Baías e Baronis – Maccabi Tel Aviv 1 vs 3 FC Porto

imgS620I164228T20151104223307

Algures a meio da segunda parte, depois do segundo golo, o jogo baixou o nível de uma interessante partida de futebol para o que parecia um daqueles jogos de putos na escola primária, onde duzentos miúdos correm atrás da bola num magote de camisolas e suor a saltar das suas cabeças. Deixou de ser Champions e passou a ser Taça da Liga, se quiserem uma metáfora mais correspondente com as competições onde estamos envolvidos. Ainda assim, uma vitória inquestionável com bons golos e uma bela soma de dez pontinhos à quarta jornada. Nada mau. Notas abaixo:

(+) Layún. Excelente jogo do mexicano, o melhor com a nossa camisola e com um golo que já vinha a fazer por merecer desde há alguns jogos. Muito activo a subir pelo flanco e até pelo centro, onde por várias vezes surgiu a atacar com uma claridivência e intensidade que nos foi sempre muito útil. Firme também a defender Ben Haim e a impedir várias jogadas que podiam ter causado perigo.

(+) Tello. Mais que a assistência para Layún e a atitude que mostrou em todo o jogo, tem o mérito de ter conseguido fazer que um mau controlo de bola se transformasse em golo pela velocidade de reacção e pela aparente calma em frente ao guarda-redes que lhe saiu ao caminho. Optou sempre pelo caminho mais prático e tanto ele como a equipa ganharam muito com isso.

(+) Danilo. Muito rijo na luta a meio-campo mas acima de tudo com vários passes longos estupendos a romper a linha defensiva do Maccabi e que só não deram golo porque a ineficácia vestiu de azul e branco durante quase toda a primeira parte.

(-) Cantos ofensivos. Contei dez cantos a nosso favor, mas podiam ter sido cento e quarenta e sete, tal é a produtividade que continuamos a manter em níveis ridiculamente baixos neste tipo de lances. Quase sempre batidos da mesma forma, à mesma altura e sem que consiga haver uma movimentação decente que crie perigo. Não seremos a equipa com a média de alturas mais…alta, mas é assustador saber que um alívio de bola na defesa pode ser mais perigoso que um pontapé de canto.

(-) Muito espaço dado às incursões pelo centro. Vejo muitas vezes a subida de jogadores contrários por zonas centrais e espanto-me como a zona de cobertura defensiva parece ser rompida como uma faca quente a cortar manteiga. É certo que raramente causam perigo por essa mesma zona porque a “concha” vai fechando e a bola acaba por ser endossada para uma ala ou há um recuo progressivo do adversário para restruturar em organização ofensiva, mas o desequilíbrio criado pode ser perigoso.

(-) Tantos golos falhados. Pelo segundo jogo consecutivo houve muito mais lances em que colocamos as mãos na cabeça do que os que fizeram com que as erguêssemos no ar. Foram tantas as oportunidades de golo falhadas, entre as de Aboubakar (duas ao poste) e mais algumas de Tello, Varela, André e companhia, que poderíamos ter registado uma vitória histórica que acabou por não acontecer. Só não falha quem não está lá dentro, yadda yadda, mas estamos a desperdiçar golos e largos minutos de maior descanso quando falhamos tanto.


Com dez pontos no saco e o próximo jogo em casa contra o Dínamo a poder garantir com absoluta certeza a passagem aos oitavos, não se pode dizer que tenhamos estado mal este ano na Champions. Só falta mais um pontinho, caríssimos!

1 comentário

Deixar uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.