O jogo dos pronomes

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Nunca fui membro de uma claque. Juro que não foi por falta de tentativa, mas os meus pais sempre foram bastante rígidos com essas coisas e eu fui um teenager do menos rebelde que alguma vez existiu. Ia para as Antas e vi dezenas de jogos na Superior Sul com os Super ou os Dragões Azuis ou até junto da Brigada Azul, perto deles mas nunca dentro do grupo. Era um puto e ao ver algumas das picardias e arreliações que existiam lá no meio, o cagarola dentro de mim fazia com que me puxasse para trás, subisse seis ou sete degraus de cimento das velhinhas bancadas e continuasse a ver o jogo como era hábito. Mesmo quando ia ver jogos fora, habitualmente ao Bessa, ficava junto das claques mas tentava sempre afastar-me das chatices. Mesmo quando voavam autoclismos como vi a acontecer pelo menos uma vez.

Este prélio para afirmar que nada tenho contra o conceito das claques organizadas. Muitos deles são rapazes como eu, que adoram o clube e que estão dispostos a acompanhá-lo pelo país fora, pelo estrangeiro, investindo muito do seu próprio dinheiro para o fazer e tirando a satisfação do facto de poderem viver o clube e seguir as suas equipas com o FC Porto na alma, com menos peso na carteira mas muito mais no coração devido a ele. Mas há malta que me parece desfasada da identificação de uma claque como “grupo organizado de apoio a uma instituição” (definição minha) e não consegue perceber que alguns actos não são condizentes com esse mission statement. Não falo de um, de outro, de X ou de Y, não os conheço (mas gostava e um dia destes hei-de marcar um café para dar duas de treta) e não sei qual é a racionalidade por detrás de algumas das ideias. Mas parece-me mentalmente falacioso anunciar que “Somos Porto” e “O Porto somos nós” quando viram as costas a uma equipa que ficou a TRÊS pontos do primeiro lugar (não trinta, TRÊS), que levou o clube aos quartos da Champions e que por infortúnio ou por falta de consistência mental acabou por não conseguir melhor que isso. Mais que isso, foi o desrespeito por alguns homens que deram muito ao clube e que saíram do estádio com uma sensação de abandono e de desprezo que não mereciam.

Perguntava-me um amigo no final do jogo: “Com que cara vão estes gajos aplaudir no início da próxima época os mesmos homens que acabaram de vaiar e de votar ao abandono?”. Não sei, rapaz. Mas eu não dou para esse peditório. Aplaudo e incentivo ao mesmo tempo que critico. Mas nunca lhes virarei as costas. Se faz de mim melhor ou pior portista, não faço ideia. Não sei se é assim que “sou Porto” ou que “o Porto é meu”. Mas faz de mim um homem mais coerente com os meus princípios. E não pretendo mudar uma vírgula.

19 comentários

  1. Eu fui ao estádio. Aziado como nunca pelo jogo em Belém. Não consigo engolir a falta de atitude da equipa nesse jogo. A falta de vontade de ganhar, a falta de garra. Não consigo. Isso não é ser Porto. Perderíamos na mesma o campeonato se tivéssemos ganho em Belém. mas cairíamos de pé. Mesmo que tivéssemos empatado em Belém, mas com outra atitude, teria sido diferente. Assim, caímos de joelhos, como o outro. Fui ao estádio, zangado com a equipa. Por aquele jogo. Fui e puxei-lhes as orelhas, à minha maneira. Gritei-lhes que tinham sido uma vergonha. E tinham sido. No fim aplaudi o Danilo de pé. Mereceu por tudo o que deu ao clube, sobretudo empenho, mas também talento. Puxei-lhes as orelhas, mas na próxima época lá estarei para puxar por eles, cantar por eles, gritar por eles. Como um Pai que castiga um filho, mas continua a amá-lo, não lhes viro as costas. Foi nesse ponto que as claques erraram. Até saírem do estádio estavam a puxar as orelhas, à maneira deles. Quando saíram deixaram de ser o pai que ama o filho, passaram a ser o padrasto que se está a borrifar para o enteado.

