Señor Lopetegui,
Ainda estou mal disposto por causa do jogo a meio da semana e não me parece que passe tão cedo. Pedi-te duas coisas muito simples: tenta ganhar e não inventes. Abdicaste da primeira por causa da segunda e deste-me uma azia que só vai passar quando receberes o troféu de campeão nacional das mãos do Proença ou seja lá quem for que te vai colocá-lo nas mãos. É que não há outra oportunidade para ti, meu caro, que não a vitória nesta prova. Tudo o resto, para lá de uma hipotética conquista da Europa League (sonha, Jorge, tu sonha bem alto, rapaz!), só vai ajudar a soletrar mais um enorme falhanço dos objectivos e um pontapé no rabo para daqui a uns anos escreveres as tuas memórias e ocultares este período.
Hoje, mais uma viagem à ilha. E se a última vez que foste a uma ilha apanhaste no pandeiro, espero que não lhe tenhas tomado o gosto porque esta ilha, apesar de diferente em hábitos e costumes, também fala numa língua esquisita e é malta que bebe bem e do bom. Um amigo meu diz que tu bebes uns chupitos antes do jogo e depois passas os noventa minutos todo zurdinado e por isso é que tomas as decisões que tens tomado recentemente. Não sei, francamente, mas vou voltar a pedir-te o que fiz antes do jogo contra o Chelsea, desta vez com maior assertividade porque o adversário é mais fraco: ganha o jogo e por favor não inventes. A sério, pá.
Sou quem sabes,
Jorge
Neste momento já estou mais numa de “NÃO inventes e por favor ganha o jogo”.
Tenho a sensação que já não estamos em extracções sucessivas do Loto Lope, e passámos para sessões contínuas do LOSTpetegui.
Acho que o placard podia criar a modalidade “acertar no 11 do Porto” seria certamente uma boa fonte de negócio.