Ouve lá ó Mister – Chaves

Companheiro Nuno,

Podes encarar este jogo de duas formas diferentes. A primeira envolve uma boca a espumar de revolta, o doce sabor da vingança nos lábios, a sensação de cumprir o dever que foi esquecido aqui há umas semanas numa fria noite transmontana que nos tramou o espírito e nos fez salivar durante mais uns jogos por um miserável golo que parecia estar escondido das nossas mentes e das nossas almas. Essa forma de encarar o jogo é engraçada mas utópica e pode levar a chatices porque quando metes emoção ao barulho há sempre hipótese de deixares que ela comande os teus pensamentos quando as coisas não correm bem nos primeiros minutos. Há, portanto, uma outra forma.

Jogar futebol em condições. Entrar em campo com a vista focada no resultado, com tranquilidade e paz de alma, trocando a bola decentemente, furando quando é preciso furar, rematando quando houver oportunidade para o fazer e acima de tudo com eficácia na rotação do meio-campo, assertividade no controlo da zona defensiva e mais importante que tudo: não adormecer se conseguirmos uma vantagem no resultado. O Chaves pode vir sem treinador (ou com treinador a prazo, ainda não sei muito bem) mas os onze que estarão em campo vão lembrar-se do que nos fizeram na Taça e têm a lição bem estudada para o repetir. Não os deixes.

Sou quem sabes,
Jorge

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