  2. yep.

    um pormenor: o comportamento da claque é uma coisa (e, digamos, a partida não se figura como algo particularmente racional, e podia ter sido bem pior), mas o resto do estádio também estava vazio. já sei, já sei, 6ª a noite, à feijões, &c… mas porra, como é que não temos uma base mais ampla de pessoas que amam o seu clube para além dos resultados. e, já agora, suficiente em número e determinação para continuar a cantar o “allez Porto allez” pelo menos 3 min, mesmo que as claques assobiem.

    off-topic: parabéns pelas magpies!

  3. Inqualificável a atitude de ter deixado Danilo a despedir-se de um Dragão vazio de claques. “Contigo até ao fim, tu és o nosso amor”? Pois.

    Como dizes, e bem, são 3 pontos, não 30. E, na minha óptica, ainda espoliados de vários, que nos teriam, certamente, dado o campeonato.

    Abraço Azul e Branco,

    Jorge Vassalo | Porto Universal

  4. Continuando o off-topic, acho que parabéns é um bocado exagerado. O Newcastle actual é uma vergonha para os próprios adeptos e para a Liga on de joga. Safarem-se à custa do Gutierrez e para o ano continua a mesma estratégia de jogar para a manutenção, investir muito pouco e tirar o máximo de rendimentos sem ter que jogar na europa à quinta-feira (que chatice!).

    Voltando ao topic: É muito triste que em portugal muitos daqueles que se dizem adeptos de futebol sejam na sua enorme maioria mais adeptos dum clube do que do desporto propriamente dito. E dentre estes adeptos de clube, a grande maioria é adepta do clube nas vitórias, mas quando o clube perde ou não querem saber ou vem para a Net destilar as suas frustrações sem que tenham sequer (1) ido ao estádio ver o jogo, (2) decidido tornar-se sócios, ou (3) feito o que quer que seja para aumentar as chances da equipa.

    Ainda assim e porque eles têm sido inexcedíveis no apoio à equipe durante toda a época, em casa e fora, não vou criticar a postura das claques. Posso não concordar, mas foram eles que viajaram à Madeira para apoiar a equipa. Foram eles que foram à Luz e a Munique. Sempre a apoiar. Demonstrar o desagrado no fim do jogo numa imagem espelhada daquilo que sentem que a equipa lhes deu é perfeitamente aceitável, tal como se aceita a crítica à sua postura de abandono no fim, quiçá despropositada e contra-natura do que é ser ou pertencer a uma claque.

  5. Jorge
    Percebi,o que escreveu mas sem descorar a sua intelectualidade,conforme voce aponta o dedo aos 82,o aquilo que referiu no (tres viles que pintam)que ainda nao se incumbe na derrota,tem de perceber que essa linhagem de especie humana,nao entende o que e ser contrariado,e ja aqui lhe escrevi que eles teem por vezes comportamentos parecidos com animais selvagens(vem superioridade nos numeros)eles por necessidade(animais),so que unico animal que judeia sem neccessidade e domestico(que essa especie o mitra) mas esses dificilmente serao domesticados.no seu intelecto.Posto isto
    Quero e mesmo dizer,aceito o protesto pela subetileza (menos as faixas das ferias,foi dar importancia a mais)so nao comprendo nem subescrevo,porque na minha cona ,isto ja vem com dez 10(para perceberem)anos de atraso,como nao ha vitorias como parafresiei em cima o Povo atirasse a Tudo desde empirismo,bloqueios,comunicados,recados,alusoes,emocoes,reacoes,ou seja um clubista apesar de toda a posse e estatuto e tudo e tudo ….nao passa de isso mesmo um clubista.
    Fui me me mesmo

  6. Permitam-me discordar.

    Eu, como muitos, adoro o Porto. E por esse mesmo motivo, não consigo tolerar que quem o representa (a jogar, treinar ou dirigir) não dê sempre o seu melhor e, já agora, que esse melhor seja muito.

