Camarada José,
Mais uma semana, mais uma voltinha na montanha russa que tem sido esta época. E ninguém está imune a críticas, nem presidente nem jogadores e obviamente nem tu, meu caro, que estás aí há umas semaninhas mas já percebeste que nesta naçom todos criticam e raramente aparece alguém com razom. Sim, eu sei, mas foi para rimar, nem fica assim tão mal. Tom mal. Whatever, siga.
O jogo de hoje é disputado quase todos os anos tirando aquelas alturas em que o Belém desceu de divisão. E há sempre a cerimónia da coroa de flores em homenagem ao Pepe (mais uma vez, para os mais distraídos, não é o do Real Madrid) e as boas relações entre os dois clubes, com o devido alheamento do súbdito vermelho que parece continuar a mandar no clube mais azul de Lisboa. As viagens à capital estão a ser mais vantajosas este ano e a última vez que aí fomos ao burgo saímos com o papo cheio e um sorriso rasgado. Mas no ano passado, na partida que disputámos neste mesmo estádio, fomos empatar depois de noventa minutos do pior futebol que me lembro de ver uma equipa do FC Porto praticar e garanto que estou a incluir estágios de pré-época contra equipas de carteiros e limpa-chaminés no meio da Holanda. No ano passado os únicos dois jogadores a quem dei notas positivas foram Óliver e Jackson. Pois. O resto foi qualquer coisa como isto: “Todos os jogadores pareceram encarnar figuras de menor relevo do nosso passado. Alex Sandro em modo Rubens Júnior, Ruben como Bolatti, Herrera à Valeri, Brahimi como Alessandro, Maicon como Stepanov e Quaresma parecido com Tarik durante o Ramadão.“. Estás a ver o que te espera se as coisas correm mal? Especialmente depois de teres atirado com o jogo do Dortmund para o lodo?
Pois é, rapaz. Há que ganhar, não é? Sempre!
Sou quem sabes,
Jorge