Dezanove dedos de treta com o Mestre de Cerimónias (oartistadodia.blogspot.pt)

Em semana de clássico…uma conversa com o inimigo. Um inimigo muito especial, autor de um dos blogs mais reconhecidos e de maior qualidade do nosso panorama futebolístico (e não só) nacional: “O Artista do Dia“. Usa o nom de plume “Mestre de Cerimónias” e tem uma cadência de escrita ao nível de uma aceleração do Hulk e uma sagacidade e inteligência na prosa que só se equipara a um Lucho em frente a um teclado. Decidi meter conversa com ele a poucos dias de distância de um dos jogos mais importantes do ano para perceber como pulsa o coração de um leão na véspera de se deslocar a um dos estádios mais complicados do país. Fica a conversa, comprida mas agradável, para lerem e imaginarem que o futebol também pode ser assim. Rivais durante o jogo, gente que sabe conversar fora dele. Siga a rusga:

Jorge: ora viva! como vai s/exa?
Mestre de Cerimónias: Olá Jorge! Bem, e o Dr.?
Jorge: Engº, faça favor, haja respeito
Mestre de Cerimónias: Peço desculpa, Engº.
Jorge: kidding, detesto essas merdas. títulos só no desporto.
Mestre de Cerimónias: Eu sou coerente, não quero nada com títulos em nenhuma faceta da minha vida.
Jorge: damn, acertei mesmo no sportinguista certo, és a personificação da imagem icónica que o resto do mundo tem
Mestre de Cerimónias: ahahah
Jorge: então comecemos pelo mais recente: que tal este mercado? mais fortes ou mais fracos?
Mestre de Cerimónias: Não acho que vá mudar grande coisa. O problema do Sporting não está no onze inicial, mas sim nas alternativas que (não) existem para certas posições. Em teoria, os regressos do Palhinha, do Podence e do Geraldes são positivos, mas a época do Sporting resume-se a apenas mais 15 jogos… logo, não me parece que existirão oportunidades suficientes para se notar a diferença em relação aos que saíram.
Jorge: mas há elementos em subrendimento que podem ser trocados e ajudar a preparar eventuais (certas) saídas
Mestre de Cerimónias: Sim, isso sem dúvida. Numa perspetiva de futuro, foram as movimentações certas.
Jorge: e dependendo do resultado no Dragão, não achas que essas alterações vão ser catalisadas? especialmente em caso de resultado negativo…
Mestre de Cerimónias: Não estou a ver o Jesus a mudar a estratégia em função do resultado de sábado, sinceramente. Será sempre a condição física e as suspensões a ditarem as oportunidades que os jogadores de banco terão. A não ser que existam instruções de cima, claro.
Jorge: e achas que ele cede a isso? mesmo com as eleições aí à porta? nunca me pareceu gajo para se deixar enredar nessas coisas
Mestre de Cerimónias: Depende da natureza das instruções, suponho. Quando falo em “instruções”, não me refiro a nada em específico, apenas em fazer ver ao treinador que é importante em recuperar o tempo perdido na valorização de determinados jogadores. Não me passa pela cabeça que alguém da estrutura faça imposições de quem tem que jogar. Já agora, como viste as movimentações de mercado do Porto?
Jorge: equilibradas. quem não tem dinheiro tem de abdicar dos vícios e foi um approach consistente. continuo a achar que nos faltam opções aos actuais desequilibradores, especialmente nas alas, mas estou moderadamente satisfeito com o plantel actual. curioso para ver como o Soares se vai safar nos próximos tempos. mas temos um plantel completamente diferente dos últimos que nos deram títulos, muito menos experiente, com muito e bom espírito de luta mas pouca fibra mental, pouco calo para grandes combates. temo o que pode acontecer contra a Juve, especialmente no jogo em itália.
Mestre de Cerimónias: Pois, nomeadamente lá na frente, só putos. Com muito potencial, mas putos. Para quem está habitado a Jacksons e Falcaos, é uma grande diferença.