    Frequentemente se confunde o amor pelo clube com o apoio a uma (qualquer) equipa ou direção.

    No caso concreto, acho que era mesmo o momento certo para os fazer sentir a m**** que foram esta época. O grande reparo que faço às claques (neste caso, repito) é o facto de apenas criticarem os jogadores, deixando de fora com os treinou e sobretudo quem os contratou a todos.

    Estamos “bem” habituados a ganhar muitas vezes, mas isso não nos deve impedir de dar voz aos descontentamento quando as coisas estão claramente mal.

    Saudações Portistas

  7. 100% de acordo, e acrescento que as criticas se devem estender a outros adeptos que decidiram não ir ao estádio. Parece que são adeptos apenas quando é hora de festejar. O que dirão os adeptos dos anos 50/60/70 que enchiam estádios semana a semana, apesar do rendimento desportivo ser muitas vezes mau.

    A cultura da exigência nunca deve matar o mais salutar dos nossos principios, que é o de ser portista. Sou portista desde que sou pessoa, e para mim abandonar a equipa é impensável. Seria como abandonar alguém da minha familia.

    As criticas são e foram justas, mas sair do estádio e voltar costas… não vejo muito portismo nisso. E… acrescento que foram esses meninos que no inicio da época andaram a insultar, ameaçar e importunar sócios da bancada sul para os “convencer” a sair dali. Eu, com 20 anos de sul fui chutado para canto pelo FC Porto para lhes dar lugar. Mas eu nunca abandonei a equipa, nem eu nem outros sócios com 40/50 anos de casa.

    O Porto pertence aos adeptos, mas não a um grupo de adeptos.

  8. O Jorge, na casa dos trinta, vem mais uma vez assumir o papel de provedor dos adeptos. Aquele, que investido de um poder divino, determina o que se pode, ou não, fazer.
    A sua bitola deve ser a dominante: todos têm de pagar bilhete para ver um jogo depois de empatarmos miseravelmente no Restelo, todos devem prestar sentida homenagem a homens que ganham num mês maios que muitos trabalhadores numa vida inteira.
    Como o próprio Jorge disse, desde a adolescência que a irreverência não é um dos seus atributos mais fortes.
    Talvez a resignação e a obediência façam mais o seu estilo.
    SInceramente, você é inteligente, escreve bem, tem um fio condutor efetivamente coerente nas suas análises, mas há algo de insuportavelmente arrogante nas suas críticas aos seus congéneres portistas, pontuada aqui e ali por anglicismos insuportavelmente pretensiosos.
    E sinceramente, o Jorge (na casa dos trintas) não têm ainda arcaboiço empírico para criticar quem quer que seja no seu portismo.
    As claques são o que são, e se conhecesse melhor a histórias dos super, do colectivo e outras já extintas, veria que estas passam, provavelmente, a fase mais racional, pacífica e construtiva da sua curta história.
    Viva o Porto, Jorge! Mas não queira ser mais que os outros, porque você não é mais que nenhum outro portista.
    Eu se tivesse dinheiro, também tinha ido a Viena em 87 e a Tóquio em Dezembro desse nao, mas não tinha, era teso. Não era, nem sou como o Rui Moreira. O meu pai não é dono de metade do Porto.
    E tente perceber, no meio do seu discurso hermeticamente dogmático, que nem todos terão os seus recursos e que, por muito que lhe custe, nem todos vivem as derrotas da mesma forma.

    Cumprimentos

    1. sou portista vai para 24 anos. não sou mais nem menos que um portista de 6 ou 60, sócio ou não sócio, com maiores ou menores rendimentos. e também gostava de ter ido a sevilha ou a viena ou a tóquio ou a yokohama ou a gelsenkirchen mas não fui. não tinha possibilidades de o fazer. mas vivi cada uma dessas vitórias e acompanhei também o seguimento delas, nos bons e maus momentos. e arrogo-me a putativa posição de provedor do adepto pela simples razão da posse de faculdades de bom senso que fariam Reid olhar para mim com admiração. sou obediente, sim, a um ideal em que acredito e com ideias bastante fixas sobre o assunto. o que é que o bilhete tem a ver com o assunto, é capaz de me explicar? quem paga bilhete deve prestar homenagem a malta milionária? é capaz de me dizer que se fosse principescamente pago na sua profissão, a possibilidade de fazer borrada baixava exponencialmente? é assim tão seguro das suas capacidades? invejo-o e invejo a forma como vive o seu dia-a-dia com a assertividade olímpica de quem sabe tudo e vive tudo e cospe fogo por cima dos demais mortais. I bow before you, my liege.

