Notas soltas sobre o jogo contra o Villarreal

350588_galeria_fc_porto_x_villarreal_pre_epoca_2016_17_jogos_amigaveis_.jpg

Ficaram algumas coisas na memória do jogo de hoje, mas poucas que se aproveitem daqui a uns anos. Típico para jogo de pré-época. O problema é que estamos a seis dias da época começar e…bem, vamos a isso:

  • Os equipamentos são lindos. LINDOS. O principal então é um prazer de ver, ao longe no lombo dos jogadores ou no torso de muitos adeptos que vi já com eles vestidos. Um grande dedo polegar levantado para a New Balance este ano!
  • A equipa não esteve muito mal defensivamente. Ou melhor, mesmo lá na defesa, na zona mais recuada, porque a partir daí foi uma confusão. Médios que não se entenderam, extremos que não apoiavam, problemas graves na subida dos laterais e uma estratégia complicada de compensações e de marcação dos jogadores adversários que não funcionou. Era ver os amarelos a entrar pelo nosso meio-campo como se estivessem a treinar contra pinos. E nós fomos mais lentos que pinos.
  • Complicada também foi a gestão de esforço. Fiquei com a ideia que houve regras evidentes para tirarem o pé para não abusarem do físico porque o que aí vem é bem mais exigente do que um mero jogueco de apresentação. Mas fico sempre com receio que haja tamanha displicência nos jogos de pré-época que possa arrastar-se para os jogos a sério.
  • Displicência houve também na defesa e em doses cavalares. Passes mal feitos, atrapalhação nas laterais, demasiadas facilidades para tabelinhas dos adversários (a sério, começou a ser uma questão de orgulho a partir de uma certa altura na primeira parte) e até Casillas se deu ao desplante de não sair da baliza em várias ocasiões onde seria fácil agarrar a bola e limpar problemas.
  • Não gosto de ver Danilo a subir tanto no terreno. Percebo o intuito mas não gosto. Prefiro um trinco à antiga, a varrer sozinho aquela zona em frente aos centrais sem se preocupar com conceitos modernos como o transporte de bola ou a pressão alta. E com os buracos que abriu naquela zona quando saiu de lá…upa, tanto calafrio que vai haver, amigos…
  • Confirma-se: quando o Teixeira entra a partir do banco, só faz borrada.
  • Continuo a gostar de Felipe. Não ouviu as ordens para tirar o pé e enfiou-o em várias bolas divididas, ganhando a maior parte delas. Uma espécie de Chidozie eficaz, vá.
  • Mudei de Dragon Seat e no meu novo pouso estava uma senhora nos seus sessentas a ver o jogo sozinha. Deu para perceber que conhecia os vizinhos do lugar e conversava ocasionalmente com eles. Vocal (e sonora q.b.) nas suas opiniões, a dada altura sacou de um leque para tentar criar algum ar fresco para contrariar o calor abafante que se sentia. Gostei da imagem, da devoção e da vontade férrea da portista, um bom exemplo que muitos deviam seguir. Com ou sem leque.

4 comentários

  1. Não percebo a lógica de não ser o defesa direito a fazer os lançamentos… é um convite à equipa adversária para pressionar alto.

Deixar uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.