Jorge: completamente de acordo. é um dos grandes problemas do FC Porto actual, este processo de desmame em relação aos planteis de luxo que tivemos. a malta está muito mal habituada mas já se vêem sinais de melhoria na relação dos adeptos com a necessidade de vencer depois de um período de seca
Mestre de Cerimónias: Nós, finalmente, decidimos abrir (e bem) os cordões à bolsa para a posição de ponta-de-lança. Os 10 milhões do Dost foram muito bem gastos.
Jorge: esse cabrão, pá. Jardel holandês, é o que é! espero que o Felipe o seque bem sequinho mas não vai ser fácil
Mestre de Cerimónias: O meu principal medo com o Felipe é quando ele for à nossa área.
Jorge: é um gajo jeitoso e está a evoluir muito. faltou-nos isso nos últimos anos, um central rijo que olha nos olhos e acerta se for preciso e que não se põe a brincar na defesa
Mestre de Cerimónias: O Sporting tem estado mal nas bolas paradas defensivas. Vocês estão on fire nas bolas paradas ofensivas. Até o Marcano já parece jogador.
Jorge: estamos on fire…kinda. foram só os últimos jogos, houve aí muito jogo com demasiados cruzamentos indecentes. o Marcano é um case study: gajo certinho, que inventa pouco, joga para o colectivo, para o grupo, nunca para ele…mas no ano passado viu-se que cede com facilidade à pressão que ele próprio coloca em cima dos ombros. desde aquele lance ridículo na Choupana, nunca mais foi o mesmo até acabar o ano.
Mestre de Cerimónias: Nunca imaginei no início da época que o Porto conseguisse ter uma defesa tão pouco batida. O Marcano não dava grandes garantias, o Boly foi uma contratação estranha e o Felipe a ter que se adaptar ao futebol europeu…
Jorge: tu e eu! o Danilo tem ajudado muito! esse gajo foi tão bem “roubado”!
Mestre de Cerimónias: Estou muito satisfeito com o meu 6. Não é tão forte a defender, mas dá outras coisas à equipa. Mas agora está em má forma, no entanto. Foi um dos sacrificados por não ter backup decente.
Jorge: e o Palhinha? devo dizer que me surpreendeu no Moreirense, está a ficar um jogador a sério. mais Katsouranis que William, mas com cabeça.
Mestre de Cerimónias: Já sigo o Palhinha desde o último ano de junior. Gosto muito dele. Um cavalão, muito agressivo na abordagem aos lances, e que sabe progredir com bola. Foi, provavelmente, o grande erro do Jesus nas dispensas que fez. Ainda bem que voltou. Há que o preparar para ser o 6 titular na próxima época.
Jorge: concordo, francamente. mas estreias em clássicos são sempre complicadas…ou achas que o miúdo se safa bem? ele já jogou com o Paços, mas num Dragão cheio…
Mestre de Cerimónias: Ele é um miúdo mentalmente forte. E deu-se bem nos jogos que fez com o Porto nesta época. Acho que se vai dar bem. O meu principal medo em relação ao Palhinha é a questão disciplinar. Mas o árbitro é o Hugo Miguel, que é um árbitro que poucas vezes puxa do cartão… isso pode favorecê-lo.
Jorge: ou seja, prevês um clássico dos bons, um jogo mais físico a meio-campo beneficia o Sporting, não tenho dúvida…
Mestre de Cerimónias: Vai ser interessante, é um jogo de tripla. Não é como há uns anos, em que o Sporting entrava no Dragão quase derrotado. As últimas vitórias que conseguimos aí foram importantes para atenuar essa desvantagem psicológica. Na minha opinião, o Sporting vai tentar (e conseguir) mandar no jogo, porque não sabe jogar de outra forma, mas há a questão psicológica: o Porto está moralizado e vai ser paciente, enquanto o Sporting está com dificuldades em dar a volta a situações adversas.
Jorge: esse é o meu medo. que o Nuno se deixe amedrontar no caso de ter de defender uma vantagem
Mestre de Cerimónias: Pode parecer paradoxal, mas acho que o Sporting tem mais hipóteses se não marcar cedo.