      tenho o “arcaboiço empírico” (isso de usar polissílabos consecutivos não é nada pretensioso, nadinha. deixava-me era dos advérbios de modo em excesso. é uma muleta fácil demais.) necessário para poder analisar as atitudes de quem quer que seja que ponha os pés no estádio do FC Porto. várias centenas de jogos já me dão alguma bagagem e aquele melão enorme em cima da cabeça ainda funciona o suficiente para me pautar na minha vida. e eu comento, não ordeno. analiso, não comando. critico, não prendo. e se as claques passam a fase mais racional da sua história (uma espécie de “thinnest kid at fat camp”, para ser sincero), o comportamento da passada sexta-feira terá sido uma acção concertada entre ambas e como tal foi uma manifestação e uma tomada de posição. fine. so very fucking fine. mas não me incluo nesse campo e senti que tinha de o dizer porque estou completamente na outra banda. eu aplaudo mesmo que falhem, não porque sou obediente, resignado ou seguidista. faço-o porque apoio o meu clube, esteja lá quem estiver, ganhem quanto ganharem ao fim do mês, enquanto tiverem aquele emblema ao peito.

      se não entende isso e acha que escrevo o que escrevo porque sou um menino rico que faz o que lhe apetece sem contestar, fine with me. não o sou (I wish, dude, middle-class born and bred) nem prevejo que deixe de o ser em breve. e não vou deixar de usar os insuportáveis anglicismos porque é assim que falo. não ando à procura de um dicionário de citações, é mesmo assim que funciono, de uma forma bilingue. se é insuportável para si, lamento imenso mas…that’s life, innit?

      cumprimentos,
      Jorge

    2. O meu caro José talvez não tenha entendido o que são os blogues da chamada bluegosfera.

      Todos nós temos espaços pessoais, pensados por nós, geridos por nós, ao nosso ritmo e tempo, para manifestar publicamente a nossa opinião sobre assuntos. Não conheço um blogue minimamente sério da bluegosfera que queira fazer juízos de valor sobre pessoas individuais ou sobre aquilo que o adepto, enquanto individuo, deve fazer, pensar, sentir ou dizer.

      O que podemos ter, e é nosso direito de expressar tanto como o seu, é a nossa visão sobre assuntos que achemos prementes. Não há aqui qualquer tipo de sobranceria.

      Como nenhum julgamento sócio-económico, político, religioso ou, já agora, etário, de espécie, feitio e forma alguma.

      É do seu inteiro direito não gostar e comentar. É do inteiro direito do Jorge publicar ou não o seu comentário.

      Não é uma questão de sobranceria. É uma questão de opinião.

      E, já agora, permita-me uma minha: Se você está num grande clube dos 25 aos 31 anos, por exemplo, terá 6 anos de bons salários. Mas aos 33, 34 anos já não poderá jogar futebol de todo. Todo o desporto é uma atividade limitada. Se divirir o salário auferido por um período médio de vida, digamos os 35 anos de trabalho médios, verá que sim, há os Ronaldos e os Messis desta vida, mas todos os outros não ganham assim tanto que possam esbanjar assim tanto. Trata-se de ter cabeça e saber investir. E isso, aos 22, 25, 30 anos é muito raro.

