meireles para meter Belluschi, para tentar dar mais movimento ao ataque. Não correu bem. Entendi quando, a perder por 3, tentou dar alento ao ataque e reforçar o meio-campo, trocando Mariano por Rodríguez e Ruben por Guarín. Não correu bem. Ninguém poderá seriamente culpar Jesualdo pelo mau resultado de hoje, até porque se virem bem, a equipa era basicamente a mesma que demoliu o Braga. Nenhum portista esperava é que implodíssemos em Alvalade…
(+) Sporting. Uma nota simples para a exibição do Sporting. Agressivos, aproveitando bem alguma permissividade de João Ferreira para o jogo rijo (contra o qual nada tenho, quem me dera que nós tivéssemos feito o mesmo), foram para cima dos nossos jogadores, pressionando sempre o portador da bola até que este a perdesse, impossibilitando que uma construção de jogo lenta como a nossa fosse minimamente profícua. Foram bravos e jogaram bem, mereceram a vitória.
(-) Apatia. Fracos, medrosos, tristes, desanimados com os azares, de braços para baixo e moral no chão. Exige-se muito mais, mas estes rapazes, seja pela intensidade ou pela quantidade de jogos, não estão a aguentar a pressão de ter de procurar o resultado. E quando tudo corre mal, quando se perdem ressaltos, quando os passes saem tortos, quando o adversário intercepta uma e duas e três bolas, não conseguem dar a volta por cima e voltar à luta. E assim torna-se complicado vencer seja o que fôr. A forma displicente como se deixavam os jogadores do Sporting “brincar” à entrada da área, com ressaltos consecutivos a irem parar aos pés dos jogadores de verde e branco, entradas sem vontade nem empenho, cortes fracos para o adversário, construção de jogo inexistente, enfim, uma paupérrima mostra de futebol de uma equipa que já podia e devia ter um nível competitivo mais consistente, aliás como tinha vindo a mostrar nas passadas jornadas. Como é possível que se percam tantas bolas por infantilidades, que as marcações sejam sempre falhadas e que haja tanta permissividade perante um adversário que, não estando a fazer uma boa época, tem jogadores que rematam bem e que sabem jogar à bola?!
Decidi fazer uma pequena nuance nos Baronis de hoje, atribuindo notas individuais a grande parte dos jogadores. Ora vejam lá se concordam:
(-) Bruno Alves. Zero. Esperem, vendo bem o terceiro golo, diria: dois negativos.
(-) Rolando. Zero. Só com um auto-golo podia ter jogado pior.
(-) Varela. Zero. Acusou a pressão.
(-) Ruben. Zero. Teve medo em quase todos os lances.
(-) Álvaro Pereira. Zero. Horrível a defender, ineficaz a atacar.
(-) Meireles. Zero. Lento e previsível.
(-) Tomás Costa. Zero. Muito mau a passar a bola, pior no posicionamento táctico.
(-) Mariano. Zero. O costume pré-Sporting para a Taça.
(-) Belluschi. Zero. O costume, ponto.
Ponto final, parágrafo. O mais provável é termos hipotecado qualquer hipótese de vencer o campeonato 2009/10 neste Domingo chuvoso em pleno Alvalade XXI. Até ser matematicamente inviável vou manter uma fugaz esperança de lá podermos chegar, mas não vejo grandes chances de recuperarmos 9 pontos do Benfica e 8 do Braga. A própria Liga dos Campeões está longe demais para ser uma realidade provável. É possível mas cada vez menos verosímil. Haja fé…