Jorge: essas dificuldades podem existir, mas quando o adversário permite que ocupes grande parte do terreno, a mobilidade e agressividade podem fazer o resto. ou então fiquei muito marcado pelo empate com o Benfica
Mestre de Cerimónias: Não sou grande apreciador do estilo do NES (nem quando está no banco, nem quando está à frente de um flipchart), mas por acaso acho que foi um pouco vítima das circunstâncias nesse jogo com o Benfica.
O anormal foi o Benfica ter empatado jogando o que jogou. As substituições do NES foram de marcha atrás, mas a verdade é que o Benfica é muito mais perigoso se tiver oportunidades de contra-ataque do que se tiverem a iniciativa de jogo. Percebi a ideia de fazer marcha atrás e convidar o Benfica a avançar no terreno.
Jorge: não estavas lá na bancada, caso contrário acho que mudavas de opinião. foi muito frustrante ver uma equipa a controlar o jogo e a ser obrigada a recuar pelo medo que lhes era transmitido do banco. acho que o Nuno melhorou desde esse jogo, está mais ousado, pode ter uma visão própria mas espero que não volte a esse estado. ainda assim…em clássicos…as coisas tendem a ser diferentes. a questão é que ele não precisava de o fazer, tinha o jogo na mão.
Mestre de Cerimónias: És um gajo ambicioso. Eu fico contente com um 0-1.
Jorge: neste momento só queria anular a vossa vantagem. ou seja, 1-0 chega. já vieste ao Dragão alguma vez?
Mestre de Cerimónias: Se nos ganharem, já não te precisas de preocupar com a vantagem dos confrontos diretos. Só fui uma vez ao Dragão, para ver o Portugal – Grécia no Euro. Correu bem. #not
Jorge: vá lá, se fosse a final tinha sido um murro maior.
Mestre de Cerimónias: Só fui ver dois jogos no Euro… esse e o seguinte, contra a Rússia, na Luz. Também foi a única vez que fui a esse estádio.
Jorge: na nova Luz só fui ver um único jogo, aquele em que o Rentería falhou de baliza aberta. no vosso estádio nunca entrei, acreditas? no antigo sim, mas o novo ainda não teve o ilustre prazer de me ver lá dentro.
Mestre de Cerimónias: Só fui ver o Sporting à Luz uma vez, à antiga Luz. Ganhámos 3-1 para a Taça, em 2000.
Jorge: esses jogos é que eu gosto. vocês e a vermelhagem a matar-se aos bocados! sentadinho, cerveja na mão, a apreciar!
Mestre de Cerimónias: Ahahahah, o sentimento é mútuo, quando vos vejo a jogar com eles. Eu e o balde de pipocas. Infelizmente, agora andam muito amigos, Sporting e Benfica.
Jorge: estes clássicos no Dragão são muito stressantes, pelo menos para mim, é daqueles jogos em que entro para o estádio, arranca a partida e eu só quero que acabe rápido. não há diversão nenhuma, só tensão.
Mestre de Cerimónias: Ahahah, comigo é igual. E o pior é quando os jogos são num domingo à noite, passa-se o raio do fim-de-semana num completo estado de nervos. Sendo ao sábado, para o bem ou para o mal, pode-se aproveitar o domingo com outras coisas.
Jorge: concordo absolutamente. há duas semanas tivemos um jogo às 16h. que prazer! estádio quase cheio, montes de gente bem disposta, fez lembrar os bons tempos das Antas.
Mestre de Cerimónias: Sim, é inevitável não recordar com saudade o horário dos jogos de há 20 anos. 15h no inverno, 17h perto do verão, não tinha nada que enganar.
Jorge: pá, tão bom, que saudades! nós, os tolinhos que lá vamos seja de tarde ou de noite, é que damos valor a isso
Mestre de Cerimónias: Pronto, havia o pequeno pormenor dos banhos que se levava quando chovia. Aposto que nisso sofreste mais do que eu.
Jorge: uff, tantos! chegar a casa ainda a pingar…
Mestre de Cerimónias: O velhinho Estádio de Alvalade tinha uma bancada coberta. Só fui para lá uma vez. Acho que foi num Sporting – Leça, chovia torrencialmente, o relvado parecia uma piscina, estavam meia-dúzia de gatos pingados a ver o jogo. Na altura o presidente era o Santana Lopes, disseram ao pessoal que se podia deslocar para debaixo da pala.