      Abraço Azul e Branco,

      Jorge Vassalo | Porto Universal

    3. Um clube é como um filho para o adepto. Ou, em minha opinião devia sê-lo.

      Um pai deve chamar à atenção ao seu filho, corrigi-lo, dar-lhe o ocasional “calduço” quando as palavras não chegam à criança…

      Mas não se lhe deve virar as costas e reprová-lo ostensivamente. Não é com pressões psicológicas ou insultos que vamos onde quer que seja. Virar as costas ao Clube porque este não corresponde ao que esperávamos dele mais parece frustração do adepto, que quer que o Clube alcance algo que o faça sentir superior aos demais. Não me revejo nessa forma de pensar.

      Estou com o Jorge. Assobiar, apupar, ou qualquer outra forma de manifestação negativa não serve de nada, a não ser tornar ainda mais nervosa uma equipa que já está bloqueada por não conseguir fazer as coisas como gostava. E de nada serve um silêncio ensurdecedor das claques que, só têm a importância que nós lhes damos.

      Quem são as claques? Porque existem as claques? A claque existe por causa do Clube ou é o inverso? Qual a legitimidade de uma claque em apupar a razão da sua existência? Uma claque não pode exigir nada do Clube. O Clube é que pode exigir algo das claques. Afinal de contas, quem sustenta a claque é o Clube… Ou não é?

      Não apoiar a equipa e ainda por cima assobiar os adeptos que queriam incentivar foi do mais baixo que vi fazer. No nosso estádio! No local em que mesmo a perder 5-0 devíamos ter todos as gargantas em ferida de tanto gritar, incentivando a equipa, apupando o adversário, criando o clima de factor casa que é suposto ter-se…

      Estas claques cresceram ao ponto de se acharem com legitimidade de fazer política. E no entanto, não são nada. Nada! São um grupo de adeptos que amam o Porto. Mas amam mesmo? É que não parece…

      Quem te ama não te abandona!

  9. Meu caro… falar em “abandono” num ano em que as claques andaram (estes sim) com a equipa ao colo, é de uma lata incrível. As claques estiveram presentes em todo o lado, as claques não contestaram ninguém depois de perder com sporting e benfica em casa, as claques não contestaram ninguém depois de idas desastrosas à Madeira, as claques não contestaram ninguém depois dos copiosos 6-1 de Munique, as claques não contestaram ninguém depois daquela exibição na luz… as claques estiveram SEMPRE LÁ A APOIAR OS MENINOS e não têm o direito de protestar no último jogo!? O que a equipa fez nestes jogos é inadmissível e o jogo de Belém foi a gota de água… quem apoia SEMPRE tem até mais direito que os outros de PROTESTAR! E pena que tenha sido tão tarde. Tivesse sido mais cedo não perderíamos tudo nem acabávamos a época de forma miserável… 3 pontos é pouquinho? Tivessem dado um pouco mais da perna…

    Gostava de ter visto um Post para quem ASSOBIOU o hino do clube no momento em que as claques o cantaram.

    1. quem assobiou o hino é igualmente censurável, sem dúvida. ainda que não tenham assobiado o hino mas sim o facto das claques o estarem a cantar ao fim de 85 minutos de silêncio…

    2. Assobiar o hino foi tão estúpido como abandonar o estádio a cantar o “O Porto é nosso”. Ambas as atitudes são reprováveis. Ainda assim creio que o assobio era dedicado à claque e não ao hino.

      Em relação às claques, esse é o problema. Acharem que têm mais direitos que os outros. Por isso mesmo alguns jagunços ameaçavam outros sócios no jogo contra o Maritimo, pressionando a sua saída da bancada Sul. Isso não é apoiar um clube, é promover um estado de sitio.

      Aceito que os sacrificios das claques sejam evidentes, que sofram mais na pele porque acompanham a equipa sempre. Aceito que o comportamento da equipa em Belém foi asqueroso. Aceito que o protesto no Olival não merecia aquela resposta idiota do clube.

      Só não aceito que se abandone o estádio. Para isso, bem que lá podiam ter estado adeptos de outros clubes. E com isso se comprometeu a empatia entre adeptos para a próxima temporada. E com isso já circulam pedidos para a SAD retirar o famoso “sector jovem” da Sul, reduzindo as claques aos sitios anteriores.

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