Jorge: lindo. lembro-me bem desses jogos, com equipas pequenas, onde estavam poucos milhares (se tanto). houve um Porto vs Braga em que toda a bancada reservada aos visitantes estava ocupada por um único gajo que andava para lá a saltar como um demente
Mestre de Cerimónias: Ahahah
Jorge: na altura que o Braga tinha gajos tipo Karoglan, Zé Nuno Azevedo e afins. nada de Mendesices.
Mestre de Cerimónias: Eheh, outros tempos. O Zé Nuno I e o Zé Nuno II. Isso é que eram nomes de jogadores.
Jorge: era um marco das cadernetas de cromos. só tinha pena do II, para marketing era uma treta…marketing no futebol português nos anos 80, olha o que me fazes dizer
Mestre de Cerimónias: Marketing? Sabiam lá o que era isso na altura.
Jorge: temos a visão tão deturpada actualmente
Mestre de Cerimónias: Mudou muita coisa. Algumas para melhor, algumas para pior. Hoje em dia os jogadores vivem numa redoma. Mete-me confusão a falta de contacto entre adeptos e jogadores… agora só com sessões de autógrafos, normalmente associados a uma marca, com zero de espontaneidade.
Jorge: sinal dos tempos, infelizmente
Mestre de Cerimónias: Sim, verdade seja dita, há mudanças que eram inevitáveis.
Jorge: mas isso é algo que nós, como adeptos, temos vindo a perder e não prevejo que recuperemos. dá-se demasiada importância ao nome, à aura do ícone e esquece-se a humanidade básica. os clubes só tinham a ganhar com isso, mas os jogadores são tratados como se fossem de cristal. “vais para o twitter se quiseres, não vás é tomar um café à baixa senão lixas-te”. é mais fácil de gerir.
Mestre de Cerimónias: É isso, e também a forma como os jogadores olham para o clube. É cada vez mais difícil surgirem símbolos, verdadeiros símbolos, jogadores que são efetivamente doentes pelo clube, que ficam tão ou pior que estragados por perderem como nós.
Jorge: aqui estamos a tentar voltar a esses tempos mas é complicado manter essa miudagem cá, especialmente quando há muito talento ao barulho. sabes que o Ruben Neves foi a Estoril no meio dos Super?
Mestre de Cerimónias: Não sabia.
Jorge: espero que não tenha sido ele a atirar os petardos
Mestre de Cerimónias: É normal que os jogadores se libertem desse sentimento de ser adepto. Com os agentes a fazerem-lhes a cabeça, com os próprios clubes ansiosos por terem lucros astronómicos com eles, é normal que também pensem mais na carreira deles do que noutra coisa.
Jorge: perfeitamente normal, não contesto isso. mas hoje em dia exijo que muitos desses miúdos tenham juízo e não se deixem enfeitiçar pelo primeiro vendedor de banha da cobra que lhes aparece à frente. temos de recultivar os valores, não só os financeiros
Mestre de Cerimónias: Concordo.
Jorge: ser um Buffon é muito mais importante que ser um Schmeichel, se me permites a comparação. claro que isto é lírico, mas há um equilíbrio que se pode tentar atingir.
Mestre de Cerimónias: Sim, percebo-te. Um Gerrard ficará para sempre na história. Outros do mesmo nível, não serão lembrados da mesma forma ao fim de alguns anos. Ou um Totti.
Jorge: exactamente
Mestre de Cerimónias: Pensas no Milan e ainda hoje é impossível não nos lembrarmos de um Maldini, de um Baresi.
Jorge:  exacto, mas ninguém se vai lembrar do Balotelli daqui a uns anos a não ser pelo enésimo Lambo que espetou contra um muro
Mestre de Cerimónias: Exato.
Jorge: rapaz, estava aqui a falar mais umas horas, mas não pode ser. para terminar: boa sorte para o ambiente e para o espectáculo, que ninguém se mate dentro de campo. quanto ao resto…fuck off
Mestre de Cerimónias: Ora bem! Que ganhe o melhor, e que o melhor seja o Sporting!


Bom jogo, Mestre. E já sabes, tens um fino à tua espera!

13 comentários

  1. muito bom, Jorge e Mestre!

    o Artista é um dos 3 blogs clubistas nao portistas que sigo. a blogosfera verde tem uma estrutura informal bastante engracada. em tom de crítica, diria apenas que foi preciso uma época como a passada para perceberem bem a cor do #colinho. tal como a maior parte da populacao, deixavam-se ir. até entao, pelas conversas do CM e d’ABolha,,, mas quando nos toca a nós, ai ai…

    isto será sempre a coisa mais importante de entre todas as menos importantes, por isso óptima iniciativa e bela conversa!

    um abraco

    1. E está uma boa de uma imperial à espera!!! belo!
      Entre gente conhecida e, já agora, que preste, a bola muito dificilmente faz estragos.

  2. Bom dia
    Boa leitura !

    Afinal, aquilo que tantos “reclamam” e poucas vezes “põem” em prática.
    Partilha de opiniões, afirmação de ideias, “efervescências” clubisticas… mas o respeito essencial para falar um com o outro, Exactamente como 11 contra 11 dentro das quatro linhas.
    Há um embate desportivo. Cada uma das partes exibe o melhor que tem (ou o que consegue…) sabendo que não estão no “tabuleiro” a jogar sózinhos.
    A diferença, é que no final o Jorge pode ir beber o fino com o Mestre -seja em Alvalade ou no Dragão
    Eles (jogadores, técnicos, etc) têm a responsabilidade profissional de fazer o jogo, saudarem o adversário e ir à vida deles, produzir para o que lhes pagam.

    Como o Jorge bem lembra, há (?) (houve…!!!) jogadores ou técnicos que “vivem” (viviam) com os adeptos o resto da semana… muito para além dos cromos!
    E tantos que eu também admirava nos adversários.
    Mas isso, nos dias de hoje, receio que seja pedir muito…

    Um abraço para ambos
    Tanto que eu quero que o FCPorto ganhe !! Estou cansado destes insucessos recentes.

    Luis Correia
    (Coimbra)

  3. Curvo-me perante a vossa conversa. Que maravilha. Parabéns aos dois. Sou Sporting, mas não deixo de elogiar os dois. Que maravilha, repito!

  4. É um prazer refrescante assistir a uma conversa entre adeptos de clubes rivais com tanto respeito.
    Uma nota principal para o certeiro tema dos horários dos jogos: como adepto do Sporting, detesto perder jogos por causa de horários absurdos. Muitas saudades do velho José de Alvalade às 15, 16 ou 17h. É uma pena que as transmissões televisivas dominem esta questão, não contribui em nada para o respeito que deveriam merecer os sócios e adeptos que vão à bola.
    Obrigado aos dois, e que o clássico seja vibrante.

  5. a blogosfera futebolística tem feito tanto pelo adepto: mais informação, possibilidade de expressar o que nos vai na alma com alguem a ouvir, sentir que não estamos sózinhos naquela particular percepção de um fenómeno, e, principalmente, mostrar “cartões amarelos” aos nossos próprios clubes, quando os balões de ensaio têm trajectórias esquisitas…

    que a isto se junte a demonstração clara que a urbanidade existe entre os adeptos e a recusa das manobras de diabolização do Outro, com uma conversa sã e escorreita

    Muito Obrigado aos dois

    (apesar de sportinguista leio muitas vezes o porta19, pelo desassombro das opiniões e lá está, por ver que existem enormes semelhanças quando se gosta do clube de maneira sã)

  6. Caro MdC

    Quando é que vai permitir novamente comentários de Anónimos no blog “O Artista do Dia”?

    Fiquei com a impressão que os meus comentários foram o motivo para essa decisão, pois só eu é que lhe dava luta.

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